Gotas de orvalho acariciam a madrugada
Antevendo uma manhã fria e sem brilho
O ardor de meses, se esvai...
As ruas desertas são testemunho, de tudo...
Luz e trevas se misturam...
Formando um cinza indigesto,
Indesejado...
Certo ou errado é secundário,
Importa o ser ou não mais ser...
Aves no horizonte... Distantes... Tentam romper a tristeza.
Mas não são pombas, são urubus, são rapina.
Negra esfinge, ausência de luz predomina.
A quase morte, pior que a não vida,
Nos empurra e vai tomando o nosso tão pouco espaço...