Daemon Lannister - Thitanios

Existia uma grande chance de tudo aquilo ser uma armadilha, qualquer coisa poderia estar dentro daquela sala, um exercito ou coisa muito pior. O gigante temeu o aposento, não tinha medo de morrer lutando contra dezenas se fosse necessário, provavelmente levaria alguém com ele, mas não poderia dizer o mesmo se o inimigo fosse sobrenatural. Como lutar contra as trevas ? Como lutar contra o próprio mal ? Ele ainda não sabia se acreditava, mas a simples hipótese embrulhava o seu estômago.

Poderia obrigar a mulher a entrar com ele, não sabia se isso seria pior ou melhor. Daemon acabou chegando a conclusão de que, se fosse para levá-lo a uma armadilha, não havia motivo para Melisandre ter dispensado os outros. Decidiu, por fim, que o seu medo era patético e vergonhoso, sua hesitação havia durado apenas poucos segundos, mas um homem que vivia na guerra não poderia se deixar abater pelos poderes de uma pretensa bruxa. Aquilo não deveria influenciar suas ações. O homem então abriu a porta e adentrou o local, deixando sua acompanhante sozinha com suas preces.

A porta se abriu devagar, deslizando suavemente para o lado. A primeira coisa que Daemon viu foi o balançar de uma chama. Na lateral daquele quarto misterioso havia uma lareira, e ela parecia clamar toda atenção para si. Era como se o brilho do fogo fosse a figura central naquele cenário, mas logo após alguns segundos, Daemon Lannister pôde ver que havia algo mais dentro daquele local.

Stannis era um homem alto, de ombros largos e fortes. Ele não podia ser descrito como atraente, já que não possuía a beleza de seu irmão Renly ou de Robert. Os olhos eram azuis escuros e uma calvície avançada tomava conta de sua cabeça, deixando apenas uma franja de cabelo preto na cabeça . Seu rosto era tenso como couro curado e ele tinha bochechas encovadas. Os lábios eram finos e pálidos.

O homem que se intitulava rei estava fitando o fogo, ele se encontrava em pé, totalmente em silêncio. Ele não reagiu quando viu que Daemon Lannister entrou na sala, ficando da mesma maneira em que se encontrava. A distância de Daemon Lannister para Stannis era grande, de modo que se tornaria muito difícil um ataque direto contra o rei naquele momento. O silêncio perdurava na sala, sendo quebrado apenas pelo crepitar da lareira. O sala continha outros móveis espalhados, mas eram todos genéricos, nada muito diferente do que o gigante havia visto em um castelo.

A lareira chamou a atenção de Daemon inicialmente, mas logo ele percebeu a presença de Stannis. O falso rei estava ali, parado, não demonstrava nenhuma reação a presença do gigante. Talvez o homem já tivesse aceitado o seu destino, talvez desejasse a morte devido a culpa que sentia pela morte do irmão, talvez tentasse manter o mínimo de sua integridade moral ou fosse arrogante demais para acreditar que qualquer mal pudesse tocá-lo.

Daemon poderia avançar contra a sua vítima e matá-lo de uma vez, mas não estava inclinado a fazer isso. A situação lhe possibilitava uma atuação mais serena, queria conversar e entender Stannis antes de dar fim a sua vida. Qual seria a grandeza desse confronto se o rei morresse rapidamente? Stannis encontraria seu fim naquele cômodo, mas no seu tempo certo. Daemon então andou calmamente pelo ambiente, se aproximando de sua vítima, mas seu percurso não era direto, parecia um homem inclinado ao diálogo e não a matança. Sua fúria estava controlada agora que sentia a vida do homem e suas mãos.

- Stannis, o assassino de irmãos. Diga-me, sabe quem sou ? Sua feiticeira deve ser demasiadamente tola ou demasiadamente confiante para me levar ao seu encontro depois do que aconteceu hoje. - Seu tom desprezo, mas em nenhum momento havia perdido a calma.

Stannis acompanhou com os olhos os movimentos do gigante. O rosto austero e duro do homem não permitia que Daemon entendesse, ao menos em um primeiro momento, o que o falso rei estava sentindo. No entanto, a face de Stannis em nada se parecia com a face de um homem que está prestes a morrer.

Ele se virou completamente para Daemon Lannister, ficando perto do gigante loiro. A distância era miníma, uma distância exata de uma espada, até mesmo da Pacificadora. Nesse momento, Stannis falou com a voz grave.

- Daemon Lannister, o portador da pacificadora e cuja mãos estão sujas de sangue nobre. Quantos reis você já matou Daemon? - Ele fez uma pausa, respirando lentamente. - Eu não matei meu próprio irmão, por mais que ele merecesse. Renly Baratheon era um tolo e presunçoso, mas era de meu sangue. Como eu poderia fazer tal coisa? - Ele olhou com fúria para o gigante. - Mas as chamas não mentem Daemon, minha feiticeira me mostrou uma parte do que viu em sua visão. Ela viu você e uma mulher sobre o corpo do meu irmão, e sua espada estava suja com o sangue dele. Ousa mentir para mim? Ousa dizer que você não foi o assassino de Renly Baratheon? Daemon Lannister, o traidor e matador de reis.

Stannis parecia nervoso, seus olhos eram intensos e no momento ele era tão furioso quanto o próprio fogo.

- Melisandre me prometeu que traria você até aqui, assim posso lhe aplicar a justiça por ter matado meu irmão.

A resposta de Stannis e suas acusações lhe surpreenderam. Logo lhe veio a mente que tudo aquilo poderia ser culpa de Melisandre, a mesma poderia ter agido sozinha e usado suas artimanhas para convencer o seu rei que a morte de Renly era culpa do próprio Daemon. Todavia, aquilo também poderia ser um jogo de Stannis, tentado tirar de si a culpa e colocando a mesma no comandante, mesmo que sua reação indicasse uma indignação genuína.

Manteve a postura e seu tom voz havia alcançado o tom do outro homem: - Eu não tinha motivo nenhum para matar Renly. O mesmo era minha esperança de glória e ascendência em Westeros, me foi prometido o próprio Rochedo Casterly. Com sua morte perdi tudo que havia conquistado. Pode desconfiar de minha honra, mas não pode me julgar por louco, um homem que luta contra seus próprios interesses em favor de nada. - Fez uma pequena, encarando com firmeza o homem - Você, entretanto, era inimigo declarado de seu irmão, nega que se encontrou com ele mais cedo ?  

Stannis continuou com o mesmo semblante.

- Eu não sei o que você pretendia em cometer tal alto, mas se eu realmente pudesse apontar para um motivo, diria que foi por causa da sua família. Você é um Lannister não é? Tenho certeza que Tywin lhe pagaria muito bem pela morte do meu irmão, mas é realmente uma pena que você nunca sairá desta sala. O que um mercenário de Essos faria aqui em Westeros? Um matador de reis, cuja espada está manchada durante toda a história. - Ele fez uma pausa. - Eu iria encontrar com Renly Baratheon nessa noite, mas fui acometido por dores intensas. Pedi então que Melisandre adiasse o encontro para amanhã. - Stannis parecia dizer aquilo seriamente, não havia excitação no modo como ele falava. - E agora pouco, Melisandre previu nas chamas que você viria até mim, onde a profecia iria se concretizar. Não vê que tudo está acontecendo ao meu favor?

Ele referiu-se a profecia como se ela fosse conhecida há muito tempo por ele e também que a mesma ocupava um grande tempo nos pensamentos dele.

- Minha família está exilada em Essos, minha relação com os Lannisters de Rochedo Casterly não poderia ser mais distante, Tywin já demonstrou que deseja o meu cadáver. Ademais, não haveria motivo para eu aceitar trocados se poderia ser eu mesmo Lorde Lannister. Renly sabia disso e por isso confiou em mim. Mas não preciso me justificar para você, inimigo declarado do irmão, aliado de uma bruxa e que convenientemente faltou a reunião onde tudo aconteceu. - Fez uma pausa e encarou o homem com seriedade. - De todo modo, se questiona a minha fidelidade, deveria questionar a lealdade de seus próprios aliados. Acredita nas enganações e nos jogos de sombra de sua feiticeira ? Como sabe que ela não lhe manipula ? Confia em uma mulher que faz rituais de sangue e queima pessoas ? Se não foi a seu mando, sua bruxa matou seu irmão pelas suas costas e agora tenta encobrir sua sujeira. Você, todavia, é culpado igualmante, por acreditar em tal criatura.   - Sua mão se encontrava na espada, aquele diálogo já estava lhe deixando impaciente.

- Eu não me importo com os métodos dela, desde que ela me traga os resultados que eu pedi no final. Eu certamente poderia questionar a respeito do que ela faz, mas por acaso você já olhou a chama junto com ela? – Ele fez uma pausa. – Ela pode ter seus defeitos, mas me serve muito bem. Ela disse-me que hoje você estaria aqui, e tudo que eu vejo é o que ela realmente disse. Vi na chama um homem carregando uma espada feito de fogo, capaz de destruir qualquer homem que lute contra a paz. A espada que você carrega deverá ser minha espada. O sangue de um rei tem poder, e creio que a sua já experimentou tal iguaria. Exatamente como ela me disse, e assim que eu o matar, irei usar sua espada para conquistar o trono para mim.

- Eu vejo que você não irá confessar seu crime, de modo que tudo que me resta agora é trazer justiça ao meu irmão. Daemon Lannister, eu declaro você como culpado pela morte de Renly Baratheon. Que você sofra a fúria do rei legítimo.


E assim, Stannis se preparou para o duelo mortal que começava a ganhar as primeiras formas.

- Você não pode me condenar por nada, falso rei. O deuses decidirão isso, considere esse um julgamento por combate. - Disse o homem retirando o escudo das costas e a espada da bainha. - Se deseja a minha espada, saiba que logo a lâmina estará com você. - Retomava sua fúria de antes, preparando-se para o embate -.

Iniciativa

Thitanios efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

5 , 6 , 1

- Morra!

Iniciativa:

Vinah efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

5 , 6 , 1

Como deu empate, nova iniciativa:
Vinah efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

1 , 6 , 2

Iniciativa
Thitanios efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

2 , 4 , 3

Mais uma vez então
Iniciativa
Thitanios efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

2 , 2 , 4

Como deu outro empate, iniciativa again:

Vinah efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

3 , 2 , 2

Daemon avançava com a sua lâmina de aço valiriano, se Stannis a desejava tanto logo a teria. O gigante desferia um corte no meio do dorso do falso rei, com a força e habilidade suficientes para cortá-lo ao meio.

Ataque
Thitanios efetuou 6 lançamento(s) de dados (d6.) :

2 , 5 , 4 , 1 , 1 , 5

Stannis defende-se, mas o golpe implacável do gigante obriga o rei a dar dois passos para trás. O golpe fora habilmente defendido, mas a dor era inevitável. Recuperando-se do golpe, o rei desfere um ataque com sua espada, tentando fazer um corte na lateral do corpo de Daemon.

Spoiler:

«!» Stannis Baratheon atacou com fúria, visando acertar a lateral do corpo de Daemon Lannister. O golpe foi totalmente defendido por Daemon Lannister, onde o escudo aparou a espada do rei de forma magistral. O barulho do metal ressoou na madeira, espalhando algumas lascas pelo salão.
[13:43] «!» >
[13:50] Daemon sorriu ante a falha do falso rei. Stannis era um combatente eficaz, mas estava longe de ser um grande guerreiro, era um comandante de meia idade tomado por fúria e vontade de grandeza. O gigante então desferiu um ataque na altura do adversário, julgando que a sua espada de aço valiriano poderia passar pela camada de aço que cobria o corpo do inimigo
[13:50] Thitanios rolou 6d6 = 20 {[5, 2, 2, 4, 6, 1]}
[13:57] «!» Stannis Baratheon tenta defletir o golpe com o escudo, mas o braço de Daemon Lannister era forte, fazendo com que o golpe acertasse em cheio o corpo do oponente. A lâmina rara e bela foi brandida com habilidade pelo Gigante da Campina, não dando chances para o rei. O golpe penetrou e venceu a resistência das placas de aço, cortando a carne e fazendo com que o sangue fluísse em grande quantidade para o chão do salão. Não fora um golpe fatal, o rei havia conseguido reduzir a eficácia do ataque utilizando um dos braços, o qual foi quase totalmente decepado.
[13:57] «!» ( + 1 ferimento, logo dano de 11. O rei agora tem 1 de life e + 2 penalidades.)
[13:59] «!» Sangrando, cansado e quase totalmente vencido, o rei urrou de dor com os ferimentos provocados pelo gigante. Juntando suas últimas forças, ele lançou-se em um ataque fulminante.
[13:59] «!» ( Técnica Ataque Imprudente, stannis ganha + 1 D em Luta e sacrifica 5 de def combate)
[13:59] Vinah rolou 7d6 = 29 {[3, 6, 6, 6, 2, 3, 3]}
[14:00] «!» >
[14:03] Daemon tenta utilizar seu escudo para se proteger do golpe do homem irado, mesmo que a rapidez e a ferocidade do ataque tivessem surpreendido o Lannister.
[14:07] «!» A ação defensiva de Daemon Lannister foi ineficaz, por mais que o escudo do Lannister tenha bloqueado em parte o golpe do rei. A espada de aço afiado resvalou na superfície de madeira do escudo, mas o rei não desistiu do golpe, utilizando suas últimas energias para acertar seu oponente. Dessa forma, a espada ganhou um pouco mais de força, atingindo o braço do gigante. O sangue escorreu pela pele do homem da Campina e o rei permitiu-se um sorriso moribundo. Era como ve o rei se contentasse com esse último golpe, mas logo ele veio abaixo, caindo no chão de joelhos e largando a espada no chão. Seu braço retalhado estava quase inútil e o rei ficou em um longo silêncio, esperando que Daemon desse o golpe derradeiro.
[14:08] «!» Antes que Daemon atacasse, os lábios do rei se moveram. Sua face era uma máscara de dor, ódio e decepção.
[14:09] ** NPC: - A Melisandre me disse que eu era o Azor Ahai e que esta espada seria minha. - Ele fez uma pausa, encontrando forças para falar. - Isso está errado. Dê-me um fim honrado de uma vez por todas.
[14:09] >
[14:21] O homem pensou em não fazer a última vontade do falso rei. Ele estava completamente submetido a sua vontade, o mesmo era o culpado pela morte de Renly e provavelmente não era merecedor de nenhum misericórdia ou morte honrada. Mas esses pensamentos logo foram afastados, Daemon não podia negar aquele pedido, não importa seus atos odiosos, Stannis havia demonstrado certas virtudes que lhe davam o direito de morrer de forma honrosa. No final o código moral do guerreiro venceu sua cede por vingança. - Quando entrei aqui estava convencido de que levaria sua cabeça para a Campina, mas não farei isso, deixarei que sua família possa cuidar de seu corpo da maneira adequada. Seu erro foi ter acreditado nas mentiras de bruxa, mas não se preocupe, logo estarei mandando a mulher de vermelho para junto de você. - Daemon então utilizou sua espada de aço valiarino para perfurar o coração de Stannis e acabar com sua via e o seu sofrimento de uma vez por todas.
[14:21] >
[14:24] «!» Como um rei deve morrer? Há algum jeito que dê honra para um homem, mesmo durante a morte? Essa resposta foi respondida naquele momento histórico, onde o gigante da campina, Daemon Lannister, perfurou o coração do rei. A espada perfurou a carne com grande facilidade, atingindo o coração do rei e mandando diretamente para o Estranho.
[14:24] ** NPC: - Matador de Reis.
[14:24] «!» Daemon Lannister, o qual era conhecido em Essos como "Pacificador", agora escutava a voz da sacerdotisa vermelha dentro de sua cabeça. Ela não estava na sala, mas o gigante podia muito bem imaginar ela ali dentro, entoando canções estranhas e lançando pragas e feitiços em seus inimigos. O rubi vermelho brilhando no pescoço daquela mulher com a pele lisa e quente, uma visão estranha até mesmo para o gigante que já estava acostumado com os seguidores de R'hllor.
[14:25] ** NPC: - Matador de Reis.
«!» O ambiente agora parecia sem vida, apenas o fogo ousava quebrar o silêncio novamente. No chão, o falso rei sangrava e dava seus últimos espasmos de vida. O fogo, o qual antes parecia reunir toda a energia da sala, esmaeceu-se rapidamente, como se uma grande lufada de ar houvesse entrado na sala. No entanto, Daemon Lannister não sentiu nada em seu rosto, nem uma brisa sequer, afinal, a entrada para aquele aposento real se dava por uma caverna escura, onde certamente vento nenhum conseguiria ultrapassar tal distância sem perder toda a força. A única coisa anormal que Daemon sentiu foi uma sensação que alguém o observava. Junto com essa sensação, um barulho de rocha sendo esmagada foi ouvido. De onde? Foi fácil para Daemon perceber de onde o som viera, a única fonte provável era Melisandre, a sacerdotisa vermelha que estava na outra sala.
[14:25] «!» >

[14:38] [14:37] Stannis era um mal menor, somente um marionete controlado por algo muito maior, o verdadeiro mal estava atrás daquela porta e sua cor era o vermelho, vermelho do sangue, vermelho do fogo, vermelho da fúria. Antes mesmo da conversa com Stannis o gigante já estava convencido de que a mulher deveria morrer, essa certeza só foi se solidificando com os acontecimentos posteriores. Ele então seguia pelo aposento, rumo ao portão pelo qual havia entrado, sua espada pingava o sangue de Stannis e seus olhos manifestavam uma fúria ancestral, a fúria de um animal que havia decidido encarar as sombras e não se acovardar diante delas.
[14:42] «!» Com o ímpeto inflamado, o gigante partiu para onde havia deixado a sacerdotisa. Assim que ele se virou, o fogo extinguiu-se completamente, lançando a sala em uma semi escuridão.
[14:42] «!» percpeção 12
[14:42] Thitanios rolou 3d6 = 9 {[3, 1, 5]}
[14:44] «!» O ambiente que encontrou era escuro, todas as chamas que antes estavam acessas, agora se apresentavam apagadas. Dentro de uma caverna com uma entrada para um quarto real, ali o sol nunca entraria, de modo que a escuridão fora apenas amenizada por causa de algumas velas ocasionais no corredor, algo que não ajudava em muita coisa no momento.
[14:47] «!» Daemon Lannister não viu nada, se não um monte de negrume proveniente da escuridão. Ele apenas percebeu outra coisa, o barulho. Primeiro, o barulho de rocha quebrando foi ouvido na parte norte do local, mas logo o barulho migrou para o sul. Dessa forma, em questão de segundos, o gigante da campina se viu cercado por barulhos de rocha se quebrando, como se houvesse pessoas - ou criaturas noturnas - andando dentro daquela sala.
[14:47] «!» >
[15:01] Ele poderia tentar voltar ao aposento onde Stannis havia morrido e tentar escapar por algum outro caminho, mas aquilo não era uma opção. Melisandre ainda estava viva e ele não poderia aceitar aquilo, se havia perseguido Stannis até ali não deixaria que lhe escapasse a mulher vermelha. Continuava a andar pelo caminho rochoso, com uma espada na mão e o seu escudo na outra. Não sabia o que esperar naquele momento, não tinha noção sobre os limites dos poderes da mulher, aqueles barulhos poderiam ser criaturas, ilusões ou qualquer outra coisa, mas se Daemon tivesse que passar por tudo isso ele passaria. Nunca esteve tão certo sobre seu dever moral desde o impostor de Essos. - Vamos, bruxa, apareça. Seu rei morreu, suas previsões se mostraram falsas, parece que o seu deus se encontra do meu lado.
[15:01] >
[15:05] «!» Uma risada, foi tudo o que Daemon obteve como resposta. No entanto, não foi um risada de uma mulher gentil ou até mesmo de uma mulher que busca vingança. Foi um riso profundo, algo que mais assemelhava-se a um lobo rosnando. Era um som feroz, e o som viera do lado esquerdo de Daemon Lannister. Com começo, apenas a semi escuridão pôde ser vista, mas aos poucos o gigante viu algo se formando.
[15:07] «!» Era negro, mais negro que a própria escuridão. Era como se a figura que se formava houvesse sugado toda a escuridão do local, concentrando-se e formando seu corpo a partir dela. E logo, alguns segundos depois, Daemon viu o dono daquela risada.

https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/09/46/d1/0946d1a168a9b59ca7c9682d90684f50.jpg

Estava surpreso, não passou pela sua cabeça a probabilidade da existência de uma criatura como aquela. Daemon já estava convicto de que Melisandre possuía suas habilidades, mas nunca imaginou que pudesse fazer algo como aquilo, nunca imaginou a criação de maldade tão sólida e palpável. A mulher era um verdadeiro demônio, o que confirmou, de uma vez por todas, a certeza de que a mesma não poderia continuar viva.
   
Daemon, entretanto, se sentia vacilante. Seu instinto natural era o de recuar, sair daquela caverna, ir pra longe daquela monstruosidade. Ele era um guerreiro, poderia enfrentar qualquer homem, mas aquela criatura não era um homem, não sabia nem mesmo se ela poderia ser morta ou ferida. Mas ele fugiria para onde ? Daria as costas para a criatura e correria pela caverna ? Provavelmente seria igualmente morto, a diferença seria sua dignidade arranhada. Ele se sentiu um covarde por ter pensando em correr, mesmo sabendo que a imensa maioria faria isso ou simplesmente permaneceria catatônico, esperando a morte inevitável.

A única esperança seria enfrentar a aberração, pelo menos restaria uma mínima chance de vitória. Talvez perecesse no combate, mas ao menos teria uma morte grandiosa, o Estranho e o Guerreiro lhe receberiam de braços abertos. Fez então uma prece aos dois, ao primeiro pediu que seu encontro fosse adiado, em compensação ele lhe mandaria a bruxa em seu lugar, ao segundo ele pediu a força e a habilidade de um verdadeiro herói, que sua coragem guiasse sua espada e que se escudo se mostrasse indestrutível. Desse modo, avançou contra a besta, enfiando sua espada no dorso da escuridão, por sorte, a pacificadora era do melhor aço e era também enorme, o que possibilitava a mesma chegar ao centro da coisa.