Daemon Lannister - Thitanios

BATEDORES

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2 , 1 , 2

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5 , 4

CAVALEIROS

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1 , 3 , 4

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2 , 3 , 4

PLEBEUS

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2 , 3 , 3

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3

Entrar em uma Unidade Maior
Personagens, comandantes e subcomandantes podem
entrar em uma unidade para melhorar suas capacidades.
Se o personagem deu alguma ordem durante a rodada de
batalha, tudo que pode fazer é entrar na unidade.
Uma unidade com um personagem melhora sua Disciplina,
reduzindo-a em –3. Além disso, a unidade recebe
+1D em testes de Luta e Pontaria. Personagens dentro de
unidades não podem realizar ações além de cumprir as ordens
dadas a sua unidade. Comandantes e subcomandantes
dentro de unidades não podem dar ordens e reduzem o
número de ordens da maneira normal. Vários personagens
dentro da mesma unidade não fornecem bônus adicionais

(Vou rolar 1 d a mais, caso a ação esteja correta ).

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3

Jarrod Ordena que as tropas se mantenham em formação


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1 , 5

Daemon da uma carga de confiança a sua tropa, liderando-os para a vitória. O ataque foi tão impetuoso que os Batedores nem precisaram de outra nova ordem, simplesmente seguiram a matança desemfreada. Os criminosos adversários foram liquidados não restando nenhum homem para contar história. A cavalaria representando a ala mais forte da tropa de Daemon, foi a que deu o último golpe. devastou inúmeros mercenários. Os inimigos entraram em pânico e acabaram desfazendo a formação.

Jarrod tentou reorganizar a tropa, mas seus esforços foram em vão.

Spoiler:

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65

Durante os últimos minutos de combate Daemon Lannister encontra-se com o comandante adversário. O duelo é rápido e mortal, tendo como resultado o gigante loiro como vencedor. Jarrod havia perdido não só a guerra, mas tambem perdera sua vida. Os mercenários da tropa inimiga eram os únicos com vida, todos corriam para longe do centro da cidade aonde estava acontecendo a maior parte do combate.

Os homens de Daemon comemoravam a primeira vitória com o novo líder, principalmente os plebeus recém recrutados. No final, havia pouquissimas baixas no exército, certamente aquele fato seria notado por qualquer um que tenha um bom senso. O estandarte com um dente de leão em um gramado foi levantado de encontro ao céu, destacando-se naquele dia ensolarado. Todos os moradores que ainda estavam na cidade, podia ver aquele símbolo agitar-se no ar.

Daemon Lannister estava montado em seu garanhão, a espada que empunhava estava suja de sangue do próprio Jarrod. Enquanto alguns homens o congratulavam pela vitória e outros o encaravam com o intuito de receber um elogio pela grande batalha, Javor Coklyn cavalgou até o lado do gigante. O segundo em comando estava com um sorriso no rosto.

- Que vitória! Quase não tivemos baixa em nenhuma tropa, isso porque enfrentamos um número grande de soldados. Sinto que o próprio Guerreiro lutou conosco nesse dia. - Ele faz uma pausa e olha para os cadáveres que estavam espalhados por todos os locais. - Necessita de alguma coisa capitão? Se quiser posso me encarregar de realizar qualquer ordem que você diga. Talvez você não queira tratar sobre os assuntos de quem assumirá a casa. - Ele chegou mais perto e guardou a espada. - É só me dar uma ordem se achar necessário.

A cidade era pequena e a maioria das casas eram de madeira, Lago Verde fazia jus a fama de ser controlada por uma pequena casa como a Orme. Isso pouco tinha a ver com o grande feito realizado, uma vez que a destruição daquela tropa significou um massacre em tropas aliadas do Lannister. A dupla de comandantes estavam localizados em um cruzamento de estradas dentro da cidade, os homens ao redor recolhiam os mortos e os empilhavam em um canto. No começo da cidade uma tenda era montada, aonde certamente Daemon poderia ir caso quissesse sair dali e não tomar parte do pós-guerra.

— Não será necessário, Javor. Quero conversar com o filho de Lorde Orme. — Ele se virou para as tropas. Naquele momento se sentia ainda maior, não havia sido uma batalha de grande proporções, mesmo assim todos emanavam um sentimento de vitória e de dever cumprido. Naquele dia eles haviam sobrevivido. Ele preparou a voz e falou com todos os seus homens — HOMENS, HOJE NOS MOSTRAMOS O QUE ACONTECERÁ COM AQUELES QUE OUSAREM TRAIR O REI E A CAMPINA. ISSO SÓ FOI POSSÍVEL DEVIDO AS SUAS ESPADAS, TODOS AQUI SE MOSTRARAM VERDADEIROS GUERREIROS. QUE O DIA DE HOJE SE REPITA VÁRIAS VEZES — Daemon selecionou 15 cavaleiros para acompanhá-lo. Agora iria atrás do filho do homem cujo o sangue sujava sua espada. Um dos cavaleiros iria levar o corpo de Jarrod. Antes de sair falou com seu subcomandante. — Javor, se alguém precisar levar o corpo de algum parente pode deixar. Os homens também podem pegar qualquer coisa que acharem nos corpos, menos nos corpos dos nossos. Vou tratar da situação política agora, você está no comando.

Os homens pararam para ver o comandante Daemon Lannister fazer o discurso da vitória. Assim que ele acabou de proclamar aquele feito enorme, a tropa levantou as espadas em saudação e comemoração pelo elogio. Os meninos que lutaram sua primeira guerra pareciam em êxtase, nenhuma ferimento causado pela batalha poderia retirar a felicidade e a honra em ter participado de uma campanha vitoriosa. Muitos já se imaginavam como novos heróis do continente, a vitória certamente deixaria todos os familiares muito felizes e exultantes com o desempenho. O porta estandarte da tropa agitou as cores e o brasão que Daemon havia escolhido para representar sua força em batalha. O dente leão dourado voou soberano no ar que estava impregnado com o cheiro da morte, o sol reluziu aquelas cores e os homens ficaram fascinados com aquela cena.

Uma voz desconhecida gritou entre os homens.

- Por Renly bataheon! Pela Campinha! Por Daemon Lannister!

A saudação durou um longo tempo, logo os homens voltaram a saquear os mortos ou então continuaram a fazer a contagem do número de baixas da tropa. Javor Conklyn assentiu com a cabeça e sorriu. a liderança o fazia sentir-se bem.

A comitiva de 15 cavaleiros abriu caminho pela cidade. As marcas das batalhas ainda podiam ser vistas em todo cenário, havia um casebre em chamas que espalhava uma fumaça negra ao céu, corpos descansavam a cada nova rua que a comitiva cruzava. O sangue começava a secar na terra, somente uma chuva poderia fazer aquele local esquecer que ali ocorreu aquela matança enorme. Finalmente Daemon Lannister chegava a "Fortaleza" da casa Orme. Era uma construção que ainda estava incompleta, mas as obras pareciam ter sido interrompidas a pouco tempo, pois as muralhas cercavam somente 3/4 do local. De fato, se houvesse mais tempo, uma fortaleza difícil de ser conquistada seria erguida. Quando a comitiva parou por um momento, um homem se aproximou.

Melian Orme caminhava demonstrando um medo enorme, mas ele se forçou a caminhar rumo ao algoz de sua família. Ele sabia que agora a casa Orme seria responsabilidade dele, pois seu pai não havia voltado até agora da batalha. Talvez ele havia sido capturado na batalha, a pequena chance de resgate fazia com que o jovem Melial se acalmasse um pouco. Ele se curvou ligeiramente fazendo uma saudação. O rosto era jovem, um menino que recém tinha atingido a puberdade. O corpo era magricela, mas o tom de voz saiu firme.

- Chegaram para matar o último Orme? - Ele fez uma pausa, retirando uma pequena adaga de sua blusa. - Morrerei com honra ao menos.

A ameaça do garoto quase lhe fez rir, mas a pena que sentia dele lhe fez segurar a risada que daria fim ao pouco de dignidade que restava aos Ormes. — Guarde isso garoto, você não precisa selar o destino de sua família aqui. — Ele estava surpreso com a idade do rapaz, aquilo dificultava as coisas. Ele poderia fazer qualquer coisa, Renly havia lhe dado carta branca para decidir sobre o futuro daquela pequena família de baixa nobreza. Poderia saquear aquilo tudo, tomar para si o quisesse e apagar os Ormes da história. Entretanto, Daemon não queria fazer nada disso, aquilo não lhe traria nenhuma grande vantagem e odiava a ideia de extinguir uma parte da história de Westeros. A verdade é que a situação dos Ormes lhe fazia ter simpatia pela casa e seu último filho. — Seu pai fez escolhas infelizes, traiu o seu Senhor e o seu Rei, isso causou todo esse caos e custou-lhe a vida, mas você não precisa ter o mesmo destino. Jure fidelidade ao rei e os Ormes continuarão a existir, lute ao lado da Campina e vocês poderá até mesmo colher bons frutos depois da guerra, quem sabe um casamento ou uma recompensa por sua lealdade. Ainda há tempo para fazer disso algo minimamente bom, apesar das perdas. Cometa o mesmo erro que o seu pai e você e sua família acabam aqui.     Era uma decisão difícil para um jovem que havia acabado de perder o pai, mas Daemon esperava que o pobre Melian decidisse com sabedoria, o seu destino estava em suas próprias mãos agora.

Melian Orme ficou parado, seus olhos fitavam a casa em chamas que despejava fumaça na região. Ele focou em Daemon Lannister enquanto o gigante falava, depois o olhar percorreu toda a comitiva de guerreiros. O jovem demorou a assimilar tal situação, sua decisão iria salvar ou acabar de vez com os Orme. Enquanto Melian refletia sobre a sua curta vida, seus olhos pousaram em uma figura familiar. Um dos cavaleiros havia levado Jarrod Orme a mando de Daemon Lannister.

O choque do menino foi grande, seus olhos se encheram de lágrimas, mas ele acabou controlando-as. As emoções eram intensas dentro do garoto, mas por fim ele chegou a uma resposta para o dilema. Ver seu pai morto era triste, mas ver a família toda morta seria pior ainda.

- Eu escolho jurar fidelidade ao rei. - Ele se abaixou e Daemon pôde ver que o menino havia chorado. - Eu, Lorde Melian Orme, o último Orme, O protetor de Lago Verde, juro fidelidade ao rei e a campina. Espero que o rei perdoe os Orme pelo erro que meu pai cometeu. - Ele se levantou e guardou a adaga, os olhos agora eram vermelhos. - Há algo que devo fazer para contar com a benevolência do rei? - O jovem disse rei, mas claramente a pergunta era destinada a Daemon Lannister.

— Por enquanto não. O ideal seria comparecer na presença de Vossa Graça e lhe jurar fidelidade pessoalmente, mas isso pode esperar. Concentre-se em restabelecer a normalidade em Lago Verde, se conseguir reunir forças capazes de lutar ao lado do rei isso será visto com bons olhos e demonstrará a boa vontade dos Ormes. Renly é misericordioso, siga o juramento e será tratado respeitosamente como qualquer outro nobre. Se os Lannisters lhe intimidarem tente uma via mais diplomática e avise as tropas da Campina, poderemos garantir sua segurança. — Daemon fez o sinal para que o corpo de Jarrod fosse tirado do cavalo com o devido respeito. — As coisas não deviam ter acontecido assim, mas vamos enterrar nossos mortos e seguir nossas palavras, assim poderemos evitar mais tragédias.     — Ele pediu um pergaminho para ratificar a promessa de Melian, para que o rei pudesse ler a resposta do último Orme. Ele então seguiu caminho para o seu acampamento, havia visto as duas faces da guerra naquele dia, a glória e a destruição, já havia presenciado isso algumas vezes, mas tentava se manter a certa distância, isso não era mais possível em sua posição atual.

Melian Orme ouvia atentamente o que o comandante Daemon Lannister falava. Para um jovem como ele, aquele momento tinha um sabor agridoce. Melian sempre sonhara em se tornar um grande cavaleiro, um dia ele gostaria que os menestréis cantassem canções sobre sua vida. Era natural que ficasse encantado diante da figura de Daemon, mas a dor de ver seu pai morto tirava toda glória do momento.

- Vou fazer com que a casa Orme se levante novamente. De agora em diante, expresso meus sentimentos ao rei Renly baratheon e juro fidelidade a ele em frente ao comandante de sua tropa. - Ele fez uma pausa, claramente ele lutava para manter suas emoções escondidas. O fardo do jovem era pesado, mas as palavras de Daemon penetraram fundo no menino, amenizando uma parte da dor. - Está aqui uma declaração que a casa Orme é aliada da Campina e comprometo-me a mandar algumas provisões para sua tropa até o fim do dia. - Melian lhe deu um pergaminho lacrado com cera que ele havia escrito ali mesmo, não demorou muito para que o garoto lhe falasse uma última coisa antes de você partir. - Daemon Lannister, já ouvi falar muito sobre você. - Uma pequena pausa, a voz do menino se tornou mais rouca. - Foi um grande ato você trazer o corpo do meu pai, isso demonstra que as histórias a seu respeito são verdadeiras. Juro minha espada a você, não importa o que aconteça, serei fiel ao lado que você decidir lutar.

Daemon Lannister foi  o único a ouvir isso, pois nesse momento seus homens já estavam mais afastados. O semblante do menino era de determinação e de bravura, certamente ele não seria um lutador tão feroz quanto o próprio gigante, mas o modo como se portou indicava que o menino tinha um jeito de lorde, talvez um dia ascenderia a uma posição de grande prestígio. Talvez morresse também, mas era fato que Daemon agora podia contar com um aliado na Campina.

O caminho até a tenda que fora montada especialmente para o capitão estava intacta, a batalha não havia chegado até ali. Alguns dias se passaram e os homens já estavam prontos para partir. Daemon Lannister voltaria com uma vitória. Nesses dias, Daemon havia recebido uma mensagem de Lorde Ellion informando que uma nova oportunidade surgira para ele, nisso deveria regrassar assim que a guerra ali em Lago verde acabasse.

Daemon era conhecido como "Pacificador" porque sempre conseguia restabelecer a ordem perdida ou estabelecer uma nova ordem, fosse através das armas ou das palavras. Geralmente ele lutava nas guerras junto aos comandantes, em uma posição privilegiada entre os guerreiros, mas quando chegava a hora dos acordos e negociações ele acabava no comando. Preferia o combate quando o adversário era minimamente ameaçador, preferia a palavra quando se resumiam a homens verdes. Seu pai provavelmente teria massacrado toda cidade, era sim que trabalha, eliminando todos os inimigos através da força, provavelmente julgaria seus atos como "desmedidamente misericordiosos". Mas o rapaz não via nenhum feito em massacrar os fracos. As palavras de Melian lhe fizeram sentir que havia feito o correto ali, se lembrava de ter sorrido fraternamente para o rapaz antes de partir.

Desde então passou os dias com os homens, aonde ouvia conversas sobre os feitos de cada um, alguns obviamente exagerados, mas ele decidiu que aquilo era bom para a moral dos soldados, então sempre respondia com um sorriso e um elogio. Todavia, não deixou que os mesmos amolecessem, logo os treinamentos reiniciaram e todos se lembraram que toda batalha é uma batalha diferente, seus inimigos poderiam estar se preparando naquele momento e isso poderia ser a diferença entra a vida e a morte.

Com a chegada da carta ele preparou o exercito para marchar de volta para casa. Todos deveriam estar ansiosos, muitos tinham família naquelas terras e seus parentes aguardavam seu regresso. O leão partiu de Largo Verde, não sem antes enviar uma mensagem para o jovem Lorde Orme, avisando de sua partida e lhe desejando boa sorte.

A trombeta soou por toda Campina, avisando que Daemon Lannister retornava ao Vale D'Erva. A grande maioria da população que morava nas vilas adjacentes acabaram por atender o chamado, concentrando-se em frente a Fortaleza da Campina para saudar a volta triunfante dos homens. Daemon "The Peacemaker" Lannister cavalgava na frente, usava a armadura de combate completa para o delírio de todos. Ao seu lado cavalgava o porta estandarte, o qual balançava freneticamente o brasão dos Meadows e o dente de leão dourado que era o simbolo do gigante. Atrás cavalgava Javor Coklyn, sua passada era vagarosa pois ele coordenava as tropas que seguiam a pé, por isso era necessário que se apresentasse com uma velocidade reduzida.

Um grande baquete foi oferecido a todos os habitantes, a comemoração havia durado vários dias. Todos estavam orgulhosos dos feitos da guerra e histórias mirabolantes correram em abundância por entre as bocas dos nobres e dos plebeus. Daemon Lannister havia sido cortejado por algumas nobres locais, mas nunca tivera a chance de ficar a sós com nenhuma delas, pois o assédio ao novo capitão vitorioso era grande. Os dias e as noites do Leão da Campina eram repletos de atividade, era comum que durante o dia Daemon se exercitasse com seus homens, tornando sua liderança cada vez mais sólida. Sua figura ocupava a cada dia o papel de destaque, encorajando os homens e lhes fornecendo uma fonte de sabedoria no combate. A noite o treino era substituído pelo sabor alcoólico das bebidas destilas que eram produzidas na Campina, certa vez Daemon havia esquecido tudo que acontecera no dia anterior por causa de uma longa sessão tomando a "Folha Amarga", uma bebida típica da região.

Em um dia quente e abafado, Javor Coklyn organizara algumas lutas de pares para que o comandante pudesse avaliar suas tropas. A tarde foi repleta de suor e determinação, mas um homem acabou se destacando tanto que ele ousou desafiar o capitão. Isso não foi tomado como um insulto pela tropa, mas sim uma fonte de diversão e encorajamento, uma vez que o novato representava toda a vontade de crescer que aqueles homens possuíam. O jovem era Nok, também conhecido como Boca Rachada, sua alcunha era recente e havia sido conquistada na guerra no Largo Verde. Ele havia recebido uma espadada perto da boca, o qual lhe deixou um grande rasgo que fora costurado pelo Meistre. Seja como for, Boca Rachada ofereceu uma boa luta ao comandante, em alguns golpes ele parecia ter a experiência de um bom mercenário, mas ainda faltava muito para que ele oferecesse resistência ao gigante. O duelo travado mostrou que Boca Rachada possuía um grande prestígio com a tropa, o que significava que Javor Coklyn era claramente contra as ações do jovem.

Em relação ao recado que Lorde Ellion havia mandando para Daemon no fronte de batalha, nada havia sido revelado até agora. Lorde Ellion havia viajado com o rei para participar de uma reunião com O Conselho da Campina, afim de traçar os próximos passos e introduzir o comandante em um papel dentro do próprio Conselho. Depois de uma longa semana com rotina, Daemon finalmente havia sido chamado.

O conselho havia decidido que o leão poderia participar da próxima reunião, mas que esta seria realizada após algum tempo. Lorde Ellion encontrou com Daemon em uma manhã chuvosa no salão principal da fortaleza. Foi lá que Daemon foi informado do que fora decidido nos últimos dias.

— Eddard Stark está morto. O novo rei agora é o garoto Joffrey, o qual mandou que Eddard fosse executado com sua própria espada, Gelo. — Lorde Ellion dizia aquilo de forma exagerada, fazendo gestos e franzindo a testa. — Isso muda tudo. Agora a guerra foi declarada oficialmente. — Ele fez uma pausa. — Antes tudo ainda era incerto, Catelyn Stark havia prendido o anão Tyrion Lannister, acusando de tentar matar o seu filho Bran, mas agora com a morte de Eddard a guerra é inevitável. — Ele tocou suavemente o ombro do gigante, tendo que ficar nas pontas do pés para que não ficasse pequeno diante do gigante. — É uma pena que não tenhamos tempo para nos prepararmos, mas é essencial que nós agíssemos nesse momento. Há muita coisa acontecendo em nossa volta, creio que você deverá escolher a que você achar mais sensata. — Ele sorriu. — Sim, o conselho decidiu que você é sábio o suficiente para participar e tomar decisões como essa a partir de hoje.


Lorde Ellion estendeu as mãos e indicou cada dedo a medida que ele apresentava as opções.

— As Terras Fluviais estão sendo sangradas por um guerreiro misterioso que lidera uma tropa. Nossos informantes nos dizem que é alguém de grande influência na tropa de Tywin Lannister que lidera tais homens, mas ainda não sabemos quem ele é. O que temos em mão é a informação que o homem espalha o terror por onde passa, queimando os campos e enforcando todos que encontra pela frente. A campina fica vulnerável diante desse avanço e não seria do nosso interesse ver os Senhores das Terras Fluviais perdidos, pois eles ofereciam uma menor resistência na guerra contra os Lannister. — Uma longa pausa, indicando que aquela era sua primeira opção. — Você também pode ir para a Batalha de Correrrio, lá nós focaremos em destruir a retaguarda da tropa de Jaime, atacando os suprimentos que mantém os homens alimentados. — Ele esticou outro dedo. — Podemos nos exibir com uma grande tropa e tentar um início de guerra diplomático, o que devemos obter é uma promessa que Tywin Lannister pare de saquear as terras fluviais. — Outro dedo foi exibido. — Renly Baratheon busca novas alianças para fortalecer sua pretensão, por isso ele fará um rápido torneio cuja premiação poderá ser a honra de se tornar um membro da guarda pessoal dele ou ganhar uma espada de aço valiriano. — Ele fez outra pausa, sabendo que seria muita informação para que você digerisse. — Você pode marchar para o norte com uma pequena tropa com o intuito de encontrar com Robb Stark. Nós não o temos como aliado, mas talvez você pudesse traze-lo para nosso lado.

Os dias que sucederam o retorno ao Vale D'Erva ficariam na memória do comandante. Os homens estavam embriagados com a vitória. De dia o campo era um verdadeiro acampamento militar, os soldados praticavam incansavelmente, estavam melhorando, algumas mais rápido do que outros, mas ainda estavam muito longe do ideal. A noite, entretanto, pareciam verdadeiros guerreiros, bebiam como a Companhia Dourado, pelo menos. Daemon participou de todos os festins, tentava controlar tudo, por temor da reprovação de Lorde Ellion, mas não podia proibir a bebedeira a fornicação, isso dava confiança aos homens, álcool e mulheres é mínimo que se deve oferecer a um homem que poem a vida a sua disposição. Era o que se chamava "Vida de mercenário", lutar de manhã, beber e foder a noite. Ele mesmo não fugia a regra, de maneira que estava ficando sem serviçais no castelo com quem quisesse fornicar, um soldado chegou a oferecer a própria filha, mas Daemon estava bêbado demais para se lembrar se aceitou ou não.

De todo modo, esse pequeno período deveria passar, a guerra continuava e ele não havia chegado nem perto de seus objetivos. A boa notícia sobre o conselho era apenas mais um degrau, precisava agora escolher o melhor caminho para a vitória de Renly, mas acima tudo para a sua própria vitória. Ele parecia pensativo, analisando as propostos. Atacar Jaime, naquele momento, seria quase um suicídio, sua tropa devia ser menor e menos preparada. Ademais, o Norte ainda não era aliado, se os Starks não se unissem a sua causa era melhor que morressem abraçados com os Lannisters, suas tropas deveriam lutar entre si, isso facilitaria seu trabalho. — Quando será esse torneio, milorde ?         — Perguntava, ainda analisando as possibilidades.

Daemon pensou naquilo. Achava que o melhor seria angariar o Stark para o exercito de Renly, com isso ele traria a vitória definitiva para as tropas do rei. Os Lannisters seriam incapazes de resistir a um ataque coordenado e simultâneo, Norte e Sul marchariam contra Tywin e ele estaria preso, logo Westeros voltaria a sua normalidade. Mas a oferta do torneio lhe era atraente demais, todos os guerreiros desejavam uma arma de aço valiriano, conquistar essa arma massacrando os grandes nomes de Westeros seria uma oportunidade singular. Os Starks ficariam aonde estavam, o torneio acabaria em alguns dias e ele poderia encontrar o jovem lobo posteriormente, com uma linda espada do melhor aço nas costas.— Vou para o torneio, será uma boa oportunidade de falar com o rei. Assim que voltar, irei ao encontro de Lorde Stark. Fora isso, seria de bom tom que os homens não ficassem parados, Janos deveria pegar pequenos grupos para marchar contra bando de foras da lei ou qualquer coisa do tipo, não são a mesma coisa que um exercito, mas morrem tão quanto qualquer um e um homem só aprender a matar. praticando

Lorde Ellion lhe desejara sorte e havia falado que daria as ordens imediatamente a Javor Coklyn, fazendo com que os homens continuassem a experimentar o sangue dos inimigos.

A Estrada das Rosas era uma grande estrada, a segunda maior do continente. Era por lá que a fartura da Campina transitava, sendo de fundamental importância para todos da região. Por isso, a estrada não era muito perigosa, saltadores errantes temiam a fúria dos homens que costumavam patrulhar tal área, sendo apenas os mais desesperados a se arriscarem a tal feito. Seja como for, durante todo o caminho seguido por Daemon Lannister não foi visto um soldado sequer, apenas algumas carruagens com alimentos e uma guarda de mercenários contratada.

O sol estava no céu azul e límpido, dando um toque vivo ao gramado que cercava a estrada. Daemon havia sido enviado sozinho para Ponteamarga, Lorde Ellion dissera que não haveria problemas na estrada e que os homens já o reconheciam ou tinham notícia que ele seria enviado, de modo que uma comitiva faria apenas com que o gigante perdesse o torneio, uma vez que ele já estava para se iniciar. A cavalgada em direção a cidade não demorou muito, em pouco tempo daemon começara a ouvir o barulho do grande Rio Vago com suas águas turbulentas. Após ouvir o primeiro barulho de água, a cidade começou a delinear-se no horizonte, homens montados em cavalos e um grande contingente de plebeus também podia ser vista.

Enquanto Daemon passava pela grande massa, algumas pessoas abriam caminho e olhavam consternados para a figura que avançava, tentando reconhecer de quem se tratava. Por fim, o único que reconheceu Daemon foi alguém de grande prestígio em meio a plebe. Sor Loras Tyrel estava parado em frente a uma tenda enquanto conversava com um guerreiro. Ele olhou fascinado para Daemon e o chamou, demonstrando uma grande alegria ao vê-lo. Quando Daemon desceu do cavalo, Loras Tyrel sorriu e lhe fez uma saudação, sua voz era calorosa como da última vez que o gigante havia encontrado o cavaleiro das flores.

- É uma honra ter você aqui no torneio. Ninguém tinha certeza de sua presença, pensamos que você ainda estaria suprimindo a revolta dos Orme. Apenas nesses últimos dias que recebemos o corvo de Lorde Ellion, informando de seu regresso e de sua vitória no Largo Verde. - Ele sorria com uma genuína felicidade. - Oh, onde estão os meus modos? Deixe-me apresentá-los. - Havia um guerreiro ao lado de Loras Tyrel, o qual ficara em silêncio até agora. Ele estava sem armadura, mas estava usando apetrechos de um comandante, assim como Daemon estava trajado. - Esta é Brienne de Tarth, filha e herdeira de Selwyn Tarth, senhor do Solar do Entardecer. E também uma exímia lutadora.

Brienne era grande e forte para uma mulher, e superava também alguns homens. Tem olhos grandes e azuis que transmitiam confiança e inocência, é a única parte de seu corpo atraente. Os ombros são largos e quase não apresenta nenhum busto. Seu rosto é largo e cheio de sardas, com um nariz que foi quebrado diversas vezes. Sua boca é larga e com dentes proeminentes e tortos, com lábios extremamente gordo. Seu cabelo é cor de palha suja. Daemon viu que Brienne havia ficado incomodado quanto ao título de herdeira, mas assim que Loras havia falado sobre ela ser uma grande lutadora, ela havia sorrido, revelando uma felicidade genuína presente em todos grandes lutadores.

- É um prazer ter você aqui Daemon Lannister. Sor Loras Tyrell está impressionado com seu talento, mal posso esperar para vê-lo lutar. Irá participar das justas ou das Liças?

A justa era o principal evento do torneio, dando fama a qualquer um que ganhasse o torneio. Os competidores trajavam armaduras e montavam em cavalos, utilizando lanças para investir contra os adversários com o intuito de derrubá-los. Já a liça, era uma competição de luta corpo-a-corpo que utilizava armas cegas, muitas vezes as liças só paravam quando um adversário começava a sangrar. Daemon sabia que as duas competições trariam como espólio a desejada arma de aço valiriano.

Daemon passou o percurso inteiro pensando naquela linda arma de aço valiriano. Um prêmio que era o seu por direito. Em Essos era possível achar aço valiariano com um pouco mais de facilidade, alguns líderes de grandes companhias possuíam armas daquele tipo, mas o jovem nunca teve a sorte de conseguir uma. Seu pai bem poderia comprar uma, mas não existiam muitos homens dispostos a vendê-las e a concorrência era gigantesca, os bem abastados de Essos adoravam antiguidades de Valyria, de maneira que os colecionadores sempre eram a primeira opção dos vendedores. De todo modo, agora teria uma dessas maravilhosas armas, só precisava vencer uma dúzia de cavaleiros, o que não deveria ser tão difícil.

Ele deu um grande sorriso ao ver Loras Tyrell. Esperava que ele estivesse ali, mas não imaginou que o veria tão cedo. Finalmente poderia vê-lo lutar, saber se era tão bom quanto todos diziam, se fosse ele queria enfrentá-lo em baralha. Saudou o jovem de maneira animada, Loras tinha um ar familiar, mesmo que pouco contato um tivesse tido com o outro.

Quando Loras apresentou Brienne ele ficou inicialmente confuso, mas conseguiu disfarçar a surpresa. Brienne era, sem sombra de dúvida, pouco feminina, de maneira que até a sua apresentação ele a teria confundido com um homem estranho. Felizmente o filho de Jardim de Cima o havia poupado de um possível constrangimento. Ele cumprimentou Brienne, chamou de "milady", imaginando que a mesma se sentisse tão constrangido quanto ele.

— Sou um homem da guerra, milady, justas não são meu forte, mas pretendo sangrar muitos nas liças. E vocês ? Imagino que estarão nas justas, isso facilitaria muito a vida, seriam dois adversários implacáveis a menos.

Foi Brienne de Tarth quem respondeu:

- Será como você disse, lutaremos na justa amanhã. - Ela fez uma pequena pausa. - Desejo entrar na Guarda Arco-Íris, mesmo que para isso eu tenha que enfrentar Sor Loras Tyrell. - Ela observou a estatura de Daemon por um instante e voltou a falar. - Creio que você irá enfrentar na lista o Sor Emmon Cuy, um dos membros da Guarda Arco-Íris, assim como o nosso Loras.

Loras Tyrell tocou os cabelos, dando continuidade ao assunto.

- A liça será uma competição que envolverá dois combates, pois já foram realizadas alguns combates eliminatórios, de modo que agora participam as pessoas mais habilidosas. O campeão escolherá entre um aço valiriano ou uma vaga na guarda, como você já sabe. Em breve a competição irá começar Daemon, assim que o primeiro sol raiar amanhã, você deverá lutar. Os sorteios irão ser feitos na hora.

Spoiler:

Poderia escolher aquele instante para lutar, mesmo que um pouco cansado da viagem. Cada minuto ali era mais um minuto longe de suas tropas e mais em que Tywin respirava. Sor Emmom Cury não ficaria no seu caminho, iria falar com o jovem lobo com aquela espada na mão. Antes, contudo, deveria falar com Renly, mas isso seria depois de ter acabado Sor Emmom, no momento ele deveria estar ocupado, depois do torneio teria alguns minutos para os vencedores.

— Que esse dia passe logo então. — Disse sorrindo, como só um homem que quisesse sangue poderia fazer —

As pessoas presentes na grande arena que fora montada estavam enlouquecidas. Gritos ressoavam em uníssono, saudando o legítimo rei e lhe desejando um bom reinado. Renly Baratheon estava em pé em uma tribuna particular, um destaque a parte do grande entretenimento que estava para acontecer. Ele agradeceu os súditos e fez um breve discurso para os lutadores. Disse que seria um honra vê-los lutar e trazer alegria ao povo, que o vencedor certamente mereceria um lugar na guarda pessoal dele ou então de obter uma raríssima espada de aço valiriano, pois ali se encontravam os melhores lutadores.

Daemon Lannister estava posicionado para o combate, o gigante trajava uma simples cota de malha, o qual tinha intuito apenas de minimizar as dores provocadas pelo aço cego. Ambos os lutadores não contavam com proteção de armaduras, apenas possuíam um escudo de madeira utilizado por pajens para se defenderem. Era comum que após muitos ataques no escudo, ele se despedaçasse por causa do impacto forte do aço cego.

As pessoas gritaram quando o combate estava para se iniciar, a arena já estava com os dois lutadores frente a frente. Daemon Lannister havia sido sorteado para lutar com Esmond, um homem cujas habilidades eram desconhecidas, diziam que ele estava tentando a sorte naquele torneio, mas que não era um homem de se menosprezar. A luta seria boa.

Iniciativa de Esmond :

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3 , 2

Spoiler: