Grey "O Rubro" - Pallando

Tudo correu bem. Assim que Grey adentrou a cidade pôde observar algumas casas de madeiras formando uma rua lamacenta com algumas crianças brincando, um pouco distante da estrada principal onde tudo era mais limpo, com certeza um caminho para nobres. Lá havia uma estalagem e uma taverna, onde algumas pessoas pararam o que faziam para olhar o Rubro, mas logo voltaram-se aos seus negócios da feira que estava sendo realizada.

Grey continuava analisando as localizações ao seu redor, até notar uma prostituta de cabelos escura sorrindo e convidando-o para dentro de uma pequena casa. Estranhou de inicio, nunca havia sido bem visto pelas mulheres devido a sua aparência ameaçadora e a cicatriz, e embora tivesse tido seus "bons tempos" com algumas das servas dos Karstark quando mais jovem, Grey sempre surpreendia-se ao se sentir admirado por uma mulher, mesmo uma que na verdade só estivesse pensando nas moedas que devia estar trazendo consigo. O Rubro lançou um olhar frio para a mulher e voltou seu foco à missão.

Do outro lado da rua algo chamou sua atenção, uma taverna decorada com a cabeça de um lobo uivando, onde haviam alguns soldados bêbados e uma bela música suave. Olhou mais a frente e notou um conjunto de casas maiores na medida que a ladeira subia, uma delas toda adornada com os símbolos dos Branch. Visitaria um dos lugares, e com certeza um grupo de soldados bêbados poderiam deixar escapar alguma informação que pudesse usar.

Grey desceu do cavalo e começou a conduzi-lo a pé. Foi em direção à taverna e procurou o lugar onde poderia deixar sua montaria em segurança, para somente depois entrar na taverna.

Havia um local preparado para os cavalos em um dos lados, inclusive ali estava presentes dois cavalos que se alimentavam com feno e água fresca. O corcel de Grey foi amarrado e se refrescou enquanto o dono se dirigia para dentro da taverna.

O local era amplo e adornado com algumas gravuras de um galho retorcido. Havia várias mesas espalhadas em todos os lados, havia mulheres e homens conversando e gritando frases diversas, uma música proveniente de um menestrel que se apresentava também podia ser ouvida, inclusive alguns dos presentes recitavam com alegria alguns versos das canções. A música era sobre um cavaleiro que fora amaldiçoado por uma bruxa de Asshai da antiga Valíria, o qual havia lançado uma magia para que seus filhos jamais cometessem atos heroicos como o cavaleiro em questão. O fim da canção era triste, o cavaleiro havia falecido e seus filhos foram condenados a viverem como camponeses para sempre.

Uma mesa no centro da sala era ocupada por soldados Branch, pois alguns vestiam uma camisa adornada com o símbolo da casa. O material estava sujo de vinho e muitos pareciam excessivamente bêbados. Havia um rapaz louro em meio aos soldados, o qual o encarou por alguns segundos. O rosto do soldado exibia uma expressão de confusão e sua boca abriu-se algumas vezes em vão, como se ele tentasse articular algumas palavras. Tudo porém voltou a calmaria, pois o soldado caíra no sono por causa da bebida antes que pudesse falar alguma coisa sobre o rubro. Seja o que for que o rapaz havia pensado, estaria guardado por um longo tempo, talvez tempo suficiente para que Grey agisse a seu bel prazer. Havia também alguns homens encostado em um balcão, o qual falavam sobre comércio e garotas, o taverneiro assistia a tudo do outro lado, sempre passando grandes canecos de cerveja e vinho com uma das mãos e com a outra recolhendo as moedas de pagamento.

Spoiler:

Após deixar o cavalo amarrado no local adequado, Grey entrou na taverna. Como esperava, encontrou várias mesas espalhadas com pessoas conversando e gritando, tudo acompanhado por uma música sobre um cavaleiro amaldiçoado.

O fim da canção era desanimador, do tipo que fez o ouvinte lamentar ter escutado com atenção. O Rubro então dirigiu seu olhar para os soldados Branch em uma mesa no centro da sala, muitos deles pareciam estar bêbados. Um rapaz louro o encarou por alguns segundos, pareceu preparar-se para dizer algo antes de cair no sono, o que deixou Grey aliviado.

Haviam alguns homens encostados em um balcão conversando sobre comércio e garotas, enquanto do outro lado o taverneiro assistia tudo passando canecos de cerveja e recolhendo pagamentos. Grey não teve dúvidas, tentaria pelo menos a principio tirar algo dos homens que conversavam no balcão. Aproximou-se e sentou ao lado deles como quem acaba de realizar uma viagem exaustiva.

- Aqueles soldados não deviam estar em serviço?- Comentou com calma para chamar a atenção, prosseguindo logo em seguida- Não sabia que a casa Branch podia liberar tantos soldados para vagabundear de uma vez. Ou será por causa da feira que vi quando cheguei? Vocês estão comemorando algo em especial?- Perguntou da maneira mais amigável que lhe era possível, tentando não levantar suspeitas.

Um homem corpulento e com o hálito de vinho praguejou em direção ao taverneiro, pedindo outra caneca e estendendo algumas peças de prata, mas logo se virou em sua direção e lhe deu uma olhadela rápida.

- Serviço? Esses soldados não conseguem nem ficar de pé após beber um pouco de vinho, eu ficaria espantado se eles pudessem patrulhar alguma coisa. - Ele sorriu. - Vê como eles dormem como mulheres? Aquele ali dormindo, é o próprio capitão da guarda pessoal dos Branchs. Um capitão que não aguenta nem ficar de pé. - Ele pegou a caneca do taverneiro e bebeu um grande gole, apontando com uma das mãos o homem loiro que havia olhado para você antes de desmaiar. - Um verdadeiro homem nasce no comércio e no mar, é o que eu digo. - Ele faz uma pausa. - Eles não tem homem suficientes nem para proteger a própria cidade, mas ultimamente tem aparecido muitos homens aqui. Eu pensei que você seria um deles, mais um peregrino em nossa terra. O que faz aqui rapaz?

Grey sorriu para o homem que lhe respondeu, principalmente por não ter sido considerado suspeito. Agora sabia quem era o capitão da guarda pessoal e qual era a situação dos Branch, que de acordo com o homem, não tinham homens suficientes nem para proteger a cidade.

- Estou viajando em busca de oportunidades, deixei minha terra e o pouco que tinha para trás. Talvez eu dê alguma sorte aqui, já que tantos vem para cá ultimamente.- Grey voltou a olhar para os soldados, com uma expressão de quem os esta reprovando.- Se eu fosse um Branch, não descansaria até ter dispensado todos esses desocupados. Espero que haja alguns soldados rondando a feira, ao menos o povo precisa de proteção.- Encarou o homem com hálito de vinha a sua frente aguardando que dissesse algo, mas logo voltou a falar.- Saberia dizer onde posso encontrar um dos Branch? Talvez tenham algum serviço para mim.

Enquanto esperava a resposta do homem, Grey percebeu que os outros homens estavam em silêncio. Alguns lançavam olhares a estranha marca no olho do guarda de Winterfell, logo desviando o olhar em questões de segundos. Muitos pareciam temerosos com a presença do forasteiro, mas o homem beberrão com qual conversava parecia não se importar. Pelo sotaque do homem, era possível dizer que ele havia vindo do sul. O taverneiro que antes observava, decidiu entrar na conversa enquanto servia um pouco de vinho para um outro homem na ponta do balcão.

- Ultimamente os Branchs estão recrutando alguns homens que saibam lutar. Talvez você ainda consiga um serviço com eles, mas é imprevisível. Ninguém fala sobre o que estão planejando e nem porque estão recrutando tantos homens armados assim, mas o que importa no final? Um bom pagamento em prata ou ouro e tudo está resolvido. - O taverneiro sorriu, ficando parado entre os dois homens na parte de trás do balcão.

O beberrão que fora o primeiro a conversar com o rubro começou a falar.

- A honra não deve ser comprada com ouro, ela deve estar acima de tudo isso. Vocês conhecem Sor Barristan Selmy? Esse é um dos cavaleiros que possuem mais honra nesse reino, é disso que os homens precisam como inspiração. Eddar Stark é um bom homem também, espero que ele esteja desempenhando seu papel de Mão do Rei tão bem como ele o fez como Protetor do Norte. - Ele ficou série por um momento, olhando para Grey e para o taverneiro, retornando a falar com um sorriso de zombaria no rosto. - Mas os homens aqui costumam idolatrar o Regicida, aquele tal de Jaime Lannister. É o que eu digo, esses Branchs não sabem o que é correto rapaz. Mas você me parece um homem sensato, caso queira encontrar os Branchs poderá encontrá-los na Travessa de Madeira, certamente terá um encarregado lá que possa te colocar como um dos homens Branchs. Hei! Traga um vinho para ele. - Ele disse para o taverneiro, o qual serviu rapidamente um vinho para Grey. - É bom você ir acostumando rapaz, não queremos que você faça feio frente ao capitão.

Ele continuou a balbuciar algumas brincadeiras com a voz elevada, levando aos homens que assistiam a dar estrondosas gargalhadas, o qual não afetaram os soldados que estavam no centro da taverna. Todos estavam bêbados demais para levar aquilo como afronta, um dos homens havia até mesmo levantado um grande caneco de vinho e bebido todo o conteúdo com apenas um gole, sendo saudado pelos demais.

O Rubro notou os outros homens que lançavam olhares estranhos a marca em seu olho, estavam em silêncio e aparentemente temerosos, porém logo desviaram o olhar. Já o homem ao seu lado não parecia desconfortável, talvez estivesse bêbado, seu sotaque indicava que vinha do sul. Enquanto o taverneiro, que antes só observava, resolveu juntar-se à conversa e dando uma boa informação.

Sem dúvidas atacariam Winterfell, Grey teve certeza imediatamente. Deveriam ser muitos sendo recrutados, mas por outro lado os soldados de verdade eram poucos, além de que um grupo de homens armados unidos somente por ouro e sem disciplina podiam ser facilmente dispersados. Os homens estavam comprometidos com o ouro, não com a honra, o que os tornava um exercito menos ameaçador.

O beberrão logo voltou a falar. O Rubro admirou a forma com que o homem falava, eis um homem ciente do valor acima do ouro, e Grey sorriu com aquilo, quase teve vontade de deixar-se levar por uma conversa de bar que duraria horas. Mas assim que recebeu a informação de onde podia encontrar os Branchs apressou-se, mas não sem antes beber o vinho que lhe fora entregue e aproveitar um pouco o clima festivo do lugar. Riu discretamente das brincadeiras balbuciadas pelo homem e das gargalhadas na taverna até terminar a bebida, em seguida levantou-se.

- Bem, vou seguir meu caminho. Foi ótimo conhece-lo, boa sorte no que quer que vá fazer.- Grey cumprimentou o homem com quem conversou.- Adeus.

Assim que deixou a taverna, montou em seu cavalo e rumou à Travessa de Madeira em busca dos Branchs. Ainda não sabia ao certo o que faria, talvez tentasse matar o patriarca caso lhe fosse dada a oportunidade ou infiltraria-se momentaneamente no exercito, tudo ainda era incerto.

A Travessa de Madeira ficava algumas centenas de metros a frente, sendo necessário que Grey subisse a colina. Não foi preciso de muito tempo para que o rubro achasse o lugar, pois havia inúmeros homens treinando com espadas de madeira. A inclinação do terreno nessa área era pouca, de modo que não atrapalhava as atividades empreendidas. A travessa se tratava de uma grande plataforma de madeira lisa sob o chão, formando um espaço aonde os homens se exibiam em combate naquele momento. Havia alguns sacos empilhados em um canto com algum tipo de cereal - o mesmo das plantações -, que eram frequentemente carregados pelos homens. Um homem parecia coordenar e avaliar as habilidades dos combatentes, murmurando palavras de desprezo enquanto observava o desenrolar dos combates.

A maioria dos homens ali não sabiam exatamente como segurar uma espada, mas todos pareciam se esforçar para alcançar um bom grau de habilidade. O homem responsável pela seleção era careca e gordo, suas mãos ágeis escreviam no papel na mesma velocidade que sua língua era capaz de emitir um novo xingamento. Ele parecia atento não só aos combates, mas também por tudo que o cercava. De imediato, enquanto dois homens trocavam golpes no meio do tablado, o encarregado avistou Grey se aproximando e logo já começou a falar.

- Veio aqui para integrar a guarda? Vejo que você tem um porte de guerreiro. - Ele pediu que a luta parasse e se dirigiu aos outros homens. - Vê como um bom homem se porta? Ele não cavalga como um camponês como vocês! Agora lutem de novo. Mostrem o que podem oferecer a família Branch.- Ele indicou com a mão, pedindo que Grey fosse até ele. - Acha que consegue vencer esses homens?

O barulho de madeira continuava a ser ouvido, o suor dos homens escorria por seus rostos, muitos possuíam as feições grossas de um camponês. Aquele treino ou seleção, tinha um nível bem baixo se comparado com os homens de Winterfell ou até mesmo dos Karstark.

Não demorou muito para que Grey chegasse ao lugar subindo a colina, haviam vários homens treinando com espadas de madeira no local de inclinação favorável às atividades. Era uma grande plataforma de madeira lisa sob o chão, onde os homens combatiam. Grey observou também alguns sacos de algum tipo de cereal empilhados em um canto, sendo frequentemente carregados pelos homens.

Em meio a tudo aquilo destacava-se um homem careca e gordo que coordenava e avaliava os combatentes, sempre murmurando palavras de desprezo com certa razão em fazê-lo. A maioria dos homens não sabiam sequer segurar uma espada corretamente, embora parecessem se esforçar bastante. E não demorou para que o homem gordo o notasse e lhe chamasse a atenção. Grey o ouviu e logo desceu do cavalo.

- Com certeza, não será problema.- Disse esbanjando arrogância, estendendo a mão para receber uma das espada de madeira.- E então, um por vez ou todos juntos?

Spoiler:

O encarregado sorriu com a resposta de Grey, mas os homens pareceram furiosos a despeito da forma que o guarda de Winterfell havia menosprezado suas habilidades. No entanto, o silêncio tomou conta do local, pois os homens também pareciam temerosos devido aos traços estranhos que o homem possuía. O olho rubro, marcado por um ferimento, era sinal de que se tratava de alguém experiente.

O encarregado careca colocou a mão no queixo, no final de alguns segundos ele disse um nome.

- Osmond.

Imediatamente o homem mais preparado do local se colocou a frente de todos, entregando uma espada de madeira a Grey e também se preparando para o combate. Ele era um dos poucos que possuía uma estatura de um soldado de verdade, ele sorriu quando o combate se iniciou.

Iniciativa de Osmond:
Vinah efetuou 2 lançamento(s) de dados (d6.) :

3 , 4

Spoiler:

Grey recebeu a espada de madeira e observou aquele que seria seu oponente. Era um dos poucos com estatura de soldado e sorriu, demonstrando confiança.

- Que seja.- Disse com calmo. Aguardou a iniciativa do oponente para contra-atacar em seguida.

O membro 'Pallando' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd6' :

Resultado : 2, 6, 1

Antes que Osmond pudesse fazer qualquer coisa, Grey o atacava primeiro. Seu preparo era muito maior, de modo que mesmo o mercenário estando pronto para o combate, a velocidade que o rubro se moveu foi impressionante.

Spoiler:

Normalmente usaria duas espadas, uma em cada mão, mas provavelmente não seria necessário tanto. Grey segurou a espada de madeira com as duas mãos e observou o oponente, fixando o olhar rubro sobre Osmond.

Seu ataque foi rápido e feroz, saltou a frente movendo a espada para cima e atacou na vertical, mirando a cabeça do inimigo. Tentaria acabar com o homem em um só golpe.

Spoiler:

O membro 'Pallando' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'd6' :

#1 Resultado : 3, 2, 6, 1

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#2 'd6' :

#2 Resultado : 5

O ataque de Grey foi certeiro. A espada deslizou habilmente pelo ar e as mãos firmes do rubro projetaram uma força imensa no golpe, fazendo com que o ambiente fosse invadido por um estalido da madeira ve chocando contra o crânio de Osmond.

O encarregago ficou surpreso ao ver como o combate estave perto do fim, mas sorriu orgulhoso em apostar que o forasteiro seria habilidoso.

No entanto, Osmond ainda não havia sido batido completamente. Sua cabeça sangrava e ele parecia tremer em alguns momentos e até mesmo ameaçou a desmaiar, mas ele junto forças para um ataque ao rubro.

Vinah efetuou 4 lançamento(s) de dados (d6.) :

3 , 1 , 4 , 6

Osmond conseguiu um ataque frontal, reunindo suas últimas forças para tal alto. A espada que ele utilizava se chocou contra o braço de Grey, provocando uma ardência de dor no Rubro. Assim que o golpe foi dado, Osmond perdeu as forças e caiu no chão, sendo rapidamente aparado pelos outros mercenários. Um dos homens que ajudava Osmond chegou até mesmo a empunhar uma espada de madeira com intenção de um novo combate, mas o encarregado abriu as mãos e mandou que eles se afastassem.

- Fiquei muito satisfeito com sua habilidade. Sem que o avisasse, havia indicado um dos guardas que já fora aprovado pelo Lorde Branch para batalhar contra você. Osmond é um dos mais queridos e habéis da nossa casa, ficando atrás apenas da guarda pessoal do próprio Branch. - Ele fez uma pausa, pedindo a espada de madeira que Grey empunhava. - Gostaria de me acompanhar até os Branch? Não hoje, o lorde está muito ocupado nessa tarde. No entanto, posso concender um encontro entre vocês, aonde eu pretendo apresentar uma nova remessa de soldados. Qual o seu nome rapaz? Gostaria de servir aos Branchs? Se sim, venha até a fortaleza de madeira na próxima manhã, assim que o primeiro raio de sol nascer.

O Rubro fora certeiro como havia planejado, atingindo o crânio do oponente com um ataque feroz. A cabeça de Osmond ficou ensanguentada, mas ele continuou de pé provando-se acima das expectativas de Grey, que ficou impressionado com a insistência do homem.

Osmond não só resistiu ao forte golpe na cabeça como também contra-atacou, reunindo suas últimas forças em um ataque frontal que atingiu o braço de Grey, provocando ardência de dor na região. Foi sua última ação antes de cair sem forças no chão, sendo acudido logo em seguida pelos outros mercenários. Um deles chegou a empunhar uma espada de madeira contra Grey, desejando iniciar um novo combate, mas antes que isso acontecesse o encarregado sinalizou para que se afastassem.

Grey ouviu o homem oferecendo exatamente aquilo que queria. Agora poderia "infiltrar-se" na casa Branch e a partir dai planejaria seus próximos passos.

- Com certeza senhor, vim aqui justamente pra isso. Quero servir os Branch.

Quando os primeiros raios de sol surgiram, a pequena cerimônia havia se iniciado. O local escolhido era justamente em frente ao castelo destinado aos Branchs, uma grande estrutura no topo da parte mais alta da cidade, permitindo uma visão completa dos campos e do início da floresta que cercava toda a região.

Havia vários homens que foram aprovados para a tropa local, mas lorde Branch não esteve presente durante toda a cerimônia. O encarregado havia ficado uma fera, mas por fim, havia concedido ele mesmo a “dádiva” aos homens que ali se encontravam, todos agora pertenciam a casa Branch. O comandante da tropa pessoal de Lorde Branch, o qual Grey havia encontrado bêbado na taverna, estava presente. Ele havia lançado olhares curiosos ao rubro, como se esperasse uma chance de confidenciar com ele, uma coisa que não foi possível naquele momento.

Os recém soldados foram apresentados aos portões principais do castelo, tendo como missão guardá-los por todo aquele dia. Grey havia ganhado uma tarefa mais nobre, pois havia ganhado o acesso ao castelo e patrulhava um dos corredores do interior da fortaleza. Grey se encontrava em meio a corredor, aonde via dois longos caminhos, um que dava acesso a uma escadaria e outro que desembocava em algum corredor adjacente. No momento, não havia outras pessoas a vista do rubro.

Assim que o sol nasceu, a pequena cerimônia teve inicio em frente ao castelo dos Branchs. Grey estava lá para receber a "honra" de "servir" a casa, juntamente a vários homens que foram aprovados para a tropa local. O comandante da tropa pessoal de lorde Branch também encontrava-se por ali, o mesmo que Grey havia encontrado bêbado no dia anterior, e o Rubro o ignorou o tempo todo. Infelizmente o lorde Branch não estava presente, Grey lamentou quase tanto quanto o encarregado, que ficou furioso com a ausência do lorde, mas por fim concedeu ele mesmo as honras aos homens que agora pertenciam aos soldados Branch.

Finalmente, após os recém soldados receberem a missão de guardar os portões principais do castelo, Grey via-se em meio a um corredor com dois longos caminhos, um dando acesso a uma escadaria e o outro levava a mais um corredor. Havia recebido uma tarefa mais nobre que os demais e tinha acesso ao castelo, tudo que precisava.

Precisava ser cauteloso em suas próximas ações, poderia permanecer servindo a casa Branch e ganhando confiança enquanto reunia informações, o que não era de seu feitio, ou poderia tomar a arriscada decisão de tentar assassinar Lorde Branch e quantos outros da família conseguisse. Ainda não tinha certeza, mas prosseguiu pelo corredor que levava à escadaria para subir as escadas.