TABERNA DOS DESAFORTUNADOS

Kama 2 PO 1d4 1d6 x2 — 1 kg Cortante
Shuriken (10) 2 PO  1d2 x2 3 metros 0,25 kg Perfurante

Rações de viagem (4 dias) 2 PO 2 kg
Estrepes 1 PO 1kg
Pederneira e isqueiro 1 PO
Cantil 1
Traje de monge 5 PO 1 kg
Cobertor de inverno 5 PP 1,5 kg
Mochila 2 PO 1 Kg
Garrafa de Vinho 2 PO

Atilas nasceu sobre outro nome: Atilas. Sua terra natal era uma das muitas ilhas do arquipélago de Moreania. Lá, a população vivia uma relativa paz, vivendo do esforço do seu próprio suor, aprendendo que o corpo são mantem a mente sã. Era um regime rigoroso, que se iniciava logo aos 3 anos de idade, mas todos viviam satisfeitos com a vida pacata que tinham. Eles não cultivavam o fervor da divindade do Irmão Selvagem, preferindo a passividade da sua Irmã (uma das muitas faces de Allihanna). E talvez, esse pacifismo tenha sido o seu pecado, que os levou a ruína.

A paz neste lugar se manteve durante ano até que, a vila foi invadida por um piratas minotauros liderados pelo capitão Cetus, afim de saquear e obter escravos para o tráfico do Mar Negro. Os moreau daquele lugar não resistiram, não eram acostumados com violência. Todo o ouro foi roubado e quase todas as pessoas foram mercadoria de tráfico, com exceção, de Atilas e alguns outros de bela aparência, esses seriam vendidos como escravos em Tapista.

A viagem de barco foi longa, todos estavam acorrentados, exaustos e com fome, eram alimentados apenas uma vez por dia para que ao mesmo tempo não morressem de fome e não tivessem força para se rebelar. No entanto, Atilas sabia que se mantivesse em regime de meditação poderia guardar suas forças para quando o momento da real necessidade chegasse. Assim, quando o barco fez uma parada num dos vários pontos de troca do butim provido pela pirataria, Atilas aproveitou-se do sono dos guardas e conseguiu escapar lançando-se à água. Porém, isso quase resultou na sua morte, pois os grilhões que retinham parte dos seus movimentos eram pesados e quase o levaram ao fundo. Todavia, o seu corpo forte herdado do modo de vida de sua terra-natal mostrou-se sua salvação.

Ao chegar a margem, correu por aquela terra desconhecida, desconhecendo o destino final do seu povo. Viveu pelas ruas durante anos, sem conhecer nem idioma ou costumes dos locais. Enquanto mendigava para sobreviver, fora decaindo em um sentimento de culpa por sobre os ombros, chegando a desejar a morte chegasse logo. Mas o destino que imaginava não se assombraria a ele muito tempo.

Coincidentemente, ao seguir boas esmolas, acabou por adentrar em um templo dedicado ao Panteão. Lá, ele assistiu um velho monge discursar sobre paz, seus olhos foram abertos novamente e ele decidiu se tornar um monge, queria viver pelos outros e fazer o bem dos outros. Atilas implorou para ingressar naquele monastério, com o pouco que aprendera da língua. E ele foi aceito. Seu nome passou a ser Atlas, que significava "vigor, aquele que suporta". Ele gostou, pois lembrava a vida que seu povo levava em sua ilha, anos atrás.

Nos anos seguintes, aprendeu que a vida reclusa dos monges era ministrada por um rigor de trabalho e doutrina física muito semelhante a de sua amada terra-mãe. Treinando duramente e orando, ele buscou a paz e a calma, quase a alcançando, mas algo ainda o perturbava: era a sina desconhecida de seus familiares e vizinhos, que ele tanto desconhecia. Ele ainda desejava saber que fim haviam eles tomado e se poderia ter feito algo a respeito. Então, buscou a orientação junto aos mesmos monges que o acolheram. Estes lhe disseram que teria de ir em uma jornada de auto-busca, para livrar-se dos seus fantasmas do passado que ainda o podiam estar atormentando.

Agora, ele segue e a sua primeira parada é Malpetrim, que por coincidência possui uma forte ligação com a pirataria e o tráfico de escravos.