PROLOGO - AMAZON LILY

Amazon Lily é uma ilha localizada no Calm Belt e de difícil acesso, pois costuma ser infestado de Reis dos Mares e não há ventos fortes ou tempestades por lá. Outra forma de manter os estranhos distantes da ilha  é a Imperatriz Boa Hancock, por sua posição com Shichibukai, ela assinou um tratado com o governo mundial, então a ilha ficará protegida enquanto ela seguir suas ordens.  Geograficamente tem uma montanha situada no centro com o formato de grandes serpente, é cultural as mulheres kujas serem adoradoras das serpentes e muitas das mulheres carregam grandes ornamentos de cobras ao redor de seus pescoço. No centro dessa montanha há um grande vale onde se situa a tribo Kuja.

Na parte mais alta da ilha tem um palácio que lembra a da China Antiga e lá que mora a Imperatriz Boa Hancock e suas companheiras. Normalmente no palácio é realizado assembleias do conselho e pouquíssimas pessoas do mundo exterior teve o privilegio de entrar na ilha das Kujas. A crença das Kujas é que a força e a beleza devem ser iguais. Quanto mais forte a mulher, mais bela ela deve ser. Por isso que é inadmissível as Kujas terem relação com homens, pois de acordo com o ditado popular, amar enfraquece.

Mas hoje é um dia de festa da ilha, pois o grande torneio das piratas Kujas está para acontecer, desde manhã há uma grande movimentação na ilha, as mulheres correm para cima para baixo, arrumando as arenas, as arquibancadas e o banquete. No palácio a movimentação é grande apesar de ser um local mais silencioso, já que todos sabem que o humor das irmãs da imperatriz, pode ser bem instável.

Porém para Zoe o movimento da cozinha é insano, pessoas corriam de um lado para o outro, havia muita gente falando ao mesmo tempo e o barulho de louça sendo lavado era constante. Zoe era uma das cozinheiras da ilha e estava encarregada de cuidar do fogão. A sua frente havia grande caldeirões que borbulhavam enquanto um delicioso aroma saia das panelas, ainda era 10:00 da manhã, faltava 2 horas para iniciar o torneio e ela e as outras cozinheiras precisavam alimentar quase 300 mulheres, era muito serviço para pouco tempo.

Enquanto isso Tomoko estava ajudando a montar as arquibancadas, havia ripas de madeiras ao seu redor, ela estava em cima de uma escada pregando as laterais com um grande martelo. Havia mais gente construindo, mas exatamente naquele lugar estava calmo, apenas o som rítmico das marteladas podia ser ouvidas e de vez em quando a Carpinteira-Chefe aparecia lá para vistoriar o trabalho e dar novas ordens. Da altura que tava Tomoko tinha uma boa visão da arena, era circular lembrava o Coliseu, ela sabia que era lá que que as batalhas finais aconteceriam.

Do outro lado da ilha Mary estava em casa dentro do seu pequeno laboratório, sua concentração era tanta que ela não prestava atenção em nada ao seu redor, exceto na pesagem que ela fazia entre os tubos de ensaio. Havia vários frascos coloridos espalhados pela mesa e um pequeno tubo borbulhava sobre o maçarico. Ela tentava criar uma nova formula para alterar a fisiologia das plantas, se seus cálculos tivessem corretos, Mary conseguiria alterar tamanho e forma dos vegetais.

Por fim Audrey estava cuidando de uma pequena embarcação atracada no porto da ilha, ela tinha uma relação muito amigável com as piratas Kujas e tinha permissão de ir no porto sempre que quisesse, mas ela sabia que era proibido zarpar sem autorização, mas como ela amava a vida pacifica na ilha, não pensava em sair, mesmo que uma vozinha interior sempre lhe dizia que precisava explorar os mares. A aprendiz de navegadora estava segurando firme o timão olhando o horizonte quando uma voz pode ser ouvida por toda a ilha.

Espalhado em vários lugares havia megafones que reproduziam tudo o que acontecia na cabine de controle que ficava no palácio, esse equipamento é mais usado em caso de aproximação de Rei dos Mares, mas hoje era um dia especial.

- ATENÇÃO!!! ATENÇÃO!! Hoje é o grande dia e que todos aguardam com tanta ansiedade, dentro de 2 horas o torneio vai iniciar e nossa queridíssima Imperatriz Boa Hancock e suas fieis escudeiras irão avaliar seus desempenhos e irão escolher quem serão digna de entrar na nossa tripulação e ser mais um grande orgulho para essa ilha.

Após um apito fininho a comunicação foi encerrada e todas voltaram as suas atividades.

Spoiler:

Ao olhar para o tamanho da arena que ajudava a construir ela sentiu um incomodo nas suas entranhas. Era tanta gente que cabia ali que ficou desconfortável. Foi a pior ideia que ela teve nos últimos anos. Imagina aquelas pessoas todas vendo ela apanhar?

Só de pensar nisso Tomoko quase martelou o próprio dedão. Com um susto ela olhou aonde batia e viu que martelava atoa um prego que já tinha sido pregado. Ele estava até fundo demais. Sentiu por um momento vergonha de si mesma, mas respirou fundo, afinal era só um prego, né?

Partiu para o próximo na ripa de madeira seguinte. Não podia mostrar a sua fraqueza, era por isso que se escrevera no torneio. Poderia mostrar que não era só uma simples carpinteira. Sabia lutar e tinha coragem. Apesar que com o pensamento de toda aquela gente ali aquela arena, fazia ela sentir um frio na espinha.

Suspirou terminando de pregar mais um prego e tomando um suspiro antes de partir pro próximo. Quem ela tava tentando enganar? Não entrara naquele torneio pra mostrar que era forte. Assinara o seu nome porquê queria deixar aquela ilha e conhecer o tinha além. No presente momento já começava a se arrepender da ideia. Que lutadora ela era? Ela praticava mais pra se manter em forma do que ficar forte.

Desceu pra ultima ripa a ser pregada e foi martelando rápido. Assim que terminou desceu da escada e olhou pra aquele palco todo montado. Nesse momento o megafone soou e veio o anunciou. Ao ouvir aquilo a sua mente acelerou e ela foi imaginando.

"Pessoas, Muitas pessoas ali olhando pra ela. Sol forte sobre a sua cabeça, suor escorrendo pelo o seu corpo e a sua adversaria ali a sua frente. O cajado estava ali em suas mãos e não sabia o que fazer, estava todo mundo olhando pra ela."

A sua mente continuar a rodar, imaginando. Cada vez mais estressada ela decidiu que tinha que ir pra casa. Deitar e se afastar daquilo tudo. Foi isso que fez correu pra longe dali rumando ao seu lar.

Mary que se mantia concentrada em seu experimento, é subitamente  interrompida pelo anúncio, repentinamente ela lembra da promessas que fez as kujas, de proporcionar um belo encerramento para o evento, então ela se dirige para o pequeno galpão que tem no fundo de casa e pega algumas caixa que estava guardando e as coloca numa carroça motorizada. Dentro das caixas tinha vários fogos de artifício produzidos por Mary e que proporcionariam um excelente espetáculo a noite no encerramento.

Em seu caminho para a aldeia Mary atravessa a floresta, durante seu caminho outros pensamentos que não são sobre seus experimentos tomam conta de sua cabeça, ela lembra de seu velho pai e uma imensa saudade aperta seu coração, então ela começa a calcular as possibilidades de vencer o torneio e finalmente zarpar para saciar sua fome de conhecimento além de descobrir como voltar pra casa é reencontrar seu pai. 

Chegando na arena Mary monta os fogos, então segue para o local da disputa e para por alguns minutos, logo seu cérebro começa a calcular suas chances e as possibilidades, por fim ela se inscrever na competição e parte pra casa para se preparar.

Com o habitual sorriso no rosto e uma animação especial para aquele dia, Audrey segurava firme o timão com o olhar calmo fitando o horizonte. O céu, as aves e o mar que a chamava para navega-lo davam uma bela vista, uma imagem que a aprendiz de Navegadora não se cansava de apreciar. Algum dia, um talvez não muito distante, todo aquele grande mundo estaria ao seu alcance para que pudesse explora-lo.

Audrey Marjorie cuidava de uma pequena embarcação no porto, assobiando e desatenta a tudo que acontecia ao redor. Sua relação amigável com as piratas Kujas a garantia um passe livre para o porto, onde gostava de passar a maior parte do tempo em algum navio observando o mar, assim como estava agora.

Sabia que dia era aquele, porém, distraída como era, precisou ouvir o chamado dos megafones, ligados a cabine de controle que ficava no palácio e era usado em casos de urgência, mas dessa vez era diferente.

O sorriso gracioso foi tomado pela emoção em poucos instantes, toda a ilha deveria parar para acompanhar o torneio e para Audrey não seria diferente. Estava animada para assistir o evento, afinal algumas vezes qualquer coisa que a tirasse da rotina era bem-vinda. Com isso, a Navegadora amadora soltou o timão e olhou para as companheiras que estavam por perto, levando as duas mãos a boca para que o que tinha a dizer fosse ouvido por todas.

- Vejo vocês no evento. Bye!- Avisou aos quatro cantos do pequeno porto. As piratas Kuja já deviam estar familiarizadas com os "anúncios" da aspirante a pirata, então provavelmente não dariam muita atenção.

Audrey não demorou a deixar o navio e o porto, rumando para onde a Imperatriz e suas escudeiras conheceriam a mais nova navegadora da tripulação de Amazon Lily.

Zoe estava a frente dos caldeirões, o calor do vapor umedecia sua testa coberta por uma bandana vermelha com o simbolo das kujas, com o braço esquerdo mexia um caldeirão onde havia um ensopado de rei dos mares, trazido naquela semana pelas kujas do calm belt, com a outra mão separa alguns temperos, quando deu falta de um.


-Ei, ei, ei. Cade o Açafrão? Ele estava aqui agora, quem usou e não colocou no lugar? Bora lá galera, tem só 300 bocas pra alimentar e eu não farei isso sem o bendito açafrão.

Zoe olhava em volta aguardando uma resposta positiva de suas companheiras de cozinha, de prontidão uma delas veio pedindo desculpas e lhe entregando o aguardado tempero que casaria perfeitamente com a peça de 12Kg de lombo suíno, caçado nas florestas de Amazon Lily.

- Até que enfim. Dizia a apressada Zoe.

Ao começar a temperar a peça, ouviu-se o do alto da estrutura o megafone rugir.

"- ATENÇÃO!!! ATENÇÃO!! Hoje é o grande dia e que todos aguardam com tanta ansiedade, dentro de 2 horas o torneio vai iniciar e nossa queridíssima Imperatriz Boa Hancock e suas fieis escudeiras irão avaliar seus desempenhos e irão escolher quem serão dignas de entrar na nossa tripulação e ser mais um grande orgulho para essa ilha. "

Aquilo ecoou na mente de Zoe, era sua chance de ir conhecer o mar, ela sentia a batida das ondas em seu coração, afinal por ser uma Tritã ou como alguns conheciam Mulher Peixe, ela sentia falta das espumas das ondas, do sal da água e de usar suas guelras, era uma saudade sem tamanho, de sua casa. Apesar da gratidão imensa e apreço pelas Kujas, por resgata-la da mão de mercenários vendedores de escravos aos Tenryuubitos, ela queria voltar ao mar outra vez. E essa era sua oportunidade, o anúncio fez que ela se apressasse ainda mais e seu sangue fervia junto a água dos caldeirões.

- Booraaaa galeraaaa, que eu não quero perder a hora para essa seleção ai não hein. Quero esse ensopado pronto em 30 minutos, já preaqueça o forno a 320 graus para receber esse lombo de porco, 20 minutos quero relatório da sobremesa, vou experimentar tudo antes de ser servido. Vamos garotas, conto com vocês.

Assim que abandonou o pequeno barco, Audrey corria com uma só coisa em mente. Sua ansiedade quase impediu que ouvisse uma voz familiar chamar por seu nome. Ela parou e olhou na direção da voz para ver amiga.

A navegadora quase sentiu-se culpada por não ter pensado em Hana antes de dirigir-se ao torneio. Eram amigas desde sempre, cresceram com as piratas Kuja como guardiãs e tinham o objetivo de deixar a ilha em comum. Audrey não deixaria Amazon Lily sem ela.

Sorriu e parou, aguardando a chegada da aprendiz arqueóloga que aproximava-se ofegante.

- Pensei que já estivesse por lá. Vamos.

Seguiu com sua amiga, diminuindo o ritmo da corrida para que ela pudesse acompanha-la sem cansar-se. Estava ainda mais ansiosa para chegar a arena onde a promessa de ambas poderia se concretizar.

Mary finalmente chega em casa, rapidamente tira o jaleco e preparar seus equipamentos e coloca uma roupa confortável que permita o movimento fácil. Enquanto se arruma, um sentimento de nostalgia e euforia se misturam-se enquanto lembra do pai e imagina a possibilidade de voltar pra casa.
Com tudo pronto Mary parte para o local da disputa com um brilho nos olhos e uma aura de otimismo. O sol ilumina seu rosto e o vento sacode seus cabelos, como um sinal de sorte, então um grito vem em sua garganta e ela não consegue segurar.


-Papaiiii estou voltando!!!!!! 

Assim que Tomoko se jogou na cama ela deixou a sua estressada mente relaxar. Caso ela ficasse ali por um tempo descansando poderia deixar os seus medos irem embora e conseguir enfrentar o que tinha pela frente no torneio.

As vezes ficava pensando como seria a sua vida depois que passasse o torneio e virasse kuja. Como se sentiria num barco cheio de estranhas? Será que veria muitas coisas novas? Essas duas perguntas eram apenas algumas das muitas que vinham na sua mente.

Depois de alguns minutos deitada ela se levantou se foi até os fundos da sua casa, ele dava pra floresta da ilha, aonde costumava retirar madeira pras suas obras. Um pouco distante perto a uns dois metros da porta estava o seu cajado encostado na parede. Ele era uma fina obra feita de carvalho. Tomoko o pegou e golpeou o ar com força. Ele teria que servir....

Mary, após dar uma boa olhada no local em que colou os fogos, fica satisfeita ao imaginar que escolheu o melhor lugar e que todas vão poder apreciar o espetáculo. Em seguida volta sua atenção para as meninas novamente e com um grito chama a atenção delas enquanto balança os braços.

-Eeeeeeiiii!! Estão prontas!?  
-Boa sorte e espero que sejamos companheiras!!!! 

Bibi olhava do lado de fora da arena deslumbrando todo o tamanho que aquilo representava. Não só pela sua estrutura, mas pelo poder que aquele monumento tinha em dar e destruir sonhos das moradoras da ilha. Para quem a olhasse agora viria uma pessoa calma e decidida, mas hoje mais cedo tudo indicaria o contrário.

Bibi acordou cedo, como de costume, e foi se lavar para retirar o sono e começar seu dia. Só que desta vez algo estava errado. Quando passara a mão no rosto, ela não sentira seu tapa-olho que nunca saíra de seu rosto e isso a desesperou. Ela forçadamente levou sua mão esquerda até onde deveria estar o item desaparecido enquanto virava sua cabeça de um lado para o outro descontroladamente.

Ela não lembrava o que havia feito com seu precioso item e isso lhe deixava maluca. Com apenas uma das mãos ela pegou suas roupas e as vestiu, prendeu seu cabelo e saiu correndo por toda a ilha. Bibi tinha o costume de visitar o porto, ver a arena e ir ao hospital ajudar no que fosse possível. Seu tapa-olho deveria estar em algum lugar destes.

Quando o aviso do início da arena chegou, a curandeira se desesperou ainda mais. Não era possível que ela perderia o torneio por causa do seu tapa-olho. Não era possível isso. Sua vontade era cair em prantos e chorar igual a uma menina que já fora e, fora o que iria começar a fazer. Foi quando a sua chefe - como bibi gostava de chamar a médica da ilha – apareceu com seu tapa-olho.

- Eu lavei pra você para aparecer apresentável – disse ela sorridente, conseguindo fazer Bibi cair aos prantos colocando o tapa-olho.

Func func func.


Eeeeei, o que está queimando na minha cozinha? - Zoe observava os pratos seguindo seu olfato apurado, logo reparou nos tons adocicados do cheiro queimado - O caramelo.

Gritou e correndo desligou o fogo, chamou a responsável bronqueou mas ensinou que não poderia deixar de mexer senão aquilo iria acontecer novamente. Ela olhou para o relógio e viu os 30 minutos restantes para conclusão de seus pratos, viu as entradas já preparadas e devidamente montadas para serem servidas.

E logo que viu que as refeições principais das Kujas estavam prontas ela começa a delegar as funções para as demais cozinheiras e assim ela se retira da cozinha. Ela tira sua doma branca, troca sua bandana vermelha por uma laranja e seca, se higieniza e se dirige ao lado de fora.

Quando chega ao lado de fora, em frente a entrada da cozinha, Zoe da um suspiro profundo sentindo o ar fresco e úmido, coloca as mãos na cintura e aproveita aquele momento que estava por vir com um sorriso no rosto, ela imaginava a brisa do mar no seu rosto com a força dos ventos batendo na proa do navio, o som das ondas do mar e as gotas de água formando pequenos arcos-íris  ao lado do navio com a incidência da luz do sol sobre eles.

Seus devaneios foram parados por mais um anúncio do megafone, era hora de correr, faltavam apenas 30 minutos para a competição e Zoe não iria perder isso. Ela então se dirigiu ao novo coliseu e lá ela iria dar o seu melhor, levou consigo uma panelinha e duas colheres de pau, ela sempre andava precavida, não se sabe quando precisa fazer um prato rápido pra se alimentar.

E assim foi, em busca de seu futuro.

Spoiler:

Bibi acorda pela manhã e percebe que perdeu um item muito importante. Assustada ela percorre por toda ilha atrás de seu tapa olho que por sorte, a médica chefe da ilha estava com ele e fez um pequeno favor para a jovem. Após agradecer Bibi caminha em direção a arena, como instruía o anuncio do megafone.

Agora mais tranquila a ruiva observava a grande construção que foi erguida somente para aquela ocasião. Ela percebe que já havia muitas mulheres ao redor da arena, a maioria ela conhecia pois já tinha tratado delas na clinica.

Zoe consegue comandar toda a cozinha e entregar tudo no prazo, rapidamente ela tira seu uniforme e confere o horário. Rapidamente ela corre para a arena. E chegando ao local logo ela se aproxima de Bibi, afinal as duas tinham quase a mesma idade e cresceram juntas.

Bibi e Zoe eram conhecidas na ilha devido suas profissões, então muitas moradoras acenavam de longe para elas. Bibi logo reconhece Hana, afinal a menina ia sempre no consultório e ao lado dela estava Audrey, que costumava acompanhar Hana nas consultas. Tinha também uma menina loira com asinhas que lhe era familiar, mas não era alguém que Bibi ou Zoe tinham muito contato.

Ainda faltava muita gente para chegar, mas todas perceberam a aproximação do grupo "Heart WildFire" atualmente elas eram as favoritas para vencerem aquela competição. Tanto que as 4 meninas são recebidas com aplausos e gritos de incentivo.



A líder do grupo era uma mistura de humano com gata, já que possuía orelhas felpudas e uma longa cauda. As outras eram humanas e cada uma especializada num estilo de luta. Apesar da aparência angelical delas, todas sabiam que eram oponentes muito fortes e o premio era muito cobiçado por todo mundo. Afinal seria a única chance de sair daquela ilha e explorar o mundo

Zoe sai em caminhada até o espaço onde ocorreria o evento, por lá ela encontra Bibi uma das médicas da ilha, Zoe e Bibi já se conheciam devido a necessidade de uma boa nutrição para os doentes, e Zoe auxiliava como podia com os ingredientes que tinham na ilha, dando cabo da função no hospital.

Zoe e Bibi tinham uma grande consideração uma pela outra, pois seus trabalhos de ajuda aos doentes se completavam, e Bibi era uma conhecedora de fármacos, já Zoe por ser uma mulher peixe leão tinha conhecimento de venenos, o que casava perfeitamente. Zoe se sentia confiante ao lado de Bibi.

Zoe olhou para o monumento construído em prol do evento que estava por vir, olhou para cima e para os lados e no meio de seus devaneios Zoe ouve os aplausos no meio do público, ela muda a direção de seu olhar e encontra as meninas da Heart Wildifire, nesse momento Zoe já começa a sorrir pois sempre quis desmascaras a fama dessas sirigaitas que se diziam as melhores da ilha.

Como Zoe era pacífica e ainda por cima a cozinheira, ela nunca teve a chance de mostrar seus dotes de combates e força da mulher peixe que era, e essa era uma chance que ela não iria perder.

Seguindo ao lado de Hana, não demorou para que Audrey avistasse a arena onde aconteceria o torneio, afastada do porto e da vila. Sentiu seu coração acelerar por um momento, sem saber se era por ansiedade ou medo do fracasso, mas a adrenalina corria por todo seu corpo com a emoção.
Desde que chegara a ilha quando bebê anos atrás, sob um bote trazido pelas correntezas do mar, questionava-se e imaginava quem era, quem poderia ser, ansiando desde sempre pela oportunidade de ir além dos limites impostos e conhecer o mundo em toda sua grandeza. Fora criada e educada por piratas Kuja, ouvindo histórias junto de Hana e aprendendo tudo que podia sobre o mundo longe da ilha.

Assim que aproximou-se da arena, e mesmo já conhecendo o local, Audrey ficou encantada com a arena, grandiosa e repleta com inúmeras arquibancadas, enxergava todo o lugar de outra maneira dessa vez. Assim que entrou, seus olhos vasculharam toda a extensão do lugar, dos assentos ao grande campo circular de terra batida, separados por uma grade e uma cerca vermelha. Notou que outras já estavam por lá, algumas preparando-se para competir e outras escolhendo lugares nas arquibancadas.

Seguiram até o centro e encostaram-se na grade que separava-as da arena, de onde era possível visualizar toda a área de terra batida. Audrey estava com as mãos agarradas na grade e balançava-se inquietamente, pelo menos até perceber o olhar assustado de sua amiga.

Não gostava de ver Hana cabisbaixa, envergonhada ou triste, por isso suas palavras entristeceram a aspirante a navegadora. Audrey sabia que no quesito físico eram praticamente opostas, pois enquanto uma era praticante do Nabard, uma arte que exige o aprimoramento do corpo aos limites, a outra possuía uma saúde física frágil, mas também sabia que não deixaria Hana para trás.

Audrey sorriu, puxou Hana para perto e fez-lhe um cafuné com o punho fechado.

- Pare de se preocupar tanto...nós duas vamos viajar por todo esse mundo juntas. É uma promessa.

Foi então que uma terceira surgiu gritando de empolgação. A loira parecia ainda mais encantada com o lugar do que a dupla, e Audrey gostou daquilo. Assim que ela as cumprimentou, Audrey sorriu em sua direção.

- Nascemos prontas!- Respondeu sorrindo com a mesma empolgação.- Boa sorte!!

- Droga! - Exclama Tomoko pegando o seu cajado e saindo correndo.

Ela passou que nem uma bala pela sua casa saindo pra floresta novamente. Lugar no qual ela costumava extrair madeira pra suas construções e objetos de madeira, como o cajado que ela carregava. Esperava ela que fosse o suficiente pra superar os desafios que tinha pela frente.

Meio esbaforida ela chegou na arena. Outras mulheres já estavam lá esperando pro começo da competição. Era a sua chance de conhecer o mundo lá fora e não poderia desperdiçar.

Bibi não gostava de ficar sozinha, principalmente em situações em que envolviam muitas pessoas. Ao avistar Zoe, ela não pensou duas vezes e já foi levantando a mão e se aproximando enquanto chamava por seu nome. - ZOE?!

Quando chegou mais próximo, Bibi parou para ver quem chamava a atenção do momento e não pode deixar de fechar seu sorriso. Aquelas meninas representavam o maior medo que ela tinha no momento. Ficar naquela ilha sem poder fazer nada. Seus sonhos nunca iriam parar se isso acontecesse. Este sentimento transbordava nela ao ponto que não se aguentou calada.

- Vamos vencer, não vamos, Zoe?! E se não vencermos, vamos sair assim mesmo desta ilha. - Por último disse decidida mais para si do que para a tritã ao seu lado.

Que os jogos comecem....

A arena estava lotada agora, havia uma grande multidão cobrindo todos os lugares da arquibancada. Havia algumas piratas Kujas organizando as competidoras, que aguardavam entre a grade e a cerca vermelha. E também havia um grupo de piratas que estavam no centro da arena colocando alguns balcões.Tomoko é a última a chegar na arena, ela veio correndo de sua casa e trazia apenas seu cajado. Como ela era uma menina tímida, ela não tinha muita amizade com as outras garotas, conhecia algumas de vistas, como Zoe que era a cozinheira e a Bibi por ser a curandeira. Mas havia muita gente para ela lembrar de todos os nomes e rostos. E para piorar sentia o nervosismo a flor da pele.

Mas antes que pudesse se entrosar com alguém, as mulheres da plateia começam a gritar e mandar beijos para o palanque, pois a Imperatiz e suas irmãs se aproximavam da arena.



Boa Hancock é considerada a mulher mais bela do mundo. Ela é uma mulher muito alta, tem uma cintura extremamente fina e com um cabelo preto e longo que se estende até o quadril com mechas de cabelo que moldam sua face com o queixo para baixo, seios grandes e olhos azuis com têm cílios volumosos. Ao seu lado caminhava suas duas irmãs Boa Sandersonia e Boa Marigold, suas aparências eram o oposto de sua querida irmã. Pois as duas eram muito altas e desproporcionais, enquanto uma tinha longos cabelos verdes, seios gigantescos e longas pernas, a outra tinha cabelos alaranjados, seios pequenos e estava bem acima do peso.

A Imperatriz caminha até o palanque e acena à população, que vai ao delírio. Salomé é uma anaconda gigante e é a mascote e fiel companheira de Hancock, começa a se enrolar, criando um confortável assento para a comandante das piratas Kujas, com um microfone a morena anuncia para a arena.

Hancock - Boa Tarde a todas. Fico imensamente feliz de ver todas aqui para iniciarmos o torneio anual das piratas Kujas. Esse ano teremos muitas novidades e espero que todas gostem do espetáculo. Então que o torneio se inicie agora.

A multidão vai ao delírio novamente. Agora todas as competidoras já estavam dentro da arena, havia aproximadamente 40 mulheres competindo para 4 posições no novo navio das piratas Kujas, seria uma competição muito acirrada.Zoe e Bibi que se conheciam a mais tempo estavam lado a lado e receberam um cartão com uma numeração 25 e 26 respectivamente. Audrey e Hana estavam mais no inicio e receberam a numeração 12 e 13. Mary que até então estava contando para as outras candidatas sobre a queima de fogos que ocorreria mais tarde, pegou a numeração 33. E como a última participante Tomoko pegou o numero 40

Na frente de cada participante estava um pequeno balcão com um pano cobrindo certos objetos. A ansiedade e expectativa era geral, no entanto a bela imperatriz volta a falar.

Hancock - Competidoras e futuras piratas Kujas, como todas sabem uma boa pirata deve ser forte, ágil e perspicaz. Mas não é apenas usando a força que se ganha a luta, muitas vezes temos que usar nosso carisma e claro, nossa beleza natural. Por isso é de insuma importância que uma pirata Kuja além de forte deve ser bela, cada uma a sua maneira.

Então o primeiro desafio desse ano é o CONCURSO DE BELEZA

Logo os panos são retirados e em cada balcão havia diversos produtos de maquiagem, produtos e aparelhagem para arrumar o cabelo. Também havia um espelho oval para cada uma, de um lado mostrava a imagem de tamanho normal e do outro era refletida a imagem com aumento, para enxergar melhor pequenos detalhes.

Hancock - Quero que vocês se produzam da melhor forma possível, tente achar sua beleza e aflorar suas qualidades. Que a prova comece...AGORA.

Spoiler:

Mary para imediatamente de falar e se vira na direção das irmãs Boa. Com um olhar de admiração e gratidão ela lembra do dia em que caiu na ilha e do primeiro rosto que viu ao acordar depois de bater a cabeça, era ninguém menos que a própria Hancock que havia salvado a jovem de uma morte certa, Deste dia em diante Mary a idolatraria com sua heroína.

Após alguns minutos distraída com o vislumbre da imperatriz, Mary volta sua atenção para a competição e ao escutar sobre a primeira prova percebe que não iniciaria muito bem a competição, pois, por ser uma pessoa ficionada na ciência, nunca se preocupou com a aparência e nunca se maquiou antes, mais logo ela pensou com sigo:

-Ahaaaaa! isso deve ser pura logica, a beleza é só uma questão de cálculos.
-Devo manter sempre a simetria e uma harmonia bem igualitária nas cores primarias que vai estar no papo.

Então Mary começa a se produzir em frente ao espelho. Primeiro ela pega uma espuma que estava dentro de um pote com um pó branco e começa a salpicar o rosto, tomando cuidado para não colocar em excesso e ficar parecendo as palhaças de um circo, depois ela pega um lápis que possui uma ponta macia comparado aos que ela usa para fazer suas anotação e faz um contorno nos olhos realçando a belíssima cor azul dos mesmos, sempre tomando cuidado para manter a perfeita simetria e o tom correto das cores, em seguida ela pega um tubo que possui um pequeno bastão retrátil vermelho que outrora já havia visto umas piratas passarem na boca, então ela passa seguindo fielmente o traçado natural de seus lábios, olhando mais na bancada ela enxerga pequenos aglomerados de cabelo que parecem grandes cílios e ao lado uma ferramenta que parece uma tesoura com a ponta achatada então ela logo associa que talvez fosse para aplicar o cílios falsos, com dificuldade ela consegue coloca-los.
Ainda observando a bancada ele localiza o que parece ser pinceis para pintura e algumas caixinhas com pó de diferentes cores, então ela pega um dos pinceis e mela sua ponta na cor azul e passa nas pálpebras, por fim ela utiliza uma escova para desembaraçar e pentear os seus cabelos loiros.

Assim que termina ela se afasta do balcão e espera o final da prova.