Agnis estava livre de toda aquela confusão que criara.
Todas as suas intenções eram boas, mas a bondade não parecera ser o bastante para impedir as mortes e toda aquela bagunça que ela criara. Não apenas ela, mas aquele escravo com mão de osso também. Ela fora ingênua, mas ele fora cruel...
Por um instante ela pensou o quão fácil tudo parecera acontecer para ele... Ele incitara e provocara aquelas mortes, indiretamente era culpado, e como os deuses o castigaram por isso?
Não castigaram, foram os outros que sofreram pelas coisas que ele incentivara. Ele conseguiu fugir, ele e a menina que ela não sabia se havia ou não ajudado o mão de osso a escapar armando tudo aquilo.
Mas isso era passado agora. Se recuperara do efeito de sua magia, o guarda da cidade que tanto a ajudara e lhe fora bondoso, havia saído para cuidar de suas tarefas e ela estava livre de suas tarefas pelo resto daquele odioso dia na cidade.
O Clérigo chefe da catedral lhe era muito querido, quase como um pai desde que ela chegara a cidade um pouco mais de um mês atrás. Ela sabia que responderia pelos atos ingênuos dela, mas o clérigo sabia da bondade por detrás de todos os acontecimentos e, por isso, não a repreendeu.
Antes de sair da Catedral, Agnis agradeceu às clérigas que cuidara dela, saíra para tomar um pequeno banho, como se quisesse limpar-se do sangue que fora derramado no armazém – que eventualmente deverá ser limpo – , pegou um maço de pergaminhos amarrados à um couro duro ao qual chamava de livro (era esse o estado da maior parte dos livros na catedral. Eram ótimos, na verdade, um dos melhores exemplares. Claro que haviam outras devotas que cuidavam da restauração dos livros, mas esse que ela lia, sobre a história da magia, era um dos mais antigos) e saiu para caminhar pela praça da cidade.
Parou debaixo de um pé de laranja, ainda com flores, e começou a ler o livro quando viu, de longe, três garotos em um beco brigando.
Um deles era gordo, com os olhos pequenos e bem nervoso, outro era magro, com os dentes amarelos e o cabelo preto caindo-lhe pelo rosto e o terceiro era o menor. Provavelmente uns dois anos mais novo que aqueles dois e ele segurava muito forte contra o peito o que parecia ser um brinquedo de madeira, um daqueles que amarravam uma corda e a criança puxava-o enquanto brincava e imaginava um mundo de fantasia.
Imediatamente Agnis sabia que a criança estava para ser surrada para que os dois meninos mais velhos lhe roubassem o brinquedo.
Todas as suas intenções eram boas, mas a bondade não parecera ser o bastante para impedir as mortes e toda aquela bagunça que ela criara. Não apenas ela, mas aquele escravo com mão de osso também. Ela fora ingênua, mas ele fora cruel...
Por um instante ela pensou o quão fácil tudo parecera acontecer para ele... Ele incitara e provocara aquelas mortes, indiretamente era culpado, e como os deuses o castigaram por isso?
Não castigaram, foram os outros que sofreram pelas coisas que ele incentivara. Ele conseguiu fugir, ele e a menina que ela não sabia se havia ou não ajudado o mão de osso a escapar armando tudo aquilo.
Mas isso era passado agora. Se recuperara do efeito de sua magia, o guarda da cidade que tanto a ajudara e lhe fora bondoso, havia saído para cuidar de suas tarefas e ela estava livre de suas tarefas pelo resto daquele odioso dia na cidade.
O Clérigo chefe da catedral lhe era muito querido, quase como um pai desde que ela chegara a cidade um pouco mais de um mês atrás. Ela sabia que responderia pelos atos ingênuos dela, mas o clérigo sabia da bondade por detrás de todos os acontecimentos e, por isso, não a repreendeu.
Antes de sair da Catedral, Agnis agradeceu às clérigas que cuidara dela, saíra para tomar um pequeno banho, como se quisesse limpar-se do sangue que fora derramado no armazém – que eventualmente deverá ser limpo – , pegou um maço de pergaminhos amarrados à um couro duro ao qual chamava de livro (era esse o estado da maior parte dos livros na catedral. Eram ótimos, na verdade, um dos melhores exemplares. Claro que haviam outras devotas que cuidavam da restauração dos livros, mas esse que ela lia, sobre a história da magia, era um dos mais antigos) e saiu para caminhar pela praça da cidade.
Parou debaixo de um pé de laranja, ainda com flores, e começou a ler o livro quando viu, de longe, três garotos em um beco brigando.
Um deles era gordo, com os olhos pequenos e bem nervoso, outro era magro, com os dentes amarelos e o cabelo preto caindo-lhe pelo rosto e o terceiro era o menor. Provavelmente uns dois anos mais novo que aqueles dois e ele segurava muito forte contra o peito o que parecia ser um brinquedo de madeira, um daqueles que amarravam uma corda e a criança puxava-o enquanto brincava e imaginava um mundo de fantasia.
Imediatamente Agnis sabia que a criança estava para ser surrada para que os dois meninos mais velhos lhe roubassem o brinquedo.