Capitulo Um - Intrusos.

Os sons de caderno abrindo, pessoas escrevendo, cochichos entre companheiros de atividade, paginas virando, mochilas abrindo e fechando, estojos sendo abertos, canetas caindo, lápis e lapiseira rolando no chão, cadeiras sendo arrastadas para se aproximar mais da mesa e outros sons tão comuns começaram a encher a sala de aula em questão de minutos. Talvez sentissem falta daquilo, talvez não. Para Brenna, parecia ser uma escola perfeitamente normal e podia quase se esquecer que era um colégio interno.
Ocasionalmente, o professor pedia silêncio e ele andava pela sala, observando o que os alunos faziam e auxiliando os que precisavam.

Alguns dos alunos pareciam pouco a vontade em trabalhar sozinhos com os livros ou pouco interessados. Alguns literalmente se voltaram para trás para conversar e alguns outros batiam com as canetas ou lápis em si mesmos enquanto liam ou pensavam. Seria uma atividade que levaria a aula toda, provavelmente.iu

Anna parecia um pouco preocupada com a tarefa e seus olhos expressavam algum nervosismo: não era especialista em literatura e nunca havia lido antes aquela obra. Lilya parecia tranquila, respondendo diretamente no caderno sem ao menos abrir o livro dela: estava tão familirializada com a história que nem ao menos tentava mais fingir que ia ler ainda para responder.

Brenna e Shelby não estavam tendo mais dificuldade ou facilidade que os demais para obter as respostas, mas avançavam. Em algum momento, Lilya arrancou um pecado da folha do caderno e passou discretamente para Shelby, contendo o número das paginas e paragrafos com as respostas na escrita trabalhada da russa com os anos de prática.

"Não é divertido acabar a tarefa e não ter com quem falar..."

Lilya pronunciara com um tom solene na mente da amiga e um sorriso meio conspirador surtou em seus lábios, quando se voltou levemente para a amiga.