El Toro Rojo - Aintza Bihotz

Aintza tentava acalmar o rapaz, falando de maneira que ele entendesse qual o propósito deles ali. Tzu compreendia que toda a humanidade estava enfrentando o problema. Famílias agora, sofriam com a escassez de recursos, trabalhadores davam duro pra manter seus entes, o indice de crime subia nas áreas menos favorecidas da cidade, o que significava mais trabalho para agentes de segurança, mais perigo. Todos tentavam manter a ordem de acordo com sua função. Como se não bastasse os Kaijus, a humanidade, como sempre, tem de enfrentar à si mesma. O problema, na real, era o tráfico de orgãos e recursos Kaiju. Algumas lojas vendiam de maneira ilegal partes de corpo de Kaiju que ofereciam um recurso radioativo suficiente para sintetizar bombas. Esse era o assunto do momento.

  Dr Rorke estava feliz em saber do abate das criaturas que surgiram, porém, vinha andando de sua maneira descontraída, olhando para os lados e coçando a barba, observava os dois pilotos e dizia: "Espero que estejam descansados, pilotos. Precisamos de vocês. Mas dessa vez o problema é diferente... Tentem ouvir com calma e atenção e compreender. Como vocês sabem, alguns grupos acreditam que os Kaijus são enviados dos deuses para representar a furia deles, e abominam a maneira como destruimos as criaturas... O governo os subestimaram. Eles são muitos agora, e se infiltraram aqui no Shatterdome. Não sabemos quem são. Só sabemos o que querem. Acabar conosco. Peço que fiquem atentos com qualquer atividade suspeita... " - O homem sessou um pouco, suspirou, sentou-se na cadeira apoiando os braços na mesa e desabafou. " Como se não tivessemos muito para nos preocupar... Não conseguimos sequer nos concentrar em lidar com os Kaijus... " . Encerrava mostrando leves sinais de tristeza nas suas sobrancelhas franzidas e sua barba cheia. E depois um olhar suspeito para os lados observando cada pessoa ali no lugar. " O ser humano pode ser terrível, Aintza, pode trair a própria raça. É isso que o fanatismo faz com a gente... São tantos funcionarios aqui que não temos um controle total de quem entra e quem sai. Contamos com vocês para nos ajudar. - Dizia colocando sua mão no ombro da jovem piloto.

A bela Aintza compreendia bem os sentimentos de Tzu, mas infelizmente certas coisas estavam acima de suas capacidades, mas ela fazia o que estava ao seu alcance para amenizar as dores do mundo. Era apenas uma piloto de jeager, o que ela já considerava muito, só sabia lutar, então lutava.

- Eu até entendo isso, meu caro china, mas faço o que posso, que é lutar. Mais que isso não dá - segura um biscoito entre os dente e dá um soquinho no braço dele.

Rorke chega de surpresa e se aproxima dos dois, sentando-se junto a eles, medonhamente animado, o que deixa a moça desconfiada. Quando ele começa a falar que precisa deles...

- Ahhhhhhh não... - não era uma militar em seu momento de folga - Rorke, que mania você tem de aparecer quando eu to comendo - Tzu já conviva a um bom tempo com ela para saber que Aintza adorava comer e que esse momento era sagrado para ela, chegava a ser cômico sua brabeza quando tinha suas refeições interrompidas, sempre reclamava.

Depois desse breve resmungo, ela presta atenção às palavras do doutor, como ele tinha pedido e se surpreende com o pedido dele:

- Hã!? Rorke! - já o tratava sem as formalidades militar, como ele mesmo havia pedido tempos atrás. Falou em tom baixo - nós não somos da inteligencia para fazermos uma investigação. Eu sou cunhada no fogo da batalha, eu sei bater... - não sabia muito bem como reagir a um pedido desses - mas... eu e o Tzu podemos sim ficar de olhos e ouvidos atentos, não é Tzu? - olha para o colega. No fundo um pouco preocupada, era uma coisa bem estranha o que o doutor falou.

Mas pensando bem, ela sabia que o alto patamar do dome não podia estar em todos os lugares e nada melhor do que eles para ter uma visão pelo lado de dentro. Rorke pousa sua mão no ombro dela e ela subitamente o abraça:

- Pode deixar, Rouke, vamos ajudar - e se afastou dele. Não era tão estranho ver ela abraçando alguém, já que era fato no dome que ela era muito tranquila e espontânea, sempre sorrindo e abraçando as pessoas, sempre gentil e educada, nunca deixando cumprimentar ninguém.

Aintza resmungou por um momento dizendo não ser da inteligência, mas aceitou os conselhos de Rorke, que logo depois acrescentou: " Vocês não são da inteligência, não estou pedindo que investiguem, mas que fiquem alertas, pois vocês são ALVOS! e se estiverem distraídos são alvos fáceis. Fiquem de olho " - Diz enquanto se levanta da mesa e segue pelo corredor.

Tzu apenas ouviu as dicas, olhou para Aintza com uma expressõa de surpresa e deixou Rorke seguir seu caminho. Ambos estavam tentando terminar em paz sua refeição.


-turno livre, você decide oque fará agora-

Com a explicação de Rorke, Aintza não ficou menos preocupada, era estranho saber que eles eram alvos de alguma coisa escusa, mas assentiu quando o doutor saiu.

- Beleza, chefe. Ficaremos de olho.

Quando ele sai, a moça também olha espantada para Tzu:

- Alem de nos preocuparmos com monstros gigantes ainda temos que nos preocupar com nossa própria raça! Sério, os kaijus deviam mesmo comer todo mundo - esfregou os olhos com os dedos, levemente indignada com o fato, mas sua expressão suavizou e logo prosseguiu - quer saber? Hoje estamos de folga, vamos dar uma volta por Lima. Precisamos espairecer, de ar puro, tomar um sorvete, paquerar, fazer compras - aos poucos ela voltava a sorrir - assim como um robô precisa de manutenção e óleo, a nossa manutenção é um bom passeio. Chega de ver a cara desse povo. Vamos Tzu - e animadamente já ia se levantando e puxando o rapaz pela mão para que saísse do sofá - vou me arrumar, me encontre aqui em uma hora, está bem? Ah, e mais uma coisa, tranque bem a porta do seu quarto, só por garantia - e saiu.

Em seu quarto, a moça tomou uma ducha rápida para refrescar e se vestiu com uma roupa confortável, mas ajeitada para uma passeio no shopping - calça jeans, bota de salto baixo, regata de alça fina com uma camisa transparente por cima, bolsa, maquiagem e brincos - cabelos soltos, bem diferente do tradicional coque militar. Aintza mesmo sendo simples era vaidosa, unhas sempre bem feitas, batom e mascara nos olhos sempre. O toque final foi umas gotinhas de perfume.
Saiu, e como instruiu à Tzu, ela também tranca a porta. Passa rapidamente pela sala de Rorke só para avisar que estariam fora, depois segue para o local marcado com Tzu:

- Vamos?

Aintza estava indignada com o fato de ter que se preocupar não só com Kaijus mas também com fanáticos religiosos. Então, decidiram relaxar um pouco. Assim como Ainza, Tzu se arrumou num piscar de olhos. Estava com uma camisa polo vermelha e uma calça jeans, junto com uma bota de passeio. Ambos pegaram um jipe militar que utilizavam pra transitar no shatterdome, e partiram. Tzu, que estava no banco passageiro, olha pra Aintza e guarda uma Beretta m92f em sua cintura. Ele olha friamente pra ela e diz: "Melhor ter e não precisar, do que precisar e não ter... " . Ele também carregava uma idêntica. Ambos eram militares licenciados e podiam muito bem portar armamentos se quisessem.

O caminho pro Shopping foi tranquilo. Andaram cerca de 100km até o local, e estacionaram numa vaga que tinha livre. O lugar estava lotado, não fazia muito tempo que ocorrera um ataque Kaiju. As pessoas optavam em sair pra passear em momentos logo após ataques pois sabiam que os Kaijus tinham um pequeno intervalo entre um ataque e o outro. Então, os dois saem do carro e observam o estacionamento.

Admirada  com a postura de Tzu, a moça solta um silvo:

- Era para ser só um passeio... - ela sabe que ele estava certíssimo quanto a isso, afinal ela também carregava sua arma, mas só por hoje queria paz. Ela sorriu e ligou o veículo, orgulhosa por saber que Tzu estava ganhando cada vez mais confiança.
Eles rumam para o shopping e estacionam, Aintza já procurando a entrada, ao mesmo tempo que olhava com atenção, não querendo ver nenhuma ameaça.

- Vamos - ela aperta, brincando, o braço do rapaz - tá fortinho, é o suficiente para carregar as sacolas - fez piada com a clássica premissa "mulher+shopping+homem = a homens carregando sacolas" e deu uma risada tranquila.

Essa coisa aparentemente simples era um sopro na determinação da piloto, ali ela via a importância do seu serviço: ela colocava sua vida em risco para proteger essas pessoas que viviam sua vidas calmamente. Ela suspirou e relaxou, sabia que fazia a diferença.
Caminhou em direção à porta, já mentalizando o que iria comprar.

- Primeiro vou ao salão de beleza, depois  comer, depois visitar as lojas.

Tzu se divertia com o modo como Aintza tratava o mundo, tentando ver as coisas da maneira positiva. Mas prosseguiam o caminho. Passavam por um grande estacionamento cheio de carros e pessoas andando com roubas largadas, outras bem arrumadas. Familias visitavam o Shopping. Então, entravam pela porta automática e logo sentiam o ar condicionado e o aroma de estabelecimento bem cuidado. O Shopping possuía plantas no meio do corredor para dar um ar natural, e ao mesmo tempo os pisos alojados davam um ar de futuro para o local. Andavam alguns metros e finalmente avistavam um salão de beleza, onde logo foram bem recebidos. Um jovem rapaz arrumado, aparentemente homossexual cuidava do local. Tzu se sentia constrangido mas seguia Aintza mesmo assim.


" Olááá! como posso ajuda-los? Sou Pierre. Estão precisando de um embelezamento? seu cabelo é lindoo! estou maravilhado! " - Tagarelava sem parar enquanto fazia gestos com as mãos e recebia bem os visitantes. Colocava eles para dentro do local e mostrava uma sala bem arrumada, branca e cheia de produtos quimicos para cabelo.

Já dentro do shopping, caminhavam falando amenidades, ela falando um pouco sobre como foi conhecer um shopping pela primeira vez, quando foi para a Espanha e coisas do gênero. Coisas simples.

Ela avista o salão e entra, sendo bem recebida por um dos profissionais:

- Ah, obrigada Pierre - agradece pelo elogio - então, eu quero uma hidratação profunda, manter o carte em dia, uma limpeza de pele... apenas o básico, sabe - entrava no clima do anfitrião. Depois se volta para Tzu - acho que vou demorar um pouquinho aqui. Caso não queira me esperar, há uma barbearia no andar de baixo, especializada 100% em estética masculina. Ou ficar por aqui ou dar umas voltas. Você decide. Hoje o dia é nosso! - fala animadamente, depois fala com Pierre - vamos, cherrie, que hoje eu quero ser paparicada! - e deu risada.

Enquanto Aintza se arrumava no salão de beleza, Tzu partia para dar uma volta no shopping. Conversava descontraidamente com Pierre enquanto ele arrumava seu cabelo detalhadamente, como um bom cabeleireiro. Quando percebe que outro rapaz sai dos fundos da loja com alguns produtos em mão. Ele retira algo da caixa rapidamente e rende o rapaz. " Oh... acho que... querem falar com a senhorita... " - Aintza percebe Pierre falando em um tom diferente. Quando a moça olha pelo espelho vê um homem apontando uma arma para ela e para Pierre, e na porta é possivel ver mais dois rapazes armados, vestidos de segurança.

" Não faça nenhuma burrice, piloto. Levante-se da cadeira devagar, sem movimentos bruscos, senão mato você e o rapaz. " - Aintza estava cercada.

Folheando uma revista, a moça conversa com Pierre enquanto ele trabalha em suas madeixas ruivas. Era muito bom receber esse tipo de cuidado, tudo que uma mulher merece. Pena não ter durado muito.
Ela vê o homem rendendo o cabeleireiro e solta a revista no chão. Levanta devagar como pedido pelo bandido, mantendo sua feição séria e fria. Ela tinha treino para esse tipo de situação.

- Deixe ele ir se seu problema é comigo - manteve as mãos erguidas, mas por baixo do manto protetor do salão, o que poderia lhe render uma vantagem, se fosse bem sucedida num ataque de desarme - quem são vocês e o que querem com uma piloto? - falava na intensão de distrair o rapaz para sua investida. Ela já tinha feito isso uma vez e várias durante treinos, tinha certeza que podia faze-lo. Poderia tentar desarma-lo com um chute rápido na mão do bandido; tentar uma manobra com as mão para tomar para si a arma dele ou sacar rapidamente sua arma aproveitando o fato de estar oculta sob o pano. Analisa rapidamente a situação.

O homem apenas sorria com a arma apontada e mandava Aintza ajoelhar. Ela analisava friamente a situação e com seu olhar treinado via que era burrice reagir ali. Com certeza poderia tomar a arma do imbecil que estava à sua frente, porém, os outros dois ali seriam um problema. Após tomar a arma eles certamente disparariam nela sem dó. Enquanto os homens fechavam as portas da loja e rodeavam a moça, na TV passavam noticias de movimento na fenda, um kaiju fora avistado andando por Los Angeles, e disseram que Grey Suicide fora acionado. Pelas imagens era possível ver, ao vivo, o Jaeger botando os pés no asfalto subindo pelo porto. O pânico estava alastrado na cidade, o Kaiju estava no meio dos prédios.

Enquanto os homens se distraiam, Aintza podia ver um leve brilho com sua visão periférica. Ao analisar melhor vê que do lado de fora, por uma pequena janela onde ninguém pensaria observar, Tzu faz sinal para que ela fique quieta e aguarde, enquanto volta à se esconder do lado de fora.

A situação estava complicada, Aintza sabia que podia lidar com a situação, porém havia um fator errado naquela equação: os dois caras na porta. Ela ajoelha-se como ordenado porque se preocupava com a segurança de Pierre e também porque queria saber um pouco mais sobre essas bandidos, o que queriam com ela.

Ela olha para a TV e vê a notícia sobre mais um ataque de kaiju e pensa que poderia ajudar, mas não presa ali. Suas mandíbulas mexiam conforme ela apertava os dentes uns contra os outros, tentando conter sua raiva.
Por sorte ela vê Tzu escondido fazendo sinal para que ficasse no lugar enquanto ele se esconde, certamente com algo em mente. Isso é o suficiente para a ruiva mudar sua expressão e ficar com a face serena, sabia que o chinês não a decepcionaria.

Aintza estava um pouco apreensiva, mas ao ver Tzu sua esperança retornou como um feixe de luz surgindo na escuridão da noite. Enquanto ela pensava em como o jovem chinês a tiraria dali, o homem armado rodeava a moça que estava de joelhos, sorrindo, a algemou com as mãos pra frente. Era inevitável, se ela reagisse ali, morreria. Então o rapaz sentou na cadeira e começou a falar. " Sabe... estamos fartos de vocês, pilotos. Se acham os donos do mundo, quem são vocês para matar os enviados de Deus assim? É a vontade do nosso criador que o planeta passe adiante, e vocês estão atrapalhando. Hereges devem ser eliminados... " - Diz o homem confiante, então ele se revela, tira um capuz que cobria sua cabeça. Ele possuía uma máscara de couro de Kaiju, assim como os outros dois que estavam na porta. Eram claramente fanáticos.

Enquanto a conversa se passava, Aintza via na TV algumas filmagens feita por civis. Grey Suicide andava entre os prédios de Los Angeles confiantemente procurando o ágil Kaiju que se escondera ali no meio. Muitas pessoas pediam ajuda nos prédios, mas a missão de um Jaeger não era ser babá, era eliminar o Kaiju. Aintza sabia que o protocolo em caso de ataque Kaiju era se esconder no subterrâneo.

Fanáticos! Argh... Não poderia ser pior, seria impossível lidar com eles, nada do que Aintza dissesse faria esses caras mudarem de ideia, decidiu então ficar quieta. Sua preocupação era com os inocentes. Só torcia para que Tzu fizesse logo o que quer que ele estivesse planejando.
Suas mãos algemadas diminuiriam ainda mais qualquer chance de tentar algo por mais perigoso que fosse.

- Por que acham que isso é o desejo de Deus? - ela não resistiu e perguntou em um tom de voz muito calmo. Seria uma boa para entender esses caras.

Aintza estava presa, e não há nada que pudesse ser feito ali a menos que ela tivesse ajuda exterior, felizmente ela contava com seu parceiro de pilotagem, Tzu, que a observara de fora há pouco. Quando pergunta para o homem o motivo de seu fanatismo, ele então, observando sua arma começa a falar: " O mundo como conhecemos ja deveria ter acabado há tempos, não vê? está tudo nas escritas sagradas. Como prometido, os kaijus trouxeram ele, e vocês não param de atrapalhar! Se não fosse o governo e seu maldito programa Jaeger já estaríamos em paz há tempos e a profecia já teria se cumprido. Não vêem? não consegue ver como é inutil ficar lutando? eles sempre tornam a vir. Este mundo esta podre, nossa gente esta sofrendo, parem de ser egoístas! " - O homem claramente falava sério, talvez tivesse alguma demência causada pela cegueira da religião, Aintza apenas ouvia.

Enquanto os três homens a mantinham lá, podia-se ver na televisão por meio de filmagens. Grey Suicide estava de frente com o que parecia uma enorme cobra. O kaiju era maior do que o normal. Anunciaram então os dados na Televisão. Era um Categoria III denominado Snakeslasher. Grey Suicide estava certamente em uma enrascada, mas nada que não pudesse ser resolvido com uns pontapés e porradas no queixo. Enquanto os homens se distraiam, um impacto quebrou as portas de vidro do salão que estavam cobertas. Um jipe invade o espaço atropelando dois dos homens armados. um deles quebrou o pescoço e morreu no processo, o outro teve as pernas esmagadas. O homem que estava perto de Aintza se distrai por um momento, abrindo uma brecha.

Ouvindo as palavras do bandido, a basca só teve certeza de que eram doentes mentais fanáticos. Respirou fundo para buscar serenidade naquela situação quando foi pega pelo barulho do jeep invadindo o local: finalmente Tzu chegava. Ela aproveitou a brecha deixada por ele e agiu rápido, com um impulso levantou sua perna num chute rápido para desarmar o homem e lançar para longe a arma dele. Depois seria fácil lutar contra ele.

Aintza batia no criminoso, que logo caia e derrubava a arma, então, rapidamente Tzu pulava do jipe e pegava um dos rifles que o homem que ele matara segurava, num piscar de olhos o chinês disparou no joelho do homem antes mesmo de tentar rende-lo, algo que realmente contraria a personalidade calma de Tzu.

" Fica de joelhos, ou eu meto uma bala na sua cabeça " - Disse o rapaz irado.

Aintza apenas observava a situação.

Assim que se vê livre, Aintza ouve o tiro e pára por um instante para entender o que houve e vê Tzu atirando no homem que a rendeu momentos antes. Ela prende os dois homens feridos e recolhe suas armas para evitar qualquer acidente.

- Há mais de vocês por aqui? - pergunta para o louco ajoelhado. Se preocupava com a segurança das pessoas no shopping.

Depois ela pergunta para Pierre se ele está bem. Com a própria arma em punho, ela dá uma busca pelo salão.

- Esses malucos estavam mesmo nos seguindo! - exclamou frustrada para Tzu - acho que nossa tarde de folga foi mais agitada do que esperávamos. Desculpe por isso Tzu. Foi corajoso e esperto - ela dificilmente se abalava com uma situação difícil e após se acalmar voltava a ser a mesma Aintza brincalhona de sempre - salvou a princesa, com direito a cavalo branco e tudo, hahaha - e apontou para o jipe.

Teve que manter a calma já que Tzu aparentava estar muito tenso. Esperava que as autoridades chegassem logo para que pudessem sair dali.

- Não sei quanto a você, mas não vou deixar isso abalar meu raro dia de folga - e olha para o parceiro.