H4TT3R riu de forma irônica. Ele fez uma reverência formal, uma cartola quadriculada surgiu em sua mão e ele á colocou na cabeça.
- Eu não invadi seu quarto. - ele girou cantarolando e mostrando todo o ambiente ao redor. - Apenas a convidei para o meu mundo.
Ela olhou em volta, notando o sol brilhante e sorridente, os campos floridos cheios de madressilvas, rosas, margaridas e violetas. Ele pegou uma rosa branca e colocou na boca em seguida puxou educadamente a garota para levantá-la e guiou-a á um giro rápido. Quando o giro acabou ela se viu vestindo um belo vestido azul-céu. Ele tirou o chapéu rindo e fez outra reverência.
- É minha convidada, mocinha. - ele disse. - Mas não posso deixá-la ir embora tão cedo. Afinal, você não quer não é mesmo?
A voz dele era mais doce e melodiosa sem a estranha fricção elétrica que se ouvia pelo computador. Era até acolhedora e brincalhona, como cócegas na barriga. Por algum motivo ela estava começando á pensar que estar ali não era de todo ruim, o rapaz até era simático e extremamente educado. Ela olhou para Lunamon e ele já se adiantou.
- Ah! - ele comentou. - Normalmente Digimon muito fracos que entram aqui acabam adormecendo. Acontece com a maioria!
Ela por algum motivo acreditou. Havia algo de desconcertante na forma como ela acreditava em cada palavra do garoto, como se lutasse contra isso. Ele estendeu a mão e beijou a mão dela como um cavalheiro.
- Posso acompanhá-la?
E puxou-a delicadamente pelas campinas ainda rindo de forma simpática.
- Temos assuntos á tratar, senhorita Wright... - disse ele. - Entre uma Hacker e, bem, alguém que não é bem um Hacker.
Um Digimon coala passou a acompanhá-los voando. Ele era pequeno, cinzento e tinha pequenas asinhas de morcego nas costas que batiam para mantê-lo preguiçosamente no ar. Diferente de H4TT3R o Digimon tinha um olhar triste.
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Labramon rosnou. Dracmon ainda sorrindo riu suavemente, com sua voz de chiado tecnológico.
- Não se preocupem - ele abriu bem as mãos erguendo-as para cima como se rendê-se. - Eu não vou tentar absolutamente nada!
Os olhos dele brilharam levemente e por algum motivo tanto a garota quanto o Digimon que o olhavam se sentiram mais calmos.
- Vou da uma dica de como derrotar pra que acreditem em mim. - ele disse. - Eu adoro usar espelhos contra meus oponentes, então me mantenham longe deles!
Faith ainda chorava, Labramon parecia mais calmo mas ainda olhava desconfiado para o Digimon morto-vivo.
- Eu vim conversar com você garotinha, vamos pare de chorar... - ele murmurou. - O que você acha de me ajudar? Eu preciso evoluir. Você tem um Digivice certo?
Ela parou de chorar, se acalmando magicamente, sem entender. Os olhos de Dracmon brilhavam, um e cada mão. Ele deu uma risadinha.
- Se você se tornar minha parceira, eu irei fazer você nunca mais precisar se esconder atrás da sua irmã!