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    Mensagem por Bastet Qui Jul 06, 2017 1:10 am






    Anders Soren Thyra - @Rosenrot
    #
       
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    Mensagem por Bastet Qui Jul 06, 2017 1:17 am



    Havia três coisas que os Thyra consideravam extremamente importante na formação de uma pessoa: a família, a educação e o trabalho, por isso, antes de tomar aquela decisão, os pais dele se sentaram com o jovem e conversaram com ele, discutindo as possibilidades e as oportunidades que aquela mudança poderia oferecer. Após decidido que o menino viajaria com eles, a família cuidou para que Anders fosse matriculado na melhor escola e que tivesse disponível todos os recursos para se adaptar à nova cultura.

    [...]

    Como era final das férias nos EUA, a família teve pouco tempo para cuidar da mudança, mal conseguindo se estabilizar no país antes de receberam uma carta de boas-vindas da escola, os convidando para ir até lá para resolver algumas coisas que ainda haviam ficado pendentes. A visita foi marcada para dois dias antes das aulas começarem, exatas duas semanas após a chegada da família em NY.

    Chegado o dia, o pai do menino combinou de pegar ele e sua mãe em casa, após o almoço, para irem todos juntos. Assim feito, logo estavam em frente à Constance Billard School, escola que no passado era apenas para moças, mas que havia se fundido  com a  St. Jude's School e se tornado mista. O prédio era enorme, com uma arquitetura antiga e imponente. Ao procurar informações, foram guiados até a sala do diretor. Primeiro, ele entrevistou Anders sozinho, fazendo perguntas básicas e comuns em entrevistas escolares, enquanto ia marcando alguma coisa em uma prancheta que segurava. Depois, pediu para o menino sair e chamar seus pais. Quando saiu para a sala de esperas, a secretária, uma velhinha de uns 80 anos, falou com ele.

    - Ô, meu filho, essas conversas costumam demorar tanto. Por que você não vai dar uma volta pela escola? – ela sugeriu, para ele conhecer o lugar ao invés de ficar sentado ali, por algum tempo.

    Caso ele acatasse a sugestão da senhora e saísse da sala, se depararia com o corredor pelo qual passou para entrar. A sua direita, em direção à saída, ele podia ouvir uma música bem animada tocando e algumas risadas, provavelmente no pátio do colégio; a sua esquerda, ouviria um barulho conhecido para ele, de bolas quicando, provavelmente estava próximo da quadra de esportes.

    [...]

    Enquanto decidia o que fazer, pela primeira vez naquelas duas semanas, ele sentiria um aperto no peito. Não era um menino de muitos amigos, mas, apesar disso, estava longe dos que conhecia desde a infância. Não estudaria com eles, não os veria mais nos intervalos, não sairia com eles após a aula... Como seria sua vida naquele novo local? Será que conseguiria se adaptar?

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    Mensagem por Rosenrot Qui Jul 06, 2017 11:00 am



    Inicialmente, quando o assunto surgiu, a ideia de mudança tinha lhe soado bastante negativa. Anders não ouvia boas coisas da América, vivendo na Europa. Mas ao ouvir as explicações do pai e também o fato de que provavelmente seria só por um ano ou dois, enquanto acertavam-se as coisas sobre a subsidiaria na América, o rapaz resolveu encarar aquilo como uma pequena aventura e descobrimento de conhecimento - precisava mesmo aprimorar seu inglês, por exemplo, apesar de preferir o britânico - e talvez isso ajudasse em outras coisas, como por exemplo em sua paixão pelo basquete.

    Ele achava a cidade estranha: as casas incluindo a sua pareciam uma prisão, enquanto na Dinamarca tudo parecia um grande quintal, ali todos escondiam-se atrás de muros e mais muros. A propriedade da família era grande, coisa que ele gostava por ter bastante espaço aberto para usufruir, porém não era igual quando em seu país. Os vizinhos eram esnobes e distantes e Anders não tinha lá muita vontade de andar pela cidade. Quando foi chamado naquele dia, estava no jardim com os dois cães da família - ouviu o que os pais tinham a dizer e foi se trocar.

    Ele prendeu o cabelo num rabo de cavalo, não sabia se a tal escola tinha qualquer coisa contra o cabelo cumprido e esperava sinceramente que não, pois tinha ouvido que os americanos tinham muito daquelas bobagens. Vestiu uma calça jeans nova, uma camisa social branca e sapatos socais. Não achava que era um tipo de 'evento' que precisasse ir de terno e grava e afins. Aguardou os pais no saguão da mansão e seguiu boa parte do caminho apenas acompanhando a conversa entre eles e observando a "paisagem" de pedra do lugar.

    Anders respondeu tudo que lhe era perguntado, apesar de sua dificuldade em falar a língua, conseguia compreender perfeitamente o que lhe era dito e possuía um sotaque fortíssimo também. Quando foi orientando a retirar-se ele agradeceu e saiu. Tinha retirado o celular do bolso, ao ouvir a velha senhora falar com ele, com educação o jovem levantou o olhar para encará-la e lhe sorriu de forma gentil... Não tinha muita vontade de zanzar por ai, mas bom... Também não tinha muito o que fazer ali. Começou a mover-se e seguiu o som das bolas - era mais interessante que os da risadas - e voltou a olhar no celular, respondendo aos amigos sobre os Estados Unidos.

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    Mensagem por Bastet Sáb Jul 08, 2017 12:58 am



    Anders, ao contrário do que imaginara, não foi repreendido pelo cabelo. Uma coisa que ele aprenderia, ao viver na América, era que, quando o dinheiro estava envolvido, os valores das pessoas mudavam completamente. Naquele caso, uma escola super tradicionalista havia aceitado um menino de cabelo grande, devido ao grande pagamento que seu pai iria depositar todo mês. Apesar disso, ele fora instruído, pelo diretor, a manter o cabelo preso e bem alinhado, durante o período das aulas.

    [...]

    Ao sair do gabinete do diretor, o menino teve sua atenção presa pelos barulhos das bolas quicando. Apesar de não estar, de fato, perto da quadra, não seria difícil identificar o caminho, devido ao silêncio nos corredores e algumas placas que mostravam os locais do colégio. Ao entrar, estaria no topo da arquibancada, e veria, na parte de baixo, uma pequena multidão ocupando a quadra. Perto das arquibancadas, um homem mais velho e dois rapazes estavam sentados atrás de uma mesa, com pranchetas na mão. Dois grupos pequenos jogavam, enquanto outro grupo estava sentado no “banco reserva”.

    Logo o loiro perceberia se tratar de um treino-teste, seria para o time do colégio ou algo externo? Não teria como saber, mas, se o menino parasse para assistir, veria que poucos ali se destacavam. Entre eles, estava o menino mais baixinho de todos, com a camiseta com um número 11 colado, e menos de 1,70m, que tinha uma agilidade e destreza muito boas, mas estava com o nariz inchado e sangrando um pouco. Ele estava tendo um desempenho razoável no jogo, até que um dos examinadores apitou.

    - Dez minutos! Número 11, você ainda está em condições de jogar?
    - Sim senhor!
    - Vá por um gelo nesse nariz então
    - Sim senhor

    O menino obedeceu, pegando um pouco de gelo no balde de água, colocando num pano, e indo se sentar uma fileira na frente de Anders, quase na mesma direção que ele. Apoiou a cabeça para trás, colocando o gelo e viu o dinamarquês, franzindo o cenho.

    - Você tá atrasado pro treino – disse, imaginando que ele fora fazer o teste. Se sentou direito, fazendo uma careta ao apertar mais o gelo no nariz – Vai entrar no segundo grupo? Devia ir se trocar.

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    Mensagem por Rosenrot Sáb Jul 08, 2017 11:16 am


    Anders tinha acabado de responder umas das mensagens dos amigos em seu país natal, quando finalmente entrou na quadra, ele deu uma rápida olhada em volta, enfiando o celular e as mãos nos bolsos, estudou cada pedaço atentamente, antes de voltar sua atenção para o jogo em si. Deu uma olhada no time de maneira pouco superficial. Os americanos eram famosos por seus times de basquete, afinal e aquilo lhe despertava certa curiosidade.

    Não se surpreendeu muito ao ver o menino mais baixo, ainda que achasse um pouco estranho o garoto ter escolhido exatamente aquele esporte, ficou atento ao dialogo, era bom ouvir os americanos falando sem se preocupar se ele entendia ou não, lhe dava mais chances de notar as peculiaridades da língua.

    Foi quando baixou os olhos que notou que o rapaz com o nariz machucado estava olhando para ele: essa era outra questão que lhe sobressaltava aos olhos. Como aquele rapaz tinha machucado o nariz no basquete...? O porque diabos o treinador permitia que ele continuasse em quadra? Não estavam jogando hóquei ou futebol americano.

    Suas sobrancelhas se arquearam, quando o garoto falou que ele estava atrasado, não se lembrava de ter nenhum compromisso naquele dia além da pequena entrevista com o Diretor e também não lembrava do homem atrás da mesa pomposa ter lhe dito nada sobre treino ou equipes. Anders sorriu de leve, era um garoto calmo no fim das contas. Ele deu alguns passos na direção em que o garoto estava e lhe estendeu a mão - tinha aprendido que os americanos adoravam apertar mãos. - Anders Soren, e não vim para treino algum. - E era a verdade, ele não se enfiaria em algo do qual não fazia parte, tinha sido educado para não 'burlar' regras ou diretrizes e apesar de gostar do basquete, não sentiria-se bem se 'infiltrando' em algo do qual não estava propriamente inscrito ou aceito. E era fato para o jovem do nariz machucado notar o sotaque fortíssimo que o Dinamarquês possuía. - Sou novo na sua escola e no seu país. - Achou bom acrescentar. Enquanto voltava seus olhos para a quadra, agora mais pensativo.

    Não tinha tanta certeza da sua adaptação ao novo ambiente, quer dizer, os costumes deles eram meio estranhos e Anders já não se sentia muito confortável ou confiante quanto as coisas que estavam por vir. Suspirou, voltando seu olhar para o garoto ali. - Vocês tem um time? - Era uma pergunta meio óbvia, mas não sabia exatamente como continuar aquela conversa. - Eu fazia parte do time da minha antiga escola. Ganhamos alguns campeonatos. - Comentou por alto, não quis acrescentar que tinha sido capitão do time ou que tinha sido considerado um dos melhores jogadores, não fazia seu estilo ficar se 'gabando' por coisas que qualquer um com esforço e dedicação podiam conquistar.

    - O que aconteceu com seu nariz?


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    Mensagem por Bastet Dom Jul 09, 2017 5:15 pm



    O menino viu que o outro se aproximava e se levantou, começando a estender a mão, mas parando. – Ops, melhor não – disse, ao ver que havia sujado ela, ao colocar o gelo, apenas o cumprimentou com a cabeça – Sou Radd Zaire, prazer em te conhecer – disse, voltando a por o gelo e dando de ombros quando ele disse que não viera pra nenhum treino. O menino voltou a se sentar, um tanto exausto, indicando para o loiro fazer o mesmo. Logo ouviu o que ele disse, assentindo e dando uma risada – Seu sotaque entrega isso. De onde você é? – perguntou, bastante amistoso.

    Logo ouviu a primeira pergunta do menino, assentindo – Bem, o colégio costumava ter um time muito bom, até a maioria dos jogadores, que eram do terceiro ano, saírem pra entrar nos times das faculdades deles. Agora, parece que estão desesperados – coçou a cabeça, pensando – Tanto que, ano passado, me eliminaram no primeiro jogo-treino, agora já tô no segundo. Se aquele grupo lá for tão ruim quanto os outros, provavelmente dentro – disse, orgulhoso de si mesmo. Parecia um tanto tagarela. A afirmação seguinte de Anders fez o rosto do menino se iluminar – Oh, mesmo?! Devia entrar no treino. O time tá precisando de gente com experiência – disse e já começou a se levantar e acenar para o treinador, sem perguntar se o menino queria, de fato, fazer aquilo.

    - Treinador! Treinador, acho que temos mais um aqui – esqueceu, a princípio, da última pergunta dele, ficando distraído e empolgado por ter mais alguém que fosse minimamente bom (era o que ele achava). Logo se virou pra ele – Ah, isso? – indicou o nariz, muito depois que a pergunta fora feita – Eu pedi pra me passarem a bola e me distraí com as Cheerleaders ali – indicou um grupo que treinava perto da outra arquibancada – A bola veio direto na minha cara. – deu de ombros e saiu dali, indo se aquecer pra voltar para a quadra. Logo o treinador olhou para Anders.

    -Hey, menino. Você vai entrar no treino ou ficar sentado aí? –Era um homem velho, com um bigode bem escuro, que dava a impressão de ter sido pintado. As “regras” ali pareciam bem mais flexíveis do que no país de Anders, o que poderia confundir e assustar um pouco o menino.  Ninguém havia informado nada de muito concreto pra ele, o treinador nem tinha perguntado seu nome... Mas talvez fosse uma oportunidade pra iniciar o ano fazendo algo que já estava acostumado.


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    Mensagem por Rosenrot Dom Jul 09, 2017 11:17 pm




    - Fornøjelse. - Disse Anders, recolhendo a própria mão durante a apresentação de ambos. Radd parecia um garoto bacana e ele rapidamente sentia alguma empatia logo garoto. -  Dinamarca. - Respondeu de imediato, o que provavelmente justificaria a palavra esquisita que tinha dito a pouco.

    Anders ouviu a explicação do garoto e voltou a levantar os olhos para encarar a quadra e as pessoas lá. Podia compreender aquilo, já que acontecia em sua antiga escola também, a diferença era que sempre buscavam incentivar os outros alunos a participarem e assim raramente ficavam sem jogadores. Porém não gostou muito do que o jovem falava, sobre os jogos treinos e com o fato de ele provavelmente se conseguir a vaga porque os outros eram piores que ele. Anders arqueou levemente a sobrancelha, voltando ao questionamento anterior: porque ele tinha escolhido aquele esporte?

    Não respondeu sobre entrar no time, até porque não teve tempo, já que o garoto já se levantava, Anders por outro lado, sequer se moveu. Ele suspirou, respirando fundo por um instante e pegou o celular, dando uma olhada na hora, não achava que seus pais pudessem demorar muito mais naquela entrevista, ele mesmo não tinha demorado tanto assim.

    Achava meio preocupante um jogador como Radd, que tinha sua atenção roubada por simples lideres de torcida, em quadra isso era um perigo não apenas para ele, mas para o desempenho do time, o que o fez começar a questionar a qualidade do grupo num geral: não que fosse tão exigente ou competitivo... Mas era difícil carregar um time nas costas e ele não tinha tanta experiência ou habilidade para conseguir fazer algo assim. Apesar de toda a educação e formalidade que tinha, era só um garoto fazendo coisas que um garoto gostava de fazer.

    Então ouviu alguém lhe chamando e voltou a levar a cabeça. -Tilgivelse. - Disse, antes de falar a língua nativa. - Ficarei sentado, senhor. - Disse-lhe, dando uma olhada rápida em breve. - Como o senhor pode ver, não vim preparado para qualquer teste ou treino, na verdade vim apenas para uma formalidade da escola, uma entrevista e agora estou aguardando meus pais saírem. Mas admito que tenho algum interesse em fazer parte do time, assim que puder vir preparado para um teste.

    Ele voltou a olhar ao redor, pensativo, os americanos eram sujeitos esquisitos, mesmo.

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    Mensagem por Bastet Qua Jul 12, 2017 6:50 pm



    O treinador apenas deu um estalar de lábio, como se Anders tivesse feito ele perder tempo, e ouviu o que ele tinha a dizer. Respondeu que, caso as vagas não fossem preenchidas naquele treino, teria uma segunda chamada na primeira semana de aula, para o menino ficar atento e ir preparado. Tinha uma ironia tão forte ali que até o jovem, que não era tão acostumado com a língua, conseguira perceber. Logo ouviria o seu celular apitar loucamente.

    Na tela, havia uma quantidade inexplicável de notificações no whatsapp. Ao conferir, veria que havia sido colocado em um grupo da escola, no qual o assunto estava, no momento, voltado para ele. De alguma forma, alguém havia conseguido o número dele naquele meio tempo, além do nome. Ele só se lembrava de ter passado aquilo para as fichas escolares...

    No grupo, várias pessoas falavam “Ah, esse é o loiro misterioso”, “ele vai estudar na Constance?”, “Oi loiro misterioso. Posso dizer pra Gossip Girl que vamos ao baile juntos?”, entre outras coisas.  Vez ou outra, o assunto mudava, mas, caso ele acompanhasse por alguns minutos, veria que o tema principal do grupo era essa tal de Gossip Girl e que os alunos de sua nova escola, ao menos os que estavam naquele grupo, não pareciam gostar de respeitar a privacidade alheia.

    [...]

    Logo, uma outra mensagem apareceria, de sua mãe, pedindo para ele os encontrar no carro. Os pais pareciam tranquilos e entregaram para o menino alguns folhetos que a escola dera, dentre eles um sobre o baile que a escola iria oferecer, um com o email e nome dos professores que iriam dar aula para o jovem naquele bimestre e outro sobre como prevenir DST’s, que vinha com um preservativo colado.

    - Filho, o diretor disse que você foi bem na entrevista, mas que precisa praticar mais o seu inglês, caso queira se manter nas aulas de literatura inglesa condizentes com o seu nível escolar. Ele nos disse que tem uma aluna que dá aulas de inglês em algum lugar do Brooklyn, parece que em um centro comunitário – disse, mostrando que não estava muito certa quanto a essa opção – mas seu pai também conhece uma especialista em língua, que é amiga dele e provavelmente não se importaria em te ajudar com isso.  Deixaremos você decidir qual prefere e entrar em contato com elas. Mas, por via das dúvidas, convidamos a amiga do seu pai para jantar conosco essa semana.  – deu um pequeno sorriso, passando para ele o contato das duas possíveis professoras e voltando a se sentar direito.

    Você vai direto para casa ou quer que te deixemos em algum lugar? – perguntou o pai, já dando partida no carro.
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    Mensagem por Rosenrot Sáb Jul 15, 2017 5:58 am




    Anders apenas fez o melhor que sabia fazer naquelas situações: ele sorriu educadamente e agradeceu ao treinador pelas instruções, ignorando a ironia nas palavras do homem. Era melhor assim, sempre tinha sido. Ficou mais um tempo ali, apenas observando o desempenho do pessoal e tudo mais, até sentir o celular no bolso.

    Tirou o celular e com alguma curiosidade observou o que estava acontecendo, deu uma risada leve com as mensagens, ainda que tivesse alguma dificuldade de acompanhar o fluxo e entender algumas coisas (como gírias por exemplo), mas logo se cansou e subiu e apertou o botão "denunciar como spam" e assim, saiu do grupo. Não era o tipo de meio que gostava de frequentar no final das contas. Já tinha ouvido em algum lugar que os adolescentes americanos eram um pouco esquisitos naquele sentido.

    Ao receber a mensagem da mãe, Anders se levantou e foi ao encontro dos pais, recebeu os folhetos e os olhou um a um, era uma boa fonte de leitura para praticar, no final das contas. Ao entrar no carro, ele ainda estava lendo alguns deles, interessado nas informações. Mas levantou a cabeça quando sua mãe começou a falar, atento.

    - Quando? - Perguntou, sobre o jantar. Achava que uma especialista em línguas talvez fosse uma ótima ideia e ficou interessado.

    A pergunta do pai, o jovem apenas moveu a cabeça em negativo. - Para casa mesmo. Quero levar Skuld e Verdandi pra dar uma volta.
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