Lancer não conseguia entender o que estava acontecendo. Havia alguma coisa errada com o Graal? Ele não entendia como havia acontecido, mas ele não tinha um mestre. Não um Mestre visível pelo menos. Ele podia ouvir seu Mestre através da conexão telepática entre ambos, mas não conseguia distinguir um gênero na voz, era como se ecoasse através de um lago. Ele não entendia o que seu Mestre, ou Mestra, queria ordenando-o á fazer aquilo: matar o Servo da Classe Ruler. Pare de pensar e apenas mate, comentou a voz feminina, não do Mestre, mas sim de sua lança. Bastardo de coração mole. Ele já estava ocupado com o temperamento da lança, mas sabia que era seguro usá-la sem exagero graças ao selo do Santo Graal sobre os Fantasmas Nobres... Mesmo que ainda relutasse. Ele estava esperando na entrada de Fuyuki, onde ele sentia a presença do Servo se aproximar rapidamente... Ruler... O Servo invocado pelo Santo Graal para manter a Guerra em ordem. Ele temia o poder do dito Servo em relação ao dele... Mas logo que o avistou deixou isso de lado. Sua nova preocupação? Ele era uma criança.
Um menino de no máximo doze anos, com pele clara, olhos escarlates como sangue e cabelos dourados bagunçados. Um menino tão jovem poderia ser invocado como um Servo? Era surpreendente, mas não devia ser subestimado. Foi então que a outra presença se revelou. Alguém á esquerda de Lancer assobiou para chamar sua atenção. Em um galho robusto de uma árvore estava empoleirado preguiçosamente um homem cuje o rosto estava escondido por bandagens e por um capuz escarlate que findava-se no meio do peito. Uma de suas mãos tinha dois dedos decepados, tendo apenas três dedos, ela estava enfaixada como esperado. Seus olhos eram cinzentos e junto de um pequeno pedaço da franja de cabelos brancos e o da pele escura eram a única coisa visível sob o capuz, na mão normal ele levava um cachimbo velho de madeira.
- E aí, compadre. - ele cumprimentou com um linguajar estranho.
Pulou para o chão sem muita dificuldade. Lancer deduziu que seria o Servo da Classe Assassin.
- Passe. - ele disse, e finalmente Lancer notou que Ruler já havia chegado até ali, sua lança moveu-se sozinha para golpear o Juiz, mas... - Nada disso.
Assassin segurava a ponta da lança com a mão livre, enquanto guardava o cachimbo da outra mão e sacava uma faca de sua cintura. Ele era mais forte do que se esperava de um Servo de sua classe. Ele claramente poderia enfrentar Lancer em um mano a mano. Suas missões eram o contrário de uma á outra, eles perceberam naquela breve troca de olhares monótonos. O de Lancer era determinado, o de Assassin preguiçoso. Eles saltaram e se afastaram. O sangue pingava da mão de Assassin. Ele se desfez velozmente em partículas vermelhas. Não consigo localiza-lo. No mesmo instante do comentário da arma, a lâmina do guerreiro surgiu se movendo velozmente em direção á jugular do herói. Assassin já preparava uma mudança de trajetória caso ele desviasse, acertando um chute nas costas de Lancer. Era nítido que ele era um combatente experiente no corpo a corpo.
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Re: Creepy Smile On the Face of: The Little King
Lancer teria sorrido se não fosse tão mau-humorado. Simplesmente, a sua "pós-vida" insistia em imitar sua vida passada e mais uma vez Lancer tinha um mestre que mandava-o em uma missão de morte. Mas pelo menos seu Rei havia sido mais digno... já este mestre, nem mesmo havia se revelado. Se não tivesse o conhecimento completo da era atual, teria achado que isto era uma falha de caráter natural à toda a nova população deste século.
"E uma ordem tão... insensata." - se não bastasse suas preocupações quanto à missão imposta, ainda tinha sua lança para falar em sua cabeça. - "Cale-se, maldita. Eu farei a missão, não interfira. - A lança era um problema. Mesmo selada pelo Graal... ainda sim Lancer sentia-se inquieto quanto à ela. Sabia que não poderia deixar de usa-la, já que os inimigos eram poderosos, mas mesmo assim ainda sentia-se relutante.
Sentia Ruler se aproximar. Os pensamento de Lancer afastam-se da lança e retornam para a questão que lhe incomodava desde que tinha recebido a ordem: será que ele era poderoso o bastante para derrotar o servo da classe Ruler? Pelo seu próprio bem, torcia que fosse. E se não fosse... não seria a primeira vez que derrotaria alguém mais forte. Todos tinham pontos fracos à serem explorados.
Ruler finalmente entra em seu campo de visão e ele... era uma criança. O coração de Lancer vacila por um momento, mas logo se endurece. Podia ser uma criança, MAS ainda era um Servo e não devia ser subestimado. E como se não bastasse tudo: mais um problema surge. Outro Servo, que chama sua atenção a partir de uma árvore e desce para vir falar com ele.
- ... - é a resposta de Lancer. Devia ser o servo da classe Assassin. Mas antes de ter tempo de se perguntar o motivo que faria uma classe fraca em combate prontamente revelar-se, Ruler alcança sua posição e a lança move-se sozinha para atacar. - "EU DISSE PARA NÃO INTERFERIR!"
- ... - Uma correção era necessária. Aquele Assassin não era fraco em combate e talvez até mesmo rivalizasse com sua própria força. "Tem algo muito errado com o graal e com essa era também..." Era óbvio um combate seria inevitável, principalmente considerando que estava claro que a missão de Assassin era contrária à sua. E se haveria combate, Lancer estava determinado à vencer e ir completar sua missão. Não deixaria um servo de olhar tão preguiçoso vencer. Saltou para trás, soltando a lança da mão do outro servo e ficou mirando a faca inimiga. Deveria tomar cuidado, se era um Assassin, aquela não deveria ser uma faca comum.
"Se ele sangra, também pode morrer." - seguido à este pensamento, a lança teceu seu comentário, distraindo Lancer por um momento. A lâmina de Assasin era rápida e Lancer desviou apenas por reflexos, para então ser pego por um chute. Lancer deixou-se ser atirado com a força do golpe, para ganhar tempo de pensar e ter alguma distância entre eles.
- Ugh! - Lancer lançou um rápido olhar irritado para a lança. "Nunca. NUNCA mais me distraia!". E ainda tinha sido um comentário tão pouco pertinente... era o que devia se esperar de uma classe Assassin. Ele devia ser difícil de achar. Mas era inesperado que fosse tão difícil de combater.
"Seja uma boa ferramente e NÃO tente ser a protagonista." - Ainda não era hora de usar seu Fantasma Nobre, precisava testar seus oponentes e entender a extensão de suas habilidades. Lancer avançou contra Assassin com a lança em punho em uma estocada feroz. Manteria o combate à média distância para evitar a lâmina inimiga, aproveitando a extensão de sua arma. Mas enquanto combatia, lentamente cederia terreno em direção às árvores.
Quando finalmente ambos alcançassem as árvores, passaria a usar o terreno à seu favor. Usaria sua magia druidica para fazer com que os galhos das árvores se movessem para atrapalhar os movimentos do servo inimigo, enquanto avançava com sua lança de forma ofensiva. "Tenho que acabar logo aqui, antes que Ruler se afaste muito."
"E uma ordem tão... insensata." - se não bastasse suas preocupações quanto à missão imposta, ainda tinha sua lança para falar em sua cabeça. - "Cale-se, maldita. Eu farei a missão, não interfira. - A lança era um problema. Mesmo selada pelo Graal... ainda sim Lancer sentia-se inquieto quanto à ela. Sabia que não poderia deixar de usa-la, já que os inimigos eram poderosos, mas mesmo assim ainda sentia-se relutante.
Sentia Ruler se aproximar. Os pensamento de Lancer afastam-se da lança e retornam para a questão que lhe incomodava desde que tinha recebido a ordem: será que ele era poderoso o bastante para derrotar o servo da classe Ruler? Pelo seu próprio bem, torcia que fosse. E se não fosse... não seria a primeira vez que derrotaria alguém mais forte. Todos tinham pontos fracos à serem explorados.
Ruler finalmente entra em seu campo de visão e ele... era uma criança. O coração de Lancer vacila por um momento, mas logo se endurece. Podia ser uma criança, MAS ainda era um Servo e não devia ser subestimado. E como se não bastasse tudo: mais um problema surge. Outro Servo, que chama sua atenção a partir de uma árvore e desce para vir falar com ele.
- ... - é a resposta de Lancer. Devia ser o servo da classe Assassin. Mas antes de ter tempo de se perguntar o motivo que faria uma classe fraca em combate prontamente revelar-se, Ruler alcança sua posição e a lança move-se sozinha para atacar. - "EU DISSE PARA NÃO INTERFERIR!"
- ... - Uma correção era necessária. Aquele Assassin não era fraco em combate e talvez até mesmo rivalizasse com sua própria força. "Tem algo muito errado com o graal e com essa era também..." Era óbvio um combate seria inevitável, principalmente considerando que estava claro que a missão de Assassin era contrária à sua. E se haveria combate, Lancer estava determinado à vencer e ir completar sua missão. Não deixaria um servo de olhar tão preguiçoso vencer. Saltou para trás, soltando a lança da mão do outro servo e ficou mirando a faca inimiga. Deveria tomar cuidado, se era um Assassin, aquela não deveria ser uma faca comum.
"Se ele sangra, também pode morrer." - seguido à este pensamento, a lança teceu seu comentário, distraindo Lancer por um momento. A lâmina de Assasin era rápida e Lancer desviou apenas por reflexos, para então ser pego por um chute. Lancer deixou-se ser atirado com a força do golpe, para ganhar tempo de pensar e ter alguma distância entre eles.
- Ugh! - Lancer lançou um rápido olhar irritado para a lança. "Nunca. NUNCA mais me distraia!". E ainda tinha sido um comentário tão pouco pertinente... era o que devia se esperar de uma classe Assassin. Ele devia ser difícil de achar. Mas era inesperado que fosse tão difícil de combater.
"Seja uma boa ferramente e NÃO tente ser a protagonista." - Ainda não era hora de usar seu Fantasma Nobre, precisava testar seus oponentes e entender a extensão de suas habilidades. Lancer avançou contra Assassin com a lança em punho em uma estocada feroz. Manteria o combate à média distância para evitar a lâmina inimiga, aproveitando a extensão de sua arma. Mas enquanto combatia, lentamente cederia terreno em direção às árvores.
Quando finalmente ambos alcançassem as árvores, passaria a usar o terreno à seu favor. Usaria sua magia druidica para fazer com que os galhos das árvores se movessem para atrapalhar os movimentos do servo inimigo, enquanto avançava com sua lança de forma ofensiva. "Tenho que acabar logo aqui, antes que Ruler se afaste muito."
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Re: Creepy Smile On the Face of: The Little King
Assassin observou preguiçosamente Lancer ser arremessado por seu golpe por alguns poucos metros, aproveitando o tempo para encher o seu cachimbo com um pouco de tabaco e levá-lo para a boca ainda escondida pelo capuz. Ele não parecia interessado em um combate. Se quer considerava Lancer como um adversário á altura. Seu olhar era preguiçoso, mas interessado, como se esperasse algo de alguém. Talvez sua Mestra tenha prometido algo em troca caso ele realizasse a missão? Hum. Suspeito. Lancer avançou com sua lança em uma estocada, mantendo-se em uma distância segura para evitar a lâmina do assassino... Mas surpreendeu-se quando o oponente simplesmente segurou a lâmina de sua lança com a mão de dedos decepados novamente. Ele notou que a ferida anterior havia sumido antes de a nova substituí-la. Uma aura vermelha envolveu o estranho Servo e com uma força absurda ele empurrou Lancer, apenas com aquela mesma mão de três dedos, para longe, na direção da floresta. Lancer atingiu uma árvore que se despedaçou tamanho o impacto da colisão entre os dois corpos, Assassin arrancou as faixas já estragadas que embrulhavam sua mão direita. Ele abriu e fechou a estranha mão semi-desmembrada.
- Que chato, compadre. Tinha acabado de se regenerar. - ele comentou ainda abrindo e fechando a mão repetidas vezes até que a ferida já não sangrava. - Certo, onde paramos?
Lancer estava ocupado notando detalhadamente o ante-braço e mão do homem negro: a mão tinha dois cotocos nos lugares do dedo mindinho e do meio. A palma e as costas eram ligadas por uma ferida cauterizada, um buraco, como feito por um prego, o pulso tinha uma profunda mancha escura marcada, possivelmente feita por um grilhão, o que sugeria que aquele homem já fora um prisioneiro ou escravo. Ele demorou um segundo para notar que Assassin havia diminuído a distância de metros para meros onze centímetros. MOVA-SE IMBECIL! A lança novamente se moveu, desta vez defensivamente, puxando as mãos dele para o alto em um arco defensivo, a faca de Assassin atingiu a haste da arma de cima para baixo parando centímetros acima do rosto do guerreiro. O encapuzado começou á exercer pressão para empurrá-lo contra o chão. Droga, aquele homem o estava fazendo perder tempo! Eles estavam ali fazia no mínimo seis minutos, o suficiente para Ruler ir embora! Deixa comigo! A lança se arremessou para o alto, empurrando Assassin para longe e puxando Lancer até que ele estivesse de pé, o que o fez quase perder o equilíbrio. Me arremesse! Posso alcançar o garoto e ainda perfurar o coração desse cretino! Ela implorava. Ele deveria fazê-lo? Não tinha tempo para pensar! Assassin já voltava para a ofensiva, com sua força monstruosa tornando o peso daquela faca tão grande quanto o de uma poderosa espada. Ele girava e rodopiava, cortes de faca e chutes se misturavam em um estilo capoeirista possivelmente extinto na atualidade, sendo um milagre o fato de Lancer estar sobrevivendo aos trancos e barrancos, na maioria das vezes á lança salvando sua pele e absorvendo a maior parte do impacto dos golpes. Ele começara á usar os galhos e a grama á seu favor, cuidando para manter um pé no chão para não interromper a conexão dos seus circuitos mágicos enviando o mana para mover a natureza contra Assassin... Mas não era de muita ajuda, o encapuzado parecia ser tão cauteloso que a vegetação passava por ele sem nem tocá-lo. Ele era praticamente uma assombração!
- Estou honrado de enfrentar um guerreiro como você e tal. - o estranho ex-escravo ou prisioneiro comentou preguiçosamente, diferente da energia que ainda colocava para rodopiar e chutar Lancer. - Mas, você, Compadre Boca Fechada, poderia por favor deixar o garoto ir ou simplesmente morrer?
O cachimbo por um milagre ainda estava aceso e soltando fumaça em sua boca, o que era surpreendente pois ele não derrubara ainda o tabaco contido no objeto, mesmo com aquela movimentação absurda.
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Re: Creepy Smile On the Face of: The Little King
Aquele servo devia ter sido invocado na classe errado. Assassins não deviam ser tão combativos. Tão fortes. E ter regeneração tão alta. E isso deixava Lancer com um gosto amargo na boca: o gosto habitual do medo misturado com a adrenalina de uma batalha de vida e morte. E os deuses sabiam que teria sido uma batalha só de morte, se não fosse a intervenção constante de sua lança.
Os últimos minutos tinham sido uma chuva devastadora de golpes, bloqueados por sua lança. Mas tudo tinha começado com aquela primeira estocada... "São poucos servos que conseguiriam bloquear um de meus golpes de mãos nuas e sem mesmo vacilar." Era assustador como este servo era capaz de se regenerar e ainda tinha aquelas marcas. Um prisioneiro? Escravo? Era necessário analisar: que herói do Trono dos Heróis tinha tais características? Escravo, negro, cachimbo, touca... ferida cauterizada de uma queimadura na mão? "Parece que ele fuma demais." De repente uma sugestão surge em sua mente. Mas será que era possível que este Assassin fosse quem imaginava? "Mas ele tem duas pernas..." Seus pensamentos quase lhe custaram a vida, quando os ataques iniciaram repentinamente. E não houve mais tempo para pensamentos ou para sequer pensar sobre a sugestão da lança sobre usar seu Fantasma Nobre. E enquanto isso, Ruler se afastava cada vez mais...
- ... - novamente esta era a resposta de Lancer diante do preguiçoso pedido de Assassin. Não poderia morrer ou apenas deixar Ruler ir, por mais que lhe doesse na alma a ideia de matar uma criança. Tinha uma missão a cumprir para seu Mestre. Ou Mestra. "Mas vai ser difícil vencer. Minha magia não é o suficiente. MINHA FORÇA NÃO É O SUFICIENTE." Lancer estava extremamente frustado com aquela batalha. Será que deveria fugir para tentar atacar Ruler outra hora? Difícil. Tentar roubar a touca dele, como teste? Arriscado demais. Ou... considerar a sugestão da lança? Não gostava muito da ideia... principalmente considerando que ficaria momentaneamente desarmado e era capaz de Assassin se recuperar. "E se houver mais mestres ou servos observando, meu fanasma nobre pode acabar revelando minha identidade."
Esfriou a mente. Estava olhando a questão pelo lado errado. Sua existência estava em jogo. Tinha que usar toda sua força... ou morreria diante deste inimigo mais forte. "Vá, lança vil. Destrua meus inimigos. Faça o que você tanto ama: mate e faça o sangue de ambos meus inimigos fluir. Vá..." -... LÚIN CELTCHAIR! - E arremessou seu fantasma nobre em direção ao coração de Assassin.
No momento que a lança saiu de suas mãos, deu um impulso com toda sua velocidade. Mas não em direção à Assassin, mas para onde sentia que estava Ruler. Não tinha garantia que seu Fantasma Nobre mataria Assassin, então precisava aproveitar a distração de seu ataque desesperado para chegar à Ruler e confirmar a situação. Depois provavelmente fugiria com o rabo entre as pernas.
Os últimos minutos tinham sido uma chuva devastadora de golpes, bloqueados por sua lança. Mas tudo tinha começado com aquela primeira estocada... "São poucos servos que conseguiriam bloquear um de meus golpes de mãos nuas e sem mesmo vacilar." Era assustador como este servo era capaz de se regenerar e ainda tinha aquelas marcas. Um prisioneiro? Escravo? Era necessário analisar: que herói do Trono dos Heróis tinha tais características? Escravo, negro, cachimbo, touca... ferida cauterizada de uma queimadura na mão? "Parece que ele fuma demais." De repente uma sugestão surge em sua mente. Mas será que era possível que este Assassin fosse quem imaginava? "Mas ele tem duas pernas..." Seus pensamentos quase lhe custaram a vida, quando os ataques iniciaram repentinamente. E não houve mais tempo para pensamentos ou para sequer pensar sobre a sugestão da lança sobre usar seu Fantasma Nobre. E enquanto isso, Ruler se afastava cada vez mais...
- ... - novamente esta era a resposta de Lancer diante do preguiçoso pedido de Assassin. Não poderia morrer ou apenas deixar Ruler ir, por mais que lhe doesse na alma a ideia de matar uma criança. Tinha uma missão a cumprir para seu Mestre. Ou Mestra. "Mas vai ser difícil vencer. Minha magia não é o suficiente. MINHA FORÇA NÃO É O SUFICIENTE." Lancer estava extremamente frustado com aquela batalha. Será que deveria fugir para tentar atacar Ruler outra hora? Difícil. Tentar roubar a touca dele, como teste? Arriscado demais. Ou... considerar a sugestão da lança? Não gostava muito da ideia... principalmente considerando que ficaria momentaneamente desarmado e era capaz de Assassin se recuperar. "E se houver mais mestres ou servos observando, meu fanasma nobre pode acabar revelando minha identidade."
Esfriou a mente. Estava olhando a questão pelo lado errado. Sua existência estava em jogo. Tinha que usar toda sua força... ou morreria diante deste inimigo mais forte. "Vá, lança vil. Destrua meus inimigos. Faça o que você tanto ama: mate e faça o sangue de ambos meus inimigos fluir. Vá..." -... LÚIN CELTCHAIR! - E arremessou seu fantasma nobre em direção ao coração de Assassin.
No momento que a lança saiu de suas mãos, deu um impulso com toda sua velocidade. Mas não em direção à Assassin, mas para onde sentia que estava Ruler. Não tinha garantia que seu Fantasma Nobre mataria Assassin, então precisava aproveitar a distração de seu ataque desesperado para chegar à Ruler e confirmar a situação. Depois provavelmente fugiria com o rabo entre as pernas.
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Re: Creepy Smile On the Face of: The Little King
Lancer estava no caminho certo. Assassin notou que ele havia descobrido sua identidade assim que viu o brilho de dúvida no olhar do silencioso guerreiro. Sim, era ele. Sua vida fora uma grande montanha russa de felicidade e sofrimento... De uma infância pobre ele se tornou um grande herói de seu povo, filho de Iansã, não era humano, deus ou Egum. Era algo entre os três, um tipo diferente de Besta Fantasmal. Ele cresceu com o poder como um grande feiticeiro e líder político, buscava a paz, até que vieram os portugueses... E ele não pôde fazer nada por sua promessa de paz. Sua honra foi mantida até o final... Virou um pastor de um dono de terras na colônia além-mar, mas quando começou á defender seus irmãos e amigos sentiu o peso do martelo da injustiça caindo sobre si... Torturas constantes que foram desde meras chibatadas até desmembramento e tortura envolvendo pregos quentes. Em sua Classe Assassin, uma classe errônea para ele, que já recebeu muitos nomes, mas ainda se chama de Sauci, foi um período em que passou fugido de seu primeiro dono, antes de ter sua famosa perna direita decepada ou de ter os dedos de sua mão esquerda arrancados como os da direita. Em toda a história ninguém havia acumulado mais sofrimento e pesar do que ele, que de tanto sofrimento e dor enlouqueceu e viveu seus muitos anos como um monstro insano, jogado ao deleite dos Orixás e Santos que tanto adorara como sacerdote. Seu capuz, a única lembrança da curta vida que tivera em família no Velho Continente, esconde a identidade não de um assassino, mas de um guerreiro e líder. Como de praxe ele começou á fortalecer seus ataques conforme notava o pensamento do oponente, sem dar tempo para que Lancer pudesse atacar ou ligar os pontos e tentar contra-atacar.
- Eu admiro o silêncio, mas prefiro oponentes com quem eu possa conversar e beber com. - ele comentou em meio ás estocadas, arcos e chutes altos. - Você deve ser um Servo fácil de reconhecer não é mesmo? Esses do tipo que não falam muito geralmente por que são bem... - Lancer ativou seu Fantasma Nobre. - ...Óbvios.
Ele se curvou enquanto a lança era arremessada por cima de si, em linha reta na direção de Ruler. Era o que Assassin esperava, girou seu corpo aparando um golpe de Lancer com a parte achatada da lâmina, girou e usou o braço de Lancer como base para tirar os pés do chão, com um giro veloz ele acertou um chute certeiro na testa do guerreiro, enviando-o para trás enquanto usava o salto como impulso para lançar-se para o ar, sacou algo escondido em seu capuz, de início parecia um espanador, mas era trabalhado e artístico demais para uma função tão simples. Era o símbolo da realeza africana, da mãe de Sauci, Iansã, deusa dos ventos.
- O' Mischievous Whip Bound The Souls of My Enemies On the Ground! - ele fez um movimento veloz e os fios do objeto se alongaram. - ERUEXIM!
De espanador o objeto se tornou um chicote, Assassin moveu-o pelo ar, usando para laçar a lança embebendo-a com uma aura negra. Assassin pousou no chão, segurava o chicote com força, como se a arma relutasse aquela prisão suprema. A lança vacilou no ar, era o que Sauci precisava, puxou o chicote e com um movimento veloz atirou a lança ao solo fincando-a com tanta força no chão que uma pequena cratera se formou, arremessando detritos para o alto. Ele puxou o chicote que voltou á ser um mero espanador simbólico o qual Assassin guardou novamente escondido em seu capuz. Virou-se e foi embora. A lança resmungava e xingava sem conseguir se libertar.
- Esta batalha acabou. - o encapuzado dizia enquanto ia embora desaparecendo em partículas de luz marrom - Você não vai poder usar essa lança por um tempo. Celtchar mac Uthechar. Sauci Aparerê o saúda compadre. Desista dessa missão por agora. Ruler já está em segurança.
E sumiu na escuridão da noite. Celtchar caminhou até a lança, mas era como se ela estivesse acorrentada ao chão. Presa. Possivelmente ficaria por ali até Lancer voltar á sua forma etérea e desta forma reverter a arma para uma forma não física.
- Que triste. - uma voz se ouviu. - Em pensar que eu fui invocado como Berserker e não aquele homem.
Em uma árvore próxima estava de pé em um dos galhos um rapaz alto e atlético, com um sorriso sereno com presas protuberantes e olhos amarelos e ferozes como os de um lobo. Vestia armadura de couro grega clássica: saiote, grevas, braçadeiras e peitoral, com a adesão de uma longa capa multi-colorida de peles de animais mutilados costuradas uma á outra. Ele saltou para o chão e caminhou até o guerreiro. Parecia confiante e firme, decidido, um rei inteligente e justo, não um monstro irracional. Tinha realmente algo errado com o Graal...
- Ah, não há nada de errado com o Santo Graal. - ele riu descontraído. - Berserker é a única Classe em que eu poderia ser invocado, não se engane. Celtchar mac Uthechar, não é? É meu prazer conhecê-lo, sou Lycáon da Arcadia, o Rei dos Lobos.
Ele estendeu a mão para o guerreiro que o reconhecia como o monstro dos mitos gregos. Lycáon fora o primeiro homem. Filho da boneca de barro Pandora e do titã Epímeteu. Ele era um homem digno de ter a companhia dos deuses, mas segundo o pouco que se sabia de seu mito, ele testara a sabedoria e paciência de Zeus ao servir seu próprio filho em um guizado numa festa que dera ao Panteão. Como recompensa ele se tornou o primeiro ser amaldiçoado á loucura. O primeiro lobisomem e do qual todos os outros monstros de tal espécie se originaram. Era fácil ver isso através do sorriso daquele homem. Calmo e sereno, mas feroz e cauteloso. Ele realmente queria uma aliança, mas á que custo? Revelar seu nome ou não, isso não mudaria nada para uma fera de seu nível, muitos licantropos podiam sobreviver á ataques sucessivos com prata, fogo e visgo sem problemas. Imagine então ele que era o Alfa mais poderoso, antigo e lendário de toda sua casta?! Era um impasse. Berserker já sabia seu nome e seu Fantasma Nobre, tinha uma vantagem contra Lancer. Mesmo que ele não soubesse, não precisaria se preocupar uma vez que a arma estava selada pelo estranho Fantasma Nobre de Assassin. Aceitar ou morrer? Essa era a questão. Seu Mestre ou Mestra estava em silêncio. Cabia á ele tomar tal decisão.
- Zerox
Neófito - Mensagens : 19
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Re: Creepy Smile On the Face of: The Little King
E repentinamente, acabou. Lancer se posta de joelhos, atordoado, enquanto observa seu Fantasma Nobre ser tratado como lixo e meramente selado ao solo. Não tinha sido forte o suficiente, nem usando o seu máximo. "Os heróis da grande Ulster devem estar rindo de mim. Bláin e Conganchness devem estar rindo de mim." Sabia que havia sido derrotado antes mesmo do servo Assassin dizer, mas ouvir a confirmação ainda trazia à tona os sentimentos mais sombrios de seu ser. E tinha mais... Ruler estava seguro.
Baixou os olhos ao chão, ainda ajoelhado e indefeso, aguardando o destino dos derrotados: a morte. Mas o golpe final não veio. E sobressaltado, Lancer ergueu os olhos. Asssasin tinha ido embora. Levantou-se cansado e seguiu à Lúin Celtchar, enquanto ignorava os resmungos e xingamentos. Como esperado, não era capaz de retira-la do solo. Deveria retornar à forma imaterial e torcer que a lança o acompanhasse...
Uma voz o sobressalta e Lancer se vira ao rapaz que surge. Mais um servo e em um momento que estava tão fraco... deveria fugir logo, principalmente se este era da classe mais insana que havia: Berserker. Mas, apesar das presas protuberantes, aquele rapaz parecia tudo menos a criatura insana que eram os servos a classe Berserker. Pelo menos, era isso que imaginava até ouvir o nome. Meneou a cabeça em reconhecimento, enquanto lembrava da história. Aquele homem DEVIA ser temido. E o era. Lancer recuou instintivamente quando o rapaz se aproximou, mas logo tratou de firmar o pé ao chão. Entendia que, se aquele homem desejasse, nem se tivesse completamente descansado seria capaz de fugir.
Com a mão estendida, aquele Berserker oferecia uma estranha aliança diante de um Lancer enfraquecido e desarmado. O que será que devia fazer? *Mestre?* Não sentia resposta alguma vindo pela conexão telepática. Dali não viria ajuda alguma... e mais uma vez Lancer sentiu amargura por seu mestre. Ou será que já era raiva? Não importava. Estava ligado com aquele desconhecido independente de tudo.
- Apenas... - falou, mas parou para pigarrear. Era a primeira vez que realmente falava, desde que retornara ao mundo e não se surpreendeu que sua voz estivesse enrouquecida. Tentou novamente. - Apenas... me chame de Lancer. - estendeu sua mão de encontro à de Berseker. Não tinha escolha. Tinha que seguir o fluxo, por pior que fosse. - O que deseja de mim, Berserker?
Suas palavras eram carregadas, pelo pouco uso da fala, e seu cenho era franzido por um misto de desconfiança e curiosidade. Qualquer que fosse sua próxima ação, ela dependia muito da resposta que receberia.
Baixou os olhos ao chão, ainda ajoelhado e indefeso, aguardando o destino dos derrotados: a morte. Mas o golpe final não veio. E sobressaltado, Lancer ergueu os olhos. Asssasin tinha ido embora. Levantou-se cansado e seguiu à Lúin Celtchar, enquanto ignorava os resmungos e xingamentos. Como esperado, não era capaz de retira-la do solo. Deveria retornar à forma imaterial e torcer que a lança o acompanhasse...
Uma voz o sobressalta e Lancer se vira ao rapaz que surge. Mais um servo e em um momento que estava tão fraco... deveria fugir logo, principalmente se este era da classe mais insana que havia: Berserker. Mas, apesar das presas protuberantes, aquele rapaz parecia tudo menos a criatura insana que eram os servos a classe Berserker. Pelo menos, era isso que imaginava até ouvir o nome. Meneou a cabeça em reconhecimento, enquanto lembrava da história. Aquele homem DEVIA ser temido. E o era. Lancer recuou instintivamente quando o rapaz se aproximou, mas logo tratou de firmar o pé ao chão. Entendia que, se aquele homem desejasse, nem se tivesse completamente descansado seria capaz de fugir.
Com a mão estendida, aquele Berserker oferecia uma estranha aliança diante de um Lancer enfraquecido e desarmado. O que será que devia fazer? *Mestre?* Não sentia resposta alguma vindo pela conexão telepática. Dali não viria ajuda alguma... e mais uma vez Lancer sentiu amargura por seu mestre. Ou será que já era raiva? Não importava. Estava ligado com aquele desconhecido independente de tudo.
- Apenas... - falou, mas parou para pigarrear. Era a primeira vez que realmente falava, desde que retornara ao mundo e não se surpreendeu que sua voz estivesse enrouquecida. Tentou novamente. - Apenas... me chame de Lancer. - estendeu sua mão de encontro à de Berseker. Não tinha escolha. Tinha que seguir o fluxo, por pior que fosse. - O que deseja de mim, Berserker?
Suas palavras eram carregadas, pelo pouco uso da fala, e seu cenho era franzido por um misto de desconfiança e curiosidade. Qualquer que fosse sua próxima ação, ela dependia muito da resposta que receberia.
- Dark Tiger
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Re: Creepy Smile On the Face of: The Little King
- Bem... O que eu quero é...
- Que você se una á ele para me enfrentar. - uma voz feminina cortou a resposta de Berserker.
A dita dona da voz se materializou em meio ás partículas de luz alaranjada. Uma moça de longos cabelos da cor do sangue fresco presos em um rabo de cavalo por uma presilha de abóbora e olhos tão verdes quanto esmeraldas, usava um vestido tomara-que-caia curto e alaranjado com babados, botões e detalhes de árvores e galhos pretos, luvas e meias longas também pretas. Ela carregava um guarda-chuva na mão direita. Parecia delicada e despreocupada, mas tinha uma aura estranha.
- Eu sou Trickster. - ela comentou.
- Mas que mulher mal educada. - Berserker grunhiu em um meio rosnado.
Trickster riu. Espere, Trickster? Uma Classe banida talvez? Avenger, Ruler, Shielder, Gunner, Saver... Ele não se lembrava de nenhuma Classe chamada Trickster dentre as Classes extras incluídas no compêndio de invocações do Santo Graal. O que significava que aquele era um Servo completamente diferente do que ele esperava enfrentar no pior dos casos da Guerra. Ele tinha uma vaga consciência de que essa nova Classe devia se tratar de mentirosos, trapaceiros e palhaços. Talvez Servos que possuam histórias ligadas á tais níveis de trapaça só poderiam ser invocados como Tricksters. Uma Classe específica para brincalhões e trapaceiros. Não parecia algo tão especial... Mas era capaz de preocupar e causar a irritação em um Espírito heroico no nível do Rei dos Lobos á ponto de ele procurar ajuda. Berserker saltou para confrontá-la em um ataque desvairado e dominado pela ira e ferocidade comum á sua Classe, uma lança feita de ossos surgiu em sua mão. A lança e o guarda-chuva colidiram, Trickster não suportou o impacto, deslizando o cabo enganchado do guarda-chuva pela haste de ossos para sair da frente e transferir todo o ataque de Berserker para o chão. Uma cratera surgiu com detritos sendo arremessados pelo alto devido o incrível impacto daquele golpe que só demonstrava nada mais que força bruta e ferocidade. Trickster ainda sorrindo saltou para trás ao desenganchar seu guarda-chuva com um puxão. Deu uma pirueta e abriu o objeto, mesmo que a noite não estava chuvosa e que não havia sol do qual se cobrir. Ela ergueu a mão.
- Eu o ordeno por um Comando! - Trickster gritou e o corpo de Lancer estremeceu. - Recupere sua lança e me proteja!
Lúin Celtchair surgiu em sua mão de repente e seu corpo moveu-se sozinho, movido pela ordem que ele sentia vir de longe. As duas lanças colidiram, Berserker estava tão surpreso quanto o próprio Lancer e sua arma que á segundos atrás estava selada. Lycáon parecia ter defendido o golpe meramente por ter pressentido a aproximação, possivelmente sua habilidade Instinct era de nível EX, uma percepção sensorial tão ampliada por sua maldição que ele poderia facilmente adivinhar o clima do dia seguinte. Relâmpagos brilhavam no chão e davam aos olhos amarelos licantrópicos de Lycáon um ar de realeza e indignação. Ele via Lancer como um possível aliado... Agora via como uma possível presa. Sua ira se formou em um rosnado, ele caiu de joelhos apoiando-se na lança de ossos com uma mão e levando a outra ao peito, como se estivesse lutando contra algo, possivelmente contra a vontade de fazer picadinho de um quase traidor. Ele se levantou ainda rosnando.
- Droga. Se não fosse o fato de minha Mestra ter me proibido de usar meu Fantasma Nobre até segundas ordens vocês dois já estariam no meu estômago. - ele virou-se jogando a capa de peles sobre o ombro onde era visível um pequeno corte feito pela lança de Lancer. - Estou me retirando. Celtchar mac Uthechar. Jackeline O'Lantern. Agradeçam minha Mestra pela paciência e misericórdia.
E o Alfa dos Alfas desapareceu em partículas de luz azul. Um rosnado ainda podia ser ouvido, mesmo na forma invisível da criatura. Trickster ria alto, uma gargalhada um tanto cruel. Ela era uma pessoa sem compaixão nenhuma.
- Você viu a cara dele quando usei o Feitiço de Comando? - ela ria. - E a sua cara nesse momento? CARA! Não tem preço!
- Zerox
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Re: Creepy Smile On the Face of: The Little King
O Graal devia ter enlouquecido. Se não bastasse ter sido invocado de forma anormal, longe de um mestre, agora também estava de frente à uma classe nova. Ou será que era uma das tantas banidas? Apesar de não estar entre as classes banidas que conhecia, Lancer não era arrogante ao ponto de acreditar que conhecia todos os detalhes que envolviam a Guerra do Graal. Mas podia facilmente supor que esta classe não era confiável. Trapaceiros, provavelmente. E teria que tomar cuidado, esta era uma guerra de monstros, com servos irrealmente fortes, como podia ver por Assassin e Berserker... e se até mesmo o Rei dos Lobos precisava de uma aliança para derrotar Trickster, então sua força devia ser considerável.
Lancer preferiu não interferir quando Berserker avançou contra Trickster. Era uma ótima oportunidade de ver o estilo e força de ambos. Um insanamente forte e feroz, a outra mais fraca, mas habilidosa. E quando a garota abriu seu guarda chuva, Lancer recuou um pouco, caso fosse a liberação de um Fantasma Nobre. Mas surpreendeu-se com as palavras proferidas. Seu corpo estremeceu e Lúin Celtchair surgiu em sua mão. Era inacreditável o que estava ocorrendo... como podia um servo além de Ruller possuir selos de comando?! Mas não havia nada que Lancer pudesse fazer. Contra sua vontade, seu corpo avançou contra Berserker, fazendo-o se defender por instinto. Mesmo ainda surpreso pelo acontecido, Lancer tinha que admitir que Lycáon era forte.
Lancer via a ira nos olhos daquele homem. Era compreensível, pois mesmo contra sua vontade, Lancer agora podia ser considerado um traidor. E provavelmente um traidor morto, caso a luta continuasse. Mas não continuou. Após um momento de tensão, onde a luta interna de Berserker era visível, este decidiu que era hora de recuar. Se foi, deixando para trás apenas um rosnado e alívio no peito de Lancer.
Voltou-se para Trickster que estava rindo. Era uma desgraçada pior do que sua esposa havia sido. Adoraria poder se voltar contra ela e tirar o sorriso de seu roso, mas duas coisas o impediam: um selo e uma possibilidade. Não podia descartar uma pequena chance de que ela fosse sua mestra. Seria algo extremamente irregular... mas e esta guerra já não o era? Claro, tinha que tomar cuidado. Era uma trapaceira de halloween que estava à sua frente, não podia apenas perguntar normalmente. *Você é mesmo minha mestra?* Perguntou pelo link mental. Se aquela garota fosse sua mestra, certamente ouviria. Senão não.
- Como? - ignorou a risada e provocação, usando apenas uma palavra e pergunta.
Lancer preferiu não interferir quando Berserker avançou contra Trickster. Era uma ótima oportunidade de ver o estilo e força de ambos. Um insanamente forte e feroz, a outra mais fraca, mas habilidosa. E quando a garota abriu seu guarda chuva, Lancer recuou um pouco, caso fosse a liberação de um Fantasma Nobre. Mas surpreendeu-se com as palavras proferidas. Seu corpo estremeceu e Lúin Celtchair surgiu em sua mão. Era inacreditável o que estava ocorrendo... como podia um servo além de Ruller possuir selos de comando?! Mas não havia nada que Lancer pudesse fazer. Contra sua vontade, seu corpo avançou contra Berserker, fazendo-o se defender por instinto. Mesmo ainda surpreso pelo acontecido, Lancer tinha que admitir que Lycáon era forte.
Lancer via a ira nos olhos daquele homem. Era compreensível, pois mesmo contra sua vontade, Lancer agora podia ser considerado um traidor. E provavelmente um traidor morto, caso a luta continuasse. Mas não continuou. Após um momento de tensão, onde a luta interna de Berserker era visível, este decidiu que era hora de recuar. Se foi, deixando para trás apenas um rosnado e alívio no peito de Lancer.
Voltou-se para Trickster que estava rindo. Era uma desgraçada pior do que sua esposa havia sido. Adoraria poder se voltar contra ela e tirar o sorriso de seu roso, mas duas coisas o impediam: um selo e uma possibilidade. Não podia descartar uma pequena chance de que ela fosse sua mestra. Seria algo extremamente irregular... mas e esta guerra já não o era? Claro, tinha que tomar cuidado. Era uma trapaceira de halloween que estava à sua frente, não podia apenas perguntar normalmente. *Você é mesmo minha mestra?* Perguntou pelo link mental. Se aquela garota fosse sua mestra, certamente ouviria. Senão não.
- Como? - ignorou a risada e provocação, usando apenas uma palavra e pergunta.
- Dark Tiger
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Re: Creepy Smile On the Face of: The Little King
Nenhuma mensagem veio da garota. Ela se aproximou dele silenciosamente, o guarda-chuva apoiado no ombro direito. A voz era doce e ao mesmo tempo fria e maléfica. O hálito dela tinha cheiro de abóbora. Ela estava á meros cinco centímetros dele, neste momento, como se fosse beijá-lo, colocou a mão no rosto dele delicadamente. Sua pulsação era rápida e fina, ele podia sentir o sangue fluindo.
- Quem sabe eu seja sua Mestra. - ela sussurrou no ouvido dele. - Talvez eu seja. Talvez não. Mas sei onde aquele homem, Assassin, foi. Posso te dizer o que fazer agora. Você vai...
As palavras surgiram ao mesmo tempo, as que saíram da boca de Trickster e as que surgiram na mente de Lancer, enviadas por seja lá quem for seu Mestre. Você vai matar Illyasviel Von Einzbern. Trickster indicou onde podia encontrar o seu alvo, na floresta próxima á Fuyuki. E também explicou que ele e Trickster iriam trabalhar juntos dali para frente. E desapareceu. Irritantemente, desapareceu. Uma risada chamou sua atenção.
- Então, existe um Servo irregular nesta Guerra. - a voz de um garoto. - Olá, Lancer, eu sou o alvo que você falhou em executar.
O garoto louro estava flutuando, de braços cruzados, parado no ar com um sorriso arrogante e um olhar frio e entediado. Lancer deveria atacá-lo? Ele não sabia. Quem era aquele garoto, que não parecia ter mais de doze anos? Como alguém tão jovem podia ser invocado pelo Santo Graal para a Classe dos Regentes? Sim, os Servos da Classe Ruler são aqueles que não possuem absolutamente nenhum desejo para o Santo Graal, não importa de que forma seja. Mas era assustador que uma mera criança fosse invocada para o serviço.
- Permita-me me apresentar devidamente. - Ruler levou á mão ao peito orgulhoso e fez uma mesura formal ainda no ar. - Eu sou a última reencarnação verdadeira do deus vermelho, Seth, na Terra. Eu já tive muitos nomes, Amenhotep V, Amenophis V... Mas prefiro ser chamado como Tutankhamon.
Lancer deu um passo para trás. Estava explicado, o Rei Menino, que com apenas oito anos salvou o Egito da falência após a guerra política entre seu pai extremista Akhenaton e sua madrasta conservacionista Nefertiti. Ele fora expulso do trono aos doze anos e passou á conviver como um rebelde. Os sacerdotes acreditavam que ele iria trazer o mal para o Egito, por ser a reencarnação de Seth, o deus do deserto e do caos, por isso planejaram se livrar do Rei Menino. O garoto, no entanto, sobreviveu, ainda que amaldiçoado, até os dezenove anos, vivendo perseguido. Muitos de seus súditos ainda o consideravam rei por isso vários escritos dizem que ele morreu ainda ocupando o trono. Lancer já havia encontrado com monstros e gigantes, mas mesmo em Ulster nunca ficara cara a cara com alguém como ele. Nunca ficara cara a cara com um deus.
- Zerox
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- Mensagem nº10
Re: Creepy Smile On the Face of: The Little King
Não houve resposta mental. Isto era extremamente relevante. Trickster se aproximou, ficando à uma distância desconfortável, mas Lancer manteve-se impassível, como se a distância não o incomodasse. Incomodava, mas não queria dar motivos para a garota divertir-se às suas custas. E a mão no rosto... era contato demais para seu gosto.
As palavras da garota não lhe trouxeram impacto. Por mais irregular que aquela classe fosse, já percebera que ela não era sua mestra. E também pouco lhe importava se ela sabia ou não onde estava Assassin. O que lhe realmente surpreendeu foi a sincronia entre ela e a ordem de seu mestre. E mais uma vez era uma ordem de assassinato. "Novamente, mais mortes. E este é o segundo... no terceiro provavelmente morrerei." Pensou de forma mal-humorada, prevendo à imitação da sua vida... com a diferença que não havia falhado nas missões dadas pelo rei Conchobur. Desta vez, vergonhosamente já falhara na primeira missão.
Trickster revelou a localização do alvo, a tal Illyasviel Von Einzbern, e explicou que trabalhariam juntos. E sumiu, simples assim, sem nem mesmo dar chance de Lancer dar sua opinião. Claro, não que ele realmente fosse dar alguma opinião, mas receber alguma consideração era o minimo que Lancer esperava. Fora o fato de que não pretendia trabalhar com aquela classe traiçoeira, a menos que fosse uma ordem direta de seu mestre. Era arriscado confiar naquele espírito pouco heroico, fora que a garota dava nos nervos do lanceiro.
Então que surge Ruller para tornar o dia de Lancer cada vez mais amargo."Hoje é o dia, todo mundo aparece e desaparece ao seu bel prazer..." E se não bastasse o garoto aparecer assim, ainda faz questão de jogar sal nas feridas, ao lembrar da falha na missão. Aquele Ruller era estranho. Era jovem demais para ter sido invocado para a Guerra do Graal, ainda mais em uma classe tão difícil. Todos tinham algum desejo, ainda mais uma criança que não tivera a chance de viver sua vida plena.
Mas com uma simples apresentação tudo ficou explicado. O nome trouxe uma história, a história trouxe a compreensão e a compreensão trouxe o medo. Lancer deu um passo para trás ao entender que estava diante de um deus. Era uma sensação avassaladora. Já derrotara o impossível e até mesmo matara um monstro que ele mesmo criara com amor... mas um deus? De deuses, sua cota de interação se resumia à uma lança. "Que já me causa problemas demais...sem ofensas."
- Celtchar, filho de Uthechar. - retornou a mesura e a cortesia. Já tinha gente demais conhecendo seu nome, o que era apenas mais um pra lista? Deu um olhar significativo à Ruller, enquanto imaginava se devia dar prosseguimento à sua missão. Não, era tolice fazer isso. Não somente por ser insensato tentar derrotar um deus após tanto gasto de energia contra Assassin e Berserker, mas também tinha uma nova prioridade. Um novo assassinato.
- Por favor, faça seu trabalho. Dê um jeito na maldita Irregular, ela também possui magia de comando. - Fez uma nova mesura de despedida à Ruller e entrou na forma espiritual. O pedido era uma vingança contra Trickster que tanto o irritara. Seu destino agora era a floresta próxima à Fuiyuki, onde queria verificar o terreno e traçar um plano para completar sua missão. Enquanto avançava, enviava um pedido à seu mestre. *Por favor, mestre, gostaria que fossemos apresentados de forma apropriada.*
As palavras da garota não lhe trouxeram impacto. Por mais irregular que aquela classe fosse, já percebera que ela não era sua mestra. E também pouco lhe importava se ela sabia ou não onde estava Assassin. O que lhe realmente surpreendeu foi a sincronia entre ela e a ordem de seu mestre. E mais uma vez era uma ordem de assassinato. "Novamente, mais mortes. E este é o segundo... no terceiro provavelmente morrerei." Pensou de forma mal-humorada, prevendo à imitação da sua vida... com a diferença que não havia falhado nas missões dadas pelo rei Conchobur. Desta vez, vergonhosamente já falhara na primeira missão.
Trickster revelou a localização do alvo, a tal Illyasviel Von Einzbern, e explicou que trabalhariam juntos. E sumiu, simples assim, sem nem mesmo dar chance de Lancer dar sua opinião. Claro, não que ele realmente fosse dar alguma opinião, mas receber alguma consideração era o minimo que Lancer esperava. Fora o fato de que não pretendia trabalhar com aquela classe traiçoeira, a menos que fosse uma ordem direta de seu mestre. Era arriscado confiar naquele espírito pouco heroico, fora que a garota dava nos nervos do lanceiro.
Então que surge Ruller para tornar o dia de Lancer cada vez mais amargo."Hoje é o dia, todo mundo aparece e desaparece ao seu bel prazer..." E se não bastasse o garoto aparecer assim, ainda faz questão de jogar sal nas feridas, ao lembrar da falha na missão. Aquele Ruller era estranho. Era jovem demais para ter sido invocado para a Guerra do Graal, ainda mais em uma classe tão difícil. Todos tinham algum desejo, ainda mais uma criança que não tivera a chance de viver sua vida plena.
Mas com uma simples apresentação tudo ficou explicado. O nome trouxe uma história, a história trouxe a compreensão e a compreensão trouxe o medo. Lancer deu um passo para trás ao entender que estava diante de um deus. Era uma sensação avassaladora. Já derrotara o impossível e até mesmo matara um monstro que ele mesmo criara com amor... mas um deus? De deuses, sua cota de interação se resumia à uma lança. "Que já me causa problemas demais...sem ofensas."
- Celtchar, filho de Uthechar. - retornou a mesura e a cortesia. Já tinha gente demais conhecendo seu nome, o que era apenas mais um pra lista? Deu um olhar significativo à Ruller, enquanto imaginava se devia dar prosseguimento à sua missão. Não, era tolice fazer isso. Não somente por ser insensato tentar derrotar um deus após tanto gasto de energia contra Assassin e Berserker, mas também tinha uma nova prioridade. Um novo assassinato.
- Por favor, faça seu trabalho. Dê um jeito na maldita Irregular, ela também possui magia de comando. - Fez uma nova mesura de despedida à Ruller e entrou na forma espiritual. O pedido era uma vingança contra Trickster que tanto o irritara. Seu destino agora era a floresta próxima à Fuiyuki, onde queria verificar o terreno e traçar um plano para completar sua missão. Enquanto avançava, enviava um pedido à seu mestre. *Por favor, mestre, gostaria que fossemos apresentados de forma apropriada.*
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