Algo naquele homem inibia as minhas tendências mais agressivas e macabras. Não era possível. A partir do momento não era mais eu que estava no comando, mas sim ambos, guiando o nosso prazer. Todas as carícias daquele homem faziam meu corpo estremecer. Sentia desconforto, por estar perdendo o controle, mas ao mesmo tempo gostava de cada sensação, de cada toque.
Quando começou a fazer sexo oral em mim, fui às alturas. Era como se eu estivesse flutuando e ele que estava me levando cada vez mais alto. Aquilo me fazia gemer de tanto tesão. Enquanto ele fazia todo o serviço, eu estimulava o meu clitóris. Não demorou muito e veio o primeiro orgasmo, me fazendo tremer as pernas, revirar os olhos e encurvar o meu corpo - pela cintura - para cima. Quando me encontrava no clímax do prazer, o desconhecido aproveitou para penetrar-me novamente, dessa vez com mais velocidade e intensidade. Parecia multiplicar todo o tesão diante de cada estocada dentro de mim.
Quando ele me chamou de gostosa, percebi que desobedecia uma determinação minha e isso, para mim, é inadmissível. Trabalho com regras e quando uma delas é infringida, algo está em desequilíbrio. Minha reação foi estapear o seu rosto, virando para cima dele, segurando seus braços com força contra a cabeceira da cama, cavalgando com toda a minha força por cima dele.
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Você... não vai mais... repetir isso!! Eu disse sem... Apelidos... Nem uma palavra! CALE A BOCA! - a fala encontrava-se ofegante, porém a entonação séria, enquanto ainda quicava no mais alto desempenho. Não podia deixar o meu dominado me dominar.
Permanecia por cima, rebolando e quicando quando estiquei o braço e abri a gaveta do criado mudo, tirando de lá dois pedaços de cordas grossas, daquelas que se usa para guiar e amarrar animais. Sem parar de se movimentar sobre ele, esticou suas mãos, uma de cada lado da cabeceira da cama e amarrou com nó de marinheiro, impossível de tirar. -
Esse é o seu castigo por ser desobediente e ai de você se gritar com o que vai sentir a partir de agora. - sussurrou no ouvido, deixando-lhe um chupão bem atrás da orelha. Os dois já estavam com os corpos muito suados. -
E só vai gozar quando EU mandar. - determinou, por fim.
Depois de ficar ali por mais algum tempo, beijando-o e fazendo um sexo delicioso, levantei-me e peguei o chicote. A cena de ve-lo completamente vulnerável e de pênis ereto para mim era maravilhosa. Subi na cama novamente e me arrastei por cima dele, deslizando o pênis dele por fora da minha vagina. -
Quero ver se você aguenta o serviço. - desferi a primeira chicotada para trás, atingindo a coxa direita e fui revezando entre um lado e outro, forçando-o a movimentar o corpo para me penetrar novamente, enquanto eu permanecia imóvel. Eu ditava as regras, a velocidade e cada movimento que era feito.
Eu queria mais. Precisava do toque dele, daquelas mãos deslizando em cada curva do meu corpo como se fosse um mapa sendo explorado, mas ao mesmo tempo ele precisava saber quem guiava quem. Levantei e fiquei em pé na cama com ele entre minhas pernas. Comecei a rebolar e dançar ao som de "
Earned It", movimentando o quadril de um lado para outro, descendo até embaixo, de modo que chegasse a encostar no membro excitado dele. Vez ou outra, o desconhecido recebia uma chicotada de mim e as marcas avermelhadas eram bastante visíveis pelo peitoral, cintura e coxas.
Dado determinado momento, levantei, fui até a cozinha e peguei duas taças de vinho. Em uma delas - a que continha o desenho de uma flor de lótus vermelha desenhada no cristal - despejei um pó alucinógeno. Era uma droga que o faria perder os sentidos, esquecendo do que aconteceria a partir do momento que bebesse. Eu sempre faço isso com seus comandados, para ter controle sobre eles ainda na manhã seguinte, quando gosto de explorar ainda mais o sexo deles. É uma garantia de que não vão fugir e de que só irão sair quando eu os liberar.
Quando estava voltando para o quarto, ao passar pela sala, vi a calça dele no chão e a carteira caída ao lado. Fui até lá, coloquei as taças na mesa de centro e abri a carteira. Alfie Lewis, eis o nome do desconhecido, e havia um crachá com a função de T.I. do Seattle Grace Hospital. Não era possível. Como aquele homem podia estar trabalhando no mesmo lugar para o qual prestava seus serviços jurídicos? Como nunca o tinha visto lá? Peguei novamente as taças e resolvi ignorar a informação, pelo menos enquanto estávamos vivendo o nosso momento.
Ao retornar, Alfie permanecia imóvel, da mesma forma que havia sido deixado, com o pênis completamente ereto. -
Hummm, bom garoto... Agora vamos beber alguma coisa pra esquentar ainda mais... - sugeri enquanto subia novamente na cama com as duas taças. Bebi de vez todo o conteúdo de uma das taças e despejei cuidadosamente o conteúdo da taça batizada na boca do rapaz. Os efeitos começariam cerca de 30 minutos a seguir.
Resolvi soltar os braços dele e senti que automaticamente suas mãos encontravam-se deslizando por minha cintura, assim que me posicionei de quatro em cima dele. Beijei seus lábios sem conter os impulsos agressivos de arranhar seu corpo e apertar-lhe com força, voltando a faze-lo penetrar em mim. -
Agora você vai gozar dentro de mim e vai gozar bem gostoso. Não há risco, eu uso proteção. - ordenei entre lábios.