Nas Trilhas do Destino

em construção

Zignon chega a pequena e aconchegante sala com a pequena Lygia o acompanhando, a sala possui várias estantes nas duas paredes contiguas a porta e defronte da porta crepita o fogo de uma lareira, a mesa os cinco escolhidos e o corvo do feiticeiro, no seu ombro, esperam conversando timidamente algumas banalidades e todos se voltam para a porta quando a dupla chega.


 
O guardião senta-se à cabeceira da mesa e a Yuthusy senta-se numa cadeira ao seu lado direito, continuando a direita temos Aylin e mais distante a Barbara guerreira Nyanzela. A esquerda do Guardião estão o Feiticeiro Dorando, logo após Shaira e pôr fim a Elfa Annastrianna. O mestre daquele santuário olha para cada um com gravidade e com um sorriso quebra a tensão do momento e brinca com os escolhidos dizendo: - Parece que todos estão mais armados e bonitos do que quando chegaram. E as risadas mostram que Zignon conseguira relaxar os seus tensos ouvintes.
 
 
Ele pede, após alguns segundos que prestem bastante atenção as suas palavras pois a vida de cada um e o sucesso das suas tarefas depende das informações que serão dadas àquela mesa. - Vocês estavam conversando e isto é bom, pois precisam se conhecer, para poderem trabalhar em equipe e vos darei algumas informações para que entendam melhor porque estão aqui. Começarmos por apresentar da esquerda para direita, pois quero terminar com a Lygia. Este é Dorando, jovem feiticeiro, tem um trabalho único no grupo, pois ele é o catalizador, função semelhante à do Anel Vighuett, uma função de estabilizar e harmonizar as energias Elementais presente nas quatro moças que estão aqui na mesa. Parece complicado, mas não é, o cerne da nossa procura é a Tétrade, quatro pedras, joias ou relíquias que portam em seu interior a essência dos quatro Elementia primordiais criadas por Dameron, o Deus primordial pai das deusas que conheceram, Barukhya e Mewghoah. Essas quatro joias, são a Obsidiana, que porta a essência do Elementia Terra, representada aqui no grupo pela Elfa Annastrianna, que nos honra e peço que se levante para que a conheçam melhor a fisionomia, por acaso é a única não humana, e a descendente dos donos ancestrais deste continente e que receberam todas as outras raças, ela é uma ranger habilidosa e filha de um grande guardião das florestas sagradas dos elfos.
 
 
- O próximo elemento é a água, e sua joia é a Água-Marinha elemento representado na mesa por nossa guerreira do Norte e peço que se levante, Nyanzela, grande na coragem e poderosa no embate direto, o elemento água vibra em você minha jovem, um legitima representante do povo Ijajeure! O próximo elemento é o ar, e sua joia é Selenita e o seu membro representante aqui no nosso grupo, fique de pé Jovem Shaira, uma Privilegiada e adoradora de Barukhya, com poderes que até ela ainda não os conhece plenamente, mas os salvará de situações bem complicadas e por fim o quarto elemento da Tétrade, o fogo, cujo artefato é o Âmbar, aqui representado pela nossa habilidosa infiltradora, fique de pé Aylin, seu papel no grupo é essencial na obtenção das nossas joias e como viram esses elementos ocupavam os quatro extremos do nosso santuário e envolve e gera muito poder, que para se manter em equilíbrio, é necessário o catalizador e voltamos ao catalizador, o senhor Dorando. Como viram todos vocês têm uma importância muito grande e única nessa jornada e precisam aprender a trabalhar em equipe.
 
 
Zignon faz uma pausa um tanto dramática, para deixar claro que mudaria de assunto e fala solene: - As joias foram perdidas a cerca de 600 anos, porem só a 200 anos começamos a observar evidencias de uma oposição maligna aos intentos do bem, da justiça e da verdade, uma bruxa muito poderosa começou a reunir mulheres que ela identificava com um poder assemelhado ao seu e algumas ideias que ela divulgava e fazia proselitismo se assemelhavam as mesmas ideias de Bakama e isso fez com que a vigiássemos de perto, no começo este grupo de bruxas se concentrava no norte próximo ao Enclave de Kurmish, nossos batedores conseguiram afasta-las mas com muitas baixas e no reino de Avaniel, a magia nem a bruxaria era proibida  e com isso elas cresceram em número e em maldade, até que esta bruxa líder, a Imedin alçou a conselheira do Profeta Bárbaro Khovash e vimos um Khovash passar de um líder espiritual pacato, para um líder tribal beligerante, fazendo incursões a terra dos Halflings e invadindo para isso muitas vezes a terra dos anões. Três anos atrás a Aliança declarou guerra à Khovash e um luta de guerrilha está acontecendo nas áreas de fronteira. Porém nossos batedores reuniram provas que Khovash está usando o poder de evocação e necromancia de Imedin para desequilibrar a guerra e o pior ela está procurando a Tétrade, e se achar será um desastre. As pessoas com o horror da guerra acham que os deuses os abandonaram e a fé de muitos esfriou, o que enfraqueceu o poder do nosso santuário e do reino de Gullar em geral e cada vez mais desconfiamos que uma fração do poder de Bakama é drenado por Imedin. Senhores e senhoras está é a grave situação em que nos encontramos, está semana dois fatos desencadearam minha decisão de procura-los e chama-los, o sumiço do Caminho para Jedahzy e o encontro do decodificador da profecia, que nos proporcionou a chance de acha-los e é uma busca tão urgente que os próprios Elementais nos ajudaram a acha-los como me relatou a Lygia.  
 
 
- A pouco tivemos, após a fala das deusas com Dorando, o julgamento da Yuthusy Lygia, eu planejava que ele pudesse ajuda-los ilimitadamente, mas na ânsia de salvar Aylin de uma morte certa, ela quebrou uma regra fundamental, matou pessoas, sem ela terem uma chance de se defender e as forças do caos, as forças mais primordiais que temos exigiram o preço desta desobediência, a Lygia não poderá ajuda-los como queríamos e poderá e vai acompanha-los mais só pode ser consultada uma vez ao dia e este momento tem que ser em comum acordo de pelo menos três de vocês. Mas na infinita sabedoria das deusas, elas criaram uma alternativa que foi aceita pelos seres de energia que habitam o caos, As Mônadas e uma vez por semana vocês escolherão na cabine do mérito que será colocada onde vocês estiverem, o escolhido que se dedicou ou se portou melhor naquela semana e cada voto gerará um bônus de mérito para quem receber o voto. Também as deusas entregarão uma pergunta na cabine que o primeiro que responder corretamente ganhará dois bônus de mérito. E as memórias e reminiscências depositadas nas reuniões envolta da fogueira que cair no agrado dos companheiros receberão dois bônus de mérito.
 
 
- Vocês devem estar perguntando e para que serve estes bônus de mérito? E eu respondo, para comprar participações da Lygia em prol de vocês. O que a Lygia pode fazer? Vou dar alguns exemplos: 12 bônus de mérito podem comprar uma ressureição de alguém que morreu, 6 bônus de mérito pode comprar a Lygia virar um dragão e ajudar em uma batalha e aí vai. Dorando passe esses livretos para suas companheiras, e que espero que se tornem amigas, com a tabela de coisas e preços delas que a Lygia pode fazer para ajuda-los e um breve resumo da cosmogonia da obra de Dameron. Será um livreto muito útil.
 
 
- Agora o que vocês farão a partir de agora? Dorando a Lucy seu corvo tem uma habilidade interessante, se ela passar a menos de 45 metros de uma das joias ou do Anel Vighuett ela saberá que eles estão perto e cada um de vocês que estiver a menos de 9 metros dela, aumenta esse raio de sensibilidade em 10% o que ajuda muito, esse mesmo incremento acontece com os poderes de Lygia e por isso aconselho que não se separem sem necessidade, pois perderão essa dádiva da natureza. 
 

- Nossos batedores detectaram uma presença anormal das bruxas próximo do Enclave Jarbbhel em pleno território da Aliança e muito próximo de onde Lygia encontrou Shaira, o que mostra um interesse em algo muito importante para se arriscarem assim, a batedora Yuthusy Barbarela, usando a Zaena localizadora teve indícios de que naquela região está o anel Vighueth, mas a interferência maligna das bruxas atrapalhou esta localização e presumimos que as bruxas estão atrás do anel, o que se acharem será um duro golpe na nossa busca, pois sem o anel, não poderemos manipular e nem tocar nas joias sem acarretar desastres ou calamidades pela enorme quantidade de energia acumulada. Podemos deixá-los no refúgio de Gammyhad e vocês seguem o rio em direção ao fort Owell por um milha e meia que foi o lugar onde pela última vez Barbarela sentiu sinais do anel e Shaira, um lugar que você conhece está emitindo muita energia negativa, Carcosa, provavelmente energia oriunda do uso de necromancia. Então agora é com vocês, perguntas? Qual o plano de ação que estão pensando? 

Nyanzela olha para os seus companheiros e diz:

Precisamos nos aproximar sem sermos notadas, tentar localizar o anel antes de qualquer coisa

Shaira apoio um dos cotovelos em cima da mesa e coçou os seus cabelos brancos.

- Carcosa? - Ela passou a mão no seu fronte nervosamente - aquele lugar de novo....Não sei como você pretende se aproxima de Carcosa sem ser percebido. Nem invisível se aproxima daquele lugar ser notado.

Toda a verdade sobre seu passado ainda a assombrava. Não fazia idéia de quanto tempo se passara desde o instante em que estivera com as Deusas. Sentia e sabia que seu corpo sofrera modificações, seus sentidos estavam mais “amplos”, seus músculos mais torneados.

Introspectiva, a elfa a todos seguia, sem nada falar, os olhos dirigindo-se pelo ambiente e pelas pessoas. Sentada na cadeira, sua mente foi longe, pensou no pai e no fato de que sua mãe não fora uma elfa, mas sim uma elemental da terra.

Aquela revelação teve um efeito estrondoso sobre si. Nunca soubera nada sobre a mãe, sempre acreditara que ela havia a abandonado. Seu pai não gostava de falar sobre ela e Annastrianna acatou durante todos aqueles anos.

Espanou os pensamentos quando Zignon entrou na sala com a pequena Lygia a tiracolo. A elfa ficara em silêncio durante todo aquele tempo e agora sua atenção estava totalmente voltada para o Guardião e as informações que ele lhes passava.

Depois que tudo foi dito, chegara a vez de discutirem o que fariam.

– Concordo... temos que nos aproximar sem sermos notadas... – murmurou encarando cada uma delas e então se deu conta que havia um homem no meio delas, completou em seguida – Acho que devíamos ir para o tal Fort Owell, não? Já que foi lá que o anel foi visto por últimos...

Sentado à mesa Dorando escuta atentamente o que era dito, sua profissão lhe trouxe esse habito que lhe permitia entender um pouco sobre aquele grupo de mulheres com quem iria trabalhar, nada de relevante. Todos, até mesmo Lucy, estavam um tanto tensos, afinal o destino do mundo estava em vossas mãos.

Zignon entra na sala e o clima esfria, ele introduz todos e apresenta a situação, Dorando escuta atentamente o que era dito.

-Concordo que o melhor é seguir do Refúgio de Gammyhad pelo rio, seguir pela estrada pode facilitar que o inimigo note nossa presença, também acredito que o melhor é investigar a zona do quadrado onde Sr Zignon acredita ser o esconderijo do anel, mas devemos ficar atentos a Carcosa por ter uma alta possibilidade de ser a base inimiga e cogitando o cenário onde o anel já foi recolhido por eles, será o primeiro lugar que devemos ir. -Dorando manifesta o que pensa baseado em todas as informações dadas por Zignon, mas Carcosa não parecia o lugar que ele gostaria de se infiltrar, essa ideia o incomodava um pouco.

-Se é para se aproximar discretamente, podem deixar comigo. Eu vou a frente indicando o caminho. Se é para fazermos isso, façamos direito.

Me pronuncio confiante, estralando os dedos e pescoço.

-Sinceramente prefiro o solo firme ao rio, pois se formos surpreendidos no rio, não temos como revidar.

-prefiro ir a pé também, no rio muitas variáveis não podem ser definidas

Olho para meus companheiros e digo:
-vamos com cuidado, ninguém se afasta muito dos outros e ninguém seja precipitado

Já vou de imediato cruzando o portão, e assim que notar as primeiras árvores, busco escalá-las, para de seu topo já observar a região.

- Ei espera, vocês vão assim? Não tem nenhuma localização exata do anel, só uma região provavel. Não sabemos como é no lugar, aquela região ali não é exatamente um parque tranquilo - diz ela vendo a conversa toda dos outros antes de zignon abrir o portal.

Quando o homem abre o portão entre lugares ela leva um susto e quase cai pra trás, mesmo estando sentada na cadeira.

- Pelas barbas do profeta.... um portal. Achei que isso era só lenda das historias antigas.

Ela leva alguns segundos para se recompor e volta a falar:

- Gente, não devemos ir pelas estradas é perigoso e certamente o inimigo já vigia essas passagens, temos que ir por dentro pela floresta de preferencia de noite.

Vendo que todos seguem pelo portal, a elfa caminha junto deles, já partindo portal adentro.

- Temos que ir cautelosamente a partir daqui... - diz ela, encarando seus companheiros, o arco ao alcance de uma flecha rápida - Devíamos ir margeando o rio, então. O que acham?

-Ir a beira do rio creio que seja mais seguro. E sobre achar a localização, o feiticeiro deveria conseguir algo assim, não?

Digo, enquanto cutuco o tronco de uma das árvores com a ponta das adagas antigas, tentando usá-las de apoio para escalar a árvore.

Dorando passa por ultimo pelo portal, depois de tudo que aconteceu, um portal não surpreenderia ele.

-Vamos nos aproximar da zona onde o anel provavelmente está, com todos juntos Lucy pode detectar o anel num raio de até 67,5 metros, foi o que o Senhor Zignon disse. - Responde à Ladina- Caso ela não detecte de primeira peço que faça um reconhecimento da área e nos entramos, certo Lucy? - Sorri para o corvo -O que acham? sobre como chegar lá, ainda acho melhor ir pela margem do rio, creio que não é tão cansativo como seguindo entre as arvores e não vão facilmente nos detectar como se formos pela estrada, por isso acho melhor ir pelo rio.

Nyanzela entra no portal e mantem se estoica junto de seus companheiros atenta a qualquer ameaça

O guardião enquanto orienta os escolhidos, de pé, faz alguns gestos circulares e um pequeno foco de cor azul aparece e logo vai aumentando até ficar parecendo um espelho azulado com bordas douradas, a imagem é bastante fluida e à medida que se estabiliza vê-se muitas arvores do outro lado e um pouco escuro provavelmente devido as copas filtrarem a maior parte da luz. O murmúrio das conversas logo cessa e ouve-se apenas o sussurro do guardião para Lygia como se ele lhe manifestasse alguma advertência.
 
 
Logo a intrépida ladina atravessa o portal e aproximando-se das arvores, a elfa mais cautelosa porem decidida a segue pedindo cautela a todos, após a elfa atravessa a Shaira, preocupada em não conhecer suficientemente a área, a negra alta e bela atravessa calada porem atenta e põe fim o feiticeiro com seu corvo atravessam juntos e permanecem em sintonia.
 
 
A Yuthusy dá um abraço no guardião e faz um gesto para que ele se abaixe e ao abaixar-se recebe um beijo daquela que sempre o amou desde que ele estava em um pequeno berço. Ele a observa atravessar o portal que se fecha enquanto ele diz que ela se cuide despedindo-se com um aceno.
 
 
Agora estão por sua conta, cada um, a ladina cutucando as arvores ao redor com suas antigas adagas propõem subir mais alto para mapear a área, chegam a um consenso de evitarem as estradas e a maioria se manifesta por seguir margeando o rio, assim que o acharem, por achar mais seguro, é patente o clima de nervosismo da maioria por não saber mais informações, até que a ladina pergunta se o feiticeiro não vai colocar a corvo para fazer seu trabalho de localização.
 
 
O feiticeiro calmamente informa o perímetro de detecção que o guardião informara e recomenda que se ela não achar que se continue reconhecendo a área para que ela faça novos testes. A Yuthusy observa atenta o grupo, é patente a sua ansiedade em ajudar, mas lembra-se da advertência do guardião e sabe que é importante que obedeça a sua sentença recebida e continue com aqueles jovens inexperientes, será um teste de paciência para aquela jovem senhora milenar que torce para que a profecia reze algo sobre existir uma química que una e dê foco aquele grupo.

Shaira se sente estranha assim que atravessa o portal. Flexiona os dedos como se quisesse sentir as suas mãos. Não tinha muito que fazer naquele momento senão andar para atrás de um arvore e esperar que algum dos seus companheiros vasculhasse o local.

- Bem se vocês pretendem se infiltrar fortuitamente é melhor não ir comigo e Nyanzela, nós usamos armaduras e elas fazem barulho isso nos denunciará a metros de distancia. Sim Dorando vamos pelas margens do rios já que insiste - responde ela a Dorando e fala a todos também.