[Urth-Rovitz] Sopé das Montanhas

Urth-Rovitz

Aventura 3 - Quarto dia

John Richard e Sunshine

A viagem fora tranquila, apesar do calor e do esforço para avançar pela Floresta Alta. Seguiram próximos do Drann por um bom pedaço, até que John decidisse desviar-se à nordeste, a fim de chegar exatamente no sopé das montanhas da planície nortenha. Johas era uma ilha praticamente equatorial, embora ainda estivesse nos trópicos. Ao norte o tempo era mais quente e a cadeia de pequenas montanhas faziam com que a planície do norte fosse um espaço de sol forte e pouco vento fora os ventos marítimos ocasionais.

Chegaram à fronteira da Floresta Alta com Urtz-Rovitz, que era como os orcs chamavam aquele território que era composto por uma série de pequenas serras, bastante diminutas se comparadas às verdadeiras montanhas do sudoeste da ilha. Durante a viagem, os ferimentos de John se curaram e os de Sunshine estavam praticamente fechados. Agora eles precisavam decidir que caminho tomariam: se iriam pela planície, sofrendo o calor do sol, porém tendo uma passagem mais tranquila, ou se arriscariam ir pelas serras, correndo risco de encontrar mais dificuldades e perigos, tendo contudo uma travessia mais agradável em questões climáticas.

O sacerdote discerniu que a melhor opção era seguir pelo rio até determinada altura, quando o leito dobrava à noroeste, abandoná-lo e seguir direto até a cadeia de montanhas. Somente chegando lá que teriam que decidir se iriam pelas montanhas ou se encarariam o sol nas planícies.

@Yawgmoth e @Dycleal continuamos aqui. Take yours choices

Urth-Rovitz

Aventura 3 - Quarto dia

John Richard e Sunshine

Decidiram por fim seguir viagem pela cadeia de montanhas. Se fossem pelas planícies, talvez levariam meio dia para chegar até Fhorraûl. Pelas montanhas levariam pelo menos seis horas a mais. Havia também maiores perigos, mas John estava certo que a bênção do Rei Cornífero permanecia sobre eles e que estariam protegidos das complicações que pudessem aparecer.

Começaram o percurso sem mais enrolações. Levariam bastante tempo, então não havia tempo a perder. Subir a primeiras montanhas era de certa forma, tranquilo. Eram montanhas baixas e pouco íngremes. Contudo, após as primeiras horas de caminhada, aquelas primeiras montanhas foram vencidas e as próximas se mostravam mais altas e mais desafiadoras. Depois de uma pequena pausa para descanso, a dupla recomeçou o percurso. A subida começou a ser mais lenta e uma névoa estranha começou a segui-los. Não estava frio o suficiente para que houvesse névoa, mas ela estava lá, persistente e comprometedora.

@Yawgmoth jogada de Desafio de Intelecto podem postar normal, depois que os dois postarem e a rolagem estiver feita, eu respondo prosseguindo.

Urth-Rovitz

Aventura 3 - Quarto dia

John Richard e Sunshine

O coelho que John caçara deu-lhes pouca carne. Estava magro e talvez estivesse mal alimentado durante muito tempo. De modo que a refeição dos dois fora parca e provavelmente teriam que parar outra vez em menos tempo que o planejado. Levantaram acampamento e prosseguiram caminhando. Dada altura, o sacerdote percebeu que havia perdido a noção de para onde avisava.

A névoa estava forte e dificultava a visão dos dois, de forma que era complicado acertar o norte. O devoto do Rei Cornífero fez orações, pedindo iluminação para seu caminho e mesmo com a névoa persistindo, ele continuou. Já chegava ao fim da tarde, sabia disso pois a temperatura começava a cair e já escurecia. Era suposto que eles já tivessem chegado, porém, não sabia dizer ao certo onde estava.

Já haviam decidido parar, quando perceberam, apoiando-se nas rochas, uma abertura: uma gruta natural. John entrou com cautela, grutas eram habitats de animais e outras coisas mais. Porém, essa era demasiado pequena para ser abrigo de algum ser grande. A névoa não entrava em quantidade naquela gruta, mesmo tendo um formato aproximado de semi-círculo e pouco mais de 3 metros de raio. No centro dela havia uma escultura de traços angulosos e brutos. Ela não era bem acabada como eram as esculturas que os dois estavam acostumados. Parecia ter uma forma humanóide, mas não dava para dizer se masculina ou feminina. Devia ter sido feita com golpes secos de marreta. Provavelmente passariam a noite na sua companhia.

Urth-Rovitz

Aventura 3 - Quinto dia

John Richard e Sunshine

Não tendo alternativas, a dupla começou os preparativos para pernoitar naquela gruta. John saiu e voltou com alguns arbustos, o bastante para uma pequena fogueira. O dia ali tinah uma temperatura agradável, mas a noite fazia frio. Era melhor ter algo que os esquentasse.

Assim foi feito e eles encontraram lugar para deitar-se, de modo que não ficassem muito perto da entrada, nem ficassem demasiado constrangidos se tivessem que sair. Pelo cansaço do dia, dormiram rápido. Um sono pesado que normalmente seria sem sonhos. Mas naquele dia, ambos sonharam.

Viram-se a si mesmo sozinhos, cada um em seu sonho, diante daquela estátua estranha. Por algum tempo olharam para ela tentando descobri-lhe as formas. Porém, por conta de um barulho que parecia vir de detrás deles, viraram-se e, nada vendo na névoa, tornaram a olhar para a estátua. E súbito! Já não estava lá. O pedestal que suportava a estátua ainda estava onde sempre estivera, mas ela mesma não estava mais lá. Olharam de um lado a outro, correram até o fim da gruta e voltaram, nada. E então um vulto! Viram-se e nada. Novamente! Nada! O resto da noite fora isso. Eles sozinhos na gruta, sem a companhia um do outro, e vultos indo e voltando. Vez por outra pareciam ver um corpo pedregoso se movendo, quando, porém, firmavam o olho: nada!

Acordaram com o sol entrando na gruta e ferindo-lhes os olhos. A primeira procura deles foi a estátua, que estava exatamente onde sempre estivera. A névoa já não nublava o caminho lá fora. Eles precisavam ir a Fhorraûl.

@Dycleal e @Yawgmoth rolem uma jogada de desafio de Vontade, se falharem, terão 1 Perdição em todas as jogadas de desafio ou de ataque até o fim do dia: o pesadelo da noite estará atormentando a cabeça de vocês.

Fhorraûl

Aventura 3 - Quinto dia

John Richard e Sunshine

O sacerdote atravessou a lança naquela estátua disforme e aquele golpe a despedaçou em três blocos maiores. Dois deles, superiores ao local do golpe, tombaram no chão, fazendo o barulho ecoar pela pequena gruta. Sunshine se sentiu encorajado pela atitude do sacerdote, mas a sombra daquele pesadelo parecia ainda persegui-lo. Depois daquele episódio, os dois voltaram a caminhar, seguindo seu caminho. Naquele dia não havia névoa e rapidamente John achou o caminho que havia perdido.

Cerca de duas horas depois, estavam avisando Fhorraûl. Era de certa forma irônico que estivessem ali logo ao lado. A visão do destino dos dois, porém, não era exatamente alentadora. Fhorraûl era uma vila terrível. Naquela parte da ilha, estranhamente o solo era árido e alaranjado. Havia diversos troncos de árvores completamente secas e possivelmente mortas. A vila se tratava de um punhado de casebres erguidos com madeira retorcida e coberto com peles e palha. Àquela visão, Iv-Mael parecia um topo civilizacional. Mesmo o ar parecia causticante e carregado. Existiam poucos orcs em geral em Johas e a maioria deles estava aglomerado ali, naquela vila segregada e esquecida pelo resto da ilha.

Aproximaram-se devagar. Ainda estavam longe da entrada como que cinquenta metros quando uma flecha caiu aos pés de John, ameaçadora. Três orcs apareceram de detrás de troncos tortuosos e secos e de pedras marcadas pela intempérie. Um deles falou algo. Nem Sunshine nem John entenderam. Mas puderam imaginar que se tratava do dialeto sombrio. Aqueles que eles falavam e no qual estava escrito o livro que traziam. O olhar feroz e agressivo do orc esperava por uma resposta.

Fhorraûl

Aventura 3 - Quinto dia

John Richard e Sunshine

Quando o sacerdote alteia a voz, o orc que mais se aproximou prepara-se para atirar algo quando vê o livro que é levantado. O olhar que era agressivo agora parece ser curioso e quase hesitante. - Onde você conseguiu esse livro? - Isso ele falou em idioma comum, que ambos reconheceram ter um sotaque carregado pelo dileto sombrio, gutural e duro. - Não importa. Esconda esse livro. Vou levá-lo ao Amigo das Cobras.

Indicou com a cabeça para que fossem andando. Aquele que falou com eles seguiu à frente e os outros dois, seguiram atrás de John e Sunshine, que permanecia invisível. Eles caminharam até passar as cercas tortas e sofridas que demarcavam o limite de Fhorraûl e entraram na vila orc. As construções eram feitas com madeiras quase em estado natural e peles, parecendo uma série de barracos. Entrar na vila com aqueles três orcs os escoltando foi uma sensação de certo terror. Enquanto passavam, outros orcs paravam suas atividades e ficavam observando. Os olhares eram curioso e pouco amigáveis. Chegaram então num dos barracos. O orc que ia a frente mandou-os esperar. Ele entrou e alguns momentos depois saiu.

- Ele vai falar com você.- Disse-lhes e apontou a entrada. O barraco era pequeno, coberto de peles como os demais, em cima, havia uma abertura para que o ar circulasse, bem como entrasse a luz. Amigo das Cobras estava sentado numa espécie de banco forrado em couro. Um tapete redondo, de cores fortes cobria o chão. No barraco cabia praticamente essas duas peças, mas havia vários e vários sacos e objetos pendurados nas madeiras que sustentavam a construção. - Você tem um livro. Onde achou? O que quer com ele?

Fhorraûl

Aventura 3 - Quinto dia

John Richard e Sunshine

- Você não esta no comando. - Falou ríspido e cuspiu no chão. Suas sobrancelhas comprimidas uma contra a outra demonstravam que ele não estava nada satisfeito com aquela situação. - Ninguém com esse livro está no comando. Você nem mesmo sabe do que ele trata. - Cuspiu no chão de novo, num gesto de desprezo e reprovação. - Não venha em Fhorraûl querendo mandar em nada. Se você morrer aqui ninguém nunca virá resgatar seu corpo. Vai ser comida das aves carniceiras e dos vermes sem jamais ser enterrado. Não me pergunte meu lado, eu te pergunto: onde achou esse livro? - Dessa vez não cuspiu no chão, permaneceu fuzilando-o com o olhar, esperando a resposta do sacerdote.