A COLINA DO SILÊNCIO "A morte caminhará. E os mártires serão queimados no fogo do inferno." |
- @Cephei:
- Maraiza recobra a consciência sufocando, presa dentro do que parece ser uma enorme bolsa de gosma. Ela não consegue enxergar nada e, desesperada por ar, a jovem luta para tentar rasgar o bosão de couro que a prende. Seja o que for aquilo em que ela estivesse presa, se move em resposta, emitindo gemidos abafados.
Em seu desespero, Silva percebe uma pequena costura no couro entre o que parecem ser costelas e fica claro que fora costurada dentro de uma criatura que ainda está viva.
Maraiza não consegue mais prender sua respiração e seu único pensamento é encontrar uma maneira de sair dali. Forçando a costura entre as vértebras, a jovem consegue finalmente rasgar a costura e encontra ar do lado de fora, mas seu desespero estava longe de acabar.
Um cheiro forte, metálico e azedo, invade suas narinas. Ofegante, Maraiza escorre para fora da barriga de uma criatura com pelo menos o dobro do seu tamanho, levando consigo parte de seus órgãos internos em seu desespero.
Em meio a escuridão, a jovem não consegue ver nada, apenas sentir os movimentos agonizantes da criatura que guincha inconsolavelmente.
Ainda rodeada pelas entranhas da criatura que se debate em agonia, Maraiza se sente nua e com frio, coberta por um liquido pegajoso, e tateando um piso gelado de azulejos em meio a completa escuridão.
Ao longe, em um andar inferior, é possível ouvir um grande estrondo metálico.
- @Colz:
Marcus se vê sentado em frente a uma mesa de jantar e leva um tempo para se situar. Ele sentia como se não dormisse há dias e não se lembra como chegou alí ou o que fazia antes de se dar por si.
O ar esta abafado e um cheiro podre o incomoda, mas Colz percebe que já o está sentindo a tanto tempo que está se acostumando com ele.
Logo em sua frente, entre garrafas de vinho, está servido um prato cheio de miúdos claramente podres onde é possível ver vermes se movendo. Só então Marcus repara em dois corpos sentados junto a ele na mesa: um deles com o escalpo da cabeça arrancado e o outro com uma faca atravessada no olho direito. A decomposição dos corpos indica que já estão ali há algum tempo e, assim como Marcus, os cadáveres estão nus.
Ao tentar se mover, Colz nota que ambas as suas mãos estão amarradas à cadeira em que está sentado e o ranger dela parece chamar a atenção de alguém que está próximo. Passos podem ser ouvidos ao longe, atrás do jovem.
- @Exalted:
Adan acorda em um chão frio, em uma sala que parece abandonada há anos. Suas roupas estão rasgadas e sujas de sangue, mas não há dor ou vestígios de ferimentos.
Na sala, há apenas um grande espelho que toma uma das paredes por completo e uma pequena mesa de ferro enferrujado, com três latas de sopa enlatada abertas e vazias.
Sem saber como chegou ali e há quanto tempo está lá, Nogueira repara que há pegadas do seu tênis sujo de barro espalhadas por toda a sala. A única porta está trancada e, após mexer nela e se virar, Adan se depara com o reflexo de alguém junto a ele no espelho. Alguém que não está na sala com ele, mas claramente o observa através do espelho. E o reflexo se reage perturbadoramente a qualquer movimento ou som que ele faz.- Reflexo:
- @Hover Skorr:
Vlamir sente que está caminhando há horas no relento. Seus pés descalços no asfalto estão machucados e sangrando. Ele sente frio e se vê vestindo apenas uma toalha na cintura em meio a estrada.
Não há sinais de movimentação em qualquer direção e a única coisa que o chama atenção em meio ao ermo, é a carcaça de um homem à beira da estrada. Seu rosto e corpo estão desfigurados, provavelmente por alguma criatura selvagem que o tenha devorado. Ainda que esteja irreconhecível, algo naquela carcaça lhe parece familiar.
Eis que um tiro de espingarda rompe o silêncio ao longe, seguido por outros dois tiros e gritos femininos desesperados. Junior não consegue identificar com precisão a direção e a distâncias dos tiros, mas, após um último tiro, os gritos cessam.
Em alguns minutos, Vlamir sente que está sendo observado e avista um carro parado na estrada.
Não há ninguém no carro e a chave está no contato. Assim que se aproxima do carro, Junior avista um homem ao longe claramente perturbado saindo do meio da floresta, nu e segurando uma espingarda, o homem corre em sua direção.
- @Larissa Aprill:
Larissa recobra parte da consciência congelando em uma banheira cheia de gelo em um banheiro abandonado, iluminado apenas pelo sol de uma janela. Ao se mover, Aprill sente dor e ardência em seu abdome e nota uma bandagem ensanguentada em seu tronco.
Larissa se move com dificuldade, mas consegue sair da banheira. Vestindo um avental de paciente hospitalar completamente encharcado, o frio parece penetrar em seus ossos como navalhas.
Não há sinais de movimento no local, mas rastros de sangue sugerem que Aprill fora arrastada à força até a banheira.
Ao tocar na bandagem em sua barriga, Larissa pode sentir um volume em seu interior, o que lhe da a impressão de que algo fora costurado dentro dela em uma cirurgia improvisada.
Do lado de fora do banheiro há um corredor escuro onde é possível ver algumas macas ensanguentadas, parcamente iluminadas pela janela do banheiro.
- @Linkcronus:
Luã desperta sentindo uma grande pressão em sua cabeça e se vê de cabeça para baixo, pendurado por longas correntes entre escadarias de um prédio abandonado, há pelo menos 20m do chão. Ao se mover, Trivellato percebe que o gancho na ponta da corrente está atravessado entre os ossos da sua perna esquerda e a dor rapidamente toma conta de seu corpo.
Há pelo menos 2m entre o jovem e o parapeito de uma das escadarias. Suas roupas estão rasgadas e ensanguentadas. O ar está carregado e o cheiro de mofo é incômodo.
Ao longe, é possível ouvir guinchos bestiais vindos de uma direção e um estrondo metálico vindo de uma direção oposta.
- @zignon:
- Não esqueça de mandar a foto lá no off
Múcio recobra a consciência com sua visão embaçada, sentindo um gosto metálico forte e uma dor que beira o insuportável. Um ruido agudo toma conta de seus pensamentos assim que tenta mover a cabeça.
Fernandes está sentado em um local escuro e sente que há algo pesado, feito de metal, preso em sua cabeça. Sua boca está travada pelo que parecem ser parafusos apertados através de sua mandíbula prendendo aquela estrutura que parece pesar pelo menos 20Kg. Múcio tateia o metal, mas suas mãos não encontram aberturas, exceto por grades à frente de seu rosto que permitem enxergar através daquela grande máscara de ferro.
Quando sua visão desembaça, Múcio se vê diante de um altar iluminado por tochas e, ao tentar se erguer, uma grande peça de metal em seu colo escorrega e cai ao chão, emitindo um grande estrondo que ecoa através de todo o local.
Eis que uma voz se projeta na escuridão atrás de Fernandes, como se fosse um monólogo.
Múcio sente frio e se move com dificuldade. A grande caixa de metal presa à sua cabeça obstrui grande parte da sua visão e seu peso exige o apoio dos ombos, impedindo parte da mobilidade de seu pescoço, mas é possível sentir que está nu e há um profundo ferimento em sua bacia.
Quando consegue voltar seu olhar para a direção da voz, Fernandes identifica um rádio antigo reproduzindo a gravação e, ao longe, é possível ouvir guinchos bestiais ecoando por corredores em um andar superior.