De volta em Vola

Tédio, a volta pelo mar aconteceu sem imprevistos e agora no porto negociações interminaveis entre seu atual patrão e os comerciantes locais enquanto você é largado a escanteio... a vida continua normal no pequeno vilarejo e você circula, comendo e bebendo as custas de Flavius

Até que um dia circulando pela areia da praia você vê uma mulher nua, da cintura para cima sentada em uma pedra logo depois da arrebentação
Ela olha para você sem nenhum pudor e te encara sem falar nada enquanto você se aproxima

Estranho o fato de uma mulher semi nua estar tranquilamente na praia, olho para os lados para ver se identifico mais alguém, talvez um grupo de pessoas que possa estar com ela. O fato de ela estar me encarando me incomoda um pouco.

quando você se aproxima da beira da água ela fala com o sotaque do sul
-estou te seguindo desde o outro lado, quem é você?

Agora sim, desconfiadíssimo, toda história que culminou com meu retorno a Vola volta em minha cabeça, mesmo as alucinações com o menino (que ainda não me parecem alucinações), as batalhas, os piratas, tudo.
Uma mulher seminua na praia e sozinha cheira a emboscada. Todos os meus instintos ficam alertas e olho ao redor enquanto minha mão busca o cabo da espada:
- Desculpe moça, quem tem a espada faz as perguntas. Quem é você e que história é essa de me seguir desde o outro lado? Você estava junto com os piratas?

-Quem são os piratas? ... sim, acompanhei alguns navios mas somente para te entregar isso que foi largado no mar e que só trará trajédias

ela deixa um pequeno baú sobre uma pedra e pula para a água, neste movimento você nota que as pernas dela que você achava estarem cruzadas próximas da linha dágua era na verdade uma cauda de peixe.

Com o mar turvo você não consegue ver para onde ela nadou

Quando percebo que a moça tinha cauda de peixe, toda a história do menino retorna de uma vez só e fico meio tonto. Me abaixo um pouco pondo as mãos no joelho e tento respirar para me acalmar.
Falo em voz alta para mim mesmo:
- Certo, calma Bartholomeus, você não esta ficando louco. Era só uma sereia, você pode lidar com isso, já ouviu todas as histórias possíveis sobre elas e só descobriu que existem, nada demais, respire e se acalme....
Fico um pouco nessa posição até me acalmar e vou até o baú. Levo ele até a areia e me sento ao lado para pensar um pouco.
- "Só trará tragédias".... e porque você vem entregar pra mim essa merda? Já não tive tragédias suficientes para uma vida inteira?
No fim a curiosidade vence e tento abrir o baú.

Dentro do baú (cuja fechadura foi arrebentada) ha um mapa todo estragado pelo mar, um pequeno livro também cheio de água e um colar de um metal avermelhado em formato de folhas e flores de diferentes formato
O bau estava cheio de água do mar

Coloco o colar num bolso, guardo o mapa e o livro de volta no baú. Preciso levar eles para meu quarto e deixa-los em ambiente seco para ver se quando não estiverem encharcados eu consigo ler algo sem estragar mais.

depois de seco você percebe que o mapa foi bastante danificado, porém embora o nome das cidades esteja borrado o contorno geral do terreno pode ser entendido
(se vc tiver cartografia joga com -4)
o livro está com a caligrafia bastante danificada, a melhor página para leitura é a inicial que borrou na capa, pois as outras folhas colaram juntas
você consegue identificar algumas palavras

Diário de bordo...... do ano de ...

......piramide.... sul.....
mar revolto.....
....piratas não causaram......

Penso comigo que não vou conseguir tirar nada daqui, mas estou bastante intrigado. Decido então ir até Flavius para contar o que houve e ver o que ele tem a dizer.

(você que trabalha com o "Flavius" pode ir cutucar ele pra ver se ele responde o fórum)

@apmarques

você é chamado de volta a presença de Flavius, o gordo capitão do navio comercial

Chego a presença de Flavius e pergunto:
- Mandou me chamar capitão?

Enviado pelo Topic'it

(teu "capitão" pelo jeito abandonou o jogo)

digamos que ele te avisou que vcs vao ficar ali por mais algum tempo na cidade enquanto ele se envolve com a burocracia

- Certo capitão, tenho mais um assunto pra conversarmos. Estava na praia e me deram isso- coloco o baú com o mapa na frente dele- Tem alguma ideia do que pode ser?

Enviado pelo Topic'it

Obviamente um mapa, um livro molhado, algo que estava dentro do mar por algum tempo, quer que eu entregue isso a algum marinheiro? você acha que isso pertencia a alguém da esquadra?

-Veja bem capitão, quero que leve em conta todo o histórico e reputação que tenho e perceba que não estou louco nem bêbado - hesito um pouco e tomo coragem pra falar - Quem me deu isso foi uma sereia na praia, rabo de peixe, corpo de mulher, disse que veio até aqui só para me entregar isso q foi largado no mar e trará só tragédias.Junto com o mapa veio esse colar- tiro o colar do bolso e jogo na mesa. Término meu relato e fico o mais sério possivel, olhando o capitão nos olhos e sustentando o olhar.

Enviado pelo Topic'it

ele da uma segunda olhada para você e diz, "tragédias é?" ele respira fundo e continua "ela deve ter associado aos desastres maritmos, talvez tenha vindo de algum dos barcos que naufragou"

Estranho um pouco a calma dele e respondo:
- Não vai nem questionar o fato de eu ter falado em sereias? E quanto ao colar, o senhor reconhece ou sabe de alguém que poderia reconhecer?

Enviado pelo Topic'it

-estou muito ocupado  com questões maiores, você não é o primeiro nem o ultimo marujo a ver sereias, tua história é só um pouco diferente

ele responde mais friamente que o normal