Nome: Ryan Prescott
Método: Investigativo
Conceito: Caçador de Recompensas
Natureza: Valentão
Comportamento: Bon Vivant
Descrição Branco, cabelo escuro, olhos azuis, 1,80m e 80Kgs. Prescott costuma se apresentar trajado com jeans, camiseta branca, botas e jaqueta de couro. É possuidor de olhos astutos e de um sorriso marcante e debochado que assinala sua jovialidade. Quanto a sua personalidade, a parte boa da descrição seria “instável, agressivo, debochado e bon vivant”, mas quando vamos mais a fundo na espiral da moralidade de Ryan Prescott, a coisa começa a ficar mais “caótica, violenta, zombeteira e sádica”.
AtributosFísicosForça: 3
Destreza: 3
Vigor: 2
SociaisCarisma: 2
Manipulação: 2
Aparência: 2
MentaisPercepção: 4
Inteligência: 3
Raciocínio: 3
HabilidadesTalentosProntidão: 2
Esportes:
1Briga:
2Esquiva:
1Empatia:
Expressão:
Intimidação:
1Consciência:
Instrução: 1
Intuição: 1
Manha: 1
Lábia: 1
PeríciasArtes Marciais:
Empatia c/ Animais:
Ofícios:
Condução: 1
Etiqueta: 1
Armas de Fogo: 3
Armas Brancas: 2
Liderança:
Segurança: 1
Furtividade:
2Sobrevivência: 1
Tecnologia: 1
ConhecimentosAcadêmicos: 3
Computador: 2
Finanças: 2
Cosmologia:
Investigação: 4
(1) [Esp.: Pistas Ocultas]
Direito: 1
Linguística: 1
Medicina: 1
Ocultismo:
Política:
Ciências:
Cultura (grupo específico):
VirtudesConsciência: 2
Autocontrole: 3
Coragem: 5
Humanidade: 5
Força de Vontade: 8
(3)AntecedentesAliados 1 (Julliane Archer)
Contatos 2 (Robert Price - Departamento de Justiça; William Hope - Contato misterioso em NYC)
Recursos 2
QualidadesTemerário (3)
Concentração (1)
Precoce (3)
DefeitosSono Pesado (-1)
Inimigo [Máfia] (-3)
Cabeça quente (-2)
Recém-Chegado (-1)
Equipamentos Carregados Pistola M1911 [Dif 8 | Dano 5 | CDT 3]
2 carregadores sobressalentes
Faca de Combate [Dif 4 | Dano Força+1]
Celular e Carteira
PossesSPAS 12 [Dif 6, Dano 8, CDT 3] - No porta-malas do carro
Buick Skylark 1968
Obs.: Pontos de bônus estão em vermelho.
PrelúdioNascido em Chicago, Ryan Prescott foi criado para ser um herdeiro. Filho de John Prescott, um industriário do setor de telecomunicações, desde muito cedo Ryan foi educado para ser o brilhante administrador que substituiria seu pai na Whitmann & Prescott Company. Os melhores colégios, faculdade de renome e toda a experiência da família... Mas a vida tinha outros planos para Ryan.
Desde jovem, acompanhou de perto o crescimento explosivo da empresa de seu pai que fornecia rádios comunicadores para o exército americano durante a guerra do Vietnam. Juntos, Robert Whitmann, brilhante engenheiro eletrônico, e John Prescott, um investidor nato, criaram um pequeno império do setor de telecomunicação, desenvolvendo desde rádios domésticos e automotivos até HTs e estações de base.
Após se formar com louvor em administração na Universidade Mckendree, Prescott assumiu o cargo de Diretor Administrativo Junior na W&C, o que despertou inveja de muitos executivos mais velhos que se julgavam melhores candidatos que o riquinho recém-saído da faculdade. Mas ao contrário do que muitos pensavam, o filho de John não se intimidara com a pressão do cargo e com um apurado instinto estratégico, levou a empresa a novos patamares de excelência administrativa.
Se nossa história parasse por aqui, então estaria tudo bem. Mas nenhum caminho é feito somente de flores. Com o tempo, a vida executiva foi se mostrando enfadonha para Ryan. Não via prazer na rotina, não gostava das pessoas, todas sempre tão certinhas, bajuladoras, como cães famintos implorando pelas sobras do almoço. Passou a ter crises de agressividade no trabalho, faltava ao expediente por puro capricho, bebia constantemente.
Mas foi numa dessas noites de bebedeira, num bar sujo e clandestino instalado nos fundos de um escritório portuário em South Shore que Ryan Prescott encontrou seu destino. Era julho de 2009, o ar quente de verão misturado ao cheiro oleoso de fritura o fazia ingerir grandes quantidades de cerveja, entremeadas com algumas doses de whiskey. Enquanto isso, dois caras caricatos atacavam com um blues animado no canto oposto à mesa de poker em que estava sentado. Ao contrário de seu tão entediante ambiente de trabalho, ali naquele bar tudo era vivo... e morto ao mesmo tempo. Sob as parcas luzes de neon azul, ninguém notava sua presença, não lhe bajulavam ou lhe dirigiam comentários inapropriados.
Quem poderia imaginar? Um playboy em meio a viciados, prostitutas e até a alguns criminosos. Olhando da mesa de onde estava sentado, achava tudo aquilo um máximo. Observava maravilhado toda aquela movimentação enquanto tragava saborosamente um charuto. Ajeitou suas cartas na mão e quando o dealer baixou o river, exclamou:
— Senhores, me passem as fichas por favor! Full house! – disse ao baixar um par de damas junto à trica de reis na mesa.
— Está de brincadeira, Ryan! Você está rapando a mesa hoje! Quantas cartas tem nesse baralho? – disse inconformado um homem negro de chapéu panamá ao seu lado, jogando as cartas na mesa.
— Boa sorte não é para todos, Bob. – disse Ryan com um largo sorriso.
Enquanto embaralhava as cartas para a próxima rodada, notou a presença de uma bela mulher de cabelos longos e negros, trajando um jeans justíssimo e jaqueta de couro que adentrou ao recinto. Ficou alguns segundos hipnotizado pela sua presença, a acompanhando com os olhos enquanto ela conversava com o barman por um breve momento. Sem entender, reparou que ela saiu do bar minutos após, sem consumir nada nem levar consigo algum possível cliente embriagado. Entendeu menos ainda quando a moça voltou portando uma espingarda de cano serrado e acompanhada de um homem alto também armado, procurando por um tal de Billy Joe “Manca”.
Daí em diante tudo se tornou em caos e a cena pareceu passar em câmera lenta para o jovem Ryan. Um homem gordo a sua frente levantou-se abruptamente tentando sacar um revólver de sua cintura, mas foi baleado no peito pelo acompanhante da mulher, que por sua vez foi atingido no pescoço por um homem que saia de arma em punho do banheiro. A jovem de cabelos negros caiu em desespero por sobre seu amigo ou namorado tentando acudi-lo, enquanto o atirador gritava:
— EU NÃO VOU VOLTAR PRA CADEIA! VOCÊS NUNCA VÃO ME PEGAR!As pessoas corriam para as saídas com medo de serem pegas no fogo cruzado, mas Prescott permanecia imóvel em sua cadeira, numa espécie de transe ou estado de choque sem saber o que fazer. Nunca havia presenciado um tiroteio, não sabia quem eram as pessoas, mas julgou que o casal talvez fossem policiais disfarçados. Só caiu em si quando escutou o homem dizer –
“Agora vou mandar esse seu lindo traseiro pro inferno, cadela” – e o viu mirar a arma na mulher. Num ímpeto de coragem, ou no medo de ser o próximo alvo, se atirou ao solo e agarrou a arma de seu falecido companheiro de carteado e a descarregou nas costas do criminoso que caiu morto como uma boneca de pano velha. A princípio, uma sensação de nojo lhe tomou a mente o fazendo jogar longe aquele revólver, afinal, ele havia acabado de assassinar um homem. Mas bem lá no fundo, um débil prazer e sensação de poder, lhe corriam as veias junto a uma descarga de adrenalina.
Descobriu que o casal eram Julianne e Simmon Archer, irmãos e caçadores de recompensa. E que o homem que acabara de matar, vulgo “Manca”, era um figurão da máfia de Chicago, que possuía um prêmio de cinco mil dólares por sua cabeça por vários crimes de sequestro e assassinato.
Dias depois, Simmon veio a falecer no hospital da Universidade de Chicago por infecção generalizada por conta do ferimento à bala em seu pescoço. Julianne, ainda em luto por seu irmão, procurou Ryan e fez questão de lhe dar a parte do dinheiro que pertenceria a seu irmão. Naquele momento, pela primeira vez em sua vida, se sentiu verdadeiramente merecedor dos frutos de suas ações, excitado com aquela vida totalmente instável que era a da caçada humana.
Os dias e a necessidade fizeram com que os dois se aproximassem. Ryan queria saber mais sobre aquele mundo, aprender o ofício, estar entre aquelas pernas, possivelmente acompanhado de uma boa dose de whiskey. Abandonou o cargo na empresa, a família, uma carreira promissora nos negócios, comprou uma 1911 calibre 45, muita munição e partiu com a encantadora Julianne em uma aventura perigosa por todo o grande estado de Illinois. E assim tem levado aquilo que chama de vida pelos últimos três anos.
Já era tarde noite quando cruzaram os limites que separavam Jersey de Nova York. Ryan dirigia o antigo Buick Skylark '68 de Julianne, enquanto ela dormia ao seu lado, rumo a uma reunião misteriosa que ela havia marcado com um contato em Manhattan, sobre um trabalho que lhes poderia render uma boa grana. Enquanto fitava os imponentes prédios iluminados do centro da cidade que surgiam no horizonte, pensava em quais animadoras aventuras este serviço os trariam.