[!ON!] ☆ Prologo - Claude Speed

O sol brilhava gentilmente no céu, as nove e meia da manhã. Uma brisa agradável levava cheiros da cidade para todos os lugares, como fumaça, comida, poeira e outros odores que era melhor nem pensar. Havia ouvido boatos de pessoas sumindo, de outras que haviam sido encontradas mortas. Nem mesmo as mafias conseguiam explicar o que, diabos, estava acontecendo. Não que aquilo fosse um problema deles, mas era difícil imaginar uma informação que eles não tinham acesso e ali estava uma.

Naquele dia, não esperava que fossem precisar de seus serviços - porque até então era seu dia de "folga" -, podendo dedicar aquele dia recém começado a realizar o que desejasse, pesquisar o que desejasse...

O homem tinha ideia de alguns bares que podia tomar uma cerveja sem ser incomodado por ninguém e onde não fariam perguntas. Não eram bem lugares onde nobres homens trabalhadores iriam, sendo frequentados sumariamente por grupos de motoqueiros, mafiosos quando queriam passar despercebidos, prostitutas e pessoas mais ou menos nesse naipe. Também eram locais onde aqueles que queriam contratar pessoas para serviços ilegais iam procurar pessoas. Não era comum assassinos de aluguel ou ladrões baratos lá, mas em geral qualquer um deles servia para encontrar amantes do dinheiro.

De todas as possibilidades, o que menos atraia a atenção da policia e autoridades locais era o The Rocky City.

O lugar estava cheio de gente e os cheiros típicos desses lugares entravam pelo nariz do homem. Suor, fumaça de cigarro e cerveja eram os cheiros mais marcantes e o cheiro de café e comida eram quase totalmente sobrepujados pelos citados. No balcão, uma mulher ruiva cuidava de servir bebidas e sussurrar coisas aos clientes e garçonetes. Dois homens grandes e fortes estavam próximos a porta, observando os clientes e não bebiam.

Teste de Percepção, por favor.

A mulher ruiva se aproxima do rapaz. Os cabelos iam até metade das costas, mal cuidados e ralos. A pele não tinha marcas de expressão, mas havia uma cicatriz na tempora. As mãos, calejadas de trabalho, estavam sobre o balcão e um sorriso surgiu em seus lábios. Vestia uma camiseta azul meia-noite e calça de couro negro, com sapatos ocultos pelo balcão. Não usava jóias ou relógios, demonstrando alguma forma de simplicidade.

- Bom dia. Como posso servir você hoje?

Os homens próximos a porta pareciam ser seguranças e, olhando bem, pareciam esta armados. Haviam homens alerta em todo o bar, tal como aqueles próximos a porta, como se as coisas saíssem do controle com frequência.

- Nem me fale, querido, nem me fale... Depois daquela mulher morta aqui perto, os ânimos andam horríveis... Não seria a primeira vez que alguém faz besteira e eles precisam das armas.

Havia um tom sério e contrariado em sua voz. Homens armados e tão evidentes não eram bons para o negócio, isso não precisava ser dito a ninguém. E no mundo deles a necessidade de seguranças armados e problemas ali não era bom. Em lugares onde as máfias lançavam suas teias, atenção e a polícia era algo complicado. E isso explicava aquela tensão toda no ar, explicava o medo de algo dar errado. Já havia dado antes, apenas esperavam outro acontecimento.