Sala do orionleon e Nost

Ouço o chamado da jovem e toda sua explicação sobre suas visões alucinógenas incríveis, e eu consigo confirmar que ela é aquele tipo de típica fanática que esquece que outras pessoas não acreditam em uma palavra da suas lindas histórias de falar com seus deuses. Cautelosamente avanço em direção a garota, mas não chego tão perto ao dela a ponto de poder ser agarrada ou atacada sem poder me esquivar, mantenho minha filosofia até agora de “um pé atrás” -Ok, estou aceitando suas iluminações então...

”Mas o que? O que diabos está acontecendo aqui? Beleza, tá, agora eu acredito eu poderes, tudo bem, mas era pra eu usar eles ou morrer mesmo? Que tipo de gente idiota eu to tendo que lidar agora?” Esses eram o grupo de pensamentos que pairavam na minha cabeça nesse momento, acho que o choque foi levemente grande -TÁ, E ENTÃO MEIO DECEPCIONANTE EU AINDA ESTAR VIVA DEPOIS DE ME JOGAREM DE UMA ALTURA ENORME OU TEM MAIS ALGUÉM POR AI QUE VÊ O FUTURO?!!! Grito totalmente exaltada -Mas o que… Murmuro no fim, é, o choque ainda estava sendo bem grande, eu nem sei por que obedeci ela pegando a barra de ferro, de onde era pra eu estar ouvindo uma idiota como essa mesmo? -Ah assim, você falou em repetir, claro, minhas tendências suicidas estão muito felizes nesse momento. Volto a responder ela.

Em seguida meu olhar foca na jovem, após um longo suspiro e um período de silêncio volto a indagar -Ela vai ficar bem? E espero a resposta, depois largo a barra de ferro e começo a tomar uma distância -Eu preciso de um tempo pra isso, tentar matar uma pessoa não é um tipo de ajuda muito boa pra ela aceitar algo...

Após ver que a outra jovem está bem me sinto mais aliviada, essas coisas que fizemos, não queríamos fazer nenhuma dessas coisas e ainda sim… Olho para a minha mão, eu não teria puxado a barra de ferro, ainda sim eu senti como se devesse fazer aquilo, como se fosse obrigada. -Ei senhora, podemos conversar… Sozinhas, um pouco? Pergunto a ela de longe, esperaria ela vir para a minha direção, se aceitasse a conversa.

[color=#ff00ff]-Eu sei que de alguma forma você obrigou a gente a fazer algumas coisas que não queríamos fazer. Suspiro, tentando manter o foco -Você deve pensar que eu quero que pare de fazer isso, é… Eu quero que me ensine como me proteger disso na verdade, vindo de você ou qualquer outra pessoa. Novamente paro, mordo meus lábios, essa sensação de impotência estava me consumindo, agora eu sei o que preciso para acabar com ela -E também quero que me ensine como fazer, isso se for possível, como influenciar os outros. É, eu sei do que preciso agora, eu preciso de poder, só assim não vou ter que abaixar minha cabeça pra ninguém. -Também aceito seu treinamento, desde que pare de tentar me matar, tudo bem?

Concordo com um leve balançar de cabeça -Se me prometer ensinar o que pedi, se eu tiver poder para isso, pode ter certeza que vou proteger. Em especial me proteger, era o que queria dizer, e também quem me importasse. -Então, por onde posso começar agora?

-Ok. Respondo seria e me dirijo determinada em direção as barras, de frente pra elas tento me concentrar especificamente em uma e lembrar da sensação que tive ao evitar minha morte anteriormente, tento repetir a mesma sensação de sentir o metal como uma parte de mim mesma, uma extensão, até então, adormecida de mim, e então tento acordar essa extensão “Vamos lá, move” e tento direcionar com minha mão direita a barra para a minha extrema direita, lá seria a pilha daquela cor.

Após ter meu primeiro sucesso repetiria mais algumas vezes, até me sentir confortável em fazer isso sem grande estresse, depois passaria a tentar mover duas diferentes barras, uma guiada pela minha mão direita e outra pela esquerda, por fim, quando tivesse apenas algumas barras tentaria move-las individualmente, mas dessa vez sem o auxilio da minha mão para me concentrar, apenas focando minha visão, diferente de como tenho feito até agora.

Ainda me pergunto como aquilo tudo era possível, mas ao menos eu sei que é bem possível, meus olhos confirmam isso -Ainda quero testar mais algumas coisas antes do combate tudo bem? Precisava entender meus limites antes de qualquer coisa. Declaro antes de voltar a olhar para as barras e tentar fazer elas flutuar apenas com meu olhar, uma de cada vez, ergo a primeira, depois a segunda até atingir meu limite, me pergunto, quantas delas eu poderia erguer?

Ao chegar ao meu limite tentaria fazer elas girarem a minha volta, tal como se fosse uma dança antes de deixar meu controle desaparecer -Ah sim, eu tenho uma pergunta, como eu pude erguer a terra? Digo, meu controle não é sobre o metal?