[Floresta Alta] Às margens do Drann

Às margens do Drann

Aventura 3 - Primeiro dia

John Richard

Suas mãos ainda estavam cheias de sangue, bem como parte das suas vestes. Sentiu isso com o tato, pois tinha os olhos fechados. Abriu-os devagar. Recitou uma última prece e com o sangue que havia no dedo indicador, riscou na fronte até a ponta do nariz um rastro rubro. Diante dele um coelho selvagem que tornou-se holocausto. Seria em breve um holocausto também para si. Tirou os chifres que trazia na cabeça e tratou de acender o fogo que já estava preparado.

John estava na margem direta do Drann. O rio que cortava Johas a partir do coração da Floresta Alta até o sul. Os sacerdotes em geral eram formados em Lars-Friehba, mas não os sacerdotes do Rei Cornífero. Eles eram formados dentro da floresta, entre os animais e as árvores, através de um outro sacerdote. John havia passado já por aquilo tudo. Agora já andava sozinho, obedecendo e apresentando os sacrifícios para o Lorde das Bestas. No dia anterior ele cruzou o rio, vindo do oeste em direção ao leste. Perambulava pela floresta, vendo, estudando e sentindo. Quase uma peregrinação interior. Porém, ao chegar daquele lado da margem notara uma quantidade anormal de pequenos animais mortos, sem motivo aparente. Não estavam feridos, não pareciam envenenados. Talvez alguma doença. Os animais pareciam ter os olhos mais fundos que o habitual e não obstante estivessem próximos ao rio, suas línguas estavam todas secas.

Caminhou observando isso e notou que parecia piorar quanto mais ao sul estivesse, por isso dedicou o dia a seguir essa trilha de morte. Estava entre Lars-Verumdor, entre um pequeno povoado que só vira nos mapas e Iv-Mael. Naquele exato momento, contudo, estava preparando coelho como sua refeição.

@Carolus começamos aqui seu jogo, iniciando com calma e parcimônia para ir introduzindo seu personagem. Espero proporcionar um bom jogo para você John não sabe sobre os acontecimentos recentes em Lars-Gaehlia, tudo aconteceu há poucos dias e ele já estava na Floresta antes disso.

Às margens do Drann

Aventura 3 - Primeiro dia

John Richard

John se preocupava sobretudo com a morte dos animais que estavam, de certa forma, sob sua tutela. Os animais mortos eram esquilos, coelhos, pequenos pássaros, cotias. Todos pequenos e praticamente indefesos. Descartava a idéia de um predador pois eles não estavam, em absoluto, feridos. Preparou o coelho que havia caçado e o comeu, sentindo-se cheio por aquela refeição. Aquele também era um tipo de agradecimento pelo alimento: sentir-se alimentado. Feito aquilo, levantou-se e voltou a caminhar.

Mais pequenos animais apareciam enquanto andava. Um ou dois a cada meia hora de percurso. Intrigante que as espécies não pareciam relacionadas em nada entre si. Tinha hábitos alimentares e atividades diferentes. O que quer que lhes causava a 'doença' e morte não ligava para o que eram.

@Carolus Faça uma jogada de desafio de Percepção no tópico Quando é preciso tentar a sorte. Jogadas de desafio usualmente tem dificuldade 10. Role 1d20 e some seu modificador de Percepção, que é +1. Depois que rolar lhe mando por MP o que John notou.

Às margens do Drann

Aventura 3 - Primeiro dia

John Richard

Enquanto se dirigia para Iv-Mael, o sacerdote do Rei de Chifres procurava vestígios de mercadores ou de milícias. Porém, no seu caminho, notava que a floresta era fechada e havia pouco mais que pequenas trilhas, mais naturais do que criadas por homens. Por isso também sua viagem até o vilarejo foi mais demorada que o esperado. Algumas horas depois, contudo, já se aproximava de Iv-Mael. Notou isso pois as árvores começavam a rarear dadas as extrações para uso da madeira.

Aproximando-se, notou que o muro que cercava a cidade era todo feito em madeira. Como se fosse uma paliçada mais bem estruturada e reforçada. Certamente eles conseguiriam resistir a algumas ondas de ataque, mas nada que se comparasse às verdadeiras muralhas de pedra. Orou para o Príncipe Veado. Os primeiros a transformar-se foram seus olhos. E os pêlos foram pouco a pouco transformados em pena. Seu maxilar espichou-se para frente tornando-se um bico e seus braços se dobraram de uma forma muito anti-natural para um ser humano, mas perfeita para um pássaro. John Richard agora era um corvo. Bateu suas asas e sobrevoou o vilarejo. As construções se aglomeravam ou no centro, onde parecia ter as melhores edificações, ou próximas à murada de madeira. Algumas poucas construções ficavam fora do muro, possivelmente de gente mais pobre. No espaço vazio em torno do centro, que formava uma espécie de praça, muitas pessoas juntavam seus objetos de trabalho. Muitos pareciam artesãos. Juntavam suas coisas pois em breve o sol se poria. John avaliou e certamente em meia hora seria noite.

Não sabia ao certo o que, mas enquanto sobrevoava o vilarejo, uma sensação ruim tomava-lhe o peito, o deixando sem ar. Visualmente não passava de uma vila murada de artesãos. Algo ali saía do comum.

Iv-Mael:

Iv-Mael

John Richard

Narração continuando aqui.

Floresta Alta

Aventura 3 - Segundo dia

John Richard

Adentrando a mata, John sente seu coração se aliviar enquanto a escuridão da floresta lhe envolve. Não era averso à cidade, mas sentia-se como num verdadeiro oásis quando estava no meio das árvores. Com precisão, escolheu para si um lugar próximo à uma grande árvore onde poderia passar a noite. Acendeu uma pequena fogueira e decidiu que era o momento de caçar algo para comer. Já era noite e agora só restavam os animais noturnos. Seria mais difícil, mas ele estava acostumado com essas provações. Menos de uma hora depois, ele estava alimentado. Suas costas reclinadas sobre o tronco lenhoso da árvore.

Sentiu seus olhos pesarem. Tudo aquilo fora demasiado desgastante. O sono começava a tomar posse de si. Guardou seus afazeres e se preparou para dormir. Caiu no sono rápido. Um sono que pareceu duro e sem sonhos. Pareceu... Porque quando dera-se conta, estava caçando na floresta. Tinha sua lança em mãos e estava espreitando um javali. O animal era grande. Maior do que normalmente são os javalis. Ele estava completamente alheio à presença do sacerdote até que, por um descuido, ele pisou num graveto que partiu-se de modo ruidoso. O javali atentou-se e avistou o seu caçador. Num movimento ágil, John atirou sua lança certeira. O animal, contudo, esquivou-se com uma agilidade impressionante. Ele começou a correr em investida selvagem contra seu inimigo. Mas antes que John pudesse tentar se defender ou fugir, o javali pareceu de súbito desfalecer e tombar sobre as próprias pernas, caindo de focinho ao chão.

O sacerdote, atônito, aproximou-se. Verificou. Estava morto. Causa mortis? Não sabia. Olhou os olhos do javali. Eles estavam ligeiramente fundos. John gritou. E, sobressaltado, abriu os olhos. Estava reclinado na tronco lenhoso da árvore. O sol já havia nascido e sua luz, filtrada pelas folhas, ofuscava sua visão.

@Carolus continue postando aqui.

Floresta Alta

Aventura 3 - Segundo dia

John Richard

Após seu sonho, John decidiu que deveria voltar à vila. Talvez com a fuga do professor e do goblin ele pudesse investigar com mais afinco. Ele ainda tinha o tomo que havia pegue na sala do mágico. Era preciso encontrar alguém que soubesse traduzir o que queria dizer.

Fez suas preces, juntou seu equipamento e logo estava se colocando de pé para seguir seu caminho de volta. Não havia entrado muito na floresta, não como poderia ter entrado. Estava cansado na noite anterior e, por isso, ainda ficara próximo da vila, embora mais para o lado do rio Drann. Estando com tudo pronto, o sacerdote começou seu caminho de volta até Iv-Mael, tendo como companheiros o frescor da manhã e o silêncio da floresta.

@Carolus Rola uma jogada de desafio de Percepção com 2 dádivas.

Floresta Alta

Aventura 3 - Segundo dia

Sunshine

Enquanto se afastava do goblin, Sunshine notou que ele permaneceu parado com o mesmo olhar ameaçador. Talvez ele tivesse tomado a melhor opção ao se afastar com toda velocidade. Decidiu tomar o percurso que levava até o portão. Seguiria o sacerdote e encontraria com ele. Talvez juntos eles pudessem compreender o que estava se passando.

Passando por cima do muro, Sunshine logo deu de cara com a Floresta Alta que ficava ao norte da vila. Voando entre as árvores, ele ia tentando achar algum rastro. Mas era difícil. Ele já havia andando diversas vezes na floresta, isso porém não queria dizer que era um expert de sobrevivência. Logo as árvores começaram a parecer todas iguais e ele se sentia desnorteado. O sacerdote, muito acostumado a caminhar por aquele tipo de mata, não deixara rastro nenhum que o pixie fosse capaz de encontrar. Por algum tempo, Sunshine foi enveredando na floresta sem sucesso algum. Até que cansou-se. Pousou em um galho e deixou o sangue ir esfriando. Notou que estava ofegante e percebeu que talvez fizesse um par de horas que voava sem descanso algum. O cansaço lhe abateu. Sunshine piscou os olhos duas vezes...

... E quando os abriu pela terceira vez, os raios de sol entravam na floresta e já não era mais noite. Havia pegado no sono. Um sono pesado como uma pedra, sem sonhos. A luz ofuscava um pouco seus olhos e quando foi se espreguiçar, notou algo preocupante. Ele estava preso! Preso numa teia de aranha. Dormira tão profundamente que não notou que estava sendo pegue enquanto a desgraçada aranha tecia sua teia!

Continuamos aqui @Dycleal

Floresta Alta

Aventura 3 - Segundo dia

John Richard

Se aproximando do local onde ouvia os rumores de aranhas gigantes, John viu uma pequena clareira na floresta que estava cobertas pelas teias desses animais. O sacerdote sabia que aquelas criaturas costumam enredar presas desapercebidas, bem como envenenar outras maiores e levar para um local para consumo posterior. Aparentemente, aquele era um daqueles locais de estoque. O humano espreitava procurando ver quantas aranhas poderiam ter ali.

Aparentemente, John não via nenhuma das possíveis presas das aranhas. Já estava prestes a se afastar quando notou uma delas aparecendo no seu campo de visão. Estava sobre uma árvore. Descia o caule. Pelo tamanho daquelas teias, provavelmente havia mais de uma delas ali. Porém, como tem hábitos noturnos, as outras deveriam estar em algum lugar dormindo.

Floresta Alta

Aventura 3 - Segundo dia

Sunshine

Sunshine duvidava um pouco se estava dormindo ou acordado. Mas logo entendeu que estava acordado e bem preso nas teias de aranha. Tenta olhar ao redor e ver algo, ou mesmo a aranha que o prendeu ali, mas no seu ângulo de visão via apenas muitas folhas da árvore em que estava. Decidiu tentar se soltar até mesmo com a ajuda dos dentes, porém parecia em vão. A teia era muito resistente e não houve qualquer indício de estar cedendo, mesmo diante das tentativas de pixie.

Imaginou que mais cedo ou mais tarde as aranhas voltariam e encontrariam-no como refeição pronta para ser devorada.  

Ambos: vejam o que farão e aí peço as jogadas que forem necessárias.

Floresta Alta

Aventura 3 - Segundo dia

John Richard

O sacerdote decide tomar aquela aranha como sua companheira. Canalizando o poder do Deus de Chifres, ele lança sobre a aranha sua encantamento. Por um instante, ela permanece estática observando-o e, em seguida, continua seu caminho sem se importar com a presença de John. Algo havia dado errado. Normalmente ele conseguiria tomá-la como sua companheira pelo menos por algum tempo.

Ainda se perguntava o que teria acontecido quando notou que por três vezes um brilho apareceu no galho para o qual a aranha se deslocava. Era um brilho forte, mas sua fonte parecia muito pequena.

@Dycleal aguenta aí! @Carolus bad news, cara, a descrição da magia diz que se o animal tiver mais Saúde que o conjurador, a magia não surte efeito e ele perde a conjuração. Aprendendo isso da pior maneira mas a aranha não reconhece o sacerdote como um agressor. (Curiosidade: ela tem 20 de saúde, vc tem 19 )

Floresta Alta

Aventura 3 - Segundo dia

John Richard e Sunshine

John disparou a flecha que voou certeira no local onde ele havia visto o brilho. O golpe da flecha no troco e seu trepidar fizeram a aranha estancar seu avanço e observar o que quer que houvesse causado aquilo.

Sunshine, por sua vez, quando percebeu a flecha já era tarde demais. Ela lhe perfurou o lado, causando-lhe uma dor lancinante. Porém, a ponta da flecha rompeu as teias, deixando-o livre para se movimentar. A dor atrapalhava, mas não o bastante para impedi-lo de sair.

A agitação na teia chamou atenção de outras aranhas e mais duas apareceram no ângulo de visão de John. O sacerdote percebe também que, onde sua flecha se cravou, uma mancha vermelha apareceu.

Sunshine recebeu 5 de dano, agora porém está livre. Entretanto, lembre-se que está ainda invisível (já que você piscou, voltou a apagar).  Então John ainda não está lhe vendo.