[!Grupo!] Rumo a Tristram

Kurast! A maior cidade do mundo, enquanto aguardavam o navio que os levaria até Tristram em busca de fama e fortuna vocês foram convencidos a realizar uma pequena incursão a floresta maldita onde vocês foram vítimas de uma armadilha e roubados de todas as suas posses, e largados doentes e quase mortos na floresta, sendo resgatados por um peregrino desconhecido. Vocês apenas puderam partir com as roupas do corpo e uma arma para o navio; graças à ajuda de Valdek outro membro do clã do dragão curvado sobre o crescente lunar.
A viagem pelo mar é extremamente difícil, vocês são obrigados a aportar na ilha de Philios e passar uma sequencia inteira de luas antes da maré acalmar e os mastros serem trocados e o velame recosturado.
Com mais de um mês de atraso, vocês chegam em um simples vilarejo pesqueiro ao norte de Bramwell. E sabem que vocês agora devem seguir para Tristram indo ao sul até Bramwell e seguindo a estrada a leste.

Pelo menos agora o sol brilha forte, e vocês estão em solo firme em um pequeno povoado pesqueiro.

Towenaar nunca imaginou que uma simples missão de busca poderia ter tanto empecilho no seu caminho.

Apesar de ter sido alertado por aliados do Vizjerei Clan a não desviar do seu caminho, acabou participando de uma incursão na floresta cujo nome lhe é devido. Ele e alguns tiveram um grande revés nesta missão, orgulhosos de suas capacidades, este é um episódio que o deixou meio envergonhado e que não gostaria de relembrar - que sorte que o álcool é seu amigo nestas horas.

Por um acaso do destino, foram auxiliados por outros bons samaritanos. Towenaar está em débito com este peregrino desconhecido e com Valdek, e espera algum dia pagar este débito.

Isso tudo foi antes da viagem de navio, pois a viagem em si fora outro tormento. Parecia que alguma força invisível queria impedir o grupo de chegar ao seu destino e cumprir sua missão para o Rei Leoric. E isso deixou Towenaar mais resoluto de sua meta.

Enfim, chegara ao destino. Ou quase. Ainda haveria milhas de estradas para seguir até o vilarejo de Tristam e investigar o desaparecimento do príncipe. E com este sol quente na cabeça, Towenaar dá seu último trago na sua bota e se indaga aonde poderia reabastecê-la de algo melhor que o rum que tomara na viagem de navio.

E o mago aguarda seus companheiros para discutirem o próximo passo.

[OFF: imagino que todos estavam no mesmo barco e tivemos semanas para nos conhecermos, podendo então lermos as fichas uns dos outros, certo? /OFF]

Nefi sabia que a ida para a floresta maldita não podia dar certo, mas a sua ambição e apego ao dinheiro o traíram e fizeram esquecer a prudência e o seu apurado instinto. O seu instinto de menino de rua não falhava, o fizera sobreviver, no duelo dos mais fracos contra os mais fortes, mas o ouro o cegara e agora prometia a si mesmo que não esqueceria essa lição. Quando foram resgatados nus e machucados por aquele peregrino mandado pelos deuses, a morte os rodava e um silencio mutuo, como um pato, foi comum aos companheiros. A vergonha os aproximara e tecera o acordo tácito de esquecer está vergonha.
 
Valdek ajudara a virar esta página, arrumando roupas simples e uma arma para cada um. Era um novo início, muito melhor que a morte certa que nos rondou naquela floresta, uma morte com a marca da traição. Nefi se sentia feliz com a roupa, confortável e ajudava seus movimentos, mas o arco era de uma qualidade inferior e ele teve que o ajustar para conseguir alguns resultados nos seus primeiros treinos, quando conseguiu ficar de pé, seu ego abalado foi remediado pelas mentiras que contou ao conjurador alcoólatra, que com a mente quase sempre turva pelo vicio confirmava as mentiras do jovem arqueiro.
 
Mas a viagem de navio também não foi das melhores e o enjoo de um barco instável não foi a melhor lembrança que guardou e deu graças quando aportaram na ilha de Philios, pois não aguentava mais o balanço da embarcação. Enquanto esperavam o mar acalmar e uma mare mais favorável acompanhou os trabalhos de manutenção da embarcação e a noite experimentou os braços das jovens incautas da ilha.
 
Por fim o grupo chega a uma pequena vila de pescadores e agora o grupo precisa se organizar e planejar a chegada a Tristan para acharem o filho do rei Leoric, o seu precioso e sumido príncipe. Partiriam rumo ao sul para a cidade de Brawell e lá tentariam se equipar melhor se possível e obter mais algumas informações e pegar a estrada a leste rumo Tristam e executarem o resgate e recuperar a fama e a fortuna de forma multiplicada. Seus companheiros estavam relaxados agora que estavam em terra firme e no continente, o conjurador devia já estar experimentando as bebidas da vila e Nefi nos braços de uma bela jovem fica pensando que saíra na hora certa da sua cidade, Kurast, pois a guilda estava lhe fechando o cerco. Mas agora era momento de diversão, pensaria em problemas quando eles chegassem. E que cada dia trouxesse a sua medida.

Vocês chegam cansados e vão para uma taverna, gastar as últimas moedas da viagem em uma cama quente, bebidas e quem sabe uma companheira

Apesar de ser início do dia, alguns homens de cara fechada bebem sozinhos em mesas separadas encarando o chão, a mesa ou o fundo de suas canecas de estanho
O cheiro de fumaça e de peixe é forte no lugar e vocês são recebidos por uma senhora gorda
-Sentem-se que eu levarei um Ale para vocês, querem comida também? são 3 cobres para os dois

Nefi está cansado. Apesar de animado com a chegada em terra firme, ao sentar na sua cadeira naquela estalagem e esfriar o sangue da animação, o cansaço se faz presente e a chegada da taverneira, o desperta novamente, ela oferece bebida e comida por um preço bastante razoável e comer algo diferente do que fazia o cozinheiro do navio.

O arqueiro pensa em perguntar por mulheres para a taverneira, mas pensa rápido, e sendo ela uma mulher isso poderia não deixa-la muito feliz e sentir-se ofendida ou ter até uma má impressão dele e numa cidade pequena como aquela podia significar um celibato forçado e resolve ser mais diplomático ou estratégico e decide perguntar algo mais ameno e que pareça ser mais legal.

- Senhora, agradeço a sua oferta e gostaria sim, de experimentar da sua hospitalidade e se me permite, gostaria de saber das novidades da cidade e se tem conhecimento de algum trabalho para alguns aventureiros, como nos, na direção do caminho ao sul, isto se não for lhe atrapalhar muito e olha para Towenaar e levanta o copo, na intenção de um brinde, e dá um gole rápido.

-Trabalho? está cheio de trabalho para aventureiros, nenhum pagando na realidade.
Enquanto isso o feiticeiro pega seu caneco e vai se sentar em uma mesa

- Trabalho, exige contrapartida madame, nem que seja comer, dormir ou prazer... Nefi fala com a senhora de forma brejeira e sem maldade e continua relembrando parte da pergunta: - E as novidades da vila, minha amável senhora? E olha para a mesa que seu amigo conjurador sentou e se volta para ela: - Se estiver ocupada, eu sentarei com meu amigo e ao levar as refeições, poderá nos deixar a par dos acontecimentos e parte para a mesa onde sentou o feiticeiro.

Ela esfrega as mãos num pano engordurado, e segue vocês para a mesa

-Dizem que guerreiros de sombras atacaram Tristram, os homens estão patrulhando as estradas para defender o pouco que tem e as famílias, o fogo em tristram diminuiu porém continua, de noite é possível ver o clarão no horizonte

[...]olha para Towenaar e levanta o copo, na intenção de um brinde, e dá um gole rápido.

Towenaar já estava com seu caneco nos lábios quando percebe a intenção do companheiro de viagem, rapidamente leva seu caneco de encontro ao de Nefi "-AYE!", deixando respingos pelo caminho e entorna o caneco novamente.
Faz sinal para a atendente encher novamente seu caneco e meio que vai para uma mesa aguardar a refeição.
Olhando para os demais frequentadores do local, o feiticeiro fica curioso com as expressões vagas deles. Ele olha para um dos locais e arrisca uma conversa, mas a chegada de Nefi e da mulher com notícias de Tristam o fazem adiar a curiosidade.
-"Guerreiros das sombras? Fogo em Tristam? Pombas, mulher, deixe de cerimônias e nos diga logo o que está acontecendo!", fala, de forma ríspida e embriagada.

-Nada aconteceu por aqui, estamos relativamente longe, mas se vocês olharem ao longe em uma note sem a lua definitivamente vão ver o fogo. Nenhuma notícia vem de Tristram desde a lua cheia, tudo que sabemos é por segunda ou terceira mão, acredito que parte disso é invenção

-"Isso não faz sentido. Tristam ainda arde em chamas todos estes dias?", e olho para Nefi com olhar de dúvidas.

-Tristram embora seja a cidade do Rei, é uma cidade toda feita de madeira, cercada por um denso bosque de árvores milenares, apenas o castelo e poucas construções são feitas de pedra

Nefi olha para seu companheiro de viagem com o rosto preocupado e concorda que a notícia é preocupante, mas estranha. Sente que precisam se apressar para checar tudo isto.

Towenaar olha com suspeitas para os demais frequentadores da estalagem.
Então, novamente indaga a mulher, com a voz em tom um pouco mais alto para que todos escutem:
-"E por acaso, sabe de alguém que voltou de lá recentemente que possa nos contar melhor sobre o que acontece por lá?"

-ta aí a dificuldade viajante (pausa) ninguém voltou de lá

Ela se levanta e volta para detrás do balcão e serve mais um caneco para outro homem do bar

-"Isso explica muita coisa...", conclui o sorcerer ao entornar o copo e faz sinal para a mulher enchê-lo novamente.
Então, se vira para Nefi e diz, em alto tom:
-"E agora? Agora temos um bom motivo para irmos investigar aquele lugar,,. se houver alguma recompensa, lógico!", e após, sussurra para o aliado:
-"Creio que não devemos dizer o real motivo que estamos indo para aquele lugar. Não sabemos se tem alguém que pode querer se opor à nossa missão."

Estou sentado em uma das mesas da taverna e observo discretamente os dois homens bebendo e falando alto sobre ir até Tristam. Não me sobrou nada após o maldito incêndio e talvez uma aventura deste tipo possa render algum lucro afinal.
Dou um último gole em minha bebida, me levanto e me dirijo até os dois e falo de forma objetiva e seca, sem ser mal educado:
- Se pensam em ir até Tristam, minha espada pode ser útil. Apesar das histórias fantasiosas que contam, com certeza algum tipo de ataque aconteceu e guerreiros sempre podem lucrar nessas situações. Só a estrada já apresentará perigo suficiente para quem quer chegar até lá, podemos nos ajudar nesse sentido.

Towenaar analisa o homem de cima a baixo. Parece que sua faladeira surtiu efeito.
-"Lucro... é uma forma de se ver isso. Me diga, meu bom homem, por acaso conhece a região? Um bom guia nos seria de muita ajuda nesta viagem. E parece que você conhece bem os perigos que nos esperam."