Campanha - Walking Dead: Na Estrada!

Rodrigo parou e olhou para Olivia
- Afinal? - Ele pareceu curioso quanto ao que ela poderia lhe dizer - O que você quer dizer?


-Bem - Ela disse sem sorrir e olhando séria para ele - Meu amigo Ricardo morreu pois confiou nas pessoas erradas. Eu só quero que isso não aconteça novamente. Você é uma pessoa boa por ter nos salvado Rodrigo. Mas tome cuidado com todos, você não sabe como eles eram antes de tudo isso, as pessoas ficam piores em situações extremas - Ela olhou meio preocupada para os lados - Não confie nem em mim, talvez eu seja perigosa - Ela olhou para Rodrigo por um instante antes de dá uma risada sem graça e revirar os olhos - Talvez eu não seja um perigo, mas tome cuidado com todos. Bem era isso. Vamos procurar combustivel e alguma coisa útil abandonada nesses carros antes que essa chuva caia sob nós - Ela se virou para começar a andar, mas parou e falou por cima do ombro - Não saia desconfiando de todos, mas também não confie tão rapidamente.

Rodrigo ouviu as palavras de Olivia e pareceu um pouco confuso e talvez até preocupado, estranhou por um momento o do por que ela diria tudo isso, para ele talvez ela precisasse desabafar e ele pode perceber com isso que ela não confiava muito nas pessoas.
 - Talvez... - Ele disse brevemente - Eu não sei bem o quanto eu posso confiar em vocês, mas como as coisas estão agora precisamos confiar um nos outros para continuarmos vivos... - Ele fez uma pausa como se pensasse em algo - É o que meu pai me dizia, pensando assim parece besteira, não é?
Os primeiros pingos de chuva começavam a cair levemente.
 - Eu confiei em vocês e agora somos um grupo que continua a sobreviver, de alguma forma, e acho que se você não confiasse em mim não estaria dizendo essas coisas - Finalizou - Vou olhar a caminhonete, o que acha de dar uma verifica naquele fusca verde? - Ele apontou para o outro veiculo mais a frente próximo a caminhonete.

- Não acho que seja besteira - Ela disse sem expressar nenhuma reação - Seu pai é um cara sábio - Vou olhar - ela respondeu Rodrigo.

Ela se afastou com cuidado olhando para os lados. Rodrigo era um cara estranho, muito fechado, até parecia que tinha algo a esconder. Ela  olhou séria para ele por cima do ombro. Ele tinha uma arma. Droga! Ela tinha que usar isso a favor dela e não contra.  Ela abriu a porta do fusca devagar e o vasculhou...

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Edrik entrou na Kombi sem olhar em volta, estava passando por um turbilhão de pensamentos sem pé nem cabeça, respirou devagar, e fechou os olhos, tentando colocar todas as informações em ordem.
Só abriu quando um cachorro entrou violentamente pela porta e sentou atrás dele.

As coisas pareciam ter se resolvido lá fora e Alice viria com o grupo. "Ótimo" pensou "Agora está mais fácil para nós". Viu quando as primeiras gotas de chuva acertaram o parabrisa do veículo.
O clima tenso de mais cedo havia destruído o psicológico do Latino que há dias não aparava a barba.
"Ah, como seria mais fácil se estivessemos todos juntos." Pressionou os olhos com força deixando escapar uma lágrima solitária. Elisa, Ewerton, Pedro e Carlos, seus amigos, ainda pareciam vivos em sua memória e não um bando de canibais. Limpou o rosto, sem se importar se alguém teria visto ele fazer aquilo e começou a sussurrar baixinho uma música que ouvia com sua mãe nos momentos menos ruins.

- Young hearts be free tonight, time is on your side.
Don't let them put you down, don't let 'em push you around,
Don't let 'em ever change your point of view -

Seu inglês parecia enferrujado, mas ainda era ótimo para o velho e bom Rod Stewart.

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Theo segue para o último banco da Kombi, senta-se ao lado do cachorro, aproveita para fazer um afago no animal.

Ao passar a mão no rosto do bicho percebe a terra oleosa que gruda em sua mão. O animal estava imundo.

- Calma cara, assim que der te dou um banho.

A chuva começara, primeiro suave, o clima frio já era esperado e Theo estava usando um moleton, nada muito pesado, mas melhor que nada. Lamentava não ter pensado em trazer umas luvas também, Deus sabe quanto tempo ficaria dentro daquele veículo.

Dou duas batidas no corpo do Bola, leves, mas ele já está acostumado, o bicho se esparrama.

- Ele está certo, temos que poupar energia - Seguidamente faço o mesmo, relaxo e deixo que Vitor seja nosso motorista. Deito como posso no fundo da  Kombi, perco a vista da janela, mas descanso um pouco.

Edrik começa cantar uma música, não consigo entender se é inglês ou espanhol, não importa, eu estava cansado. A tensão gasta energia demais.

Alice se acomoda como pode também. Vitor dá a partida. Olho uma última vez para o cachorro e penso

- Cachorro esperto - enquanto meus olhos piscam pesado consequência do frio trazido pela chuva.

Victor entrou na Kombi assumindo a posição do motorista. No banco de passageiro ao lado estava sua mochila, com todos os seus bens, e a besta. Pegou as chaves enquanto Theo (e o cachorro), Edrik e Alice se acomodavam na parte de trás. Victor não achara que a mulher fosse acompanha-los. Ela sempre parecera bem próxima de Rodrigo. — Próxima até demais. — Então o jovem se surpreendera com a atitude. — Desde que não atrapalhe. — Ele pensou, sem incomodar-se. Não deixou de se perguntar o que Olivia faria se estivesse ali. Ela não chegara a opinar sobre ir a Zona Segura, mas também nunca mostrara simpatia pela ideia. — Essa aí dança conforme a música.

Ele colocou a chave na ignição enquanto os primeiros pingos de chuva caiam sobre o para-brisa. Quando olhou pelo retrovisor, Edrik parecia enxugar algumas lágrimas. Theo acariciava o cachorro, enquanto estirava-se pelo banco. Edrik começou a sussurrar uma música que Victor não conseguiu identificar. — Um dorme, outro canta e eu dirijo. — Pensou, dando marcha e arrancando com a Kombi em direção a avenida.

Rodrigo chegou até a caminhonete, na parte de trás ele encontrou um facão, ao qual pegou e seguiu para a porta do motorista, olho pelo vidro e sua expressão pareceu animadora sobre algo interessante ali dentro. Olivia por sua vez abriu a porta do fusca na esperança de achar algo, os bancos da frente estavam todos sujos de sangue, não parecia ser fresco. No banco de trás ela viu uma mochila preta e ao abrir veio a surpresa, latas de alimentos, água engarrafada, uma faca de caça e algumas fotos, ao lado da mochila uma caixinha de madeira com o desenho de uma cruz vermelha com o escrito em cima "Primeiros Socorros".
Olivia e Rodrigo não tiverem tempo de continuar a exploração, foram interrompidos pelo som de um motor se aproximando rapidamente de onde era o acampamento.
 - Mas o que é isso? - Disse Rodrigo ao se surpreender com a Kombi vindo pela estrada de terra, em primeiro momento ele pensou que algo havia acontecido e eles tiveram que sair, então seguiu a passos rápidos na direção de onde a estrada chegava a Avenida - Olivia, são eles! Deve ter acontecido algo... - Gritou chamando a atenção da moça.

Da Kombi, Vitor pode ver Rodrigo e Olivia, ele viu o rapaz deixar a caminhonete e ir a passos rápidos a direção da estrada, sabia que o rapaz poderia estar achando que ele iria os pegar antes de sair. Do banco de trás Alice olhou para Vitor ainda na esperança que ele mudasse de ideia quase que dizendo um "por favor" apenas com o olhar.

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Obs: Vitor - Rodrigo e Olivia estão a esquerda de onde você esta vindo na Avenida que é em direção a Campo Grande, a Avenida possui muitos carros parados, más você consegue seguir por ela manobrando pelo acostamento de ambos os lados. Rodrigo e Olivia não tem como chegarem até a estrada e a Kombi a tempo.

Olivia por sua vez abriu a porta do fusca na esperança de achar algo, os bancos da frente estavam todos sujos de sangue, não parecia ser fresco. No banco de trás ela viu uma mochila preta e ao abrir veio a surpresa, latas de alimentos, água engarrafada, uma faca de caça e algumas fotos, ao lado da mochila uma caixinha de madeira com o desenho de uma cruz vermelha com o escrito em cima "Primeiros Socorros". Parece que tive Sorte - Olivia pensou com um pouco de alegria. Ela não pensou no sangue e ao menos olhou as fotos, jogou tudo no chão do carro e guardou o que achou, menos a arma. Manuseou a arma de caça e olhou em volta. - Ei Rodrigo - Ela falou balançando a arma - Olha o que achei - falou baixo.

Assim que Olivia balançou a faca, ouviu o barulho de motor de carro. Sentiu um frio da barriga. Será que havia zumbis na mata? Será que eles estavam fugindo? Segurou a faca com força.
- Mas o que é isso? - Disse Rodrigo. Ele seguiu a passos rápidos na direção de onde a estrada chegava a Avenida - Olivia, são eles! Deve ter acontecido algo...

- Será que foram atacados ? - Ela perguntou se aproximando de Rodrigo depressa.

Depois do refrão da música Edrik parou, o carro já se movimentava na areia, grama e pedregulhos ou qualquer outra coisa que fosse, e começava a incomodar balançando daquele jeito. Seria o momento perfeito para uma conversa longa, mas ele apenas olhou para Alice e disse
Peço que me perdoe se fui rude com você. As coisas não estão fáceis e é difícil manter tudo num tom calmo e gentil.

Ele virou para frente, não esperava uma resposta de Alice, ele a tinha tratado mal.
Estava lembrando de um dos trechos de "Off The Wall" de Michael Jackson, quando viu as silhuetas aparecendo na frente do carro. "Teremos problemas" pensou, respirou fundo e disse.

Vamos lá, Speed Racer, mostre do que é capaz

Pilhar alguém numa situação dessas não era a melhor opção, mas, se existiria outra, Edrik não conhecia.

Espero que seu pé funcione como um tijolo nesse acelerador. completou.

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Vitor seguia com a Kombi pelo terreno irregular de pedregulhos e lama, enquanto se aproximava da avenida. Aos poucos já era possível visualizar no horizonte alguns dos carros abandonados que transformavam a avenida num congestionamento de veículos desordenados. — Parece um dia de rush comum. — Vitor não deixou de pensar. Após alguns metros ele identificou o que a princípio poderia ser apenas dois mordedores: Rodrigo e Olivia, que abandonavam a exploração confusos e corriam na chuva pela avenida. Pelo retrovisor, Vitor percebeu que Alice o encarava, com uma expressão de cachorro abandonado, como se pedisse para que parasse o veículo. — Quer ir com a gente ou não porra? Cara de cachorro aqui já basta a do bolota. — Pensou, enquanto continuava acelerando. Seu sangue estava quente e ele sentia a adrenalina subir. — Vamos lá, Speed Racer, mostre do que é capaz. — Edrik parecia tentar incentiva-lo, mas Vitor apenas ignorou o mexicano. — Espero que seu pé funcione como um tijolo nesse acelerador. — O rapaz continuou, tentando fazer alguma graça. — Tijolo vai ser um punho voando na tua cara. — Mas, ao invés disso, no alto de sua simpatia, apenas respondeu. — Cala a boca porra. — Ele precisava se concentrar na tarefa. Ao se aproximar da avenida, Vitor olhou para a esquerda, mas seus braços habilmente direcionaram a Kombi para a direita. — Zona Segura é uma ova. — Pensou, enquanto acelerava, agora, pelo acostamento da avenida. O destino, bem, ele não sabia ao certo. — Não importa. Eu improviso. — Disse pra si mesmo, tentando se convencer.

- Será que foram atacados ? - Olivia perguntou se aproximando de Rodrigo depressa.

Mas foi então que a Kombi fez a curva para a direita e seguiu após uma manobra do motorista pelo acostamento sem desacelerar, Rodrigo começou a correr - EI! O que estão fazendo! ESPEREM! - Ele gritava, era inútil e logo ele parou de correr passando a caminhar até então parar e cair ajoelhado, a chuva começou a cair mais forte - Eles se foram...? Eles... se foram? - O rapaz estava confuso enquanto olhava o veiculo seguir seu rumo.

Da kombi Alice olhava pelo vidro de trás a cena e os dois que eram deixados para trás, então ela virou o rosto e passou a olhar para o chão. Vitor por sua vez se concentrava na avenida, ele não tinha um plano, mas ele sabia que tinha um problema. O Combustível. O motivo de estarem naquele lugar e de Rodrigo e Olivia terem saído do acampamento. Não demoraria muito para que ele se esgotasse.

A Kombi virou a direita, mas como ela estava de frente foi a sua esquerda. Todos estavam dentro da Kombi, ela olhou de onde eles vinham, mas não viu nenhum dos podres seguindo o carro. Ela olhou confusa do caminho que vieram e depois para Kombi se distanciando. Uma onda de descarga percorreu o seu corpo a medida que ia entendendo o que se passava e enquanto ouvia os gritos de Rodrigo. O desespero cresceu dentro dela. Rodrigo estava no chão. Apertou com força a faca de caça que tinha acabado de achar, a raiva tomava o espaço do desespero no seu interior. Olhou as costas de rodrigo que continuava ajoelhado no chão.
Então era isso, não dava pra se deixar comandar por ninguém e fingir ser boazinha para tentar sobreviver por mais tempo naquele mundo. Ela deu alguns passos até Rodrigo, enquanto segurava a faca mais forte e levantava a mão. Alguém no comando sempre iria cometer erros idiotas. Rodrigo era a prova viva disso. Ela estava a alguns centímetros com a faca em mãos. Ela não iria morrer, não tão rápido e não por que uns filhos da puta haviam roubado a porra da Kombi. Que droga! Quem diria que iriam roubar a Kombi! Ela se aproximou de Rodrigo e segurou seu braço com força e o puxou com força para que levanta-se.

- Agora não é hora de se lamentar - Ela falou com a voz dura. Antes ela tinha tentado bancar a inocente, mas não tinha servido de nada. Agora iria tomar o rumo das coisas definitivamente - Eles se foram e ficamos. Eu tenho uma faca e você uma arma.Não iremos durar muito tempo expostos e apenas nós dois - Rodrigo ainda olhava na direção que o carro havia seguido, ela segurou o queixou dele e o fez encara-la nos olhos - Me escuta, depois pensamos no porque eles se foram sem nós. Agora temos que arrumar um carro e dá no pé daqui. Não adianta ir atrás deles, eles também tem armas.

Olivia soltou o queixo de Rodrigo e deu um último olhar para direção que a Kombi se foi. Com essa traição, Rodrigo perceberia como ela tinha razão no conselho que havia dado a ele poucos minutos antes e a escutaria. Se bem que ela não se importava mais com seu plano de manipular Rodrigo, não havia mais grupo para usa-lo para defende-la. Então tudo foi por água a baixo. Ela olhou em volta ainda um pouco aturdida pelo que estava acontecendo. Um carro, pensou, precisamos de um carro.

- Ficar parado olhando par aonde eles foram não vai resolver - Ela falou com raiva e se dirigindo ao carro que Rodrigo estava antes do resto do grupo fugir.

Edrik viu as silhuetas tomarem formas conhecidas a medida que a Kombi ganhava velocidade.
Ouviu a resposta dura de Vitor, e ficou em silêncio, com uma feição calma.
Percebeu que aqueles dois eram Rodrigo e Olivia.
Vitor deu uma guinada digna de piloto de fuga no carro e acelerou pelo acostamento. O barulho foi alto o suficiente para acordar Theo, pelo menos deveria ter acordado.
Edrik observou pela janela quando o veículo passou em alta velocidade deixando os dois membros antigos do grupo para trás.

Um aperto no peito o corrompeu, talvez eles estivessem errados.
Era errado deixar aqueles dois à própria sorte, tudo que tinha ocorrido antes fora apenas trocas de olhares e discordâncias resolviveis, nada que valesse a pena uma vida, Edrik estava arrependido, de tudo.
abriu a boca para falar algo, certo que pediria para Vitor reconsiderar.

Acelera. Foi tudo que conseguiu dizer.

"Você precisa ser forte, seu frouxo." pensou. E voltou a olhar para frente "Eles não merecem esse grupo, são fracos, se virem."

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A kombi arrancou, Eu estava deitado meio que em cima do cachorro, Edrik incentivava Vitor a ir mais rápido e leva um "cala a boca" em resposta.

- Grupinho difícil, se eles se mostrarem muito problemáticos dou o fora, talvez tenhamos feito um favor para o Rodrigo... - a chuva despenca mais forte - ... talvez não.

Bola levanta a cabeça ao ouvir a água batendo no metal, mas logo deita novamente, ele estava me servindo de travesseiro

- Logo eu vou feder cachorro, quando chegarmos na casa dos meus tios eu tomo um banho.

Vitor faz uma curva, chegamos na Avenida, sou puxado contra o cachorro, viramos para o lado certo.

- Agora é esperar chegarmos até a área norte, isso se a gasolina der.

Alice está com uma cara horrível.

- Ela é tão misteriosa, os dois rapazes tem uma personalidade bem definida, três frases e já dá para enquadrá-los em um esteriótipo, eu e ela parecemos mais normais, gente moderada, gente sem rosto. Tento puxar o assunto com ela.


- Alice, tudo bem, o que não falta neste lugar é carro, eles vão ficar bem. Você agiu da forma certa lá atrás. Posso te fazer uma pergunta, o que você fazia antes de tudo isso? Tipo, tu nunca me falou.

A kombi seguia seu rumo até então desconhecido com Vitor na direção, uma silêncio total tomava conta de todos, até que foi quebrado por Theo.

- Alice, tudo bem, o que não falta neste lugar é carro, eles vão ficar bem. Você agiu da forma certa lá atrás. Posso te fazer uma pergunta, o que você fazia antes de tudo isso? Tipo, tu nunca me falou.

A mulher que até então olhava para baixo, olhou para Theo e o encarrou por um instante - Eles vão ficar bem? - Perguntou com a voz baixa - O que fizemos... você só diz isso para tentar se sentir bem - Afirmou, depois pareceu pensar por alguns segundos, olhou para o teto da kombi - Eu trabalhava ajudando pessoas, normalmente moradores de rua em uma ONG do meu bairro... engraçado, não é? - Respondeu a duvida de Theo sem olhar para ele.

Havia sido um belo de um choque ter topado com Rodrigo e Olivia ainda na avenida e tão cedo após a mudança repentina.
Depois da palavra que Edrik tinha dito um silêncio estranhamente acolhedor tomara conta do local, como uma cortina de fumaça que clareava os acontecimentos de alguns segundos antes. Theo quebrou a monotonia do silêncio falando com Alice.
Parecia distante demais para estarem no banco de trás. Edrik tentou não interromper com sua voz ou gesto.
Precisava construir uma confiança entre aqueles quatro. Vitor parecia ser o mais esquentado, porém pensava dentro da cabeça. Theo também, ele tinha um objetivo, um objetivo nobre. Alice seria a mais difícil de criar um laço, ela estava abalada demais pra pensar em alguma coisa e confiança seria a última delas, Edrik supunha.
"Agora são seis para a lista de pessoas que fui incapaz de ajudar" pensou consigo mesmo.
Depois da resposta de Alice sobre seu emprego, Edrik sentiu a última ponta de arrependimento se esvair. "Deve estar sendo bem mais difícil para ela"
Esperou mais alguns segundos para que os ânimos se acalmassem.
- Gente, precisamos planejar nossa próxima parada. - Disse, num tom sério, tentando ser o mais gentil possível. Mas sua voz ainda estava carregada da adrenalina anterior, mudar de assunto sobre o que tinha acontecido era o melhor a se fazer.
- Que tal uma reunião? -

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Obs: Atualizando a posição de vocês:

Mapa Atualizado:

Vitor seguia acelerando pelo acostamento da avenida. A chuva apertava e os limpadores de para-brisa faziam o possível, indo de um lado para o outro, tentando manter o vidro limpo. Um silêncio se instalou na Kombi de uma forma que só o barulho constante da chuva e os murmúrios dos pneus no solo lamacento eram ouvidos. Alice estava cabisbaixa e Theo tentou animá-la, puxando assunto. — Alice, tudo bem, o que não falta neste lugar é carro, eles vão ficar bem. Você agiu da forma certa lá atrás. Posso te fazer uma pergunta, o que você fazia antes de tudo isso? Tipo, tu nunca me falou. — Se Vitor conhecia muito pouco de Edrik e Theo, de Alice ele não sabia quase nada. A mulher sempre fora mais pensativa do que falante e Vitor nunca se esforçara em conhece-la. — Eles vão ficar bem? — Ela respondeu num tom de voz baixo. — O que fizemos... você só diz isso para tentar se sentir bem. — Depois de parece pensar alguns segundos, ela complementou. — Eu trabalhava ajudando pessoas, normalmente moradores de rua em uma ONG do meu bairro... engraçado, não é? — Vitor manteve-se quieto, focado na condução do veículo. — Deixa a mulher com os pensamentos dela. No momento certo ela se decidirá. Alguns não nasceram para viver nesse mundo. — Ele pensou. Edrik também ficara pensativo e silencioso, até que fez uma sugestão. — Gente, precisamos planejar nossa próxima parada. Que tal uma reunião? — Nesse momento Vitor encarou o painel da Kombi. O medidor de combustível já estava quase no vermelho e ele sabia que só poderiam percorrer mais alguns quilômetros. — Já sei é onde a nossa próxima parada. — Ele disse, no instante que entrou com a Kombi na pista, atravessando-a em direção ao posto de combustível. — Não temos muito no tanque. Mas com sorte conseguiremos algo ali. — Ele informou, apontando para o posto. — Não quero demorar. Saiam com armas em mãos e vasculhem o lugar. Não se afastem da vista do outro e peguem qualquer coisa útil.

Vitor levou a kombi em direção ao auto-posto do outro lado da avenida, quando ele parou pode perceber algumas figuras surgirem de pontos distintos, 2 mulheres e 3 homens, infectados que atraídos pelo som do veiculo seguiam em sua direção, foram os únicos que eles puderam avistar na área do posto, fora uns três ou quatro mortos realmente mortos deitados no chão perto das bombas de combustível.

Mapa Atualizado: