Campanha - Walking Dead: Na Estrada!

A kombi anda alguns metros a frente e paramos no posto da Shell, melhor coisa a fazer, eu saio segurando pistola Taurus prateada, o resto dos meus pertences estavam na mochila em minhas costas. Vitor cobra velocidade do grupo para não ficarem expostos ali. Eu complemento

- Não se esqueçam da mochila, vamos nos concentrar principalmente em alimentos.  Vitor você reabastece a kombi. - ao ouvir a voz de Theo o cachorro salta para fora do veículo, assim que avista os zumbis ele dá um latido na direção deles. - É você tá certo. Eu e o Bola vamos distrair os mortos até vocês dois terminarem lá dentro - fala apontando para Alice e Edrik.

Sigo caminhando meio vacilante em direção aos zumbis, ao ver que são poucos dou um trote junto com o Bola, o cachorro late nos mortos mas não se aproxima de forma perigosa.

- Vão, cuidado lá dentro ... e acelera Speed Racer - falo para Edrik, com um sorriso zombeteiro.

Vitor foi o primeiro a ver o posto se aproximando, apesar de Edrik conhecer o Rio não lembrava de nada por aqueles lados da cidade.
O plano era simples, Vitor enchia o tanque, Theo enganava os idiotas e Ele e Alice recolhiam tudo que podiam.
Do outro lado da rua havia um ferro velho e uma loja de peças automotivas
- Seria uma boa ter um tempinho - sussurrou, enquanto olhava para os lados e via os "pontos de interesse"
Uma queijaria, um posto de combustível, uma borracharia, uma casa de peças e, por fim, o ferro velho.
Edrik desceu da Kombi depois de Theo que já caminhava para uma parte mais aberta atraindo os bocós. Tinha um pequeno sorriso no rosto depois da piada de Theo.
- Alice, vamos tentar na loja de conveniência. Apesar daquela queijaria ali aparentar ter alguma coisa. Foda que está longe, fica atrás de mim e qualquer coisa me avisa, um protege o outro e todo mundo sai vivo. -
As palavras de Edrik tinham um objetivo simples "motivação". Mais pra ele do que pra ela, segurou a faca com firmeza mas em posição de ataque, um ataque rápido, se possível.
A atmosfera do lugar era amedrontadora.
"São animais irracionais e burros. Ou eles ou você, e você é mais esperto." Pensou consigo enquanto o coração batia cada vez mais rápido.

Edrik partiu para a loja de conveniência, correndo, não tão rápido pra fazer barulho e nem tão lento para estar andando, olhando apenas para os lados, a retaguarda era trabalho de Alice, e ele esperava que ela fizesse um bom trabalho.

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Vitor parou a Kombi próxima as bombas de combustível. Logo os companheiros estavam saindo. Theo ficou de cuidar dos mordedores enquanto Edrik e Alice iam vasculhar a loja de conveniência e os arredores em busca de qualquer coisa útil. — Um maço de cigarros seria bom. — Vitor pensou, enquanto deixava a Kombi, mas não antes de pegar a besta e colocar a bandoleira, deixando a arma trespassada pelo corpo. Deu alguns passos até as bombas de combustível, reparando nos cadáveres de alguns mordedores que estavam ali. Hesitou por um momento, como se temesse que os cadáveres voltassem a se mexer, como ele já presenciara antes, mas quando conclui que estavam realmente mortos, pôs se a mexer na bomba. — Tomara que ainda tenha algo. — Pensou, quando pegou a mangueira e caminhou em direção ao tanque de combustível da Kombi.

A chuva caia e mais um trovão podia ser ouvido.
Theo seguiu junto com seu cão em direção aos mortos, enquanto isso Edrik foi em direção a loja de conveniência seguido de Alice que passou a segurar uma faca em sua mão, era uma faca de cozinha. Vitor levou a Kombi até as bombas de combustível e começou a reabastece-la com sucesso, esse já não seria mais um problema para eles, mas a pressão da bomba parecia mais baixo que o normal e isso levaria um tempo a mais do que o planejado.

Enquanto Theo caminhava, o primeiro infectado se aproximava dele, cambaleante a figura vestida de terno preto todo sujo e rasgado avançava, logo atrás dele o segundo morto também já tinha sua atenção ao rapaz. Os demais seguiam na direção da Kombi.

Alice seguiu Edrik até a porta da loja, quando eles abriram pode se ouvir o sino da campainha tocar, em um dia normal isso alertaria o atendente quando um cliente entrasse, mas não havia ninguém para atender ali dentro.
 - Cuidado... - Pediu Alice após o barulho, mas não tinha sido o suficiente para atrair nenhum perigo, exceto se houvesse algum deles lá dentro.

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Obs: É isso, 2 mortos na direção do Theo e seu cachorro, os outros três começaram a ir em direção de Vitor, mas estão relativamente longe.
Obs²:Theo, não há Zumbis em TWD
Obs³: Em ações de combate contra zumbis é 3d6+Força, onde 4 à 9 o jogador erra/perde o golpe. 10 à 12, o jogador acerta, porém não mata. 13+ o jogador realiza sua ação com sucesso. No caso de sucesso total o jogador pode continuar sua ação na maioria dos casos sem que eu precise narrar, exceto se o numero de walkers for muito grande.

- Tô tentando -
Edrik respondeu calmamente ao pedido de Alice, a luz estava mais fraca dentro da loja devido a luz.
- Hey, pegue o que puder e for bom pra nós, Se vir algum desses troços corra pra fora. É mais fácil vencer no um contra um em campo aberto. Caso saia correndo a campainha vai tocar de novo - Edrik respirou devagar
- Espero que toque. E assim fica fácil de acabar com eles pelas costas.
Edrik olhou em volta e concluiu seu plano
Sei que é forte o suficiente pra acabar com um deles sozinho, eu também sou, mas não é esperto, não aqui. Vamos lá.

Edrik tirou a mochila das costas e saiu recolhendo o que ainda tinha valor ali dentro. Esperando encontrar algo que "desse uma onda" como álcool ou cigarros.

Philip efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

1 , 6 , 5

+2


Teste de sorte pra findar itens.

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Alguns zumbis haviam prestado atenção em mim, alguns ainda preferiam a Kombi, estranhamente o primeiro zumbi que eu havia encarado em um frente a frente tão próximo usava terno escuro, estranho para um carioca, ele caminhava ainda meio ereto, deve ter sofrido uma única mordida, pobre coitado.

- Vamos lá, quem é você? Será que eu posso te convencer a parar? Sou bom com as palavras. Você não é daqui né? - Um humor sádico brotava na minha mente, eu conversava com um morto que ainda andava, isto me fez sorrir - Sabe, eu acho que você é paulista - o zumbi dá um gemido - hum, então é paulista, vamos lá paulista.


Eu disparo com a Taurus .40 contra a fronte do zumbi. Eu já sabia que só aquilo podia pará-los, eu havia recebido um video pelo Whats App antes da internet cair.

- Morre maldito Paulista.

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3d6 + 2
Leafar efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

4 , 4 , 4

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O tiro da minha arma fazia coro com o som da chuva, trovões e latidos. Eu olho para ver se ele fez efeito nos zumbis que iam em direção a Kombi.

Itens:

Alice começou a procurar por qualquer coisa que fosse útil, assim como Edrik, o rapaz começou sua procura. A pequena loja estava toda bagunçada, coisas jogadas pelo chão demonstrando que alguém já tinha passado por ali antes e talvez levado tudo de interessante, mas ainda sim era seu dia de sorte. Enquanto ele pegava tudo o que podia, ouviu um primeiro disparo do lado de fora.
 - Acho que é melhor apressar as coisas, isso não deve atrair coisa boa... - Comentou Alice enquanto pegava um pé de cabra no canto da parede atrás da porta.

Itens Achados:

O disparo de Theo atingiu em cheio o primeiro morto, ele deu um único passo para frente e caiu agora realmente sem vida. O segundo já se aproximava cambaleante quase tropeçando no outro. Os três mortos que seguiam em direção a kombi tiveram sua atenção voltada a ele também e começaram a seguir a sua direção, os três estavam juntos.

Vitor abastecia a Kombi enquanto dava uma olhada nos arredores. A chuva caía forte e os trovões cortavam o céu, iluminando as expressões debilitados dos mordedores que caminhavam em sua direção. Theo caminhava em direção a outros dois mordedores, com a pistola na mão e o cachorro do lado. Um dos mordedores se aproximou, dando mais um passo — e o último — quando Theo disparou, desfigurando-o e fazendo-o tombar sem vida. Os mordedores que iam ao destino de Vitor se viraram, perdendo o interesse nele e indo em direção ao Theo. — O tanque tá cheio. — Vitor falou, largando a mangueira de combustível e pegando a besta, carregando-a com uma seta. Alice e Edrik não haviam voltado e, começando a se preocupar, Vitor tentou encontrá-los à distância, analisando as janelas da loja de conveniência. — Talvez tenham encontrado algo lá. — Pensou, voltando sua atenção aos mordedores que se afastavam a passos arrastados. Ele empunhou a besta, colocando um dos mordedores na sua mira e, disparando, fez a flecha voar pela chuva.

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3d6+5
Sllaker efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

2 , 3 , 1

Uma das melhores coisas que Deus, ou qualquer ser superior, deu a Edrik foi sua incrível capacidade de tirar coisas boas em situações desastrosas, como da vez que um certo comandante da aeronáutica mexicana não aceitou uma certa quantia para deixar um certo avião passar pelo radar.
Mas dessa vez era diferente, e uma loja de conveniência não é uma reunião entre pessoas corruptas. Edrik vasculhou primeiro com os olhos, e depois com as mãos, ágil como pôde e depois de um estrondo no pátio do posto um pequeno aviso de Alice o fez se movimentar mais rápido. Quando já virava para sair conseguiu ver, espremida entre a caixa registradora que fora violentada com uma truculência dos diabos e uma dessas bolas de chicletes, também danificada, um maço de cigarros ainda fechados.
- Hijo de puta! - exclamou de satisfação - Achou que ia se esconder de mim -
Edrik saiu da loja de conveniência no momento em que Vitor praticava tiro ao alvo na cabeça de um desses trastes
- Ei, corra mais rápido do que suas pernas agora - E partiu em disparada lado a lado com Alice.
- VAMOS EMBORA DR. DOLITTLE - Gritou para Theo antes de traçar uma rota para a Kombi enquanto corria.

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- Vem Bola, vamos sair daqui.

Eu chamo o cachorro para me acompanhar, e saio correndo tentando dar a volta nos outros mortos, ele segue com alguns latidos, três metros para frente, três ou quatro latidos altos, dois metros para trás, mas duvido que algum deles possam pegá-lo, eu já tinha dificuldade de fazer isso, quem dirá uma criatura completamente burra coma aquelas coisas, enquanto eles se concentram no escândalo de Bola eu dou a volta chegando até a Kombi. Apesar da enrolação o cachorro chega no carro apenas alguns segundos depois de mim.

- Pronto, vamos embora. Pera? Você não vai querer pegar aquilo de novo vai? - Questiono Vitor ao perceber a flecha presa no corpo do morto vivo.

A chuva finalmente parava, mas um vento gelado começava a soprar levemente.
Após ouvir o disparo e pegarem tudo o que conseguiram achar, Alice e Edrik seguiram para fora indo em direção a kombi. A flecha de Vitor atravessou a cabeça do morto vivo e ficou presa indo ao chão junto com a criatura.
Theo foi para a kombi também junto de seu cachorro chamando a atenção dos 3 infectados restantes que começaram a caminhar na direção deles, mais próximos a Vitor.

Edrik viu quando o idiota morto caiu, com o crânio atravessado pela flecha, e em tempos como esse, não era bom deixar uma flecha assim. Principalmente com Vitor olhando para a flecha com tanta "dor". Não estava tão longe dele, em diagonal, no máximo, ruim seria voltar para a Kombi com três daquelas coisas indo em direção a ela. Edrik teve uma ideia.
Correria até o cadáver, tiraria a flecha e correria para a avenida encontrando todos na entrada oposta do posto.
Edrik, até esse ponto só tinha colocado uma das alças da mochila nas costas, tirou e entregou para Alice.
- Corre pra Kombi, vou pegar a flecha. E encontro vocês bem ali na saída, entendeu? -
Edrik sequer esperou uma resposta, ajustou o curso e correu o máximo que pôde até o cadáver. Esperando que sua cabeça estivesse podre o suficiente pra flecha sair sem muito esforço.

Philip efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

1 , 1 , 1

+4

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Alice pegou a mochila e correu para a kombi com os demais, enquanto Edrik correu em direção ao cadáver com a flecha e tentou puxa-la, não conseguiu remover, os 3 mortos tomaram sua atenção para o rapaz e começaram a ir a sua direção, estavam muito próximos a ele e quando ele notou, mais um deles se aproximava rastejando pela sua costa, estava cercado.
 - Mas o que aquele idiota ta fazendo!? - Perguntou Alice ao ver a ação de Edrik.

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Obs: Edrik esta cercado por 4 infectados, um deles está rastejando. Não da para correr de primeira.

Vitor viu a flecha fincar na cabeça de um dos mordedores, fazendo-o cair ao chão completamente morto. Logo Edrik e Alice vinham correndo da loja de conveniência, fazendo Theo chamar o cachorro e partir em direção a Kombi. Os zumbis vinham em seu encalço, caminhando na direção deles. — Pronto, vamos embora. Pera? Você não vai querer pegar aquilo de novo vai? — Theo perguntou a Vitor, no momento em que a chuva parecia dar uma trégua. Mas antes que este pudesse responder, Edrik gritou enquanto dava a mochila que carregava para Alice. — Corre pra Kombi, vou pegar a flecha. E encontro vocês bem ali na saída, entendeu? — "Não", Vitor queria ter dito, mas Edrik não esperou por uma resposta e correu na direção do mordedor caído. Sem ter tempo de pensar muito, Vitor apenas fez como o mexicano havia pedido e entrou na Kombi, preparando-se para sair. Quando Edrik se aproximou do mordedor e tentou puxar a flecha fincada, pareceu-lhe faltar forças para o ato e, antes que pudesse se dar conta, já estava cercado por três mordedores e mais um que rastejava em suas costas. — Mas o que aquele idiota ta fazendo!? — Alice perguntou. Vitor pensou em sair e ajudar, mas sua besta estava descarregada e não havia nenhuma arma branca em mãos. Dessa forma, fez a única coisa que poderia ajudar Edrik mas que poderia condenar a todos: pressionou a buzina da Kombi, com todas as forças, fazendo o barulho ressoar pelo posto, tentando chamar atenção dos mordedores. — Aqui seus filhas da puta! Aqui caralho! — Vitor gritava de dentro da Kombi.

- Mas que merda esse cara tá fazendo?- falei enquanto Edrik  tentava "heroicamente" recuperar a flecha perdida.

Eu já fiquei com raiva do brinquedo de Vitor assim que vi a situação, mais ainda do mexicano.

O que ele estava fazendo, se provando para a Alice. Tentando ganhar a confiança do Vitor. Seja lá o que for deu errado. De repente os mortos estavam em cima dele.

- Merda. Bola vem. Vitor  - passo correndo pelo mecânico chamando-o para ajudar.

O cachorro que já estava namorando o banco da kombi entende a situação e avança muito mais rapido que eu mordendo o "paulista"  no chão. Eu corro o máximo que posso e ao me aproximar miro a arma para o zumbi mais próximo.

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Leafar efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

1 , 4 , 3

+2

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-Anda logo cara. Sai daí. - grito para o mexicano.

Antes que Edrik pudesse reagir, pode ouvir o som da buzina da kombi sem intervalos, Vitor tentava chamar atenção dos infectados, um deles se virou, mas os demais continuaram avançando sobre o rapaz, inclusive o que estava rastejando. Theo realizou mais um disparo e o morto que havia se voltado para a kombi foi ao chão agora sem sinal de vida, isso chamou a atenção dos outros dois caminhantes para ele.

"Herrar é umano" Dizia uma pixação perto de um hotel, o mesmo que Edrik teve que fugir quando seu pai retirou todos os benefícios monetários quando as coisas começaram a ir pro buraco.
"Persistir no erro, é burrice" Essa é a parte dois do ditado. Edrik tomara uma bela de uma atitude errada baseada numa ideia burra. Pro seu azar, quando chegou ao cadáver, seu crânio ainda estava calcificado sendo quase que impossível pro magrela tirar a flecha de lá. Tentou tirar a flecha mais uma vez inutilmente e ignorando o que acontecia ao seu redor. Até que ouviu um tiro, depois uma buzina. Olhou pro lado e viu que tinha chamado a atenção dos defuntos
Puta que pariu! Gritou Carajo, carajo, carajo Prosseguiu dizendo enquanto via o que se desenrolava no local.
Edrik faria uma corrida em arco até a Kombi, dando a volta nos mortos. "Agora fudeu, e eu matei todo mundo" pensou enquanto começava a se movimentar. Não estava assustado, mas, surpreso.

Philip efetuou 3 lançamento(s) de dados (d6.) :

1 , 4 , 1

+4 (agilidade)

Enviado pelo Topic'it

Edrik chegou a kombi se livrando dos mortos vivos, agora em menor numero eles continuavam na direção de Theo.
 - O que você quis mostrar com isso! - Reclamou Alice quando Edrik chegou - Quer se matar, não leva a gente junto... idiota, todo esse barulho deve ter atraído uma centena dessas coisas na região.

Eu havia derrubado mais um morto, Bola arrancou um pedaço da musculatura da perna daquele que estava se arrastando.

Edrik conseguiu fugir, levantou meio cambaleando, mas saiu correndo, o mexicano viu a morte e viveu para contar a história, se bem que seu eu fosse ele, omitiria a parte da história em que se arriscou por uma flecha, e a parte que não conseguiu arrancar a flecha, ou a parte que os zumbis quase o pegaram, e também a parte que ele precisou ser salvo, ou seja contaria qualquer coisa, menos a verdade, por que foi uma cena ridícula.

Eu viro as costas e volto correndo para a Kombi, Bola me segue com um pedaço de carne na boca, pelo menos ele conseguiu alguma comida.

Chegando na Kombi eu falo:

- Vamos embora daqui. - só isso e nada mais, pensei em repreender Edrik, mas para que? Alice já havia o feito e Deus sabe que ser repreendido por mulher feia já deve causar uma sensação bem ruim em um homem.

Vitor havia apertado a buzina de maneira incessante, o que atraíra a atenção de um dos mordedores que logo fora abatido com outro bom disparo de Theo. O cachorro também fazia a sua parte, mordendo e abocanhando toda a carne que podia. Tudo isso atraiu a atenção dos mordedores, o que deu a Edrik a chance de escapar ileso daquela situação. Assim que o mexicano alcançou a Kombi, meio esbaforido, Alice foi a primeira a repreende-lo pelo ato. — O que você quis mostrar com isso! Quer se matar, não leva a gente junto... idiota, todo esse barulho deve ter atraído uma centena dessas coisas na região. — Vitor concordava com a mulher, mesmo que não tivesse dito nada. Se fosse outra situação e outra pessoa, talvez ele nem tivesse buzinado e colocado todos em risco. Mas isso não importava agora. Tudo tinha dado certo e ele havia, de certa forma, se fascinado com a coragem de Edrik. — Era só uma flecha e esse otário poderia ter morrido. Mas ao menos o maldito tem culhões. — Logo Theo retornou, com o cachorro em seu encalço e com a pressa de ir. — Vamos embora daqui. — Ele se limitou a dizer. Vitor concordou com a cabeça, dando partida na Kombi e saindo em direção a pista. — Em pouco tempo isso aqui vai virar o inferno. — Vitor refletiu, enquanto observava o posto se afastar cada vez mais pelo espelho retrovisor.