Campanha - Walking Dead: Sozinha?

 - Fico feliz que tenha acordado, consegue me ouvir? - Ela ouviu a pergunta quando abriu seus olhos, estava deitada em um tipo de maca improvisada. Ao seu lado haviam outra duas macas vazias, percebeu que suas mãos estavam amarradas a ela. Ela notou o homem de jaleco branco, vestindo calça jeans, usava óculos, seus cabelos eram curtos e grisalhos, bem penteados. Devia ter pelo menos uns 45 anos. Parecia preocupado.
Então Kassandra se lembrou do que aconteceu nas ultimas 24 horas. Seus pais finalmente decidiram sair de casa, convencidos pelos soldados que evacuavam a região onde estavam a ir para uma área segura em Campo Grande. Entraram em um ônibus com muitas outras pessoas. Mas aconteceu algo, um acidente, ou uma emboscada. Algo atingiu o veiculo e as coisas que seguiram foram rápidas. Ela ouviu tiros, ouviu as palavras de proteção de seus pais enquanto seguiam pela rua procurando alguma proteção dos infectados que surgiram em montes, ela se perdeu dos seus pais. Foi encontrada por dois policiais perto de um prédio quase duas horas depois e acabou desmaiando exausta.
 - Tudo bem? - Seus pensamentos foram interrompidos pela voz do homem novamente.

---

Sua campanha se passa no mesmo local que a campanha de outro jogador, entretanto devido ao tempo/espaço em que se inicia estou começando separado, mas posso junta-los a qualquer momento conforme for necessário.
Eu vi em sua história e não ignorei o local onde a personagem vivia, mas tive de trazer os personagens para dentro da cidade do Rio de Janeiro, conforme dito ser o local em que se passa o RPG.

Enfim, boa sorte e qualquer duvida pode chamar no Discord.

- Ainda bem... - Ele pareceu aliviado, segurava uma faca em sua mão direita - Por um momento eu achei... bom, não se preocupe. Você está segura aqui, essa é uma área de segurança. Meu nome é Oswaldo, Doutor Oswaldo. Qual o seu nome? - Ele então cortou as amarras que prendiam as mãos de Kassandra e se sentou na maca ao lado.

- Ei, ei - O doutor pareceu se surpreender com a repentina movimentação de Kassandra, mas em um gesto rápido conseguiu segura-la antes que ela acabasse caindo, depois a ajudou a sentar na maca novamente - Acalme-se, por favor. Você estava a um longo tempo inconsciente, melhor não tentar nada impulsivo por enquanto... escuta, Kassie, eu sei que deve estar preocupada com seus pais, eu... - Ele pareceu pensar nas próximas palavras - Seja onde eles estiverem agora, eu acho que eles não iriam querer que você saísse assim atrás deles, logo vai anoitecer, o perigo que se encontra lá fora é maior do que você possa imaginar.
Ele então pensou mais um pouco antes de voltar a falar.
 - Eu vou falar com o César, ele comanda as coisas por aqui - Afirmou - Além disso temos um grupo lá fora procurando sobreviventes, se os encontrarem, logo eles estarão aqui. No momento você precisa descansar, o que acha? Vou chamar uma amiga para lhe mostrar onde você pode ficar, você descansa e eu falo com o César sobre isso.

- Certo, por aqui... - Ele seguiu abrindo a porta - Só descer as escadas, é a ultima porta depois da porta marcada com um numero 5 - Explicou o doutor ainda parecendo preocupado - Pode me aguardar na sala 4 depois que fica ao lado da escada, se estiver com fome vai encontrar algumas frutas em uma cesta lá.

Conforme o tempo passava, Kassandra esperou por Oswaldo no prédio da enfermaria, já fazia quase uma hora desde que ele havia saído quando finalmente ele retornou, junto dele estava uma jovem moça.
 - Desculpe a demora Kassie, César é um homem muito ocupado mesmo, não consegui falar com ele antes... - Explicou - Mas agora ele está no prédio da administração, vou levar um pedido de busca a ele, vamos aproveitar amanha para procurar por seus pais, entendido?
Ele parecia não querer desaponta-la, mas o mesmo não tinha certeza de suas palavras.
 - Enquanto isso, essa é minha ajudante, ela vai lhe mostrar onde você pode ficar - Disse o doutor após pegar um papel em uma gaveta de uma mesa encostada na parede e se retirando da sala - Agora vou atrás do César...
 - Kassandra? Meu nome é Beatriz, tudo bem? - Se apresentou a moça tentando ser simpática.

- Ok, ok... - Beatriz riu com a cena - Vamos ao refeitório conseguir algo para você comer.
Eles sairão da sala, desceram as escadas e depois de passar pela recepção deixaram o prédio. A Vila Naval Guandu Sapê cercada por um alto muro reforçado com placas de ferro, não haviam muitas pessoas a volta, provavelmente a maioria estava no Refeitório. Haviam alguns veículos parados, entre eles viaturas da PM e um jipe. Elas seguiram por entre os prédios para o norte da Área Segura, notava-se alguns prédio com as portas fechadas com tabuas de madeiras. Todas as construções estavam marcadas com um numero identificando cada um deles.


Se aproximando, viu o refeitório improvisado. Algumas mesas espalhadas e pessoas sentadas e comendo, algumas de pé. Seguiram até duas mulheres que serviam a refeição. Não era muita coisa, mas seria o que tinham. Arroz branco, batatas cozidas e ovo era a refeição da noite. Um suco de laranja não muito gelado para acompanhar.
 - Eu já jantei, mas fique a vontade - Disse a moça - Vou estar aqui perto, depois que comer vou lhe mostrar o quarto onde você vai ficar.

- Quem dera - Respondeu ela olhando enquanto Kassandra comia - Hoje as coisas estão até boas... acho que amanha volta ao normal - Sorriu ao pensar nisso - Aproveita.

Beatriz observava enquanto Kassandra comia, até que ela começou fazer muitas perguntas surpreendendo a moça.
 - Ei ei, calma - Pediu ela - Bom, eu cheguei aqui quando tudo começou, quando os soldados começaram a organizar isso aqui, eu vim com o doutor - Respondeu ela recordando cada momento de quando o mundo se acabou - Eu ajudava ele em meio período e estudava no outro, estava no hospital quando as coisas começaram a ficar complicadas...

Acho que ele queria se livrar de mim o mais rápido possível. É o que você deve estar pensando agora, não é mesmo?

 - O doutor é só, muito ocupado. As vezes eu acho que ele arruma tantas coisas para fazer que acaba ficando perdido e que estaria ainda mais sem mim - Ela sorrio então - Não vou mentir para você, eu estava indo descansar quando ele me chamou... mas não pense dessa forma, eu realmente adoro poder ajudar... e bem, não é nada complexo, você vai se acostumar. Não deixar a área de segurança sem uma autorização, não brigar ou provocar desentendimentos, acho que poderia citar todas as regras de boa conduta aqui, não pegar nada que não é seu e coisas do tipo. Ah e claro, não fazer barulho. Mas isso é regra em qualquer lugar que você esteja, não é?

- Eu preciso ajudar o doutor amanha logo cedo, como disse ele ficaria perdido sem minha ajuda - Explicou ela se levantando após o "convite" de Kassandra - Bom, vou mostrar onde fica seu quarto, vamos?

As duas seguiram se aproximando de um prédio marcado com o numero 03, elas entraram quando Kassandra mencionou seus pais.
 - O doutor me disse que você estava no ônibus que foi atacado vindo para cá... - Comentou Beatriz olhando para a garota, talvez as duas estivessem em situações semelhantes e ela pareceu pensar por um instante antes de voltar a falar - Eu... eu também sinto sabe, falta dos meus pais... e as vezes é difícil pensar no que eles podem estar passando, que as coisas lá fora não são como aqui dentro. Mas agora precisamos ser fortes, por que de alguma forma vamos encontra-los, eu sei que César e seu pessoal não vão ignorar isso - Elas pararam em frente a uma porta no segundo andar, marcada com o numero 11, Beatriz destrancou a porta e a abriu e em seguida entregou a chave para Kassandra. O lugar parecia ser simples, arrumado, uma cozinha pequena e um quarto com cama de solteiro e um pequeno guarda-roupas. No demais, uma estante e uma mesa com duas cadeiras.
 - Sabe, eu continuo ajudando o doutor, ajudando aqui na vila por que isso me ajuda a não pensar em coisas ruins - Comentou a moça tentando forçar um sorriso, como alguém que queria acreditar que as coisas estavam bem - As vezes dá certo, isso me distrai. Bom, espero que consiga se acomodar aqui, suas coisas já foram trazidas e estão naquela mochila... estavam com você quando a encontraram - Ela apontou uma mochila em cima da mesa - Descanse, meu quarto é o 22 no andar de cima.

---

Obs: As coisas na mochila são os Itens iniciais que você conseguiu nos Dados da ficha.

Mapa da Vila: