Campanha - Walking Dead: Distante.

Edrik caiu do outro lado e levantou limpando a calça. Seus olhos ainda tinham problemas com a claridade do dia.
“Ok, ok, vamos pra onde?” pensou olhando para a direita, de onde tinha vindo. “Pra cá” concluiu o pensamento virando para a esquerda e seguindo ainda colado ao muro, tentando manter-se esperto quanto ao que acontecia ao seu redor.

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Edrik ficou alerta com o barulho que ouviu, apertou-se contra o muro e tentou erguer o corpo, apenas pra olhar o que acontecia do outro lado.

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3 , 4 , 1

(+4 agilidade)

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Edrik se esforçou e assim conseguiu subir ao muro para olhar do outro lado.
Ele conseguiu ver o sujeito que causava todo aquele barulho, o mesmo puxava um facão que estava preso na cabeça de um infectado ao chão, logo em seguida ele olhou para um outro morto-vivo que estava de pé caminhando na direção dele.
 - Vem logo bicho feio, vem logo me pegar - Ele esticou o braço fazendo gesto com a mão como se quisesse provocar a criatura - Isso, vamos ver o que você tem ai - O homem sorriu, o infectado avançou cambaleante e não demorou a receber um chute no joelho e o mesmo se quebrou com um estalo que Edrik pode ouvir, o morto tombou perdendo o equilíbrio enquanto recebia um golpe do facão que lhe partiu o cranio.


Edrik observou a volta do sujeito mais alguns corpos caídos e contou um total de 7 fora o que acabava de ser morto e mais a frente deveria ter outros três. Então viu quando o sujeito pareceu procurar algo no corpo do morto e não pareceu encontrar o que queria - Merda - Murmurou, parecia um pouco exausto do combate.

Edrik continuou olhando com calma a ação do homem que lutava violentamente, morreria em breve se as criaturas das ruas acima resolvessem dar um passeio. Pensou um pouco. Então gritou para o sujeito.
- HEY, Desse lado é seguro -

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O sujeito passou a mão em sua testa limpando o suor e no instante em que ouviu a voz de Edrik ele se virou para o muro sacando um revolver que estava em sua cintura rapidamente apontando em sua direção.
 - Ora, isso é uma surpresa - Ele então pareceu observar Edrik - Acho que tá tranquilo aqui amigo, algum idiota gritando atraiu um bando desses merdas para a outra rua... que tal você pular pra cá? - O tom de voz dele era calmo e em nenhum momento tentava parecer ameaçador - Tá com fome? Sede?

Edrik acenou com o braço decepado para o sujeito.
- Não estou com muitas condições, no momento - respondeu, ignorando as perguntas do homem.
- pode me falar um pouco sobre você?
Edrik tentou convencer o sujeito, queria saber se era de confiança.

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(+5) [Lábia]

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“Quando o Inferno estiver lotado, os mortos caminharão sobre a terra...”
“- Besteira. Pelo menos eu queria que fosse... tudo até agora está muito confuso e a falta de informações é agoniante... bom, mas eu cheguei até esse ponto e agora tenho que continuar firme e forte, me pergunto se esses caras também conseguiram, até onde eles podem chegar?..."
 
O grupo estava quebrado, sempre esteve.
- Meus pais ainda podem estar vivos e o que mais quero é encontrá-los. Eles estão na zona norte da cidade. Você poderia me ajudar? - Theo.
 - Atravessamos metade da cidade para chegarmos até aqui e não vou voltar atrás agora... cumprimos o meu objetivo primeiro e depois, não importa o que encontrarmos lá, podemos ir atrás de seus pais. - Rodrigo.
 
A confiança de Rodrigo gerava desconfiança nos demais, estavam no limite, a decisão que tomariam ali, mudaria tudo.
- Vou abrir o jogo com vocês, meus pais estão na zona norte da cidade, próxima a ilha do governador, Rodrigo obviamente não quer voltar comigo, ele acredita que Campo Grande é seguro, ele acredita demais nisso, me deixou bem claro e essa "fé" pode nos colocar em risco. Venham comigo para a região norte da cidade, basta dar meia volta nesta Avenida, chegando lá é mais fácil arranjar um barco próximo a baia de Guanabara Vitor, também podemos encontrar sobreviventes, meus pais, meus tios, não vou para Campo Grande, estou disposto a deixar este grupo se necessário, mas preciso da ajuda de vocês, prometo ajudá-los no que acharem melhor quando chegarmos lá. Mas por hora precisamos ir - Theo.
 
 - O que? Espera aí... você está dizendo para abandonar Rodrigo e Olivia? Vocês não podem mesmo estar pensando nisso, estão? - Alice.
 
Alice, eu acho que você não entendeu... Nós estamos deixando o Rodrigo, Olivia e você - Vitor.
 
A Kombi deixou a estrada de terra em velocidade, entrou na avenida e tomou seu rumo ao contrário de onde Rodrigo e Olivia estavam.
 -  EI! O que estão fazendo! ESPEREM! - Rodrigo gritava, era inútil e logo ele parou de correr passando a caminhar até então parar e cair ajoelhado, a chuva começou a cair mais forte - Eles se foram...? Eles... se foram? - O rapaz estava confuso enquanto olhava o veiculo seguir seu rumo.


A tensão com os militares foi o limite para o rapaz, ele resolveu seguir seu caminho deixando Theo e Edrik.
Nilópolis foi seu destino.
O pior momento, a mordida, a ação rápida, o rapaz foi obrigado a cortar sua própria mão, para tentar salvar sua vida, uma ação não pensada, um tiro no escuro.
Estava vivo. Aquilo funcionou, mas agora novos problemas surgiriam.
Seguiu seu caminho, sua situação era péssima até que encontrou alguém, um sujeito que lutava com os mortos até a exaustão, que lhe ofereceu "amizade".
 


 - Puta merda! – O sujeito pareceu ficar impressionado quando Edrik levantou o braço e começou a caminhar na direção do muro – Você ta realmente ferrado heim? Eu queria ir pra esse lado aí, parece realmente bem seguro, mas preciso achar uma chave que ta em um desses pedaços de carne podre aí... tenho uma moto, combustível, recursos numa casa aqui perto, mas falta a droga da chave... a propósito meu nome é André, posso saber o seu? – Perguntou ele enquanto pegava devagar uma garrafa de água de sua mochila, bebia um bom gole e estendia na direção de Edrik em oferecimento.

“Ao menos ele não se importou com minha aparência” Edrik pensou friamente enquanto lembrava o aspecto da sua vestimenta. Parecia ter saído de um evento de moda cuja atração principal eram armaduras medievais feitas de jeans.
- Contra tempos e azar. Meu amigo - tentou ser amigável enquanto fazia um gesto com a mão cortada sinalizando que não aceitava a água oferecida pelo viajante - Tenho alguns mantimentos aqui, comigo. Mas confesso que estou com um pouco de medo de voltar pra esse lado. - suspirou, olhando pro horizonte. - Posso confiar e você, viajante? - perguntou. Tentava manter um tom sério e acolhedor. Mas o sorriso frouxo passava mais tristeza que segurança.

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- Bem, você não está lá em situação de combate aqui não é...e dada as circunstâncias, você teria mais motivo para tentar algo do que eu - Respondeu ele bebendo um longo gole da água - Vamos lá, tem um portão ali na frente que dá para dentro daquela casa, tá limpa já, te encontro lá - Disse ele indo na direção do terreno a frente onde tinha uma pequena casa.

Edrik deu de ombros ao ouvir a resposta do sujeito. Acenou com a cabeça e decidiu seguir o caminho que o rapaz indicou

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Conforme se aproximava notou a porta se abrir, o sujeito então fez sinal para que Edrik entrasse na construção, assim fazendo.
A casa estava toda revirada, a sala com sofá virado e TV quebrada e jogada no canto da parede onde parecia ter ocorrido uma briga, com marcas de sangue.
 - Imagina o caos que foi isso aqui no começo... - Comentou o sujeito - Faz tempo que não encontro ninguém... vivo, tá sendo bem difícil amigo, esses pedaços de carne podre estão por todo canto, mas a gente da um jeito, só preciso daquela chave, eu sei que ela está aqui, havia um endereço nos documentos que achei que apontava a essa casa, eu a revirei completamente e não achei a maldita chave... droga, você deve está achando que eu falo demais não é? Que merda heim cara... isso ai... - Ele se referiu a mão, ou a falta da mão e Edrik - Não parece ter sido antes de tudo, foi recente? Desculpa a pergunta, droga eu não sei ficar quieto...

Edrik olhou pra mão envolta em tecidos e as duas faquinhas apontando solenemente pro teto, por hora, ignorou toda a bagunça da casa. Prestava mais atenção no rapaz, se ele era confiável.
- Não se preocupe. - respondeu calmo - Eles parecem ficar mais fortes depois de adoecerem, minha mão descobriu isso de uma forma ruim - massacrou o antebraço e olhou novamente pro homem - O que estamos procurando, exatamente? O que a chave abre? -

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- Uma garagem - Respondeu ele - Eu vi por um vidro, muita coisa, mas não consegui entrar... tentei arrombar a porta, achar outra entrada e nada, então tem que ter uma chave - Explicou ele - Foi o que eu disse, tem uma moto lá, combustível e recursos para um bom tempo cara - Finalizou - Pensei que a chave podia estar com um dos cadáveres lá fora...

- Pode ser estranho o que vou falar, mas, não podemos usar nada pra quebrar a parede? é mais fácil achar uma marreta do que uma chave, só precisaríamos limpar a área. Tenho isso aqui, caso a porta for de madeira. - Edrik apontava para a machadinha presa ao cinto.

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