[Dia 0] Journey to the North: Shadows.

Jason Barllestra. Esse era o nome do alvo. O aeroporto estava movimentado, o que aquele homem estava fazendo na Irlanda? Uma pergunta e tanto. Nascido Grabiel Marconte, da famosa família de magos Marconte, ele já havia sido até mesmo um dos Lordes da Torre do Relógio, um dos magos mais importantes de seu tempo. Marconte deixou a Itália quando ainda era jovem, um bom homem num geral, ele nunca se colocou em muitos problemas até 1791, quando ele acabou explodindo a base da Torre do Relógio com explosivos plásticos e magia egípcia e fugiu para o Brasil. Ah, sim, foi lá que eles se conheceram. Jason Barllestra não foia primeira identidade falsa dele, é claro... Só era a mais fácil de rastrear. E usá-la estava se tornando algo próximo de armar uma armadilha. Barllestra QUERIA ser encontrado pelo seu "velho amigo". E naquele aeroporto era fácil de se encontrá-lo. Barllestra gostava de lugares assim: movimentados, barulhentos, espaçosos... E com subterrâneo proibido para não funcionários. Ele só precisava descer as escadas e logo os dois estariam cara a cara.

Esinam tentava ignorar o barulho das pessoas, aquilo atrapalhava seus pensamentos, em sua mão direita segurava com força o seu cajado, estava ansioso, as coisas estavam fáceis demais, era mais que obvio que se tratava de uma emboscada, mas que opção ele tinha? Depois que o desgraçado entrasse no avião estaria tudo perdido, sem guerra, sem graal, sem vingança. Andava meio apressado atras de Barllestra e quando ele foi rumo as subterrâneo, não teve duvida que aconteceria um confronto, talvez fosse uma boa ideia aproveitar agora que ele estava de costas e teoricamente com a guarda baixa, não, chamaria muita atenção, se via de mão atadas, teria que prosseguir.

Diminui o passo, começou a remoer o passado, buscava o seu rancor, o seu ódio, coisa que ele tinha de sobra: Lembrou-se do tempo que passou no navio negreiro, o cheiro horrível do lugar, a fome que passou, as doenças que teve que encarar em silencio, para não ser jogado ao mar; Lembrou-se da época que serviu a Fernão Cabral, aquele homem detestável, batia nos escravos por diversão, abrigava aqueles índios malditos que atacavam os padres jesuítas. Nesse momento Esinam soltou um leve sorriso, era irônico aquele acontecimento, Fernão os abrigava não só para acabar com os jesuítas e as fazendas concorrentes, mas também por medo do que os índio poderiam fazer com ele.

O velho homem, fervendo de ódio, desceu as escadas e ficou cara a cara com seu adversário, ele sorriu, apontou o cajado em sua direção e diz:-fitaa Oluman, desgraçado- Lançando uma explosão rumo a Barllestra.

Barllestra descia as escadas cantarolando "Brilha, brilha estrelinha." Ele parou. Aguardou alguns segundos, e se virou, no momento em que sacava gaze branca de sua manga esquerda com a mão direita e a usava, recitando encantamentos e criando uma parede a sua frente e barrando o ataque direto do inimigo com facilidade. Ele moveu o pulso e a parede se desfez, as faixas estalaram e chibataram como chicotes de ferro à fogo quente, cortando um cilindro de cimento e metal que caiu em cima de Esinam: o banheiro masculino inteiro. Ele correu sabendo que aquilo seria apenas um atraso para o seu perseguidor, se embrenhando no escuro, ele corre e ascende as luzes do galpão, uma oficina mágica perfeitamente construída por ele, com corpos mumificados em mesas de aço limpo e lustroso.

Ao ouvir o estalar das faixas o corpo de Esinam se arrepia, conhecia aquele som como ninguém, Apesar disso continuava atento, quando percebeu que as faixas vinham em direção ao teto, ele ergueu seu cajado para o lado direito e lança mais uma explosão, visando sair da área em que o banheiro vai cair. O homem cai no chão, seus ouvidos zumbiam bastante, era um ambiente fechado e agora a fumaça dos destroços do banheiro dificultavam um pouca sua visão.O homem se levanta usando o cajado na mão direita como apoio e 'limpando' seu traje com a esquerda dizendo: -É muita ousadia sua decidir me enfrentar, façamos o seguinte, fique parado e prometo ser rápido, o processo de troca de corpo pode ser bastante doloroso quando estou irritado-

Era obvio que se tratava de uma mentira, o velho homem pretendia ser o mais doloroso o possível, ele anda calmamente na mesma direção que Barllestra foi, falando:-Não se esconda desgraç...- As luzes se ascendem e a visão da oficina o surpreende, o fazendo parar e falar a seu adversário:-Bela coleção de corpos, mas como espera que isso ira te ajudar?

Barllestra levantou uma sobrancelha com um sorriso.

- Obrigado, pela ajuda. - ele disse e lançou uma faixa que atingiu o rosto de Esinam com um pequeno corte. - Podemos brincar agora.

Ele chutou uma lona de carneiro que estava no chão. Esinam só podia observar pasmo o desenho no chão: um círculo de invocação. Ao analisar melhor uma das vigas e depois uma das macas de aço, ele pôde notar os pequenos hieróglifos... Magia do som. Barllestra havia usado aquilo para fazer com que o Mana de Esinam fosse utilizado para a invocação, fazendo-o ditar o cântico de invocação sem perceber. Um pedaço de madeira estava no centro do círculo. Barllestra terminou o cântico. A luz iluminou enquanto o sangue dos dois pingava no solo.

Dois cavaleiros de armadura estavam ajoelhados um de frente para o outro, um deles vestindo armadura negra, o outro armadura branca.

- Eu fico com as peças pretas. - Barllestra piscou. - Sir Lancelot, Cavaleiro do Lago, erga-se pois eu sou o seu rei.

O Cavaleiro Negro se levantou com um ruído gutural. Esinam poderia jurar ter ouvido o nome "Arthur" escapolindo da boca do mesmo. Uma espada negra surgiu na mão do Cavaleiro. Ele se colocou em posição de batalha.

- Vai em frente. - Barllestra fez menção para o Cavaleiro Branco. - Ele é todo seu, Esi.

O cavaleiro branco se levantou lentamente

Lancelot? - Ele diz com uma voz calma e bela - Quem diria que o destino nos colocaria um contra o outro mais uma vez. É uma pena que você esteja num estado tão deplorável - Ele estende a mão direita e uma espada prateada longa surgiu em sua mão. - Acredito que seja meu dever como um cavaleiro da Távola o libertar de tão horrendo estado. Meu rei - Ele fala para Ensinam - Esse será meu primeiro ato sobre seu comando

Ele avança contra o servo com um golpe na horizontal da esquerda pra direita mirando no flanco de Lancelot.

Esinam mostra-se confuso a primeiro momento, mas ao entender a situação, abre um sorriso e fala ignorando a luta dos servos -Bom, se você quer jogar xadrez...- passa o polegar direito sobre o pequeno corte o curando e por fim completa -As brancas começam!- Ele corre em direção a direita mirando seu cajado no mestre inimigo -Rei para D2- Mira o cajado rapidamente para trás e solta uma explosão pulando, pegando impulso para atacar Barllestra mais de perto e chega dando uma voadora no adversário.

Devido ao horário, Numeral of the Saint se ativa, forçando Berserker of Night a aparar o golpe com as duas mãos usando um golpe vindo da direção oposta. Utilizando tanto da Benção do Lago dada por sua espada quanto a Skill Protection from the Fairies, Berserker atira Saber para trás com um empurrão da espada. Ele em seguida avança contra o mesmo, trocando a espada por nada mais anda menos que um dos cadáveres despojados no local ele ataca o Cavaleiro do Sol com o corpo morto servindo de clava, segurando o pobre defunto com ambas as mãos pela canela, ele se atira em um poderoso golpe horizontal vindo da esquerda de Saber. Barllestra enfaixa suas mãos com um veloz movimento e se coloca numa postura clássica de boxeador, um punho na altura do queixo, pernas afastadas e o segundo punho na altura da boca do estômago com o braço esquerdo em diagonal. Ele ergueu o punho esquerdo bloqueando a voadora com o antebraço, combinando a magia nas faixas com magia de reforço para absorver o impacto que causou uma grande ondulação no ar aos dois corpos entrarem em fase de impacto. Ele empurrou o pé do velho amigo com o mesmo braço, Esinam pousou de pé, Barllestra atacou rindo como um maníaco, as faixas se iluminaram com pequenos hieróglifos egípcios azuis e dourados enquanto seu punho direito voava na direção do queixo de Esinam para um direto de direita.

Com o empurrão o cavaleiro e jogado a alguns metros. Ele pousa de pé. Quando Lancelot avança contra Gawain com o corpo do defunto em mãos o cavaleiro branco se protege com sua espada usando as duas mãos e assume uma postura firme no chão. O poderoso golpe empurra Gawain um pouco para a direita quebrando um o chão sob seus pés

Meu rei - Ele fala para Ensinam - Usarei um pouco de sua energia magica... Me perdoe

Galantine e embuia em chamas enquanto o cavaleiro da um pequeno pulo para trás. Se aproveitando ainda dá pressão que Lancelot fazia, Ele gira e mira outro golpe no flanco de Lancelot

Esinam utiliza de sua ginga, colocando o a mão esquerda para frente e o pé esquerdo para trás, visando esquivar do gancho com um movimento básico de capoeira, em seguida ele leva a mão direita para frente e o pé direito para trás o firmando no chão e erguendo o pé esquerdo e aplicando um chute com o peito do pé, para afastar o adversário -Esqueceu que eu fui capoeirista?!- depois disso ele repete rápido o movimento de ginga, firma seu pé direito no chão e da chute com o lado externo do pé, só que girando seu corpo em 360 graus e grita para seu servo -Use o quanto for necessário!- Por fim ele aproveita o giro, firma as mão no chão ficando de costas para Barllestra e da um outro golpe, levando seu calcanhar esquerdo em direção a cabeça dele.

Com a explosão de chamas da espada, Saber recupera distância, Berserker olha para o corpo carbonizado em sua mão. Ele se livra do mesmo e saca sua espada novamente. Novamente Saber avança em um golpe horizontal, desta vez com a espada em chamas, no entanto Berserker bloqueia o golpe com um corte de baixo para cima, visando em seguida atingir o flanco esquerdo do Cavaleiro com um golpe horizontal, segurando a espada com ambas as mãos. Enquanto isso Esinam teve sucesso em desviar do primeiro soco, o chute para abrir espaço é parado pela palma da mão esquerda de Barllestra, que o empurra para trás abrindo espaço entre os dois. Quando o segundo chute veio em sua direção, Barllestra bloqueou com o ante-braço esquerdo em um giro, ao finalizar o movimento espiralado, o cotovelo do italiano colidiu com a coxa da perna do mago africano, bem no colo do fêmur, um estalo seco se seguiu enquanto a perna inutilizada voltava para trás em um balançar exótico e mórbido, equilíbrio prejudicado. Fêmur quebrado ao meio.

Quando seu ataque foi desviado com o golpe de baixo para cima de Lancelot. Galantine foi jogada para o alto, Acima dos dois mais ainda nas mãos de Gawain. O próximo ateque de Lancelot seria um golpe no flanco de Saber, Ele pode ver isso quando Lancelot se preparou para o ataque. Nessa posição seria difícil se defender. Então Gawain resolveu receber o golpe e confiar que o Bercilak's Belt iria curar a ferida. Assim ele segura Galantine com as duas mãos e tenta dar um golpe de cima para baixo com toda força na cabeça de Lancelot. Torcendo para o golpe chegar antes do de Berserker

Esinam tomba para direita levando sua mão esquerda em direção ao chão, para amortecer a queda, ele ergue seu rosto em direção a seu adversário e começa a buscar seu rancor para aplicar uma explosão no seu máximo: Lembrou-se das chicotadas em praça publica; Lembrou-se de trabalhar até não aguentar mais e ainda apanhar por não conseguir continuar; Lembrou-se de sua família e da voz de seu filho quando foram separados, a criança gritando desesperada. Ignorando a dor ele ergue seu cajado com a mão direita em direção de Barllestra e diz:-Hye Okraman, HYE!!!- E solta uma explosão.

Berserker percebeu o movimento de Saber, com um movimento veloz ele desviou o trajeto da espada e a emsma colidiu contra a lâmina do Cavaleiro do Sol, puxando-a do alto para baixo, a lâmina apontada para o chão. Berserker deitou a lâmina de sua espada e a mesma subiu velozmente na direção da garganta de Saber, mais rápido do que ele poderia desvenciliar sua própria arma para se defender, dando esquiva a única saída uma evasiva...

- Berserker, vamos embora. - Barllestra disse, ele segurava a ponta do cajado com a mão esquerda enfaixada, fumaça saía dela, mas as faixas e o membro estavam intactos. Ele soltou o cajado e se virou, faixas envolveram o resto de seu corpo enquanto ele caminhava.

A espada de Berserker parou a centímetros da garganta do outro cavaleiro, ele olhou para o lado, afastou-se de seu oponente e se desfez em partículas negras. Em alguns segundos as faixas haviam caído no chão, vazias.

Esinam se senta, tremendo ele coloca a mão direita sobra a parte quebrada da perna, larga o cajado e leva a mão esquerda até o bolso, sacando um frasco com o rotulo escrito "Seditol", tira uma capsula de dentro e engole seco, depois leva a mão até a cabeça a massageando. Estava pensando em como prosseguir depois disso tudo, ele olha para seu servo e diz com seriedade: -Hey, o que esta esperando, me ajude, temos que sair daqui o quanto antes- O homem volta seu foco para a faixa. Talvez,mas só talvez, fosse uma má ideia ter ido seco atrás de Barllestra desse jeito, quem diria que o desgraçado também teria seus truques...

P-Perdoe-me meu rei - Gawain se aproxima de Esinam e  se ajoelha próximo a ele - Eu lhe juro pela minha vida que eu jamais falharei denovo. O que o senhor deseja que eu faça, Farei tudo o que me ordenar

O homem olha Gawain de joelhos em sua frente, para ele era como se seu servo estivesse se humilhando diante de sua presença, inicialmente sentiu raiva, mas então recordou-se de que se tratava da cultura dele. Esinam suspira, olha para o cavaleiro e diz ainda serio: - Não se sinta tão culpado, você foi pego desprevenido e ainda tínhamos desvantagem territórial, eu não esperava que Barllestra fosse te invocar para mim, era para ser algo fácil, pegá-lo desprevenido. Agora chega de conversa, ande logo, me ajude a levantar, vamos sair daqui logo- Ele pega a faixa no chão e coloca no bolso e em seguida pega o cajado.

O cavaleiro branco ajuda Esinam a lavantar e joga o braço do mesmo por trás de seu pescoço o ajudando a andar

Meu Rei, Não seria melhor cuidarmos de vosso ferimento primeiro. O senhor pode acabar piorando se permanecer nesse estado.

Essa derrota corroia Gawain por dentro. Ele ainda se culpava pelos acontecimentos da Batalha de Camlann. Agora que o destino lhe dera outra chance suas ações quase levaram a morte de seu novo "Rei". Era como um Deja Vu

- Na-Não se preocupe com isso agora, cuidarei disso quando chegarmos no hotel, eu terei que trocar a perna ou quem sabe abrir na área que ouve a fratura e usar o meu Sorcery Trait, se bem que eu não sei se vai funcionar. Eu só não quero ter que ir ao hospital, eles vão querer engessar e isso ira me transformar em um alvo fácil caso... correção: quando entrarmos em combate. O ultimo recurso é a troca de corpo, mas ir no hospital esta fora de questão, se almenos fosse o braço envés da perna... - Esinam vai falando enquanto Gawain o ajuda a andar.

- De qualquer maneira, não precisa me chamar de "Rei", Esinam ou mestre já é o bastante...-