Ele jogou água em seu rosto outra vez. Estava sem camisa, o quarto estava escuro. Uma prostituta adormecida murmurava algo, uma maga aleatória que ele havia seduzido na noite anterior. Ele não estava mais tão convicto de fora uma boa ideia agora que o prazer já se fora. O Mestre pediu para que ele fosse na frente, em seu próprio vagão, privacidade e tal. Talvez quem sabe querendo manter segredinhos dele? Ele não sabia. Ele estava parado, mãos apoiadas na pia do banheiro, olhos escarlates encarando o reflexo no espelho agora rachado após um soco. Ele já havia perdido a conta de quantas vezes jogara água no próprio rosto naquela manhã. Ele olhou para o quarto. A mulher estava prestes a acordar, ele podia ver. Simplesmente se vestiu, deixando umas vinte notas de mil na cômoda do quarto e saiu para aventurar-se pelo trem. Era um trem mágico pelo que ele ouvira, um trem que viajava nas nuvens construído por magos a um tempo atrás. E ele era um passageiro.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
As suas mãos tremiam levemente enquanto o loiro se encarava no espelho partido, com o vidro fragmentado devolvendo imagens multiplicadas de sua face. Ele estava sem camisa, a noite fora quente e o loiro estava... ocupado demais... para se manter vestido. A maga que seduzira no jantar da véspera com algumas poucas palavras suaves e um pagamento generoso (para os padrões dela... Para ele isso mal eram poucos trocados), e voilá! A magia estava feita. Em geral ele não gostava de sair com prostitutas. Mesmo em seus anos mais... libertinos... Isso era um sinal de corrupção e fraqueza, algo que ele não se permitia. E prostitutas o lembravam daquela deusa inútil e execrável. Os seus dedos se enterram no mármore da pia como se fosse massa de modelar. Calma... A pia não tinha culpa... Desta vez.
Em geral, qualquer mulher deveria sequer se sentir honrada de dividir o leito com ele. Isso era um pagamento maior do que qualquer coisa que elas já obteriam em vida! Porém, as memórias recentes eram pesadas demais e ele se pegou apelando a um recurso deplorável para tentar lembrar a si mesmo de quem era. Não que a noite tenha sido desagradável, muito pelo contrário, esta era particularmente habilidosa, com seus cabelos ruivos longos e olhos verdes, como um casal de esmeraldas reluzindo em meio ao fogo. Archer inspirou fundo enquanto lavava o rosto pela enésima vez, forçando-se a silenciar todas as vozes em sua mente. Ele precisava de seu melhor amigo nessas horas, porém infelizmente não podia contar com ele desde aquele maldito dia... Maldito dia... Maldita deusa...
Mais uma vez, ele se forçou a se acalmar. O Espírito Heroico vestiu-se e deixou várias notas... Não importavam o valor ou o número, o que quer que fosse era uma mixaria para ele e o ganho de dois ou três meses para ela. Ele não precisava se virar para saber que ela estava fazendo todos os movimentos mínimos de quem ia acordar a qualquer momento. O acordo fora claro: Ele sumiria antes dela acordar. Por mais que em outros tempos ele a tivesse expulsado depois de... saciar-se... Desta vez faltava-lhe a energia e o ânimo para tal. Com um suspiro profundo, ele se vestiu e saiu do quarto, indo aventurar-se pelo trem.
Aparentemente era mágico, viajando pelas nuvens. Interessante, mas nada que ele não possuísse... Nem que fosse um rascunho ou protótipo. Archer andava distraidamente pelo trem antes de chegar ao vagão-restaurante, onde se sentou numa mesa qualquer, ficando sozinho com seus pensamentos, desejando poder fuzilar pessoalmente cada voz que ouvia naquele momento dentro de sua cabeça.
Em geral, qualquer mulher deveria sequer se sentir honrada de dividir o leito com ele. Isso era um pagamento maior do que qualquer coisa que elas já obteriam em vida! Porém, as memórias recentes eram pesadas demais e ele se pegou apelando a um recurso deplorável para tentar lembrar a si mesmo de quem era. Não que a noite tenha sido desagradável, muito pelo contrário, esta era particularmente habilidosa, com seus cabelos ruivos longos e olhos verdes, como um casal de esmeraldas reluzindo em meio ao fogo. Archer inspirou fundo enquanto lavava o rosto pela enésima vez, forçando-se a silenciar todas as vozes em sua mente. Ele precisava de seu melhor amigo nessas horas, porém infelizmente não podia contar com ele desde aquele maldito dia... Maldito dia... Maldita deusa...
Mais uma vez, ele se forçou a se acalmar. O Espírito Heroico vestiu-se e deixou várias notas... Não importavam o valor ou o número, o que quer que fosse era uma mixaria para ele e o ganho de dois ou três meses para ela. Ele não precisava se virar para saber que ela estava fazendo todos os movimentos mínimos de quem ia acordar a qualquer momento. O acordo fora claro: Ele sumiria antes dela acordar. Por mais que em outros tempos ele a tivesse expulsado depois de... saciar-se... Desta vez faltava-lhe a energia e o ânimo para tal. Com um suspiro profundo, ele se vestiu e saiu do quarto, indo aventurar-se pelo trem.
Aparentemente era mágico, viajando pelas nuvens. Interessante, mas nada que ele não possuísse... Nem que fosse um rascunho ou protótipo. Archer andava distraidamente pelo trem antes de chegar ao vagão-restaurante, onde se sentou numa mesa qualquer, ficando sozinho com seus pensamentos, desejando poder fuzilar pessoalmente cada voz que ouvia naquele momento dentro de sua cabeça.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
- Gostaria de alguma coisa, senhor? - a voz ressoou novamente em sua mente. - Senhor? O senhor está bem?
Era uma jovem com aparentemente uns dezenove anos, não mais que isso, seus cabelos brancos estavam presos em um coque e ela estava vestida com o traje típico de um garçom ou bartender. O traje masculino, ele notou. O que parecia estranho já que as outras empregadas estavam todas usando o uniforme feminino. Bem, o que ele poderia dizer sobre isso, não é mesmo? O semblante da garota parecia irritado com o silêncio que se demorava. Pelo jeito ela estava perguntando se ele queria algo fazia um bom tempo... Na verdade, se ele não respondesse, tinha a impressão de que ela voaria em seu pescoço no segundo seguinte... Ou sei lá, chamaria um médico pra ver se ele estava bem? Ela não parecia tão calma pra isso.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
- Hm? - ele pergunta saindo de seu longo devaneio. Seus olhos escarlates registraram a presença da garçonete... Alta, com longos cabelos brancos, olhos vermelhos, pele pálida como a neve e um lindo corpo curvilíneo... A garçonete era absurdamente atraente e ele, tão certo quanto odiava os deuses do âmago de seu ser, certamente tentaria seduzí-la... Se as circunstâncias fossem outras.
- Ah sim... Traga-me um whisky. O melhor da casa. Não importa o preço... - Archer diz parecendo mais amargo do que imaginara a princípio... Por mais que pudesse levar o estilo de vida que desejasse com a sua imensa fortuna (que só aumentava a cada dia, graças à sua Golden Rule de rank altíssimo), ele preferia indulgir nos víveres contidos em sua sala do tesouro... Os melhores de todos, seja para deus, homem, demônio ou qualquer outra coisa que possa aproveitar uma boa garrafa e um bom banquete. O Espírito Heroico, no entanto, não coseguia fazê-lo depois que... Bem... Esquece. Não fazia sentido chafurdar nesse poço de lama.
Ele corre os dedos pelos seus cabelos dourados, sentindo mais uma vez a falta de Enkidu. Archer precisava de seu melhor e único amigo para conversar, pois apenas Enkidu o entendia realmente, por mais que a sensação atual, uma raiva quente e poderosa, incapaz de guiar-se para algum outro alvo que não a sua própria impotência. O Rei Dourado solta um muxoxo de desgosto. Logo ele que jurara a si mesmo nunca mais sentir-se da mesma forma desde a batalha contra aquele touro maldito... Puah!
No fim ele não mudara. Ainda era o mesmo semideus estúpido e arrogante que matou uma Besta Fantasmal... Mas não foi capaz de salvar nem a si, nem a seu único amigo.
- Ah sim... Traga-me um whisky. O melhor da casa. Não importa o preço... - Archer diz parecendo mais amargo do que imaginara a princípio... Por mais que pudesse levar o estilo de vida que desejasse com a sua imensa fortuna (que só aumentava a cada dia, graças à sua Golden Rule de rank altíssimo), ele preferia indulgir nos víveres contidos em sua sala do tesouro... Os melhores de todos, seja para deus, homem, demônio ou qualquer outra coisa que possa aproveitar uma boa garrafa e um bom banquete. O Espírito Heroico, no entanto, não coseguia fazê-lo depois que... Bem... Esquece. Não fazia sentido chafurdar nesse poço de lama.
Ele corre os dedos pelos seus cabelos dourados, sentindo mais uma vez a falta de Enkidu. Archer precisava de seu melhor e único amigo para conversar, pois apenas Enkidu o entendia realmente, por mais que a sensação atual, uma raiva quente e poderosa, incapaz de guiar-se para algum outro alvo que não a sua própria impotência. O Rei Dourado solta um muxoxo de desgosto. Logo ele que jurara a si mesmo nunca mais sentir-se da mesma forma desde a batalha contra aquele touro maldito... Puah!
No fim ele não mudara. Ainda era o mesmo semideus estúpido e arrogante que matou uma Besta Fantasmal... Mas não foi capaz de salvar nem a si, nem a seu único amigo.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
A garçonete pareceu em choque quado ele abriu a boca.
- Ah, você não é surdo... Hum... Desculpe? - ela parecia não saber o que dizer, então só saiu e foi buscar o pedido.
Não era como se ele tivesse percebido a confusão da garota, provavelmente ele não havia se quer ouvido ela gritando. De qualquer forma, ela parou alguns minutos para conversar com o próprio patrão, um sujeito vestido em roupas suntuosas japonesas, com a franja dos longos cabelos verdes cobrindo o olho direito. Ele cantarolava alegremente enquanto organizava os copos e garrafas do barsuit próximo
- Que cara mais esquisito... - ela comentou com o homem.
- Esquisito ou não, lembre-se de ser educada com os clientes. - o homem disse. - Estamos quase chegando, temos que garantir que não, você sabe, explodam o trem.
Ela assentiu.
- Certo, certo. Melhor da casa pro loirão. - ela disse apontando para Archer por cima do ombro, o homem de cabelos verdes imediatamente sacou um copo e uma garrafa do melhor whisky da casa. - Até mais tarde, Mestre, fica de olho nos passageiros, em?
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
Ele ergueu uma sobrancelha para a garçonete com a confusão inesperada e estranha dela, mas não disse nada. A garota parecia meio perturbada com a reação dele, mas também Archer provavelmente recuara tanto para dentro da própria mente que provavelmente não a escutara e mesmo sua Clairvoyance não lhe dera sinais de que ela estava ali... Um descuido. Ele precisaria tomar mais cuidado. Era esse tipo de coisa que acabava por custar a vida em uma batalha.
Quando a bebida estava servida, o Espírito Heroico pegou o copo e bebeu o seu conteúdo em um gole. Era de fato excelente, mas nada que se igualasse ao que ele tinha. Provavelmente havia um limite do quão bom as bebidas e comidas modernas poderiam ser, coisa que não parecia existir na Era dos Deuses. Mas sim, apesar dos apesares, aquele whisky era de excelente qualidade. Por mais que normalmente ele agiria como uma criança estúpida, infantil e arrogante, dizendo que a bebida era da pior qualidade, exigindo algo melhor e basicamente dando o piti clássico de pessoas ricas que estabeleciam padrões ridículos e irreais para algo não só por estabelecer, mas apenas porque podiam fazer as regras, uma vez que eles tinham o verdadeiro poder nas mãos... O dinheiro. Não fossem os acontecimentos recentes, ele agiria bem dessa forma. Porém...
- Esse whisky é ótimo. - ele elogiou o whisky olhando para o copo em suas mãos, parecendo taciturno e pensativo. [b]- Eu gostaria de mais.
Quando a bebida estava servida, o Espírito Heroico pegou o copo e bebeu o seu conteúdo em um gole. Era de fato excelente, mas nada que se igualasse ao que ele tinha. Provavelmente havia um limite do quão bom as bebidas e comidas modernas poderiam ser, coisa que não parecia existir na Era dos Deuses. Mas sim, apesar dos apesares, aquele whisky era de excelente qualidade. Por mais que normalmente ele agiria como uma criança estúpida, infantil e arrogante, dizendo que a bebida era da pior qualidade, exigindo algo melhor e basicamente dando o piti clássico de pessoas ricas que estabeleciam padrões ridículos e irreais para algo não só por estabelecer, mas apenas porque podiam fazer as regras, uma vez que eles tinham o verdadeiro poder nas mãos... O dinheiro. Não fossem os acontecimentos recentes, ele agiria bem dessa forma. Porém...
- Esse whisky é ótimo. - ele elogiou o whisky olhando para o copo em suas mãos, parecendo taciturno e pensativo. [b]- Eu gostaria de mais.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
A garota estava dormindo com o rosto apoiado no punho direito na mesa dele, pelo jeito era a única mesa ainda sendo servida, e ela havia cansado de esperar. Ela acordou saltando quando o copo bateu contra a mesa.
- Ah... - ela bocejou e se espreguiçou. - Mestre, desce mais uma pro loirão! Digo... Chefe, desce mais uma pro loirão!
Pelo jeito observar pessoas bebendo era uma atividade extremamente cansativa.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
Quando a segunda dose é servida, o Rei dos Heróis a bebe novamente em um gole. O álcool não tinha efeito real algum sobre ele na realidade, a menos que ele desejasse ficar bêbado. Isso era uma cortesia do Graal para os Espíritos Heroicos: em vários sentidos, eles não precisavam comer, beber ou dormir de fato, mas seus corpos apreciavam esses mimos e ter que fazer todas essas atividades ajudavam o rei de Uruk a se concentrar em outras coisas... Outros problemas. Mas não esta noite. Por mais que ele não se sentisse em sua melhor condição, Archer não pretendia ficar bêbado essa noite, quando ele já o fizera nas duas anteriores. É como dizem: uma vez é acidente, duas é descuido, três um padrão. O Rei dos Heróis não ia estabelecer um padrão de se afogar em álcool esperando que seus problemas meramente desaparecessem.
- Tem uma previsão quando vamos chegar? - Archer pergunta à garçonete, erguendo levemente uma sobrancelha - Quero saber para o caso de precisar me preparar. - ele conclui, ainda parecendo profundamente pensativo.
- Tem uma previsão quando vamos chegar? - Archer pergunta à garçonete, erguendo levemente uma sobrancelha - Quero saber para o caso de precisar me preparar. - ele conclui, ainda parecendo profundamente pensativo.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
A garota havia adormecido novamente. Desta vez ela estava com a cabeça deitada de lado nos braços cruzados em cima da mesa, a boca aberta com um pequeno fio quase imperceptível de saliva escorrendo. Pelo jeito ele estava demorando MUITO pra beber.
- Acho que falta uma meia hora. - o barman e chefe da estranha garçonete dorminhoca disse, antes de olhar pra um relógio em cima da porta e confirmar com a cabeça. - É... Trinta e cinco minutos.
Ele voltou a limpar um copo qualquer.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
- Obrigado pela informação - Archer agradece antes de se levantar deixando um bolo de notas em cima da mesa. Provavelmente devia ter uns 100 ou 200 mil ali, ele não sabia e não se importava em contar. A garrafa certamente não valia tanto, mas o dono do bar poderia considerar o resto como uma generosa gorjeta. Ele se levantou e saiu, com o estômago agitando-se pelo fato dele ter ingerido álcool tão cedo sem ter comido nada. O rei de Uruk ignorou a sensação.
Num vagão vazio de primeira classe, ele se sentou num lugar perto da janela e tomou o cuidado de verificar se estava de fato sozinho. Com a sua Clairvoyance no nível em que estava, isso certamente não ia levar mais que uma mera fração de segundo.
Num vagão vazio de primeira classe, ele se sentou num lugar perto da janela e tomou o cuidado de verificar se estava de fato sozinho. Com a sua Clairvoyance no nível em que estava, isso certamente não ia levar mais que uma mera fração de segundo.
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- Mensagem nº11
Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
- Muito obrigado, tenha um bom dia. - o barman disse sem perder o sorriso simpático de sempre.
A garota o observou sair do vagão-restaurante com um olhar nuveado pelo sono após acordar com o som da cadeira do cliente sendo afastada no chão. Poucos segundos depois, o barman fez um gesto com a cabeça para ela. Ela sorriu e o ignorou balançando a cabeça com uma expressão desadvertente, sugerindo-a que não deveria fazer o que estava pensando em fazer. Mas ela fez. Archer se sentou. Respirou fundo. E seus olhos vermelhos se iluminaram como holofotes, enquanto ele observava a garota parada ao lado de sua porta, como se o esperasse sair do quarto, ou talvez esperasse para entrar.
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- Mensagem nº12
Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
Aquilo era... Peculiar. Archer cerra levemente os olhos antes de ir até a porta e abrí-la, colocando o corpo de lado para que a garota ao lado dela pudesse entrar de vez. Isso poderia ser ofensivo, mas ele se sentia amargo demais para importar-se e fazer o que teria feito normalmente: destruir o trem num ataque de infantilidade e entrar numa batalha completamente desnecessária.
- Posso ajudar? - ele pergunta com os olhos estreitados, ainda escaneando seus arredores usando a sua clarividência mas com os seus orbes escarlates fixos nos da garota, com o tom de voz natural e compreensivelmente desconfiado.
- Posso ajudar? - ele pergunta com os olhos estreitados, ainda escaneando seus arredores usando a sua clarividência mas com os seus orbes escarlates fixos nos da garota, com o tom de voz natural e compreensivelmente desconfiado.
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- Mensagem nº13
Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
Ela arregalou os olhos sem desgrudar da parede quando a porta abriu. Ela o encarou por alguns segundos. Como se calculasse o que pretendia fazer. Ou talvez como se estivesse processando o que estava acontecendo. Por fim entrou no quarto com uma mão no queixo. Olhos vermelhos brilhantes... Dinheiro... Sabia que ela estava na porta.
- Aha! - ela disse levantando um dedo como se tivesse descoberto a cura para o câncer.
Um soco atingiu o rosto do Rei dos Heróis como se algumas toneladas de chumbo tivessem colidido com seu rosto, quando ele acertou a parede de metal do vagão, o trem inteiro tremeu. Ela estava parada, se alongando, se preparando para uma luta. Um sorriso no rosto conforme ela o observava caído no chão.
- Você é um Espírito Heroico! - ela disse com uma risada despreocupada como se não tivesse acabado de socar o rosto de um Servo inocente que não havia lhe feito mal algum. - E obviamente é um... Um... Um...
Ela parou pra pensar.
- ASSASSIN! - ela chegou a dedução batendo um punho fechado contra a palma aberta da outra mão. - É! Um Assassin! Sem sombra de dúvida!
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- Mensagem nº14
Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
O soco fora mais doloroso que o resto do seu orgulho poderia se atrever a admitir. Com o corpo voando para trás impulsionado como se o rosto do Rei dos Heróis houvesse acabado de ser atropelado por um trem de carga até seu corpo colodir dolorosamente contra a parede, num impacto que fizera o trem inteiro tremer.
- Tsc! - ele exclama enquanto se levanta devagar do chão, sentindo o corpo protestar mesmo com as partes da armadura dourada que usava por baixo das roupas... Nomeadamente as grevas e protetor genital. Porém isso protegera apenas a parte inferior de seu corpo, e seu tórax protegido apenas por uma camisa de linho branco e um casaco que custava mais que o PIB de alguns países soberanos. O Rei dos Heróis resmungava para si mesmo enquanto se erguia, colocando as ombreiras de sua armadura dourada da melhor forma que podia ainda por baixo das roupas. A conclusão dela o fez erguer uma sobracelha, confuso. Assassin? Talvez ela estivesse sob efeito de Madness Enhancement. Era o mais provável. Seria ela uma Berserker? Possivelmente. Por mais que Madness Enhancement não fosse uma skill apenas de Berserkers... Era perfeitamente possível que um servo de uma determinada classe tivesse como skill pessoal uma skill de classe de uma outra completamente distinta. Por exemplo, um Saber com Madness Enhancement EX, por mais que isso fosse um exemplo um tanto quanto irrealista e estapafúrdio. Porém, O Rei de Uruk planejava aproveitar isso.
- Você tem certeza? - ele ergue uma sobrancelha enquanto estava de pé, olhando a garota e se preparando para um combate direto. O fato dele não ver armas não queria dizer que ela não as tivesse. Céus, ele tirava as armas dele praticamente do nada! - Assassin você diz? - ele sorri, divertido. A ideia realmente era engraçada. Como seria se ele fosse invocado nessa classe tão singular...? - Tome cuidado senhorita. Por mais que eu não queria lutar, eu não vou hesitar em me defender. Afinal, eu também tenho meus truques... - ele encerra, assumindo uma posição de combate.
- Tsc! - ele exclama enquanto se levanta devagar do chão, sentindo o corpo protestar mesmo com as partes da armadura dourada que usava por baixo das roupas... Nomeadamente as grevas e protetor genital. Porém isso protegera apenas a parte inferior de seu corpo, e seu tórax protegido apenas por uma camisa de linho branco e um casaco que custava mais que o PIB de alguns países soberanos. O Rei dos Heróis resmungava para si mesmo enquanto se erguia, colocando as ombreiras de sua armadura dourada da melhor forma que podia ainda por baixo das roupas. A conclusão dela o fez erguer uma sobracelha, confuso. Assassin? Talvez ela estivesse sob efeito de Madness Enhancement. Era o mais provável. Seria ela uma Berserker? Possivelmente. Por mais que Madness Enhancement não fosse uma skill apenas de Berserkers... Era perfeitamente possível que um servo de uma determinada classe tivesse como skill pessoal uma skill de classe de uma outra completamente distinta. Por exemplo, um Saber com Madness Enhancement EX, por mais que isso fosse um exemplo um tanto quanto irrealista e estapafúrdio. Porém, O Rei de Uruk planejava aproveitar isso.
- Você tem certeza? - ele ergue uma sobrancelha enquanto estava de pé, olhando a garota e se preparando para um combate direto. O fato dele não ver armas não queria dizer que ela não as tivesse. Céus, ele tirava as armas dele praticamente do nada! - Assassin você diz? - ele sorri, divertido. A ideia realmente era engraçada. Como seria se ele fosse invocado nessa classe tão singular...? - Tome cuidado senhorita. Por mais que eu não queria lutar, eu não vou hesitar em me defender. Afinal, eu também tenho meus truques... - ele encerra, assumindo uma posição de combate.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
Ela sorriu, partículas azuis a circundaram enquanto sua vestimenta mudava e ela ligeiramente assumia o que deveria ser seus trajes normais como Serva. Uma longa Katana em cada mão, olhos firmemente focados nele, ambos brilhantes, da cor de um par de diamantes. A garota avançou sem dar tempo para que ele reagisse. Ele notou que ela estava no mesmo Rank de Agilidade que ele. Ela segurou as duas espadas ao lado do corpo comas lâminas para baixo e atacou girando-as velozmente e erguendo os braços, um golpe duplo vindo de cima. Tanto um bloqueio quanto uma ofensiva.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
Partículas douradas envolvem o Rei dos Heróis enquanto suas roupas eram substituídas pela armadura em estilo mesopotâmico, com as duas gigantescas espadas em suas costas, com o peso familiar o deixando sentir-se levemente melhor.
Com a agilidade de ambos estando no mesmo patamar e com a sua inimiga possuindo a agudeza de um machado cego, Gilgamesh instintivamente abriu dois portais atrás de si, disparando duas armas de pronto: Harpe e Vajra. Ela ia desviar ou defletir, naturalmente, mas isso criaria um lapso mínimo de tempo que Archer pretendia explorar criando espaço. O estilo de batalha dele se baseava em sobrepujar o oponente com seu poder de fogo infinito, usando espaço e tempo para sua vantagem. A ideia era que a explosão elétrica desse a ele mais tempo com a breve confusão dela a fim de que o Espírito Heroico pudesse continuar abrindo portais e atacando, sempre aumentando a sua vantagem em um loop que se retroalimentava de forma virtualmente infinita.
Com a agilidade de ambos estando no mesmo patamar e com a sua inimiga possuindo a agudeza de um machado cego, Gilgamesh instintivamente abriu dois portais atrás de si, disparando duas armas de pronto: Harpe e Vajra. Ela ia desviar ou defletir, naturalmente, mas isso criaria um lapso mínimo de tempo que Archer pretendia explorar criando espaço. O estilo de batalha dele se baseava em sobrepujar o oponente com seu poder de fogo infinito, usando espaço e tempo para sua vantagem. A ideia era que a explosão elétrica desse a ele mais tempo com a breve confusão dela a fim de que o Espírito Heroico pudesse continuar abrindo portais e atacando, sempre aumentando a sua vantagem em um loop que se retroalimentava de forma virtualmente infinita.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
A única vantagem de Gilgamesh foi tê-la pego de surpresa... Mas aquilo não foi de muita ajuda. Ela instintivamente mudou de tática, deitando as espadas e cruzando-as rente ao chão, em seguida descruzando os braços e as lâminas, de forma a criar um X no ar. A explosão de Vajra é claro a atirou um pouco para trás. Ao olhar para baixo, Gilgamesh veria a cruz de sangue em seu peito, um X vermelho criado pelo golpe dela, mesmo que ele se quer tenha sentido o toque das espadas. Ela estava a alguns poucos metros dele, os olhos de diamante focados nos dele através da fumaça, o sorriso cofiante... Ela não estava nem um pouco atordoada. E ela avançou velozmente contra ele, ambas as espadas em um golpe horizontal vindo da direita. O espaço pequeno e o fato de Gilgamesh estar literalmente com as costas na parede não ajudava, o trem havia tremido com a explosão. A fumaça parecia não impedir o avanço da oponente.
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- Mensagem nº18
Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
O Rei dos Heróis sentiu a fincada contra o peito e o X vermelho em sua carne. Mas as espadas sequer o tocaram... Algum tipo de reversão de casualidade? Pode ser. Se ela usasse isso, ele estaria acabado. E Gilgamesh não ia permitir isso. Ele não ia se deixar matar de forma tão estúpida contra uma espadachim que fora reprovada no exame de QI!
O semideus invoca dois portais à sua direita, cada um liberando uma lança que formam um X ao lado dele enquanto Gilgamesh sacava as Enki em suas costas, para pelo menos poder lutar de forma mais adequada. Com as lanças ao menos atrasando o ataque por uma fração de segundo que fosse, ele colocaria Enki para bloquear o ataque de fato usaria a Clairvoyance para antecipar o próximo passo da samurai e então se preparar. Ele não precisava ser mais forte, rápido ou resistente para vencer... Bastava ser mais inteligente.
O semideus invoca dois portais à sua direita, cada um liberando uma lança que formam um X ao lado dele enquanto Gilgamesh sacava as Enki em suas costas, para pelo menos poder lutar de forma mais adequada. Com as lanças ao menos atrasando o ataque por uma fração de segundo que fosse, ele colocaria Enki para bloquear o ataque de fato usaria a Clairvoyance para antecipar o próximo passo da samurai e então se preparar. Ele não precisava ser mais forte, rápido ou resistente para vencer... Bastava ser mais inteligente.
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Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
O golpe colidiu com as lanças, mas o corte surgiu imediatamente, duas linhas suaves e proporcionais no braço direito de Gilgamesh. O Rei dos Heróis consegue prever o próximo movimento dela: um giro e em seguida um ataque com o cotovelo visando o queixo dele com a espada da mão direita rumando na direção do lado esquerdo do abdômen. Ele consegue defender com a Clairvoyance, mas logo em seguida o pé da garota atinge seu queixo, atirando-o para o alto e fazendo-o atravessar o teto de ferro. Ela salta atrás dele pelo buraco no teto, posicionando-se em cima do vagão para uma luta clássica em trem em movimento... Só que dessa vez era a dez mil pés de altura, acima das nuvens.
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- Mensagem nº20
Re: [Dia 0] Journey to the North: Champions.
Gilgamesh praguejou mentalmente. Os golpes foram dolorosos, mas por sorte ele aguentou tudo razoavelmente bem até. O cenário era desvantajoso para ele, mas a raiva teria subido à sua cabeça enquanto ele lutaria mesmo assim, com todas as desvantagens e com uma arrogância tão grande que poderia usá-la como arma. Se as circunstâncias envolvendo ele fossem outras.
Isso fora uma lição importante para ele: Essa não era uma batalha que ele poderia vencer... Não agora ao menos. Por isso Archer simplesmente deu um pequeno sorriso provocativo enquanto recuava de costas, devagar, para a borda do vagão.
- Eu temo que deva descer agora - ele diz de forma provocativa para a samurai - Infelizmente minha estação é essa... E não posso desfrutar de sua violenta presença. Portanto... - ele faz uma reverência irônica - [b]Até mais.
Nisso o Rei dos Heróis dá um impulso para trás e se joga do trem, sentindo uma grande e avassaladora sensação de liberdade tomar conta do seu ser ao ponto onde ele não conteve uma alta gargalhada que saiu da sua garganta.
A samurai o veria desaparecer no mar de nuvens abaixo. Morto? Quem sabe. Ele, por sua vez, não podia conter o sorriso em seus lábios enquanto, a bordo de Vimana, rumava a toda velocidade. Destino: Pólo Norte.
Isso fora uma lição importante para ele: Essa não era uma batalha que ele poderia vencer... Não agora ao menos. Por isso Archer simplesmente deu um pequeno sorriso provocativo enquanto recuava de costas, devagar, para a borda do vagão.
- Eu temo que deva descer agora - ele diz de forma provocativa para a samurai - Infelizmente minha estação é essa... E não posso desfrutar de sua violenta presença. Portanto... - ele faz uma reverência irônica - [b]Até mais.
Nisso o Rei dos Heróis dá um impulso para trás e se joga do trem, sentindo uma grande e avassaladora sensação de liberdade tomar conta do seu ser ao ponto onde ele não conteve uma alta gargalhada que saiu da sua garganta.
A samurai o veria desaparecer no mar de nuvens abaixo. Morto? Quem sabe. Ele, por sua vez, não podia conter o sorriso em seus lábios enquanto, a bordo de Vimana, rumava a toda velocidade. Destino: Pólo Norte.