Coincidências & Conhecidos
Você é uma criança do Universo,
não menos que as árvores e as estrelas;
você tem o direito de estar aqui.
E se é claro ou não para você,
sem dúvida o Universo está se desdobrando como deveria.
não menos que as árvores e as estrelas;
você tem o direito de estar aqui.
E se é claro ou não para você,
sem dúvida o Universo está se desdobrando como deveria.
A Tellurian é a reunião de todos os aspectos da realidade, o que é comum à humanidade e as camadas da Umbra e do Sonhar.
Tudo existe e acontece por um motivo, sorte e azar são apenas ilusões, coincidência de eventos que formam uma orquestra em total sincronia que poucos conseguem enxergar além do âmbito mais superficial. Os magos são uma das poucas exceções capaz desta proeza, com a devida instrução, mas compreendo apenas parte da melodia do Universo. Afinal a ignorância é uma benção, entretanto às vezes é preferível a maldição que a sabedoria implica.
Amsterdam, 20 de maio de 1940, residência de Markus van de Vlammen.
Markus girava o miolo da fechadura com a chave, mas a porta se negava a abrir, por mais que ele fizesse força puxando pela maçaneta. Era como se estivesse lacrada magicamente, algo estava acontecendo dentro da sua própria casa e sua entrada era impedida. Nenhum som podia ser ouvido, o ritual que havia feito no porão para esconder a presença das meninas havia sido um sucesso, mas agora não sabia ao certo se regojizava ou se arrependia do feito.
Alguns segundos se passavam, enquanto o mago raciocinava o que fazer sem comprometer a integridade do que estivesse acontecendo no local. A madeira da porta estalava, era o som que Markus aguardava, um sinal que poderia entrar. Seus passos eram apreensivos, seguindo a presença mágika até o porão, era difícil de descrever, mesmo como um e Iniciado na Esfera do Primórdio, mas era como se tudo estivesse impregnado de energia primordial, a matéria-prima que moldou o próprio Universo.
Ao descer as escadas podia ver as meninas inconscientes no chão, Aliza e Eliora Faeth, as filhas do seu antigo amigo de Rotterdam. O zumbido e a própria energia mágika começavam a diminuir, como alguém que observa a calmaria do mar após a tempestade, sem acreditar nas ondas formadas em seu ápice.
Seus livros estavam espalhados pelo chão, mas um em questão saltava os olhos, o que a jovem Eliora estava segurando em mãos. Era um antigo grimório celta, que nunca havia sequer conseguido abrir para analisar o conteúdo, continha uma proteção antiga e poderosa que impedia sua abertura, que infelizmente não havia conseguido dissipar e por isso fora deixado de lado, para um projeto futuro.
O corpo de ambas espasmavam conjuntamente, como se os espíritos houvessem retornado aos corpos após um passeio. As garotas abriam os olhos e respiravam profundamente.