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Era noite, clima ameno. As pernas começavam a arder. Um passo após o outro, sem um destino fixo, sem pressa, sem... razão. Um rosto desanimado, afogando o desespero em uma expressão de entrega ao subconsciente, uma expressão fria, sem sentimentos, uma expressão de estrangeiros, um estrangeiro que estivesse a ter seu visto expirado. O que faziam os estrangeiros? O que Chris iria fazer? Perguntas surgia à mente, algumas sem sentido, vinda apenas para atrapalhar um raciocínio inicial que parecia promissor, que parecia que chegaria a algum lugar. Outras perguntas importantes, que ajudavam a edificar uma escada para sair daquele 'lamaçal', mas que não conseguia resposta, e assim, a escada acaba por chegar a lugar nenhum. Um situação desesperadora, de fato. Existiam outras pessoas assim? Sim! Os estrangeiros. Chris ganhava um presente de sua mente depois de um surto, uma ideia. O que teria acontecido com aqueles que já estiveram na mesma situação antes? As respostas podem ser obscuras... boatos já circularam em que os que não são úteis são descartados, mas quem estaria em situação comum ou parecida com a dele no momento? Os estrangeiros. Sim. Os estrangeiros vem a Romdo na fuga do clima lá fora, onde tudo é destruição. Onde o ar é poluído e rarefeito, nocivo a saúdo se exposto por muito tempo. Todos os recursos são raros e contaminados. SObreviver fora dos Domos é uma tarefa árdua e muitas vezes, falhas, então, os estrangeiros são recebidos em Romdo e formado esquadrões ao mando do governo. Um salário em troca de serviços ao governo e, caso seja obediente as regras, não cause problemas e forneça bons resultados, os estrangeiros ganham o título de cidadão. Chris já é um cidadão. Um cidadão esquecido. Um título com seu valor gasto.
Mais alguns passos. A boca seca incomodava. A longa e dolorida caminhada havia surgido um efeito positivo no final das contas. Uma luz em meio a escuridão e o fedor úmido de lodo. Era assim, a parte mais baixa de Romdo.
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Olhos vermelhos surgem do breu e o desperta do mundo das ideias. Chris paralisa por um breve momento antes de seu cérebro gritar para seu corpo: CORRA! As pernas vacilam e se curvam. Chris cai ao solo, de joelhos.