Hirosaki desperta em seu quarto ao som de uma musica de Jazz. Vinha do bar que ficava logo abaixo, na noite anterior seu pai havia tentando fazer um promote do clube, mas denovo, poucos convidados apareceram. A gritaria era evidente
- DENOVO SATO? SE CONTINUAR ASSIM, EU VOU MANDAR FECHAR ESSA ESPELUNCA, PAGUE LOGO O QUE DEVE AO SENHOR YUKIMURA PO!
a banda interrompe o treinamento e era possivel ouvir um forte bater de porta no andar debaixo
- Calma da um tempo pro Senhor Sato e .... - UM TEMPO UMA OVA, EU INVESTI PESADO AQUI E QUERO MEU RETORNO
logo apos ouve-se um carro dando partida no motor e saindo cantando pneus
------------------- Passos na escadaria subindo rapidamente em direção ao quarto de Hirosaki, provavelmente era de seu pai, mas antes Hiroshi aparece pela sacada se apoiando no telhado.
Hiroshi Kawabushi
- Rapido irmão, vamos pra escola, pula a janela
e nem deu a hora de tomar o cafe
- Vamos, senão agente vai apanhar outra vez
Bar:
@Guilix Deixo a sua criatividade pra aprofundar os eventos da noite, a hora q vc foi dormir, e o fiasco q foi ver o local vazio. Mas de qualquer forma, seu pai deve dinheiro, e pelo q parece pegou emprestado da pessoa errada hahehahae
- Hoje o bar vai bombar. - Espero que sim, pai. - Espera? Estamos com a melhor banda cover do John Coltrane da América. - Sim. Os caras são monstros. Mas acho que as pessoas não conhecem John Coltrane por aqui. A gente tinha que ir pra América... - Lá vem você com esse papo de América de novo. - Sério, pai. A gente gastou uma grana pra trazer eles pra cá, fora a divulgação e... - E vai ser um estouro. Você vai ver esse bar cheio como nunca viu. Vamos pagar tudo o que eu gastei na primeira noite. - Tomara que sim... - Tomara? Já te falei pra parar com isso. As coisas não dão certo por sua causa. Desse maldito pensamento negativo. Você deve ter puxado isso daquela desgraçada da sua mãe... - Tá bom, pai, tá bom. Foi mal. Tô indo limpar as mesas do fundo.
Hirosaki sai de fininho do balcão do bar enquanto seu pai continuava esbravejando. Antes estavam sentados ouvindo a banda americana passando o som enquanto conversavam. Aquele homem era supersticioso, vestia uma camisa que usara na inauguração de seu bar de jazz chamado "Sato's". Já o bar, existia a alguns anos, talvez uns quatro ou cinco, mas não dava pra encher as mãos com quantas noites aquela bodega tinha "bombado".
O lugar até que era aconchegante. A bebida ok. E a comida, deixa pra lá. Mas uma coisa que sempre foi boa era a música, mas talvez esse seja o maior problema. Não a música ser boa em si, mas as outras coisas serem medíocres. E vamos combinar que elencar uma música como boa ou ruim é difícil, já que música é arte, e arte é manifestação subjetiva. E aquela manifestação subjetiva não atraia muita gente. Pelo menos não os jovens. Os velhos as vezes até iam, mas preferiam outros lugares com uma bebida melhor.
Os poucos clientes que eles tinham se resumiam em uns doidos amigos do Sr Kawabushi, e uma galera que gostava de jazz. Metade dos clientes se apresentavam no bar de vez em quando. Pelo menos isso era divertido, mas mal pagava as contas.
O show estava marcado para as 20h. A hora foi passando, e a ansiedade de todo mundo só foi aumentando. Quando deu a hora de começar, poucas pessoas estavam ali. Na verdade, umas 3 ou 4 almas diferentes estavam lá. O resto era o de sempre. A noite foi passando e o público não aumentou muito. Era um desperdício todo aquele talento sendo apresentado pra tão poucas pessoas. Mas pior ainda, era toda o dinheiro que o Sr Kawabushi tinha investido, ainda mais que o dinheiro não era dele.
Quando bateu umas 2h da manhã, Hirosaki foi dormir e deixou o bar aos cuidados apenas do seu pai que já tinha começado a beber desenfreadamente.
---------------------
Ainda era escuro quando Hirosaki ouviu alguns gritos lá embaixo, logo depois um barulho na janela. Era seu irmão Hiroshi.
Nazamura escreveu: - Rapido, Saki-chan, vamos pra escola, pula a janela. Vamos, senão a gente vai apanhar outra vez.
Não era incomum. Seu pai devia estar puto com o a falta de resultado do show de ontem, e quando bêbado, qualquer motivo servia para bater nos meninos. Ainda mais lembrando que na noite anterior, Hirosaki tinha dito que talvez o show não ia dar certo.
- Obrigado por me acordar. São 5:15. O que a gente vai fazer? - disse Hirosaki enquanto pegava algumas peças de roupa e a mochila. - Sei lá, eu tô com muito sono, vamos pra praça pra dormir um pouco até dar a hora de ir pra escola. - Os meninos já estavam no telhado da casa, saindo para rua. - Que merda. Tô morrendo de sono também. Trouxe alguma coisa pra comer? - Ahh... Dessa vez não. Eu sempre deixo comida na mochila, mas aqueles meninos do 1o ano roubaram de novo e eu esqueci de pegar mais ontem. - Vou ter que dar uma surra nesses pirralhos também? Hahaha - O irmão mais velho afaga a cabeça do mais novo. - Hahaha... Cuidado que agora você pode ser preso. - Que se dane. Pior que tá não fica.