Descoberta (Javier)

Com cautela, a cocatriz foi atrás - com passos desalinhados, ora rápidos ora vagarosos - acompanhou o witcher até a entrada do bosque, teve um certo receio na entrada. Mas arrastou as duas patas no chão, arrancando punhados de terra e grama, marcando aquele local e logo em seguida, entrou atrás de Javier. O bosque não era muito denso, mas tinha árvores em uma quantidade razoável para atrasar alguns aspectos da movimentação da cocatriz, por conta de seu tamanho. A estratégia poderia conceder alguma vantagem, afinal.

Já vendo algum resultado, era possível ver que se movia mais vagarosamente - mas com a visão fixa no witcher. Cocatrizes tinham fixação por seus alvos, eram ferozes e se tornavam ainda mais quando próximas de seus filhotes, o que não era algo ainda comprovado no momento. Havia a possibilidade de fugir, mas como não fora ferida até então, manteve sua posição e planejava atacar assim que possível - era claro e possível ver a antecipação nos olhos da criatura. Curvou as garras no chão, apertando um monte de terra e jogou com força esse punhado de terra conta Javier, não faria muito mais que lhe atrapalhar, mas já se formava como um indicativo da agressividade enquanto procurava uma posição no meio do bosque para avançar contra seu algoz.

Estava no ambiente que queria, com o alvo que queria, agora era fazer o serviço. Ficou surpreso pelo movimento da cocatriz. Com isso, rolou por detrás de uma arvore e para aparecer do outro lado da árvore.

" Ele me jogou um punhado de terra?"

Caso conseguisse se desviar completamente da terra, iria agora correr em zig-zag até a cocatriz e, já tendo calculado o perímetro de seu campo de ação, atentaria para sua investida e assim, se esquivaria saltando por cima do animal planejando cair em sua retaguarda para ai sim, efetuar um ataque com sua espada, mirando baixo, mais precisamente na junta que liga as pernas com o corpo.

Caso a areia lhe pegasse e tirasse a atenção, aguardaria próximo a uma arvore para que seu status negativo não pudesse prejudicar seu movimento, pronta para usar a árvore como um escudo natural.

Foi como esperado, sua experiência no trato com monstros lhe deu o know-how de como atacar, defender e prever ataques - assim como estar melhor preparado. Conforme corria zigue-zagueando na direção da cocatriz, a mesma avançou contra Javier usando o bico duro como aço e o Witcher botou seu plano em ação. Saltou, girou por cima da criatura e então caindo por detrás da mesma, golpeou as patas traseiras - gerando um urro de dor. Os ossos eram densos e o corte afetou a cama grossa de pele, mas incrivelmente - ainda se mantinha de pé, dado também a posição do golpe, não teve a força suficiente para talvez arrancar os membros.

Era possível ver o sangue preto da criatura manchar o chão e o som dos urros atrapalhar sua concentração, não que desse muita vantagem para a cocatriz que claramente estava com dores e não conseguiria traçar um plano. Mas o desespero a fazia tomar atitudes igualmente desesperadas. Balançava o pescoço com força e onde o bico acertava, devido a proximidade com as árvores, arrancava pedaços consideráveis das árvores. Girou no próprio eixo e um dos golpes com a cabeça foi direcionado ao Witcher que estava próximo e logo atrás.

Soltou um urro que parecia um som de vários galhos se quebrando, rasgado, alto e persistente. A medida que o witcher iniciou o rolamento por debaixo da cocatriz, a mesma saltou batendo as pequenas asas. Não podia voar, mas aquilo deu um impulso para que pudesse passar por baixo dela e a espada não ferir sua barriga, no ar fechou as asas e durante a queda, apontou as garras contra o witcher - não o atingiu e ao cair, urrou novamente sentindo o seu peso forçar as patas feridas.

Foi um movimento arriscado. Seu mentor durante o treinamento, onde quer que estivesse - não teria aprovado. Riscos eram importantes, poderiam acabar rapidamente com um duelo, mas serviam para ambos os lados e monstros eram imprevisíveis.

Assim que terminou a rolagem, a cocatriz intenciou novamente para atacá-lo usando o denso bico, veio de cima para baixo, mirando o seu centro - seu âmago, no momento - seria o ventre do witcher o alvo.

A essa altura do combate, o Witcher já possuía todas as informações que precisava. Alcance, velocidade, grau de precisão, força. Talvez não em um resultado perfeito, mas próximo o bastante para se adaptar aos movimentos da Cocatriz. Estava ferida. A maioria dos atributos estavam prejudicados de alguma forma. Estava estressada, talvez desesperada. Os movimentos pareciam ser mais bruto e poderoso desta vez, do que técnico e preciso. Um ataque vinha de cima, bem no meio, um lugar de fácil acerto.

A ponta da espada era apontada para a origem do ataque. Firme. Focado. E confiante em seus cálculos no quesito velocidade e alcance da criatura, poucos instante antes, saltaria para trás e no momento de seu pouso, flexionaria as pernas e daria outro salto, não alto, mas para frente, rápido como uma flecha, tentando um movimento difícil de deslizar sua lâmina pelo que houvesse ao seu caminho, seja o rosto ou o pescoço, mas não se importando com o provável fracasso, porém certo de que seu objetivo principal seria um provável acerto, uma estocada além da cabeça e pescoço, uma estocada ligeiramente abaixo da ligação do pescoço ao corpo.

Javier calculou bem, agiu como deveria e seguiu os ensinamentos de sua escola. A batalha com um monstro era algo sempre impressionante para qualquer que estivesse vendo, mas muito arriscado e mortal - sempre. Não importa qual monstro seja, todos eles são mortais se os devidos cuidados não forem tomados, especialmente quando esses monstros já estiveram próximos de humanos em algum momento de suas vidas - a exemplo dessa cocatriz, que mostrou um novo sinal para Javier - algo que ele nunca tinha visto em nenhuma outra, ou lido sobre, atirou um punhado de terra contra ele em determinado momento. Mas analisar, estudar e seguir pontos de seu conhecimento eram essenciais para sair vivo de combates assim e geralmente, vitorioso, também.

O salto foi realizado de forma calculada - sentiu o ar se mover debaixo de seus pés a medida que subia com o impulso, dado a violência da investida da cocatriz. O próprio monstro perdeu seu equilíbrio e foi um pouco mais a frente do que planejara, o que foi suficiente para que o witcher executasse sua ação até o fim. A espada encontrou penas grossas, carne e ossos. O corte foi rápido e limpo. A cabeça do monstro tombou levemente para a frente, as patas com garras ainda raspavam no chão mesmo com a cabeça quase toda separada do corpo. No fim das contas, Sven não estava completamente enganado, era uma galinha gigante.

Suspira forte por duas vezes e, com um movimento de baixo para cima, terminava de separar a cabeça do bicho que seria presa em cordas e levada sobre o ombro como prova do serviço finalizado. Um corte rápido ao vento limpava as impurezas da lâmina superficialmente, depois o lenço finalizava.

- Que bela Cocatriz! – Admirava depois de olhar o corpo desfalecido ao solo. Girou a cabeça e mirou onde, provavelmente, estaria um ninho.

Caminhou até a torre em ruína para verificar o que encontraria de fato. Esperando, talvez, encontrar algo a mais do que apenas um ninho.

Seria um erro não verificar o que causou o sentimento de proteção para a cocatriz. Poderia simplesmente passar batido. Chegando no local, sentiu um cheiro mais forte de putrefação - haviam muitos ossos de animais domésticos pequenos, caprinos. Mas o aparente troféu da cocatriz e que pode ter lhe causado a reação de proteção e ataque, era um cavalo dilacerado - quase tão grande quanto ela própria, ainda com carne fresca. Fora isso, mais nenhum ponto a ser observado ou sentido - não havia companheiro ou ovos, nem mesmo restos disso.

Do que poderia ser útil para o Witcher em alguma mistura alquímica, haviam penas mais antigas e que caíram da cocatriz - por conta disso, eram maiores e esbranquiçadas nas pontas. Diferente daque pequenas e verdes que se prendiam ao corpo recém decapitado.

- Que belo equino! - Diz, desviando a atenção do cavalo para as penas em destaque em sua visão aguçada. Aquilo deveria servir para algo, no final das contas. Com a cabeça da cocatriz e suas antigas penas, parte de volta. Sorte do velho não haver filhotes, significava que não teria problemas no futuro, pois o trato era cuidar apenas da galinha gigante e não de seus, possíveis, filhotes.

Agora era hora de seguir em frente, alisava e analisava sua recompensa. Quem será você aí dentro, pobre e maldita alma? Logo estará auxiliando em meus cortes, seja preciso.

Assim que Javier virou as costas e partia com seu troféu e as penas da cocatriz como recompensa inicial, sentiu uma pequena vibração no chão - fraca, mas nítida para a percepção sensível de um Witcher. Algo se moveu. Diante de toda a morte e restos de animais no ninho da cocatriz, algo claramente se moveu, não foram um movimento fraco - foi algo com vontade e empurrando restos de ossos. Seu medalhão, contudo, não apontava ameaça e não conseguia identificar exatamente o que era. Ao se virar para verificar, o grande cavalo que tinha sido dilacerado pela cocatriz fazia um movimento estranho com sua boca e nariz, como se estivesse tentando procurar por ar, um barulho típico de criaturas que perdiam o traquejo de sua garganta - um som gutural e travado.

O cavalo movia as patas com lentidão e descoordenadamente, assim como insistia em tentar procurar por ar - ao mesmo tempo que não conseguia erguer-se. E mais uma vez, seu medalhão não vibrava - não conseguia entender o que era aquilo, pois não dava indícios de algo vivo.

O Witcher se pegou curioso com aquela movimentação, tanto que chegou a perder algum tempo ali, observando aquele estranho movimento que parecia vir do cavalo dilacerado. Tentava entender o que estava acontecendo, mas não vinha uma resposta convincente em sua mente. Aproximou-se, observando seu colar e, vendo que o grifo em seu peito não reagia, retirou sua espada e moveu algumas partes do cavalo que lhe chamava mais atenção.

Sem muita força para evitar cortá-lo, mas o suficiente para mover as partes que interessava. estava intrigado, o cavalo ainda estaria vivo?

A espada tocou o animal, mas não causou reação. O cavalo, mesmo dilacerado e com pedaços já podres em seu corpo, movia-se e tentava se erguer - nessa tentativa desesperada, a espada que estava próxima adentrou o couro do animal, que mais uma vez - não mostrou nenhuma reação anormal do que já estava fazendo antes, nem mesmo um impulso de dor. Por fim, ele torceu completamente uma das patas e conseguiu se colocar de pé - a pata torcida quebrou assim que suportou o peso e ele deitou-se, mas na posição em que estava, parou de se mover e com a boca busca outros restos de outros animais - comia vagarosamente a carne restante no ninho da cocatriz, mastigava e quebrava ossos com facilidade.

O Witcher tinha certeza de que aquilo era uma cavalo e de que os ferimentos causados pela cocatriz tinha matado o cavalo, como se não bastasse - nunca tinha ouvido falar de um cavalo que comesse rejeitos e ossos. O mais estranho de tudo era que o animal não parecia estar tomado por um espírito, já que seu medalhão simplesmente não dava nenhum sinal de magia.

Observava com bastante estranheza aquele fato que, dentre todas as coisas bizarras que já havia presenciado, ainda era algo inédito e horrível de se presenciar. Observa ao redor, verificando se algo o chama atenção ou se passou algo despercebido. Curioso e analisando a situação, dentro do possível, com a naturalidade de estar observando passarinhos brincando em uma fonte, usou a espada para tentar acabar com aquela criatura miserável, sem ter a certeza de que conseguiria dar fim a sua vida ou pós-vida, uma vez que a cocatriz já o havia dilacerado. De qualquer forma não parecia oferecer perigo, já que a cada movimento, seus ossos se quebravam.

A lâmina de prata e magnetita cortou o ar e atingiu a criatura, havia resistência - mas algo diferente, era como cortar algodão com ferro quente, os ossos eram gravetos secos - a cabeça do cavalo foi completamente separada do corpo. Seria algo mais difícil de ser feito com uma criatura saudável, mas ali - naquele momento, foi relativamente fácil e simples. O corpo desmonto e desabou, largado no chão e a cabeça movia ainda a boca com movimentos que saíram de um conto de terror, mascando o resto dos ossos que haviam ficado ali. Era algo para se estudar, apesar de não ter oferecido nenhum tipo de ameaça direta ao Witcher, talvez comer aquela carne amaldiçoada tenha deixado a cocatriz agindo de forma estranha - invadindo propriedades e matar animais tão próximos de cidades. O Witcher poderia seguir o manual, levar uma amostra para que fosse analisada mais tarde por seus pares. Lembrando-se de recolher o filactério como recompensa pela cocatriz.

Teve o cuidado de fazer um corte limpo, para que pudesse obter em uma só parte, o osso e a carne. Uma pequena amosta deveria ser suficiente para um estudo desse acontecimento raro. Pensou em levar a cabeça por inteira, mas algo que não parava de mastigar e tão inquietante não o deixaria em paz, além de que correria o risco da cabeça do cavalo comer a cabeça da cocatriz. Em posse de tudo que lhe interessava pelo ambiente, enfim, tomou rumo em retorno ao senhor, vítima da cocatriz que, talvez, poderia estar com alguma espécie de infecção.


Pelo local, observaria ao redor da casa e, caso percebesse algum dos meninos, iria acenar com a palma da mão para demonstrar que estava ali e, indicando consequentemente, para que chamassem o senhor Sven. A essa altura, a cabeça estava presa à sua cintura e não mais sobre os ombros, porém coberta por um pano.

- Ô!

Um dos moleques viu que Javier se aproximava. Tinha um embrulho maior e isso causou uma curiosidade fora do normal. Cutucou o irmão, como fizera da primeira vez para que visse o Witcher que se aproximava. O irmão devolveu o cutucão, com um pouco mais de força e ficaram nisso, até que Javier se aproximasse um pouco mais. Então cessaram as agressões, um deles apontou para o saco amarrado na cintura de Javier e perguntou.

- Sr. Witcher, é isso aí a galinha?

Sven, provavelmente ouvindo todo o barulho vindo do lado de fora de sua casa, saía pela porta com as mãos na cintura. Tinha o mesmo olhar curioso de seus filhos, se aproximou rapidamente em silêncio e também apontou para o saco amarrado em sua cintura.

- Bah! Que pena que era uma galinha pequena e bom que capturou ela viva! Mas quero saber como foi que fez tudo aquilo com meus bichos sendo desse tamanhozinho.

A princípio e sem entender o que acontecia, Javier mais uma vez foi traído por seu medalhão que não lhe avisou - mas havia alguma coisa se movendo onde deveria estar a cabeça da cocatriz.

A cabeça cortada da cocatriz movia os olhos brancos sem vida e o bico forte como o aço abria e fechada sem velocidade. O comportamento, apesar de serem criaturas completamente diferentes, era idêntico ao do cavalo. Emitia um som fraco, apenas de ar passando pela boca e sendo jogado para fora, um uivo sofrido, o que estra estranho e também seguir o padrão de anteriormente, era que seu medalhão não respondia a nenhum estímulo daquilo e não era um problema com o medalhão em si, já que ele claramente respondeu com a cocatriz em vida.

Os dois moleques deram um salto para trás quando conseguiram ver claramente o que estava diante deles, um deles caiu no chão e travou, fixando os olhares - o outro foi se afastando cada vez mais. O velho, apesar se impressionado, aproximou-de um pouco mais para ver do que se tratava e aos poucos, foi colocando o rosto bem perto da cabeça da criatura.

Javier confirmou que o pedaço que tinha recolhido do cavalo estava intacto e enquanto fazia essa verificação, a cocatriz deu uma bicada no rosto de Sven. Nenhum dano grave, mas causou um sangramento - ele se afastrou no mesmo instante e passou a mão no rosto, tirando o sangue.

- Maldição de galinha! Eu já vi isso, às vezes a gente corta a cabeça delas e elas ainda saem andando de um lado pro outro. Mas até que tá durando essa aí...

Esfregou o rosto novamente, tirando mais um pouco do sangue que escorria e logo em seguida, enfiou a mão num saco de pano amarrado na cintura, dali - tirou o pequeno filactério que tinha prometido como pagamento e estendeu a mão, entregando para Javier.

O bruxo estava se sentindo sedento por conhecimento. Aquilo era algo novo a se presenciar. Não esperava que presenciaria a mesmo coisa num tão curto espaço de tempo. O velho praguejava mas ao fim, pareceu estar satisfeito com o trabalho, mas a mente trabalhava nos acontecimentos recentes que,a pesar do sucesso, aquilo o incomodava. O cavalo desprovido de vida parecia ter algo o possuindo que o fazia se mexer, mastigar e emitir sons. Seu predador, a cocatriz, apresentou os mesmos sintomas. Tinha ali uma amostra viva, diferente da parte que retirou do cavalo.

Certamente, tudo começou com o cavalo, não se sabe como. A cocatriz, apesar de ser o predador, virou a vítima daquela espécie de... "vírus"? Caso sua teoria fosse verdadeira, o cavalo estava infectado e ao ser comido pela cocatriz, passou a infecção adiante. Resta saber como a infecção vem a tona, pois em seu primeiro encontro, a cocatriz não parecia estar infectado, apenas com o comportamento um tanto incomum. Talvez seu comportamento tenha algo a ver e, após a morte, aconteça essa "sobrevida".

Pegava o filactério que lhe era entregue e enquanto o guardava percebeu que a vida daquela família poderia estar em risco. O velho acabara de levar um arranhão da cocatriz. Ainda não sabia exatamente como o "vírus" era transmitido, mas era possível que através daquela bicada, o velho poderia ter contraído tal vírus e se, realmente fosse o caso, possivelmente poderia acontecer uma mudança de comportamento. Analisando o tempo em que a cocatriz levou para se transformar, deduziu que o percurso de volta até o campo de batalha seria suficiente para o "vírus" se manifestar.

Como convencer um caipira xucro a obedecer sem ter que usar a força? Trabalharia em sua curiosidade e interesse.

- Hey Sven, o serviço está feito. Seus bichos estarão a salvo agora e acabará seus problemas e prejuízos. Mas tem uma coisa que acho que gostaria de ver. - Se aproximou do velhote para as crianças não ouvirem e, por ventura, querer os acompanhar. Dizendo quase como um cochicho, continuou: - O lugar que eu achei essa galinhona tem uns filhotinhos gordos que dariam um bom ensopado. Eu não gosto de galinha, mas algo me diz que você sim, vem, eu te levo lá. É o mesmo caminho que prosseguirei mesmo, não será um empecilho para mim.

Começava a ameaçar seu deslocamento, mas só prosseguiria se Sven o seguisse. Acreditava que, se houvesse algum comportamento agressivo à emergir, o tempo de caminhada até lá seria suficiente para que ocorresse.