On-Game: Ela vem pela montanha, Ela vem... (Chris Rail)

Mesmo recuando e com toda a situação tensa, Chris encheu seu espirito de determinação e disparou contra o humanoide que o encarava. A bala tinha destino certo que era a cabeça, mas o braço com garra entrou na frente e foi arrancado caindo alguns metros distantes.

A perda do membro parecia não ter abalado como deveria a criatura que encarou por mais alguns instantes, urrou de fúria apresentando um maxilar com bizarra mobilidade, além de dentes enormes e uma língua reptiliana, e entrou para o meio do mato.

Os disparos próximos à cidade começaram a atrair curiosos que iam até o ultimo poste de luz da cidade. Ouviu-se um silvo característico dos apitos dos guardas, e ao longe, dentro da cidade uma homem em um enorme cavalo branco vinha em disparada também na sua direção, mas não chegaria antes de um dos guardas que patrulhavam a rua a noite.

- Ei, você, mãos ao alto e identifique-se. O que está acontecendo aqui? – disse o guarda.

Chris Rail,

       -- Socorro oficial! Socorro! Havia uma coisa me perseguindo. Guardo a arma e aponto para o local onde estava a criatura. Você salvou minha vida oficial. Acho que a sua chegada assustou aquela coisa.
       Não me atrevo a dizer o que era, se falar algo certamente irão me trancar e jogar a chave fora. Nem eu mesmo acreditaria em mim se falasse o que vi. A coisa deve ter ficado brava por perder o braço, mas é um bom sinal pois se pode perder as partes, talvez possa ser imobilizada e destruída.
       Porém olho para os lados e procuro ver se há algo na mata ou nas partes da cidade que estão próximas. Preciso tomar o tal do chá ou infusão logo. O medo está nítido em minha alma e o cheiro que sinto é de um covarde. Um covarde vivo, então está tudo bem. Agora preciso colocar minha coragem a prova, talvez uma prova fácil, para continuar vivo e livre desta coisa.

Imagem ilustrativa:

Um burburinho se iniciou com a reunião do público atraído pelos tiros, e apesar de não terem presenciado nada, Chris já podia imaginar todo tipo de histórias inventadas que se sucederiam daquela ocasião. Bem, talvez isso ajudasse a divulgar seu nome e seu serviço, talvez não.

- Uma coisa? Você é outro causador de problemas que quer deixar a cidade alvoroçada com suas mentiras? O prefeito Hornsby devia mudar as leis e começar a enforcar esse tipo de gente – O guarda parecia irritado com as palavras ouvidas e com os buchichos das pessoas. – Você vai me acompanhar até a delegacia enquanto procuraremos por essa tal coisa, e pode me passando suas armas e se preparar para pagar as multas.

Parecia que Chris passaria a noite na jaula por irritar as autoridades, mas o homem que havia vindo em disparada logo chegou ao encontro dos dois e os interrompeu.


- Ora, ora, se não é John Ruth, o “caçador” de fantasmas. – disse o guarda com semblante de desgosto e irritação. – Veio causar mais tumulto na minha ronda com seu papo sobre monstros e demônios? Você é ridículo.

- Veja, Melvin, o Xerife Parson, como você bem sabe, está ocupado ajudando Pat Garrett a localizar o fora da lei William Bonney, que está nas redondezas. Eu vim buscar o senhor Chris, e vou leva-lo agora. Ele vai pagar a multa e não será necessário passar a noite na jaula. Ou prefere que eu vá reclamar com Parson novamente? - Tinha o tom de voz calmo.

O guarda fica furioso e de cara feia pede – São 30 dólares e você pode ir. – e então ele inicia uma série de resmungos e insultos baixos sobre Yankees.

Off:

Chris Rail,

Olho para o tal de John Ruth, olho para Melvin, um monte de coisa se passa pela minha mente em uma fração de segundos. No entanto a escolha parece simples e rápida.
-- Melvin, aqui está o dinheiro, não usarei as armas no perímetro da cidade novamente. Suspiro. Vou guardar na mochila, está bem? E Sr. John Ruth, muito obrigado.

Conhecimento:

Alguns passos mais distante de Melvin e perto de John Ruth, mas não na direção do Gouleh ou do Manitus, pergunto:
-- Então Sr. Caçador de Fantasmas, o que tem a me dizer? Olho para ele pouco crédulo, pois nem eu mesmo acredito no que vi, o que diria aceitar histórias de outras pessoas. Não vou dar uma de louco e falar a verdade, é, a verdade pode me jogar num hospício.

Quando Chris ouve falar no nome Willian Bonney, sua espinha volta a gelar por alguns instantes, pois se tratava de Billy The Kid, um famoso fora da lei que supostamente estava de passagem na região. Ao mesmo tempo que se assombrava com informação, tinha para consigo que muito do que se era dito sobre esses famosos pistoleiros eram histórias aumentadas, que muitas vezes os próprios pistoleiros gostavam que fossem espalhadas para intimidar e ganhar notoriedade.

Quanto as leis do local, sabia que o “crime” de Desordem custavam $10,00, enquanto que “portar armas em zona proibida” custavam $10,00, e que certamente era injusta essa cobrança. Mais abusivo, ainda, era o fato de ser cobrado outros $10,00, que Chris tinha certeza ser uma espécies de suborno para ser liberado naquele momento.

Off:

Chris Rail,

Minha ganancia diria para não pagar o suborno, mas minha cautela diria para fugir e não ficar preso, por outro lado a minha curiosidade sobre John Ruth, o caçador de monstros, monstro que me persegue... acho que os $10 são bem pagos para atender minha cautela e minha curiosidade.

Teste dos máximos:

- Você pode parar com essa fachada de incredulidade, pois eu sei que o dia de hoje ficará marcado para sempre em sua vida. Eu trabalho para a Agência de Pesquisa e Controle do Supernatural. – Olhou com veemência para Chris, enquanto acariciava seus longos bigodes grisalhos que emendavam com a barba – E não somos loucos ou principiantes. É verdade que tentamos ser o mais sigilosos possível, e as vezes realmente nos passamos por doidos, mas sempre para encobrir eventos não ordinários, se assim posso dizer.

Ele acompanhava com cavalo e o guiava até um pequeno estabelecimento onde supostamente funcionava o correio. – Aqui fica nossa sede. Pode entrar, não tenha vergonha. – E uma vez que estavam lá dentro Chris percebeu um local apenas comum, tal como deveria ser um correio naquela época, talvez um pouco bagunçado além da conta, até que ele se dirigiu até uma dispensa de tamanho razoável, entrou e disse – pode entrar, isso daqui é um elevador. Já viu um desses?

Chris Rail,

       -- Vi um destes num hotel chique. Vá na frente e mova a alavanca. As portas eram fechadas manualmente. Espero ele fechar a porta e ver se a dispensa realmente anda. Algo estranho estava acontecendo e a curiosidade para descobrir o que era estava quase pulando pra fora só pra ver melhor. Uma agência do governo escondida num prédio federal, praticamente insperado. Escondido na cara de todos. Se a coisa começar a andar, começo a falar:
       -- Então vamos por partes e gostaria de tomar um chá. Fui procurar meu amigo Hamilton para comprar rocha-fantasma, ele não havia comparecido ao ponto de troca mais cedo. Quando cheguei na casa dele, ela estava fechada e bati na porta chamando por ele, dizendo que era eu. Fiquei preocupado com a saúde dele ou se tivesse morrido? Olhei por uma fresta e vi algo lá dentro. Está acompanhando? Até ai tranquilo, certo? Observo o homem para confirmar que estava seguindo a história.
       -- Pensei que talvez ele estivesse impossibilitado de falar, preso, doente, qualquer coisa horrível. Fiquei tão preocupado que resolvi abrir uma porta ou janela. Sempre falei que era eu, que iria ajudar. Porém ele deu um tiro com seu rifle onde eu estava, por sorte pensei que isso poderia acontecer e não fiquei na frente da janela quando a abri. Suspiro, olho nos olhos dele e completo:
       -- Aquilo não era o Hamilton. Até tinha a cara dele, mas não era ele. Estava com a pele negra, havia uma espécie de nuvem de poeira de rocha-fantasma no ar, louco e queria me matar. Faço um sinal de inconformidade. Ai pra me salvar enquanto me escondia atrás das paredes da casa fugindo, atirei na cabeça dele. Ai o mais estranho aconteceu, uma coisa saiu pelo buraco da bala ou do nariz. A coisa era uma fumaça ou algo parecido, que foi para uma caverna perto de lá. Havia algo estranho na caverna, mas apesar de curioso, o medo falou alto. É tive medo e fugi. Olho pra ele com cara de quem não teria também?
       -- Com ele encontrei um colar e estas instruções. Mostro pra ele as instruções. Já até memorizei o texto, mas tive problemas para encontrar a malva da pradaria. Creio que preciso tomar este chá. Agora creio que aquela coisa, Manitus e ou Gouleh, está atrás de mim. Perguntas?

Puxa uma alavanca razoavelmente escondida e o piso demora a começar a descer, e só começa após um forte solavanco, deixando o homem desconfortável devido a situação e baixa velocidade – Essas engenhocas... sempre dando problema. – dá uma risada nervosa.

Chris tem tempo de contar tudo antes de chegarem ao subsolo onde vislumbrou um grande salão onde parecia ser um laboratório com vários maquinários, equipamentos e coisas estranhas das quais a maioria nunca tinha ouvido falar. Se familiarizava com alguns maquinários que funcionavam de maneira semelhante a uma locomotiva. - Bem, nosso contingente é reduzido no período noturno, pelo menos na área de pesquisa. – e foi possível observar outras 3 pessoas neste grande ambiente. Elas estavam ocupadas mexendo em geringonças.


Ele ouve atentamente toda a história fazendo acenos concordando com as feições e gestos de Rail, e pede o colar para examinar - Um informante me disse que você estava procurando malva da pradaria, e então eu pude fazer suposições de que você era entendido de assuntos sobrenaturais. Veja bem, um homem com seu perfil procurando um tipo de erva especifica, ao mesmo tempo que temos observado ocorrências alarmantes em nossa região.

Ele então lhe devolve o amuleto enquanto o conduzia entre portas e corredores das instalações subterraneas. – Ele serve para enfraquecer abominações e afastar os manitous, mas pelo visto eu terei de explicar o que são. Na crença dos índios existe um lugar espiritual chamado Território de Caça onde ficam os espíritos da natureza que geralmente são bons ou neutros, e o Manitous que são realmente maus. Ele dizem que os Manitous drenam medo e outras emoções negativas que as abominações criam, canalizando-as de volta a um lugar especial no Território de Caça chamado de Terras Mortas (Deadlands), alimentando entidades extremamente vis e poderosas. – sentou-se em uma cadeira do que parecia ser uma sala de reuniões com uma grande mesa de madeira.

- Os Manitous se alimentam, também, da maldade cometida por outros homens, criando assim novas abominações, virando um ciclo infernal. – John Ruth tentava entender as reações de Chris, e procurou cortar o assunto, pois era de difícil “digestão” - Não sabemos o quanto disso é lenda e o quanto é verdade, mas eu diria que você teve contato com tudo isso que eu te falei.

Chris Rail,

-- Wow, wow, wow! Quanta coisa. Porém ainda não pude tomar meu chá. Vou dizer, estou contente por alguém pode ajudar-me contra o Manitus e o Gouleh. Parece que essa coisa afasta ou previne que ele me ache, mas pra dizer a verdade, deu um medo tremendo na primeira vez que vi a coisa. Se não fosse pelo saco de rocha fantasma que tinha ido pegar acho que teria descido a montanha rapidinho. Olho em volta do lugar mais um pouco. O espaço parece bem grande. Coloco o colar novamente.
-- Então essas coisas morrem? Podem ser mortas? Essa coisa que está vindo atrás de mim vai é ser bem recebida com um monte de balas e quando terminar vou espetar minha espada na cabeça dela.
Não havia pensado em ter outro emprego que não arrumar trens, mas será que eles tem uma vaga para trabalhar aqui? Com meus conhecimentos sobre máquinas e as coisas que vi neste laboratório, creio que poderia fazer muitas coisas.

- Morrem! O problema é que algumas vezes elas voltam, e outras vezes armas convencionais não funcionam. – Contorceu o rosto em uma careta tanto engraçada como lamentosa. Pegou de seu bolso interno do casaco um pequeno frasco de whiskey e ofereceu para Rail – Já vamos fazer o seu chá, mas enquanto isso...

- Agora vamos aos fatos: homens da mineradora Black Hill Corporation estão desaparecendo nas montanhas. Veja bem, a mineradora acabou de fechar um negócio de exclusividade com a ferroviária União Azul. Então estamos inclinados a acreditar que o responsável por tais desaparecimentos são a Denver-Pacifico ou a Rio Negro, pois são as ferrovias que disputam esta região. Acreditávamos que pistoleiros haviam sido contratados para amedrontar os mineradores, e talvez até tenham participação, mas eventos sobrenaturais estão ligados, como você deve ter percebido. – E então a careta engraçada dá lugar a um semblante sinistro e preocupado. Ele se levanta, e diz – vamos até a cozinha para você preparar seu chá.

Ao longo do caminho Chris percebeu que as instalações subterrâneas contam com um laboratório, sala de reuniões, banheiros, cozinha, alojamento, prisão, uma “sala de segurança” e um caminho alternativo para sair das instalações, que segundo John sai no meio da floresta.

Uma vez na cozinha ele põe um bule com água encima de uma resistência para aquece-la, e continua seu raciocínio: - se temos um demônio e um ghouleh, alguém os invocou e está de olho em nós e em você. Alguém pode ser uma pessoa, mas mais provavelmente um pequeno grupo. Temos então vários lugares para investigar e coletar informações: a região minerada pela Black Hill, as cavernas mineradas pelo seu finado amigo Hamilton, um possível culto na cidade, e ainda o local de onde criaram o Ghouleh, provavelmente o cemitério da cidade ou algum outra na região.

- Temos pessoas investigando sobre o culto, e dois Rangers que foram mandados para as minas de Black Hill, mas ainda não retornaram, e isso é preocupante. Temos também a dona Agnes Waterhouse, que costuma saber de tudo, e cobrar caro pelas informações, como você bem deve saber. – e então gargalhou intensamente zombando de Chris, escarrando em seguida dentro de um pote no chão, provavelmente próprio para cuspir fumo.

Chris Rail

       O gosto do whisky marcou a memória mais uma vez, não era um alcoólatra,  mas gostava de bebida boa e whisky era melhor que moonshine. Muito melhor. Ao ver a água ferver em uma resistência elétrica Rail sabia que aquele laboratório era o que tinha de mais avançado no mundo, talvez na região, mas era avançado. Aprender aquelas coisas poderia significar muito dinheiro, muito dinheiro, porém a curiosidade de conhecer as coisas que estavam ali era muito grande também.
       -- Agnes Waterhouse, é, aquilo foi alucinante. Dou risada também. Ela tem algum psicotrópico do lado de fora da casa e creio que cai direitinho nele.
       Observo a água e preparo o chá enquanto penso e falo:
       -- Deixe-me organizar algumas ideias. Temos um Manitus e um gouleh por enquanto. Os quais armas convencionais podem não funcionar. Faço uma cara de problema. Os rangers foram até Black Hill e não retornaram. Eu diria que as armas convencionais podem não ter funcionado. Susiro. Gostaria de ir atrás deles, mas acho que morreríamos pois a coisa que vi perto da casa de Hamilton entrou em uma caverna. Suspiro. Se vamos acabar com as criaturas, acho importante saber como fazer isso, talvez o tal do culto seja a melhor alternativa. Acha que podemos investiga-los hoje? Outra coisa: reservei um quarto no hotel e tenho um pouco de rocha fantasma lá. Será que posso dormir aqui e pegar a rocha? Preciso também avisar que vou demorar para voltar pra casa.

- Pode ficar em nossas instalações, e pode deixar a carta encima da mesa que amanhã eu encaminharei, sem problemas. – observava o preparo do chá com curiosidade.

- A respeito do culto, além de um dos barões das estradas de ferro, temos indícios que “Jefferson Randolph “Soapy” Smith” esteja envolvido, o que dificulta ainda mais a situação, pois são pessoas com muito prestigio e recursos, mas certamente temos elos mais fracos – se mantinha pensativo ao passo em que pegava um charuto de outro bolso do casaco e o preparava para degustar.- Samantha, que a agente encarregada de investigar o culto, tem indícios que o açougueiro Roy Nelson possa estar envolvido.

Chris terminou de fazer o chá que tanto queria. Tinha uma quantidade razoável feita e ingrediente para fazer mais 4 vezes. O cheiro era intenso e agradável, mas o gosto era extremamente amargo.

- Quanto ao Ghouleh, acreditamos que armas comum dão conta dele, apesar de ser um tipo de aberração resistente. Já o demônio temos alguns métodos e armas para tentar combate-lo. – dizia com toda a convicção que conseguia juntar.

Chris Rail,

      As coisas até que começaram a dar certo. Estou pensando em ir pegar a rocha fantasma no hotel, mas será que John Ruth compraria a rocha? Voltar e vender a mercadoria em Dodge City não me parece uma decisão saudável agora. Porém poderia deixar a rocha em algum depósito aqui até ser seguro retornar, certamente não deixaria no meu quarto.
      Escrevo uma carta para minha fazenda para avisar aos funcionários que ficarei mais alguns dias em Denver e que podem enviar mensagens para uma caixa postal de correio aqui. Já peço a abertura da caixa postal em meu nome já que estamos em uma agência de correios. Isso deve resolver pontas soltas com meu pessoal.

      Após pensar nas pontas soltas, penso nos comentários de John. Acho que o chá vai deixar este gosto amargo o tempo todo, mas tomei a dose conforme a mensagem do xamã que está decorada. Porém ao pensar que o governo tem instalações sobre o sobrenatural e um homem como Jefferson Randolph “Soapy” Smith teria algum envolvimento me faz querer pensar mais no sobrenatural do que jamais pensei. Quanto ouro poderia conseguir assim? Quanto ouro estes inventos poderiam gerar? Quantas coisas novas e exóticas teria para aprender? Fico excitado com tudo isso, parece meu intelecto pulando pra fora e me puxando para fazer algo.
      -- John, que tal falamos com Samantha e irmos pegar o tal do Roy Nelson? Ou seria muito tarde para fazer isso? Faço um sinal de incentivo pra ele e complemento: Na volta gostaria de pegar um saco de rocha fantasma que deixei no hotel.

Esse dia tinha sido deveras agitado para Chris, que após tomar um gole de whisky e uma caneca de chá quente mal conseguia manter os olhos aberto. Havia subido e descido montanha, entrado em bosques, presenciado situações surreais e disparado alguns tiros certeiros.

Apesar da curiosidade aflorada, ele precisava urgentemente de uma noite de sono.

- Podemos procurar Samantha agora, mas talvez você precise de um descanso, ainda que a noite fosse oportuna para este tipo de ação.

Teste:

Chris Rail,

-- Você tem razão, não conseguirei fazer nada disso direito ainda que tenha que durar a noite toda. Podemos tentar algo depois de um descanso. Entretanto ainda terei que pegar meu saco de rocha fantasma no hotel. Onde posso me limpar e dormir?
Dou uma conferida no relógio para ver que horas são e se está tudo em ordem com ele. Vou até o local indicado, me limpo, repito as palavras "mágicas" baixinho:
Grande Pai do Céu, me faça forte!
Linda Mãe Terra, me dê sustentação!
Espirito do Leste, me envie sua sabedoria!
Espirito do Sul, que eu possa sempre trilhar o caminho do coração!
Espirito do Oeste, que eu esteja sempre pronto para a longa viagem!
Espirito do Norte, que seus ventos possam sempre limpar a minha alma!
Me protejam e me livrem de todo o mal!
Então me preparo para dormir, certamente num comodo sem janelas, porta trancada, com as armas carregadas e ao alcance da mão. É sempre bom estar preparado.

Eram quase 01:00h da manhã quando Chris conseguiu uma cama para repousar após um dia agitado. Teve oportunidade de tomar um banho e lhe foi garantido que o saco de rocha seria trazido até ele no outro dia.

Se não fosse pela canseira extrema ele teria tido uma noite cheia de pesadelos, e talvez realmente os tenha tido, mas ao acordar não se lembrava de nada. O colar indígena talvez estivesse fazendo a parte dele, o confortando.

Assim que despertou, encontrou o saco ao lado da cama que lhe foi fornecida para passar a noite. Estava um pouco desorientado com as instalações subterrâneas quando uma mulher, provavelmente Samantha, lhe interrogou: - Hey, tome um café da manhã reforçado na cozinha pois o dia será longo. – e ela o acompanhou novamente até a cozinha. – O John disse que ontem foi sua primeira vez? Hahaha. É complicado se manter frio quando uma besta dos infernos está no seu encalço, não é mesmo?


O café da manhã foi simples, porém farto, e enquanto se alimentava, Samantha lhe passava as informações que possuía a respeito do açougueiro – O porco imundo do Nelson deve estar no estabelecimento/casa dele essas horas, e eu acredito que ele possua um alçapão em algum lugar perto da cozinha dele. Eu me esgueirei ontem por lá, mas não encontrei. Sei também que um grupo de pessoas encapuzadas se reuniu lá tem uma semana.

Chris Rail,

-- É, ontem foi minha primeira vez, dei 2 tiros na coisa e ela deve ter perdido um braço nisso, mas não sabia se ela estava sozinha então corri pra cidade. Observo a mulher, procuro armas, colares místicos ou outras coisas. Como foi sua primeira vez? Veremos se ela tem uma mente suja ou se não perde a piada ou se dirá a verdade. Qualquer resposta pode ser usada para aumentar o vínculo entre nós e seria bom para não colocar minha vida nas mãos de uma completa estranha.

-- Chamo você de Samantha, certo? Pretendo levar essa espada, minhas pistolas e minha mochila. Acha que levo algo a mais? Ainda mais, como quer fazer a abordagem com o Nelson, quer que o distraia com uma compra grande enquanto você procura algo a mais ou vamos de outra forma?
Ainda assim penso no meu lenço que usarei para cobrir o rosto ao entrar no porão do açougue. O cheiro de carne passada pelos pingos de sangue no chão devem ser terríveis, no entanto se o local tem algum uso, deve ser tolerável pois as pessoas precisariam entrar lá, fazer a reunião e sair sem cheirar a carne passada por uma semana.

- Minha primeira vez foi ainda muito jovem. Minha família foi atormentada por um espirito maligno que possuiu meu pai. Pra proteger minha mãe e eu, tive que atirar nele. – apesar do assunto delicado, ela disse naturalmente e parecia tranquila com a lembrança.

- Isso, mas o pessoal me chama de Sammy. – Ele achou um amuleto estranho pendurado no pescoço da mulher. – Acho que suas armar vão dar conta do recado. Se por acaso aparecer alguma coisa além, é melhor correr!

- Eu tentei encontrar a passagem em outro oportunidade e não consegui. Por isso eu pensei de você tentar desta vez. Mas temos que ir preparados para coisas horripilantes, eu acho.

Apesar de ela ter dado sua opinião, deixou para que Chris decidisse quem faria o que e como seria a abordagem.

Chris Rail,

--Sammy, creio que temos é uma suspeita dele, então não podemos chegar lá e colocar a arma na cabeça dele e pedir para mostrar o alçapão, certo? Então precisamos que alguém o distraia na frente enquanto alguém testa os fundos. Agora se você já olhou e não encontrou, o que sabe do lugar? Pois se eu for olhar, seria bom ter uma ideia do que vou encontrar ou quantas pessoas ele tem lá. Outra coisa que me ocorreu é que algumas destas construções são coladas umas nas outras e é possível que a parede que separa um porão do outro seja fina. Assim poderíamos entrar no vizinho e dar uma conferida por baixo. Aproveite e diga o que te faz suspeitar que ele tenha uma entrada nos fundos? Talvez a entrada esteja a frente da loja, debaixo da cadeira do caixa ou outro lugar em que haveria alguém olhando o tempo todo.