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    Caos de espadas, balas e arte

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    Mensagem por Tellurian Ter Abr 30, 2019 11:47 am

    Neste tópico, eu convido os meus jogadores para postarem contos, poesias, ilustrações e fotografias que remetam a temas que tenham a ver com o jogo, e a receberem XP por isso!

    Deixe a criatividade falar e enriqueça nosso jogo, tornando-o bonito como uma obra de arte deve ser!

    Eu irei analisar cada contribuição com os seguintes critérios:


    • Tema: a criação deve seguir a temática Bakumatsu. Também são admitidas criações sobre o início do período Meiji ou sobre o final do período Tokugawa. Pode-se tratar de Personagens jogadores, NPCs, lugares, objetos, construções e lendas (desde que ambientadas no período).

    • Originalidade: todas as criações devem ser originais do jogador. Nada de "peguei na net" ou "um amigo meu que fez". Aqui eu conto com a boa fé, caráter e honradez dos meus jogadores.

    • Beleza: a proposta do jogo é ser uma obra de arte, e obras de arte são bonitas de se ver. Toda criação que aprimorar a beleza do jogo será recompensada.

    • Utilidade: algumas criações serão mais do que bonitas, serão úteis no jogo e na narração. Essas obviamente receberão pontos extras (quando do momento da utilização, não necessariamente no momento da postagem)

    • Relevância: a criação deve acrescentar algo ao jogo, ao cenário ou aos personagens. Postar cinco mil fotos de samurais não renderá cinco mil pontos de experiência, por exemplo, à medida que cada nova repetição diminui a relevância dela.


    Estou ansioso pra ver o que vocês podem fazer!
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    Mensagem por 2Miaus Qui maio 02, 2019 9:54 pm

    Lobo de Mibu - Akemi Ishida & Capitão Harada

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    Mensagem por Tellurian Sex maio 10, 2019 9:59 am

    Muito legal, Larissa! 10 xp pra vc!
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    Mensagem por 2Miaus Qua maio 15, 2019 11:19 am

    Lobo de Mibu - Akemi Ishida & Eiichiro Yamada

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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por MatériaIntangível Qui maio 23, 2019 2:30 pm

    Aceitam uma Onna-Bugeisha?
    Ainda é possível ser Samurai?
    Posso criar uma ficha para Monge?
    Vou fazer ambas e postar tambem, caso a resposta não venha antes, tudo bem?!
    Muito obrigada, agradeço desde já!
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por 2Miaus Qua maio 29, 2019 5:10 pm

    Cherry Kiss


    O festival Kanda Matsuri, celebra riqueza e boa fortuna do povo e é comemorado anualmente em Tokyo com a passagem dos santuários portáteis para renovar a fé da população por dias melhores. E hoje esta festividade trouxe uma sensação de paz e ânimo em tempo de guerra. Essa alegria animou até o quartel do Shinsengumi que iriam patrulhar a festa. O Capitão Harada permitiu que seus homens fizessem um revezamento entre eles, para que pudessem se divertir também.

    Akemi estava se trocando no dormitório, sua equipe tinha realizado a ronda pela manhã, então agora poderia sair para aproveitar a noite. Yamada entrou no quarto bruscamente quando a jovem amarrava o casaco do kimono.


    Yamada: Hey anda logo!

    Apesar do susto, a garota já estava vestida. Kaito e Hiroshi aguardavam na porta também, todos estavam ansiosos pela folga.

    Akemi: Estou pronto… - Disse prendendo a espada no cinto.

    Os quatro correm em direção à cidade e não demorou muito para que vissem as luzes das lanternas acesas enfeitando as barracas. O cheiro de comida invadia o ar. Hiroshi foi para a barraca de takoyaki, um bolinho de polvo frito e pincelado com molho shoyo e salsinha. O aroma abriu o apetite dos rapazes e cada um comprou uma porção. Enquanto comiam, Akemi analisava o movimento, as pessoas saíram com suas melhores roupas, as garotas se exibiam em suas yukatas e caminhavam entre risos. Ela sentiu saudades da época em que fazia o mesmo com suas amigas. Mas não se entristeceu pela lembrança, estavam lá para comemorar e pelo menos aquela noite iria se divertir como qualquer outra pessoa.

    Os rapazes caminhavam animados pelas outras barracas, havia uma diversidade de comidas e brincadeiras. Uma mulher com um yukata rosa e florido se aproximou do grupo. A jovem estava acompanhada com outras duas mulheres bonitas e bem maquiadas, mas não se comparavam com a beleza de Onna Yuri.


    Caos de espadas, balas e arte Screenshot-20190527-210348-1

    Yuri: Akira-kun? - disse entre risinhos e com uma voz melodiosa.

    Akemi reconheceu a bela geisha e cumprimentou com uma reverência. Hiroshi dava cotoveladas em Yamada e os dois tentavam segurar a risada. A jovem Shinsengumi ficou constrangida com a situação e a Geisha sorriu satisfeita com a impressão que causou. Ela convidou o grupo para tomarem alguma coisa na casa de chá.

    Yamada tomou a frente e concordou de imediato enquanto andava de braços dados com uma das garotas. Yuri estendeu a mão para Akemi, que não conseguiu recusar o convite. Eles caminharam até uma famosa casa de chá da região. O primeiro andar era um amplo salão separado por divisórias de papel. O segundo andar ficavam os quartos para quem queria mais privacidade.

    O grupo se acomodou num kotatsu, uma mesa com futons. Um local bem aconchegante para ficar sentados e  aquecidos, enquanto eram servidos com alguns petiscos e sakê.


    Yuri: Como sei que o senhor tem baixa tolerância ao álcool, pedi para trazerem um licor.- A mulher serviu o copo de Akemi com destreza - É uma bebida feita com flores de cerejeira. Isso deve agradar seu paladar.

    Akemi nunca tinha experimentado licor e provou um pouco da bebida. A garota sentiu um sabor doce como chá e agradeceu a mulher. Até Kaito preferiu o licor. O grupo ria e conversavam com as belas jovens. Em determinado momento Yamada sugeriu uma brincadeira para o grupo. Havia 3 copos virados para baixo com uma moeda escondida, Yamada iria embaralhar os copos e a pessoa teria que adivinhar onde o dinheiro estaria. Se errasse deveria acabar com a bebida num gole só. Akemi tentou se desvencilhar da aposta, mas foi convencida que o licor quase não tinha teor alcoólico.

    Yamada: Está com medo do que Ishida? Se você vomitar eu não contarei para ninguém.

    Hiroshi: Sim sim… e hoje estamos de folga… não tem problema se bebermos um pouco. - disse estendendo o copo de licor

    Kaito também não tinha costume de beber, mas se sentia confiante desta vez. Ele encarou a jovem samurai e colocou a mão em seu ombro como forma de incentivo.

    Kaito: Vamos jogar apenas uma vez. O que me diz?

    Diante de tantas insistências, porque não? Akemi pensou que poderia aguentar uma rodada, afinal a bebida era fraca. E o jogo de adivinhação começou, todos acertaram e erraram, a brincadeira foi fluindo enquanto as gueishas enchiam os copos a cada rodada. Quando Akemi se deu conta já haviam esvaziado a garrafa de licor e ela sentia o efeito da embriaguez.

    Akemi: Eu preciso ir ao banheiro. - Quando a jovem se levantou, tudo ao seu redor rodou e ela precisou se apoiar na parede.

    Yuri já estava de prontidão ao seu lado, oferecendo ajuda e Akemi percebeu um sorriso pervertido surgir nos lábios de Yamada. A garota foi guiada pela mulher e por sorte naquele lugar o banheiro era individual. Akemi teve dificuldade em abrir os cordões das calças, pois faltava coordenação motora, mas ela sentia uma alegria quase infantil por conta do álcool. Riu quando foi se agachar para fazer xixi e quase caiu. Riu quando percebeu que tudo parecia estar em câmera lenta. E chegou a conclusão que estava bêbada pela primeira vez na vida.

    Quando por fim conseguiu sair do banheiro, viu que Yuri estava a aguardando. Akemi caminhou aos tropeços em direção a jovem.


    Yuri: O senhor está bem? Não achei que o licor faria um efeito tão rápido.

    Akemi: Estou bem. Só está muito quente aqui… -  A garota tentava afrouxar um pouco a gola.

    Yuri: Vamos subir, você poderá descansar em um dos quartos.

    Akemi sorriu concordando, seria muito bom descansar um pouco, ela tentou avisar os amigos, mas a geisha disse que eles estavam entretidos com outras coisas, então a menina subiu sem reclamar.

    No quarto, Akemi sentou no futon e Yuri serviu um copo com água, só nesse momento que a menina percebeu o quanto estava com sede.


    Yuri: O senhor deveria tirar o casaco, pois está suando. - Ela dizia enquanto já o estava o despindo.

    A mulher era ágil, tirou o casaco da jovem num segundo e já estava desamarrando o kimono, quando a Akemi a barrou.

    Akemi: Não, não podemos fazer isso. - Ela tentou amarrar, mas os cordões dançavam em seus dedos.

    Yuri segurou o rosto da Akemi entre as mãos e a menina percebeu tarde demais quais eram as intenções da geisha. A mulher apoiou as mãos sobre os ombros da samurai e fez a jovem deitar de costas no edredom. A garota tentou se desvencilhar, mas a outra já estava deitada sobre ela e para sua surpresa viu os lábios vermelhos se aproximando dos seus.

    Akemi arregalou os olhos assustada, ela estava sendo beijada. E seu primeiro beijo era com outra mulher. A garota tentou se afastar, mas os lábios da gueisha eram macios e convidativos. Era um beijo gentil e sem perceber Akemi fechou os olhos e se entregou ao beijo. Mesmo a menina sabendo que era errado, mesmo sua cabeça martelando mil avisos, seu corpo correspondia às carícias da mulher de maneira involuntária.

    Yuri afasta os lábios e encarou a jovem que estava muito corada, a mulher sorri de satisfação e sussurra no ouvido.


    Yuri: Apenas relaxe…

    A mulher beija o lóbulo da orelha de Akemi e isso faz a jovem sentir a pele se arrepiar. E continua às carícias beijando a curva do pescoço e a orelha da garota.

    Akemi: Não….espera… - Ela tinha até dificuldade em falar.

    A menina sentia seu corpo pegando fogo a cada beijo, era uma sensação gostosa e excitante, mas ao mesmo tempo ela tinha medo de Yuri descobrir seu segredo. Akemi conseguiu sentar no futon, mas isso fez a Geisha segurar suas mão e abrir a parte de cima do yukata.

    Yuri: Tudo bem… você pode tocá-los.

    Os seios da mulher eram mais fartos e macios e Akemi apertou os seios por curiosidade, eles eram grandes e macios. Yuri voltou a beijar a menina, mas desta vez com mais intensidade e paixão. A garota sentia a cabeça leve, não conseguia raciocinar direito, muito provavelmente por causa da bebida. Mas a verdade era que a menina estava gostando das carícias da Geisha.

    Yuri: Akira-kun….- Disse entre sussurros e começou uma trilha de beijo entre o pescoço e a clavícula da jovem.

    Ouvir o nome do irmão deixou Akemi em alerta e percebeu que seu kimono, estava começando a ser aberto pelos dedos ágeis da mulher. A garota se esquivou da geisha e conseguiu recuar alguns passos, enquanto fechava a roupa.

    Akemi: Eu não posso… por favor me desculpe….

    A menina começa a procurar por sua espada pelo quarto, pois precisava sair dali o mais rápido possível. Yuri a olhou triste e cobriu o corpo nu envergonhada.

    Yuri: Eu fiz alguma coisa errada senhor?

    Akemi: Não...não é isso… é que… - ela nem conseguia pensar direito. Mas percebeu que Yuri ficou triste. - Olha, você é uma mulher linda e adorável. E eu nunca tinha feito isso com ninguém antes. - Seus olhos se encontram - Mas eu não posso me deitar com você e espero que você entenda.

    A Geisha acenou a cabeça timidamente, Akemi precisava partir, mas tinha a sensação que magoou os sentimentos da mulher.

    Akemi: Talvez um dia você entenda meus motivos...mas….eu gostei do seu beijo.- disse corando e saindo envergonhada.

    A menina deixou a Geisha no quarto e correu para a rua, não queria nem ver os amigos no momento. Ela tentava entender o que tinha acontecido. Poderia culpar a bebida pelos seus atos, mas a verdade é que tinha retribuído às carícias da mulher. Será que ela gostava de garotas??

    Estava tão perdida em pensamentos que trombou em alguém na sua frente. Automaticamente a menina fez uma reverência como pedido de desculpas.


    Capitão Harada: Ishida??

    Akemi encarou o homem à sua frente,  era o Capitão Harada. Ele estava patrulhando a festa a noite, já que pela manhã tinha levado Sayuri para ver o festival. O Capitão analisou a garota com um olhar penetrante. Ishida estava com as roupas amarrotadas e com o penteado bagunçado.

    Capitão Harada: Aconteceu alguma coisa? Onde estão os outros??

    Akemi: Senchõ… Está tudo bem... Não....na verdade...Eu…- A garota estava confusa demais até para explicar a situação.

    Então Yamada se aproximou e prendeu o pescoço da menina num mata-leão, mas a intenção não era machucar.

    Yamada: Esse é meu garoto… Vi quando você subiu para o quarto com a Geisha…. Então me diz como foi??

    Akemi: Não aconteceu nada...absolutamente nada…- ela estava cada vez mais envergonhada.

    A menina se desvencilhou do amigo com uma cotovelada nas costelas enquanto o Capitão Harada observava Akemi com um olhar intrigado.

    Capitão Harada: Ishida...você é virgem?

    Yamada gargalhou alto e Akemi corou tão violentamente, que acabou se denunciando para os rapazes.

    Akemi: Eu não quero falar sobre isso.

    A garota correu em direção ao quartel. Estava envergonhada pelo que aconteceu naquela noite, por mais que a bebida tivesse influenciando, ela beijou Yuri e gostou. Isso trazia novas inquietações ao coração da jovem.
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por 2Miaus Qua Jun 05, 2019 3:56 pm

    Pousada Cem Anos


    Logo pela manhã, Akemi e seus amigos foram convocados para uma reunião no prédio dos oficiais. A garota estava apreensiva, pois desde o incidente no festival ela sentia que seu segredo seria revelado a qualquer momento. Mas seus colegas de quarto não demonstraram nenhuma suspeita. Pelo contrário, Yamada zoava ainda mais a garota por saber que era virgem.

    Quando entraram no escritório, Harada estava analisando um mapa da região sobre a mesa. Os longos cabelos castanhos caiam sobre os ombros e Akemi corou levemente ao vê-lo. Ele pediu para o grupo se aproximar.


    Capitão Harada: Eu convoquei vocês para uma investigação. Está acontecendo muitos roubos nesta região. - Ele aponta para um grande X pintado sobre o mapa - Mas recebemos uma denuncia que o responsável é o dono da Pousada Cem Anos. Então partiremos o quanto antes e devemos chegar no local ao cair da noite.

    Todos confirmaram com um aceno de cabeça. Akemi já tinha ouvido falar daquele lugar. Era um estalagem gigantesca, com centenas de quartos e casas de banho. O local tinha até uma área reservada para treinamento militar, fontes termais e um grande jardim com um templo Xintoísta. Somente nobres e família tradicionais, como dos samurais podiam frequentar aquele local.

    Os quatros amigos estavam prontos para partir a cavalo e a menina ficou surpresa ao ver que o próprio Capitão Harada iria comandar esta investigação. Durante as longas horas de cavalgada, o grupo mantinha uma conversa animada. Até que Yamada começou com as conversas maliciosas.


    Yamada: Hey Ishida...Você não se encontrou com a geisha desde o festival. Ela deve estar sentindo sua falta.

    A menina sentiu o rosto queimar de vergonha, Kaito estava cavalgando ao seu lado e sorriu. Yamada fez uma voz grossa, imitando um homem viril e Hiroshi era a voz feminina.

    Yamada: Yuri, você pode se deitar comigo agora. Estou pronto para perder minha virgindade - O rapaz pisca para Akemi.

    Hiroshi: Mas é claro Akira-kun, me beije por favor…

    Akemi: CALEM A BOCA!!!- gritou para os rapazes - Irei socar cada um de vocês se falarem isso novamente. - Akemi estava irritada, mas se lembrou do dia em que o Capitão puniu o grupo por brigarem entre si. - Desculpe Senchõ, eu não quis dizer isso. - admitiu envergonhada.

    Os amigos explodiram em risadas e Akemi encolheu os ombros se sentindo derrotada.


    Capitão Harada: Hey cambada!! Deixem o Ishida em paz, ele deve ter seus motivos.- O homem olhou sobre os ombros e todos ficaram em silêncio.

    Ao cair da noite o grupo chegou na estalagem, eles deixaram os cavalos a cuidado dos criados e caminharam em direção a recepção. E foram informados que o Sr. Sohma, já havia se recolhido aos seus aposentos e que iriam providenciar um quarto para o Shinsengumi. Todos foram tomar um banho nas fontes termais, mas a garota disse que estava com muita fome. Que preferia comer e depois se banhar, com isso ela conseguiu evitar outra situação constrangedora.

    Quando retornou para o quarto após o banho, já estava tarde e todos dormiam. O quarto era um grande cômodo, com vários futons espalhados pelo chão. Kaito e Hiroshi dormiam do lado da parede e havia um espaço vazio entre o Yamada que roncava alto e o Capitão Harada que estava deitado de lado, com o rosto virado para a porta do quarto.

    Akemi piscou os olhos por alguns segundos. Não acreditava que teria que dormir tão próxima assim dos dois homens. Ela já sentia seu coração bater acelerado antes mesmo de deitar. A garota deitou e se virou para o lado do Capitão. A luz que entrava no aposento permitia que ela visse a silhueta do homem e ela conseguia perceber como as costas, ombros e o braço dele era definido. Se a garota tentasse poderia esticar sua mão e tocá-lo. Akemi engoliu em seco, seu coração batia tão rápido e tão alto que poderia acordá-los, então a menina se virou para o lado do Yamada que estava deitado de barriga para cima com a roupa entreaberta. Ela conseguia ver o peitoral e o tórax do rapaz e sentiu seu rosto queimar quando ele coçou o peito durante o sono profundo.

    Akemi sentou rapidamente e começa a se abanar. Kaito estava acordando e olhou para a menina confuso e disse sonolento.


    Kaito: O que houve? Não está com sono?- O rapaz estava com os cabelos soltos e procurou pelos óculos mas não achou.

    Akemi: Está muito quente aqui.- Disse se abanando.

    O moreno engatinha na direção dela, como ele era míope não conseguia enxergar bem. Ele tateou as mãos da jovem e puxou o futon dela em direção a porta. Akemi o olhou surpresa, pois não imaginou que o garoto era forte assim. Ele estava bem próximo dela e a menina reparou que ele era muito bonito também.


    Kaito: Perto da porta é mais fresco. Agora você pode dormir. - disse dando tapinhas em seu ombro - E eu vou ao banheiro.

    O rapaz saiu do quarto e Akemi cobriu o peito com as mãos, seu coração batia descompassado. Ela corou ao imaginar o Capitão, Yamada e Kaito sem camisa. A menina se joga na cama de bruços, afundando o rosto no travesseiro. Como ela conseguiria dormir aquela noite??

    Na manhã seguinte, o grupo foi encaminhado para os aposentos do Shigure Sohma, o dono da Pousada Cem Anos. O Capitão Harada conduziu a entrevista, dando a entender que o grupo iria patrulhar a área para impedir que novos roubos ocorressem. Ao saírem do aposento, Akemi estava fazendo uma reverência ao senhorio, quando escuta alguém a chamando.


    Kaoro: Akira-kun?- A menina usava um kimono vermelho e tinha um enfeite no cabelo. Ela tinha um rosto delicado, a pele alva e belos olhos castanhos.

    Akemi abriu a boca surpresa, pois na sua frente estava sua amiga de infância, Kaoro Takashi, a garota conhecia sua família a muito tempo, ela estava no dia do enterro do irmão. Por isso Kaoro olhava para Akemi como se tivesse visto um fantasma.


    Akemi: Kaoro-chan…. - Mas a menina deu as costas e começou a correr. - Me desculpem. - Ela faz uma curta reverência aos homens e corre atrás da garota.

    Quando por fim conseguiu alcançá-la Kaoro começou a gritar e Akemi tampou a boca da jovem dizendo.


    Akemi: Sou eu a Akemi….eu posso explicar tudo. Mas prometa que não vai gritar.

    Akemi contou que desde a morte do Akira ela entrou no Shinsengumi e finge ser o irmão falecido e que ninguém pode descobrir seu segredo. Aos poucos a expressão da amiga foi de assustada para incrédula.

    Kaoro: Eu não acredito que você fez isso… você não imagina o quanto os seus pais ficaram arrasados com seu sumiço. Faz 6 meses que seu pai espalha cartazes por aí… ele acha que você fugiu com alguém. E sua mãe tem estado doente…

    Capitão Harada: Ishida… - Ele se aproxima das jovens.

    Akemi: Senchõ… me desculpe. Está é Kaoro Takashi,  minha amiga de infância.

    Kaoro: Me desculpe pela maneira rude que agi. Mas foi uma surpresa encontrar... o Akira-kun.- A jovem curva o corpo e diz numa voz agradável.

    O Capitão olha para elas intrigado, mas diz de uma maneira séria.


    Capitão Harada: Ishida temos que ir… a noite você pode conversar melhor com sua amiga.

    Antes de partir, Akemi olha de maneira suplicante para a amiga e faz um gesto de silêncio com os dedos. Eles se afastam e encontram o grupo mais a frente. O dia correu com o Shinsengumi patrulhando a área, mas eles não encontraram nenhum cativeiro ou armazém. Então deduziram que deveria existir algum tipo de esconderijo secreto dentro da Pousada.

    Quando retornaram para a pensão, Akemi foi a primeiro a se banhar e correu procurar sua amiga. As duas estavam conversando durante o jantar, de certo modo matando a saudade uma da outra.  Quando os quatros homens de kimonos azuis celestes se aproximaram. Yamada vinha rindo à frente do grupo, mas o Capitão permanecia com um olhar sério. E isso fez a jovem se encolher um pouco na cadeira, pois não sabia o que tinha feito para deixar o homem zangado.


    Yamada: Podemos nos sentar? Acredito que o jantar será muito mais prazeroso na companhia de uma bela dama.

    Akemi olhou para Yamada com os olhos arregalados. Desde quando o rapaz era tão galante?? Yamada sentou do lado direito da Kaoro, enquanto Akemi sentava do outro lado. Kaito e Hiroshi se acomodaram a frente e o Capitão Harada ficou na ponta da mesa.

    A comida fornecida pela pousada era muito saborosa e naquela noite todos comiam curry com arroz e bebiam chás. O clima do jantar era tenso, pois todos comiam em silêncio.


    Capitão Harada: Senhorita Takashi, vocês se conhecem a muito tempo?

    Akemi se engasgou com a comida e olhou assustada para o Capitão.

    Kaoro: Sim senhor, nossas famílias são amigas há muito tempo. - disse timidamente.

    Yamada: O Ishida sempre foi um rapaz delicado? - Começou a provocar.

    Akemi:Yaahhh!!! - retrucou apontando a colher para o rapaz

    Kaoro: Bom… o Akira sempre foi um cara gentil e alegre e nós sempre passeávamos pelo jardim e…- algumas lágrimas começam a escorrer pela sua bochecha

    E nesse momento Akemi se lembrou que a amiga gostava do seu irmão. E vendo Kaoro chorar percebeu que ela ainda sofria por sua morte.


    Akemi: Kaoro-chan - Diz apoiando a mão sobre a dela e sentia os olhos ficando marejados.

    Kaoro: Me desculpe por estragar o jantar. Com licença… - A menina se levantou e estava saindo.

    Akemi foi atrás da amiga, a puxou pelo braço e a abraçou forte. O grupo do Shinsengumi ficou surpreso por aquela cena romântica.


    Akemi: Eu sinto muito.... Kaoro-chan. - Diz num sussurro- Me desculpe por trazer as memórias do meu irmão assim.

    A menina de kimono vermelho nega com a cabeça, ela limpa as lágrimas e as duas saem de mãos dadas do salão. Quando estavam num lugar mais reservado, podiam falar sobre Akira. Kaoro estava mais calma e encarava a amiga.

    Kaoro: Você realmente se parece com ele. Quando te vi achei que era um fantasma. - diz com um sorriso triste - Quando eu soube que… eu não quis acreditar, aconteceu tão de repente.

    Akemi riscava o chão com um graveto e suspira.

    Akemi: Eu sei….ele estava tão feliz de viajar para Tokugawa… Eu penso nele todos os dias. No começo achei que me passando por ele poderia manter meu irmão vivo dentro de mim. - a menina suspirou e abaixou a cabeça- E eu sei que meus pais devem estar sofrendo por minha causa….mas não posso voltar….eu encontrei meu lugar...me sinto em casa com aqueles caras e sei que Akira também se sentiria assim.

    Kaoro: Eu espero que Akira esteja feliz, onde quer que esteja.

    Akemi encara a amiga, a jovem samurai sempre soube do amor que ela nutria pelo irmão e suspeitava que ele sentisse o mesmo.

    Akemi: Kaoro, meu irmão tinha um carinho especial por você. Se ele pudesse tenho certeza que vocês estariam juntos agora.- Ela segura na mão da amiga - Por isso eu te peço, por mim e por ele também…. Não se prenda ao passado. Você pode achar um bom rapaz e que vai te amar muito. Tenho certeza que Akira ficaria feliz com isso também.

    Kaoro: Akemi-chan…- Elas se abraçam - Eu senti muito a sua falta.

    As duas ficam abraçadas mais um tempo e depois a amiga diz que precisa voltar. Akemi a acompanha até seus aposentos, mas fica nas sombras para que a família de Kaoro não a visse. Depois a jovem retornou para o quarto e todos já estavam deitados.

    Akemi começou a puxar seu edredom para porta, mas Yamada agarrou seu braço e a menina o olha assustada


    Yamada: Aquela sua amiga, ela gosta de você não é?

    Akemi: Do que você está falando? - Ela tentou desconversar enquanto soltava o braço da mão dele

    Yamada: Por isso que você é virgem ainda….porque gosta dela. Eu vi a maneira que vocês se abraçaram.

    A menina encarou o rapaz e ele estava sério. Será que ele estava gostando da Kaoro?

    Akemi: Eu gosto dela, mas somente como uma amiga. Eu nunca poderia retribuir o que ela sente e hoje conversamos sobre isso.

    Yamada: Sério?? Então não a nada entre vocês?

    Akemi: Sério… Agora vá dormir. - Ela continua puxando o edredom em direção a porta e repara que o Capitão estava acordado e ele a olhava em silêncio.

    No dia seguinte, o grupo iria vasculhar a pensão em busca do esconderijo e se dividiram. Kaito e Hiroshi vasculharam os quartos, Yamada a área de treinamento militar e o Capitão Harada e Akemi iriam para os jardins e as fontes termais. A garota seguia os passos do Capitão em silêncio. Ela tinha a sensação de que agiu errado, mas não sabia o que.


    Akemi: Senchõ, eu fiz alguma coisa que te chateou?

    O homem continua andando e encara o céu pensativo, depois balança a cabeça negativamente.

    Capitão Harada: Você não fez nada errado. Mas tem algo me incomodando - Ele para de andar e bloqueia o caminho de Akemi - Você anda estranho desde o dia que chegou. Talvez ter reencontrado com sua amiga, mexeu com seus sentimentos.

    Akemi abriu a boca surpresa, iria retrucar, mas o homem voltou a andar com passos firmes e disse por fim.

    Capitão Harada: Bom, eu não tenho o direito de te criticar...Só tome cuidado. O amor pode ser perigoso e eu sei bem disso.

    Akemi apressa o passo atrás dele, ela queria explicar que tudo era um mal entendido.

    Akemi: Eu e a Kaoro não temos nada, posso garantir que somos só amigos. Ontem foi um mal entendido.

    O homem apoia a mão sobre os ombros da jovem.

    Capitão Harada: Você é jovem ainda e é difícil de decifrar os sinais do coração. Mas o Yamada está certo em desconfiar, vocês se abraçaram em público.

    Harada voltou a caminhar, ele estava contornando a borda da fonte termal quando Akemi se aproximou e segurou seu braço.

    Akemi: Eu gosto de homens. - Disse num impulso

    Capitão Harada: O QUÊ???

    Devido a surpresa da revelação, o homem recolheu o braço bruscamente e isso fez a menina se desequilibrar. Ela caiu dentro da fonte e durante o mergulho percebeu algo brilhando pelo chão. Havia algumas moedas próximo a uma porta escondida.

    Capitão Harada: Ishida, você está bem??- Disse assim que ela emergiu

    Akemi: Eu achei… achei o esconderijo - disse sem fôlego.

    O Shinsengumi se reuniram na fonte um tempo depois e Akemi mostrou o caminho para o Capitão e o Yamada. Realmente havia uma porta submersa que levava até a entrada de uma caverna. Lá dentro estava escondido barris de moedas, assim como joias. O Capitão deu voz de prisão para o Sr. Sohma e a notícia se espalhou rápido pela região.

    Quando percebeu a pousada já estava cheia de oficiais do Shinsengumi e o Capitão Harada estava atarefado com os outros oficiais. Infelizmente Akemi não conseguiu mais ter um tempo a sós com ele. E a viagem encerrou mais breve do que gostaria, eles partiram para o quartel no mesmo dia. Mas Akemi se despediu da amiga e prometeu manter contato com a Kaoro.
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por 2Miaus Dom Jun 16, 2019 5:09 am

    Capitão Harada e Akemi

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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por Tellurian Sex Set 06, 2019 5:56 pm

    Senhoras e senhores, eu tinha falado brincando, mas já que vocês botaram fé, está aberto o evento do nosso jogo em homenagem ao Dia do Sexo: um concurso de contos eróticos.

    Todos os jogadores que participarem, postando contos de temática erótica, irão ganhar entre 10 e 25 pontos de XP. O conto que eu mais gostar irá ganhar um Desejo, sem zerar o XP que já tem.

    Como o tema do concurso é sexo, deverá haver descrições do ato sexual, embora quão explícita seja por sua conta. Eu levarei em conta na minha análise quão bem escritas foram as descrições dos estados de espírito e sensações do personagem do conto (que pode ou não ser o seu personagem. Eu só peço que usem o tema Japão Feudal)

    Por favor, postem até o dia 13/09/2019. Contos postados após a data não irão concorrer ao desejo, mas ainda receberão XP.

    Eu vou postar um conto de minha autoria também, pq eu tb quero brincar. Obviamente, eu não estou concorrendo.

    Divirtam-se!

    Conto 18+:

    Feliz dia do sexo, pessoal!
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por Christiano Keller Sáb Set 07, 2019 1:46 am

    Conto relacionado ao tópico Sombras e Luz - Toshiro
    Apenas +18:
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por Jolie_Scarlatt Dom Set 08, 2019 11:35 pm

    Nome do conto 18+:
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por 2Miaus Ter Set 10, 2019 10:39 pm


    Devaneios


    A 10° Divisão mal tinham começado os exercícios e todos já estavam molhados de suor. Já tinham corrido 10 km e agora estavam reunidos no pátio. Capitão Harada tinha tirado a camisa e estava secando o suor da nuca com uma toalha.

    Capitão Harada: Ok cambada… Agora é as abdominais, façam duplas e quero 5 séries de 10.

    Normalmente Akemi treinaria com o Yamada, mas ele havia apostado com outro cara e competiam para ver quem era o melhor. A garota ficou sozinha em pé no meio do pátio quando o Capitão a chamou.

    Capitão Harada: Pelo visto nós seremos uma dupla. Ishida você começa.

    A garota deitou de costas no chão, cruzou as mãos sobre os seios e Akemi encarou o céu. O sol estava quente, um calor anormal para aquela época do ano. O homem agarrou as pernas da menina e manteve os joelhos dela juntos e alinhados.

    Quando ela ergueu o corpo deu de cara com Harada. Akemi corou na hora e sentiu seu coração bater mais rápido enquanto observava o rosto do Capitão tão de perto.


    Capitão Harada: 1… muito bem, continue.

    A menina voltou a se deitar e flexionou o tronco para frente, novamente ela ficou perto o bastante para observar atentamente os lábios do Senchõ. Seus pensamentos a levaram a imaginar os beijos que poderiam trocar e percebeu com assombro que desejava isso. Então a cada flexão ela tentava se aproximar mais e mais e conseguiu sentir por um breve momento o hálito do moreno roçando sua face.

    Quando sua sequência terminou, foi a vez de Harada deitar e Akemi segurou firmemente as pernas dele e percebeu que ele tinha coxas grossas e firmes.

    A jovem começou a se abanar conforme o calor subia pelo corpo. Mas sua atenção foi chamada pelo Capitão.


    Capitão Harada: Você está passando mal? - Ele se ergueu de repente e colocou a mão na testa da jovem, seu olhar era de preocupação.

    Akemi: Eu...eu....

    Ela começou a reparar no peitoral e abdômen definido do Harada. E observou as gotas de suor escorrendo pelo corpo dele. Akemi sempre admirou o Capitão a distância, mas agora ele estava bem a sua frente.

    Akemi: Acho que estou um pouco tonta.

    As feições do homem ficaram sérias e ele abraçou a menina pela cintura, ajudando a se levantar. Eles caminharam juntos enquanto Akemi se ampara no tronco do moreno. Realmente o calor havia deixado a garota um pouco tonta e suando frio. Kaito e Hiroshi chegaram a se levantar, mas a menina foi levada às pressas para o refeitório.

    Naquele horário a cozinha estava vazia e o Capitão a fez se sentar enquanto buscava um pouco de água. Ela sentia o corpo quente e leves calafrios na nuca, mas devia ser por estar tão perto do Capitão. Akemi apoiou a cabeça na mesa, a madeira fria trazia frescor e alívio para seu rosto que parecia estar pegando fogo.

    Quando ele retornou, encontrou a menina se abanando. Com movimentos rápidos o Capitão virou a jovem de encontro a si e retirou o casaco azul celestial que Akemi vestia.


    Capitão Harada: Acho que você está indo longe demais, Ishida. Aceitei que você permanecesse no Shinsengumi porque acredito que tenha bons motivos. Mas não posso permitir que adoeça por causa disso.

    Ela negou com a cabeça e seu coração bateu descompassado enquanto sua mente entrava em estado de alerta. Havia sido descoberta.

    Akemi: Eu estou bem...foi apenas um mal estar devido ao sol.

    A garota deu um passo à frente e sentiu uma mão segurando seu braço e a puxando de encontro ao peito.

    Capitão Harada: Eu não posso mais fingir que não sei a verdade sobre você e estou realmente preocupado com sua saúde.

    A menina retribuiu o abraço de forma espontânea e se alinhou em seus braços, mesmo que em seu íntimo já soubesse que havia sido descoberta e que isso significaria sua expulsão. Naquele momento ela só precisava se confortar naquele abraço.

    Akemi: Senchõ… eu….- a menina levantou o olhar e seus rostos estavam próximos.

    O moreno tomou a iniciativa ao abraça-lá mais forte e procurar seus lábios. Os dele eram macios e vorazes. Akemi se entregou ao beijo da melhor forma que podia. Pois nunca tinha sido beijada antes.

    Conforme o beijo se aprofundava, a respiração deles ficava entrecortadas. A menina desejava que ele continuasse a beijando e ficou um pouco desapontada quando Harada se afastou. Ele tinha um olhar enigmático, uma mistura de tristeza e desejo.


    Akemi: Eu posso explicar…

    Capitão Harada: O que você fez foi muito errado- disse por fim e a menina concordou com a cabeça.

    Akemi ia retrucar quando sentiu as mãos dele pousaram em sua cintura e ele inclinou a cabeça para sussurrar no ouvido da jovem.


    Capitão Harada: E que eu fiz agora foi pior …Nós não devíamos….Mas não consigo parar.

    Akemi: Senchõ…. - timidamente a menina se aproxima dele e retribui o beijo.

    Harada ergue a garota e a coloca sentada sobre a mesa. Os beijos vão se intensificando e ela sente os toques pelo seu corpo e as roupas foram deslizando para o chão.

    As coisas estavam fugindo um pouco do controle, mas Akemi não se importava. Nada mais importava agora que ela tinha o Capitão para si.

    A jovem sentiu um leve chacoalhar nos ombros e abriu os olhos lentamente. Ao seu redor estava Kaito com uma compressa fria sobre a testa da jovem e Hiroshi a olhava preocupado.


    Akemi: O que houve?? Cadê o Capitão??

    Kaito: Você desmaiou e ele foi chamar um médico.

    Akemi se aprumou na cadeira e percebe que estava vestida, mas o corpo dela ainda parecia estar pegando fogo. Infelizmente não era o tipo de fogo que ela havia imaginado.

    Akemi: Eu estou bem...só preciso deitar um pouco.

    Ela se levantou com uma leve tontura, mas caminhou sozinha para o quarto porque tinha receio que as pessoas perceberem seus pensamentos e principalmente sua decepção com o Capitão Harada.

    Ela nunca o teve e nunca o teria.
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por Tellurian Seg Set 16, 2019 10:11 am

    Eis que apresento a todo vós a grande vencedora do nosso concurso de contos eróticos em homenagem ao dia do sexo:

    Parabéns, @Jolie_Scarlatt pela vitória no concurso!

    Você recebe a partir de agora um Desejo, a ser utilizado quando você achar melhor, de acordo com as regras postadas no inicio deste tópico. Além do desejo, você também recebe 20 XP pelo conto!

    Os demais participantes, @Larissa Aprill e @Christiano Keller também recebem os 20 XP referentes à participação!
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Conto de aniversário para Larissa

    Mensagem por Tellurian Qua Nov 27, 2019 12:29 pm

    @Larissa Aprill, segue aqui meu humilde presente de aniversário para você. Um modesto conto, uma pequena fábula, contado uma versão alternativa da relação entre Akemi e o Cap. Harada. Espero que você (e quem mais ler) goste ^^

    O conto está ficando um pouco maior do que eu planejava, então vou postar em partes, ok?

    ==============================
    O prêmio do Caçador

    As coisas nem sempre são o que parecem ser.

    Os viajantes que transitavam pela Nakasendo torciam o nariz quando passavam por Sanosuke Harada no caminho. O rapaz tinha fome e precisava descansar, então acomodara-se às margens da estrada, ao lado de uma bela ponte de madeira pintada de vermelho e com detalhes em dourado. O riacho que a ponte ultrapassava fornecera-lhe um belo peixe, que agora assava sobre uma crepitante fogueira.

    O jovem coçou a barba. Já havia umas duas semanas que não raspava os desgrenhados pelos que cobriam-lhe o queixo fino. Os cabelos castanhos curtos estavam embaraçados e sujos. Percebera os olhares incomodados dos passantes e cheirou as próprias roupas. Sentiu que, pelo menos pelo cheiro, poderia facilmente passar por um macaco das montanhas. Lembrou que não tomara um banho desde que iniciara a sua jornada, a uma semana.

    -“Ei, vagabundo. Não queremos gente da sua laia aqui.”- Uma voz rude veio do alto da ponte. Harada ergueu os olhos e viu um nobre Samurai. Tinha as roupas finas em um corte de seda, provavelmente estava a caminho da Capital para alguma cerimônia de beija-mão ou coisa do tipo. Trazia as tradicionais espadas na cintura, e tinha as mãos sobre a sua longa katana.

    -“O seu fedor está incomodando toda essa gente de bem. Vá embora.”- O samurai empertigou-se na pose mais nobre que conseguiu fazer, enquanto acenava e sorria aos passantes. Uma donzela deu um risinho de satisfação.

    -“Oooh... o narizinho delicado do samurai se ofende com o cheiro de um homem de verdade? Essa mão sobre a espada vai fazer alguma coisa, ou você é o tipo de cachorro que só sabe latir?”- Harada se levantou. Então o samurai pôde perceber que o vagabundo era um homem alto e de constituição sólida. Mas mais intimidador ainda era que o que todos pensavam ser um cajado de viajante na realidade era uma grande e poderosa lança em cruz.

    O samurai engoliu em seco, mas lançou um olhar à pequena multidão que já se aglomerava para assistir a luta que começara a se desenhar. Fora vítima de sua própria galhofaria. Convocara a atenção dos passantes para vê-lo humilhar um indigno, mas não esperava enfrentar um combatente. Sentiu a ira pulsar dentro de si. Era um nobre samurai, versado nas artes da espada. Não perderia para um indigente boca suja. Sacou a espada e lançou-se em uma poderosa arremetida contra o sujo oponente.

    Acontece que as coisas nem sempre são o que parecem ser. Sanosuke Harada era, ele também, membro de uma família de samurais. E um daqueles que são poderosos mesmo entre os poderosos. Girou a imensa lança como se ela nada pesasse, e sua lâmina se chocou com a do samurai enfurecido, travando-a na lâmina em cruz de sua lança. Após abaixar a espada do samurai com a sua, girou novamente a arma e acertou a fronte do seu adversário com a outra ponta da lança, quebrando-lhe o nariz e deixando-lhe sem sentidos no chão. Para espanto da multidão, a luta acabara em apenas um movimento, com vitória do mendigo imundo.

    -“O que? Só isso? Que decepção.”- Sanosuke coçou a cabeça.

    ***

    Seguira o riacho até longe da vista dos passantes. Precisava de um banho, tinha ciência. Além do mais, havia alcançado a montanha que procurava, daqui em diante, abandonaria as estradas principais e começaria a sua caçada. As pedras do leito do riacho eram escorregadias, mas Sanosuke caminhava por elas com destreza e rapidez. Usava o cabo longo de sua lança como um equilibrista usa a vara na corda-bamba. Com o auxilio da arma, conseguia manter o prumo e seguir a caminhada sem maiores escorregões ou acidentes.
    O riacho crescera em velocidade e força, e o rugir de uma cachoeira começou a ecoar por entre os sons da mata que cobria os arredores da montanha. Sanosuke sorriu. Um bom banho de cachoeira iria deixá-lo novo em folha, dando-lhe novas forças e novo ânimo no prosseguimento da sua caçada. Acelerou o passo e seguiu em frente. Porém, quando venceu a mata e alcançou a clareira da cachoeira, deteve-se imediatamente, com os olhos arregalados.

    Uma jovem banhava-se nas águas da cachoeira, de pé sobre as pedras, completamente nua. O frescor da juventude modelava as curvas do corpo da moça que não deveria ter mais do que seus vinte anos. O samurai engoliu em seco ao observar a moça lavando os longos cabelos negros na água corrente da cachoeira. Era bem alta para uma mulher japonesa, apenas uns dez centímetros menor que o samurai. A curva das costas mostrava uma pele branca delicada que poderia ser feita de seda. A cintura fina ganhava contornos levemente mais avolumados no quadril arrendondado, com pernas torneadas e fortes. A moça virou-se, e Harada permitiu-se passear com os olhos pelo corpo da mulher. Observou os seios pequenos e arrebitados, a barriga esbelta, o umbigo longilíneo. Sentiu o desejo latejar em si quando observou os ralos pelos que cobriam-lhe a flor. Foi quando a emoção superou-lhe o equilíbrio e ele deslizou na pedra coberta de musgo, caindo ruidosamente no rio.

    Por alguns momentos, perdeu-se na turbulência das águas, sem noção da posição que estava. A lança enroscou-se em seus braços e não permitiu que nadasse, e o rapaz acabou engolindo água. Sentiu o líquido penetrar queimando em seus pulmões. Poderia ter se afogado, se a profundidade do riacho não fosse menor do que o suficiente para cobrir-lhe a cintura. Quando sentiu o fundo de cascalho, recuperou o equilíbrio e se ergueu, tossindo e cuspindo a água que lhe invadira, permitindo que o ar retornasse a seus pulmões.

    Porém, a jovem desaparecera. Óbvio. Fizera barulho o suficiente para ser ouvido de Edo. E com certeza a moça não apreciava banhar-se sob plateia. Sentiu um certo conflito de emoções. Por um lado, sentia-se mal por ter violado a intimidade da garota e se perguntava se teria a oportunidade de se desculpar. Por outro, estava maravilhado pela beleza que testemunhara, e ávido por vê-la novamente. Suspirou pesadamente e se despiu. Afinal, ele mesmo precisava de um banho, e de fazer a barba. A moça certamente pensava que fora atacada por um macaco da floresta. Assim, saiu do rio, acendeu uma fogueira e pôs as roupas penduradas para secar. A água gelada não o incomodava mais, visto que já havia mergulhado nela de forma involuntária. Assim, começou-se a se esfregar, removendo a camada de sujeira que se aglomerava na sua pele. Brincava na água, indiferente e ignorante dos olhos que o observavam da mata.

    ***
    Dalek
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Rosas e chás.

    Mensagem por Dalek Sex Mar 06, 2020 4:45 pm

    Rosas e chá.

    O rapaz era sagaz na escrita, ele montava uma de suas partituras sentado na varanda ao lado de uma xícara de chá e um bolo feito por Madame Maria, a governanta da casa. Escrevia rapidamente olhando o horizonte e colocava seu lapis na boca para pensar em um trecho melhor , era assim que compunha todas as tardes, quando inspirado, corria pra varanda e começava seu longo mordiscar de lapis. Madame Maria observava de baixo do mesanino espreitando a cada movimento do seu patrão, esperando uma ordem ou um pedido para atender sem demora e ser chamada com mérito de  melhor empregada da casa. Sua filha Rose tambem trabalhava para os Oxford desde os 18 anos quando se tornou adulta o suficiente para ganhar seu dinheiro com respeito, Mas ela servia a família tambem quando pequena ajudando a brincar com Clement e cuidando para que seu futuro patrão nao se machucasse ou se metesse em encrencas.

    Rose era uma moça simples mas bonita, seu rosto suave era fino e dava altos relevos para sua maçãs na buchecha bem corada, seus cabelos ruivos fortes eram de longe um farol de beleza que chamava atenção ate do menos percebido, seu corpo em plena idade era o que mais atraiam a vizinhança, de tempos em tempos podiam se ver homens indo ate a casa das serviçais que ficava adjacente a mansão.
    Eles levavam buquês, chocolates, ursos, flores solitarias de tudo era visto, ate mesmo uma vez Clement pode ver um rapaz carregando uma grande caixa de frutas na esperança de que Rose pudera gostar e aceitar seu flerte. Não sabiam eles que Rose nao queria presentes, Rose queria que a deixassem em paz, ela nao via sentido em homens de todo o bairro a procurarem na esperança de algo, ela era uma decendente das serviçais Oxford e era isso que ela queria ser, como sua avó, mãe e tia, nao podia se ver casada ou se quer namorando alguem que o tirasse do rumo. Ela era uma graça cheia de pintinhas no rosto e sardas por toda a buchecha como uma fruta mudando de epoca. Rose era independente e sabia fazer seu trabalho como ninguem, sua mãe a ensinou bem, na medida que seu patrão foi crescendo ela se viu mais atraída pelo trabalho, sua vontade de servir a Clement e a toda a família era o fogo que mantinha os motores de seu peito. Clement era um rapaz tao gentil e tão bonito era um orgulho ir a algum lugar ao lado dele, algumas vezes ele acompanhava Rose a feira do centro para carregar suas sacolas, era fofo como ele se preocupava com cada empregada da casa, principalmente com ela, que de tempos em tempo trocavam olhares, "sera que era minha imaginação" ela pensava, "não nao nao" e vivia nesses momentos platônicos.

    Então Clement pega a xícara e bebe devagar o líquido deixando um pequeno bigode molhado na pelugem que havia debaixo do nariz, de baixo do mesanino era possível ver ate mesmo o vapor do chá que ja nao estava mais tão quente, e Clement deu o sinal, olhou para os lados, para baixo, até mesmo debaixo de sua cadeira, ele precisava de algo, e Madame sabia disso, rapidamente entra e começa a subir as escadas em direção ao corredor que levava a área da varanda no segundo andar. Alguns momentos depois quando chega a porta, ve longos cachos vermelhos muito familiares, Rose está na porta atendendo seu patrão, já não é mais necessário sua ajuda. Madame então em silêncio retorna os passos que fez rumo as escadas deixando sua pupila e filha cuidarem do assunto, na sua mente passam varias coisas a respeito dela, mas todas com toda certeza são de orgulho.

    " -Rose me ajude por favor!, Eu não encontro de jeito nenhum meu..."
    Antes que Clement possa terminar a frase Rose coloca as mãos na boca para cobrir a risada repentina. Clement para de falar e olha para sua amiga, buscando o por que da risada.
    "Seu lapis senhor?" , Rose gagueja enquanto termina de rir. Clement arregala os olhos num salto de surpresa. "Isso mesmo ! Como vc..." Novamente rose o interrompe, se aproximando bem de seu rosto, tanto que pode sentir o leve arroma de hortelã do seu hálito, ela olha para seus olhos indecisa, inquieta se aproxima a ponto de quase seus lábios carnudos se tocarem e num leve carinho em seu rosto leva as mãos na orelha de Clement e retira o lápis que pusera ali sem perceber, se afastando rapidamente e mostrando o lápis diante de seus olhos.

    "- Tcharan!!!, Como mágica!"

    Madame Maria pode ouvir gargalhadas do segundo andar, Clement certamente estava em boas mãos.
    2Miaus
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    Caos de espadas, balas e arte Empty Re: Caos de espadas, balas e arte

    Mensagem por 2Miaus Seg Mar 30, 2020 5:21 pm

    Teste

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    Mensagem por Rolador de Dados Seg Mar 30, 2020 5:21 pm

    O membro 'Larissa Aprill' realizou a seguinte ação: Lançar dados


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    Mensagem por 2Miaus Sáb maio 30, 2020 6:10 pm



    Novo vídeo da Akemi e do Harada Embarassed
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    Mensagem por Christiano Keller Dom maio 31, 2020 1:21 am

    Larissa Aprill escreveu:

    Novo vídeo da Akemi e do Harada Embarassed
    Ficou boa a montagem.
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    Mensagem por Sandinus Qua Out 27, 2021 12:23 pm

    Mesa arquivada por falta de movimentação do mestre a mais de 90 dias. Caso deseje retoma-la, por favor entrar em contato com a moderação.
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      Data/hora atual: Sex Nov 15, 2024 11:31 am