São Paulo

Resumo

São Paulo é um município brasileiro, capital do estado homônimo e principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul. É a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo o hemisfério sul. São Paulo é a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo, em 2016, a 11ª cidade mais globalizada do planeta, recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC). O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é Non ducor, duco, frase latina que significa "Não sou conduzido, conduzo".


Fatos Notórios

Fundada em 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Ipiranga, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a São Paulo Fashion Week e a Parada do Orgulho LGBT.

O município possui o 10º maior PIB do mundo, representando, isoladamente, 10,7% de todo o PIB brasileiro e 36% de toda a produção de bens e serviços do estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil, além de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional em 2005, e por mais de 40% das patentes produzidas no país. A cidade também é a sede da B3 (sigla de Brasil, Bolsa, Balcão), a 5.ª maior bolsa de valores do mundo em capitalização de mercado (dados de 2017), resultado da fusão da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA) com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). São Paulo também concentra muitos dos edifícios mais altos do Brasil, como os edifícios Mirante do Vale, Itália, Altino Arantes, a Torre Norte, entre outros.

A cidade é a 8ª mais populosa do planeta e sua região metropolitana, com cerca de 21 milhões de habitantes, é a 10ª maior aglomeração urbana do mundo. A capital paulista também possui um caráter cosmopolita, sendo que, em 2016, possuía moradores nativos de 196 países diferentes. Regiões ao redor da Grande São Paulo também são metrópoles, como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba; além de outras cidades próximas, que compreendem aglomerações urbanas em processo de conurbação, como Sorocaba e Jundiaí. Esse complexo de metrópoles — o chamado Complexo Metropolitano Expandido — chegava a 33 milhões de habitantes em 2017 (cerca de 75% da população do estado e 12% da população do país) formando a primeira megalópole do hemisfério sul, responsável pela produção de 80% do PIB paulista e de quase 30% do PIB brasileiro.


Cultura Local

São Paulo é considerada polo cultural no Brasil, tendo-se consolidado como local de origem de toda uma série de movimentos artísticos e estéticos ao longo da história do século XX. Apesar de tradicionalmente rivalizar com o Rio de Janeiro o status de sede das principais instituições culturais do país, é em São Paulo que existe o maior mercado para a cultura, tendo hoje se consolidado como uma das principais capitais culturais do Brasil e da América Latina.

A cultura da cidade de São Paulo foi largamente influenciada pelos diversos grupos de imigrantes que ali se estabeleceram, principalmente italianos. São Paulo possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculo, bares e grandes eventos culturais como a Bienal de São Paulo, Virada Cultural e o São Paulo Jazz Festival. Instituições de ensino, museus e galerias de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, a maior universidade pública do país — a Universidade de São Paulo — a maior universidade privada — a Universidade Paulista — e a maior casa de espetáculos do país, o Credicard Hall).

Entre os museus mais famosos da cidade estão Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu do Ipiranga, o Museu de Arte Sacra, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outras instituições de renome. Também abriga um dos cinco maiores parques zoológicos do mundo, o Parque Zoológico de São Paulo.

O novo dia que começara na vida de Gláucio não era, na realidade, muito diferente de qualquer outro dia que ele já houvesse vivido. O homem, com princípios bem claros em mente e raiva enterrada em cova rasa no peito, recebia o primeiro de seus alunos daquela manhã com um sorriso no rosto.

Tomás era um jovem de 19 anos, incomumente dedicado às artes marciais e, assim como seu professor, enxergava uma grande prostituição das técnicas ao as colcoar num octógono, mas assim como seu professor, também precisava de dinheiro e, na atual conjuntura, era o jeito mais óbvio para se viver da luta.

- "Oss!" - Disse com uma reverência, enquanto Gláucio começava a alongar as pernas, sem que o visse entrar. - "Sensei, este jornal estava lá fora." - Colocando o jornal sobre uma mesa de madeira, no canto, e indo se aquecer.

Sem muito ânimo, e na realidade sem nem lembrar se possuia qualquer assinatura de jornal, Gláucio pegara o maço de papel cinza e, por capricho do destino ou não, uma enorme foto de Arnaldo, ao lado do Governador do Estado, com a manchete "SÓ A FÉ CURA".

Pouco tempo depois, iam chegando os demais alunos da manhã.

No momento que se lembrou de Arnaldo, a vista de Gláucio começara a embaçar, até, finalmente esvanecer. Após isso, apenas olhava - frente a frente - pra matéria prima dos seus dias. A escuridão o envolvera e tomara a consciência.

Quanto tempo houvera passado, não saberia precisar, mas o fato é que Gláucio acordara num local que ele próprio só havia visto por algumas fotos, muito tempo atrás - a luxuosidade da recepção não refletia nem à distância o inferno vivo que ocultavam os corredores daquela instituição.

O Hospital Colônia de Barbacena, a instituição psiquiátrica responsável pelo conhecido Holocausto Brasileiro. Ele estava na recepção, sua cabeça doía, mas em suas mãos havia um papel recortado de jornal. Seu escrito fora lido em voz alta pelo homem recém desperto.

- "O Portador da Ilusão está alojado aqui?" - Gláucio lera.

A recepcionista dissera.

- Não, não se encontra, mas ele pode estar esperando. - Ela entregara a Gláucio uma folha de papel com instruções sobre como chegar ao lugar adequado e lhe pedira - Agora saia, por favor.

Não sabia porque, mas Gláucio obedecera, ao menos até certo ponto. Deixando a porta do Hospital Colônia, dobrou à esquerda e jogou fora o papel. Não queria alertar esse Portador para sua vinda antes que seja necessário.

Sua mente girava. Gláucio sentia que estava assistindo um filme dele mesmo executando ações que ele não se lembrava de ter executado. E o pior, não conseguia agir contrariamente.

Mas o fato é que ele caminhou por quatro quarteirões pela rua em linha reta, naquela cidade pacata do interior de Minas Gerais; então virou à direita e caminhou mais um quarteirão. Depois parou, coçou o queixo e se virou. A rua havia mudado - toda a cor foi drenada do mundo à sua frente. Uma enorme cratera se abre no centro da rua. Nem um painel de vidro nas janelas das casas permanecera intacto, e todas as pessoas que vira passar naquela caminhada, até onde consegue enxergar, estão mortas e desfiguradas.

Gláucio dera um passo para trás. Ao lado, no chão, percebera o único objeto colorido - uma caneta de tinta vermelha - num gesto rápido, pegou-a e a enfiou no bolso. Enquanto observava, o efeito de descoloração se espalha lentamente, revelando o que parece ser o resultado de um ataque militar a um mundo em preto e branco: prédios destruídos, ruas destruídas e pessoas mortas por toda parte.

Ainda sem saber o porque, cobrira rapidamente os olhos com as mãos e gritara

- Eu nego a verdade! Deixe o caminho permanecer!

De repente, um leve formigamento surgira nas pernas, apenas o suficiente para ser sentido. Abrindo seus olhos, o efeito ainda está se espalhando, mas Gláucio fica como estava no meio de sua ruína. Andara então direto pelo quarteirão até chegar a um armazém. As portas principais, embora dobradas e tingidas, ainda estão fortes. Ao lado das portas há uma placa de identificação de um prédio, como as que o caminhante confuso vê em Corpo de Bombeiros e similares, mas completamente em branco.

Retirando a caneta de tinta e escrevera na placa, tão pequeno quanto pôde legivelmente: "Quem sobreviveu para contar?"

Segundos depois, a tinta se acumulara em um ponto e, em seguida, começara a pingar - muito parecido com sangue na placa. Ele descrevera uma história, uma pessoa... o sobrevivente, contando sua história de horror e tristeza, e os fins para os quais ele caiu em uma tentativa de descobrir a história, para tentar garantir que isso não aconteceria novamente. Lentamente, Gláucio tivera a terrível sensação de que o próprio Portador era o sobrevivente de quem se fala.

No mento que essa sensação fora sentida, aquele "sangue" lhe garantira que isso não era verdade, antes de finalizar a história com a frase "Seu destino não é para o contar, mas seu legado vive."

Instantes se passaram e a caneta de tinta derretera na sua mão e a porta lateral do depósito se abrira. Correndo para dentro, entrara no escritório do gerente. Estava completamente escuro, mas não ousou gerar qualquer forma de luz, para não despertar o guardião de seus sonhos. Em vez disso, apalpou (e parecia saber exatamente onde apalpar) a em torno da mesa até sentir um objeto redondo e suave em suas mãos.

Ao toca-lo, o escritório vai sumira de vista, e Gláucio tivera um breve vislumbre da rua massacrada, em cores, antes que tudo ficou preto novamente.

Gláucio acordara dois dias depois daquela aula naquela manhã, sentado à mesa onde comia as refeições. Um jornal próximo grita de um ataque terrorista. Percebera que suas mãos ainda seguram o objeto.

O objeto em sua mão, era uma bola de aço, mais ou menos do tamanho de uma noz, e na sua mente, apenas uma frase: Este é o Objeto 51 de 538. O sobrevivente agora sabe de você e você dele. Este segredo ciumento será seu fardo por todo o tempo.