Winterbells estava no meio de um grande campo de batalha. Gigantescos tambores ditavam o passo da dança enlouquecida. O som metálico das espadas que chocavam contra outras espadas misturava-se ao som sutil das laminas cortando a carne e com os gritos dos atingidos. O cheiro forte de sangue espirrado das veias e artérias estava no ar, e causava mal-estar no feiticeiro. Para qualquer lado que se voltava, ele via a violência e as mortes... não sabia quem lutava por o que, ou quem estava certo ou errado... Estava estampada a loucura nos olhos dos guerreiros e guerreiras. Winterbells, agoniado, põe a mão sobre os ouvidos e fecha os olhos. Ele grita, “PAREM!” E para sua surpresa, os sons param. Ele abre os olhos e ve todos ao seu redor paralisados. E ele então ouve, em sua mente, “socorro!“ Winterbells já tinha ouvido o pedido de socorro antes. Ele grita, “aonde?“ “Pico da montanha da agulha! Por favor, preciso de sua ajuda!” E então um flash rápido revela uma elfa... Uma lendária elfa... Que nos antigos tomos falavam que eram os guardiões da natureza, mas que se afastaram da humanidade depois do cataclisma. E ela precisava de ajuda. *** Latidos. Winterbells acorda com os latidos de um cão vira-lata, e se espreguiça. Aos poucos se da conta de que estivera dormindo, e que tudo era um sonho, um sonho que continha um pedido de ajuda. Ele olha ao seu redor e percebe que estava próximo de uma fazenda ao lado da estrada que levava para a próxima vila. Já tinha caminhado muito em sua peregrinação pelo mundo, e finalmente se aproximava das fronteiras do reino de Alabam, em direção do Pico da Agulha. O feiticeiro olha para o céu acima e decide que era hora de prosseguir caminho. |
Fantasy World - Winterbells
- Hellkite
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Re: Fantasy World - Winterbells
– Ah... céus. – resmungou o feiticeiro, espreguiçando-se.
A noite não havia sido a mais confortável e seus músculos estavam um tanto doloridos. Analisou rapidamente os arredores e respirou fundo.
O cheiro do orvalho, a brisa correndo por entre as árvores... o cachorro. O panorama parecia um tanto diferente do que era há alguns momentos atrás.
"O sonho!", exclamou subitamente e, num ímpeto, tratou de fuçar seus apetrechos atrás de alguma coisa para anotar o que ainda recordava antes que a experiência evanescesse nas brumas da mente. Haveria de ter alguma coisa naquela parafernalha ritual, ainda que o estoque de um feiticeiro errante como Winterbells não fosse nada pomposo. Uma pena e uma folha bastariam para fazer breves anotações, mas... por algum motivo, a tinta parecia ter desaparecido de sua bolsa.
– Aaaah, merdas! Três merdas!
Inconformado, o feiticeiro olhou fixamente para o cachorro que ali se encontrava tempo o suficiente para cogitar abordá-lo. Deveria ser um espírito trapaceiro da floresta, um daqueles com mão leve. Ele apontou o dedo para o canino, que respondeu seu desdém com mais alguns latidos, apenas.
Era um cão comum, e a julgar pelos arredores certamente pertencia a alguém.
– Eu não... notei essa fazenda ontem, notei? Ora essa.
Franziu o cenho, ainda que a máscara ocultasse suas expressões. Retornou o que havia pegado da bolsa e, após uma breve checagem se estava tudo nos conformes, partiu em direção à fazenda. O que quer que os ventos do destino reservassem à ele, uma pausa decente e algumas informações não fariam mal. Quiçá um lanchinho para degustar até chegar no próximo vilarejo. Há alguns dias que alimentava-se apenas de nozes e água.
"E eu poderia ter pedido abrigo. E tinta!", resmungava continuamente em pensamento enquanto aproximava-se.
A noite não havia sido a mais confortável e seus músculos estavam um tanto doloridos. Analisou rapidamente os arredores e respirou fundo.
O cheiro do orvalho, a brisa correndo por entre as árvores... o cachorro. O panorama parecia um tanto diferente do que era há alguns momentos atrás.
"O sonho!", exclamou subitamente e, num ímpeto, tratou de fuçar seus apetrechos atrás de alguma coisa para anotar o que ainda recordava antes que a experiência evanescesse nas brumas da mente. Haveria de ter alguma coisa naquela parafernalha ritual, ainda que o estoque de um feiticeiro errante como Winterbells não fosse nada pomposo. Uma pena e uma folha bastariam para fazer breves anotações, mas... por algum motivo, a tinta parecia ter desaparecido de sua bolsa.
– Aaaah, merdas! Três merdas!
Inconformado, o feiticeiro olhou fixamente para o cachorro que ali se encontrava tempo o suficiente para cogitar abordá-lo. Deveria ser um espírito trapaceiro da floresta, um daqueles com mão leve. Ele apontou o dedo para o canino, que respondeu seu desdém com mais alguns latidos, apenas.
Era um cão comum, e a julgar pelos arredores certamente pertencia a alguém.
– Eu não... notei essa fazenda ontem, notei? Ora essa.
Franziu o cenho, ainda que a máscara ocultasse suas expressões. Retornou o que havia pegado da bolsa e, após uma breve checagem se estava tudo nos conformes, partiu em direção à fazenda. O que quer que os ventos do destino reservassem à ele, uma pausa decente e algumas informações não fariam mal. Quiçá um lanchinho para degustar até chegar no próximo vilarejo. Há alguns dias que alimentava-se apenas de nozes e água.
"E eu poderia ter pedido abrigo. E tinta!", resmungava continuamente em pensamento enquanto aproximava-se.
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Re: Fantasy World - Winterbells
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Re: Fantasy World - Winterbells
– Uh... UH! – gemia o feiticeiro ao atravessar as águas geladas do riacho.
A temperatura da água estava desconfortável, de fato, gélida como o vento que soprava do norte.
Ele soltou uma risadinha, contudo. Havia algo de terno naquela situação. Parou por um instante por entre as pedras e observou a água correndo ao redor de seus pés.
Uma breve memória atravessou sua mente - uma que preferiu manter crua e sincera antes que se transformasse em palavras.
Fez uma travessia breve. Segurava seus sapatos enquanto subia a margem do riacho em direção àquela charmosa casa. Bicho-do-mato que era, optou por aproximar-se enquanto esgueirava-se pelas árvores que circundavam a propriedade, ainda que visivelmente não dispusesse da graciosidade felina de um ladino. Winterbells era um feiticeiro... peculiar. Havia algo de realmente bobo nele. Suas vestimentas, seu modo de caminhar. Sabe-se-lá que semblante escondia por trás daquela máscara.
Ele notou, portanto, o grande e parrudo rapaz que ali se aproximava. Intuiu que fosse o proprietário ou ao menos o responsável pelo local e percebeu em sua face a visível desconfiança.
Observou os sapatos em suas mãos e seus pés molhados. Sua aparência já estivera melhor. Soltou uma risadinha quando o homem dirigiu-se à ele como "senhor feiticeiro".
"Maneiras, Senhor Feiticeiro! Ao menos... maneiras!", apressou-se em pensamento.
– Oh! Bom dia senhor... Carson! É um prazer! – disse, após uma breve pausa para lembrar-se do nome que o homem acabara de dizer. Fez uma reverência. – Sinto muito por esta rude intrusão. É um viajante cansado que vos fala.
Ele deu alguns passos lentos em direção a Carson, mas manteve-se próximo às árvores.
– Bem... já estou caminhando há algum tempo. Eu não sei quanto tempo devo tomar até encontrar o próximo vilarejo, então seria de grande valia se eu pudesse colher algumas informações aqui. Oh, e um pouco de tinta!
"Oh, e um banho quente. O que eu não daria por um banho quente? Eles certamente comem muito bem aqui também", pensou tão alto e com tanta sinceridade que achou que Carson poderia ouvir. Isto ficou implícito em um sorriso.
A temperatura da água estava desconfortável, de fato, gélida como o vento que soprava do norte.
Ele soltou uma risadinha, contudo. Havia algo de terno naquela situação. Parou por um instante por entre as pedras e observou a água correndo ao redor de seus pés.
Uma breve memória atravessou sua mente - uma que preferiu manter crua e sincera antes que se transformasse em palavras.
Fez uma travessia breve. Segurava seus sapatos enquanto subia a margem do riacho em direção àquela charmosa casa. Bicho-do-mato que era, optou por aproximar-se enquanto esgueirava-se pelas árvores que circundavam a propriedade, ainda que visivelmente não dispusesse da graciosidade felina de um ladino. Winterbells era um feiticeiro... peculiar. Havia algo de realmente bobo nele. Suas vestimentas, seu modo de caminhar. Sabe-se-lá que semblante escondia por trás daquela máscara.
Ele notou, portanto, o grande e parrudo rapaz que ali se aproximava. Intuiu que fosse o proprietário ou ao menos o responsável pelo local e percebeu em sua face a visível desconfiança.
Observou os sapatos em suas mãos e seus pés molhados. Sua aparência já estivera melhor. Soltou uma risadinha quando o homem dirigiu-se à ele como "senhor feiticeiro".
"Maneiras, Senhor Feiticeiro! Ao menos... maneiras!", apressou-se em pensamento.
– Oh! Bom dia senhor... Carson! É um prazer! – disse, após uma breve pausa para lembrar-se do nome que o homem acabara de dizer. Fez uma reverência. – Sinto muito por esta rude intrusão. É um viajante cansado que vos fala.
Ele deu alguns passos lentos em direção a Carson, mas manteve-se próximo às árvores.
– Bem... já estou caminhando há algum tempo. Eu não sei quanto tempo devo tomar até encontrar o próximo vilarejo, então seria de grande valia se eu pudesse colher algumas informações aqui. Oh, e um pouco de tinta!
"Oh, e um banho quente. O que eu não daria por um banho quente? Eles certamente comem muito bem aqui também", pensou tão alto e com tanta sinceridade que achou que Carson poderia ouvir. Isto ficou implícito em um sorriso.
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Re: Fantasy World - Winterbells
Winterbells ve o rosto do Senhor Carson se enfurecer. Ele levanta o braço para o alto e grita, “quantas vezes já falei para você não aparecer mais na fazenda! Fora dqui, Martin!” O senhor da fazenda pega uma pedra no chão e atira em direção do riacho, onde um jovem se encontra,fazendo zombarias. Ele foge quando Carson se dispõe a correr atrás dele. Ele volta para falar com Winterbells, limpando o suor da testa. “Desculpe, mas este moleque vem aqui se engraçar com as minhas meninas... Por favor, entre em casa!”, diz, fazendo um sinal para a porta. As filhas do senhor Carson, Vicky e Lynn, preparam um café da manhã simples, com frutas, pão e queijo. Elas estão ao mesmo tempo curiosas e envergonhadas com a presença do feiticeiro. O pai delas as manda para a roça, enquanto faz o desjejum com Winterbells. “É difícil ver um feiticeiro por estes lados”, diz Carson enquanto come um pedaço do pão, “a vila é muito afastada da capital... Não sei se posso ajudar nas informações, mas pode perguntar. Quanto a tinta, eu tenho, mas o senhor sabe, não é fácil de arranjar...” O fazendeiro coça a barba, olha para os lados, e se aproxima de Winterbells. Ele fala em tom conspiratório, “olha, posso arranjar a tinta, mas voce tem que me ajudar... Sabe este rapaz que afugentei, o Martin? Pois bem, ele esta querendo se engraçar com minhas meninas, e ele não presta! Se voce der um susto nele para não vir mais encher minhas paciências, eu te dou a minha tinta...e pode passar alguns dias aqui na minha fazenda” |
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Neófito - Mensagens : 14
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- Mensagem nº6
Re: Fantasy World - Winterbells
A rapidez com que o temperamento de Carson mudou foi algo divertido de se observar. O feiticeiro soltou um riso breve mas não muito expressivo, afinal, queria manter a pose. Fitou a expressão do homem e acompanhou, quieto, seus movimentos enquanto ele pegava a pedra e a atirava ao riacho, em direção ao rapaz que ali estava. Pelo barulho que ouviu ela certamente não atingiu Martin. Winterbells teve que se segurar para não rir ainda que, no espaço de tempo em que Carson dispôs-se a correr atrás de seu alvo, um grande sorriso se formou na boca do feiticeiro. Ele logo tratou de desfazê-lo quando seu anfitrião retornou.
A ele, então, é oferecido um convite para entrar na casa. Ele segue Carson até a porta com um silêncio cordial. Os comentários que gostaria de tecer agora provavelmente arruinariam sua estadia naquela casa e, apesar de seu olhar cômico em relação à situação toda, não poderia desdenhar da gentileza que lhe foi concedida. Especialmente no estado em que se encontrava: faminto, desinformado e implorando por um banho.
Eles, então, adentram a residência.
As condições em que o feiticeiro se encontrava o fizeram reparar imediatamente na comida. Como uma mariposa atraída por um lampião, o feiticeiro era atraído pelos alimentos. Ele apenas reparou nas garotas quando seu pai lhes ordenou que fossem à roça, e só então reparou no comportamento pueril de ambas. Fez uma reverência antes que elas saíssem.
"Céus", pensou enquanto abocanhava com uma sutil voracidade o pão e o queijo... e as frutas, em seguida. Foi uma experiência grandiosa para seu organismo, que há dias só via nozes e água.
O anfitrião comentou algo. Ele falava da vila.
– Oh. – ele iniciou, como se lembrando-se repentinamente de algo enquanto mastigava o pão. – Oh, sim, o vilarejo!
Senhor Carson, este feiticeiro está em uma... LENDÁRIA jornada! – Winterbells gesticulava com o pão. Foi tomado por uma teatralidade inesperada após tê-lo mordido. – Eu caminho em nome daqueles que dançaram por este reino desde antes da aurora da humanidade! Minhas palavras tecem o caminho das estrelas e meus pés tocam as escamas do Grande Dragão da Terra! E para que meu miraculoso destino se manifeste, eu...
Ele se interrompeu ao notar a euforia evidente. Fazia uma pose heróica apontando um pão mordido aos céus e apoiando o pé na cadeira. Pigarreou. Sentou-se novamente, recompondo-se. Não era o momento de agir como um bardo moribundo.
– Digo... ahm... estou atrás de uma colina. Isso, uma colina. Um pico. Pico da... Pico da Montanha da... urgh, céus, nomes deveriam ser menos complicados. Olha, eu não lembro exatamente o nome desse lugar aonde eu estou indo. Se eu pudesse desenhá-lo talvez o senhor reconhecesse.
E então Carson fez-lhe esta proposta. Winterbells considerou que sua magnífica performance poderia ter sido executada em um momento inoportuno, mas não podia negar seus impulsos. Definitivamente havia sido criado por bardos. Ponderou se deveria aceitar a proposta, mas, considerando sua introdução, um susto por um punhado de tinta e uns dias de estadia parecia uma troca justa.
Ele haveria de arquitetar algo interessante.
– Muito bem, senhor Carson. Sua hospitalidade é... – pigarreou novamente. Diplomacia era um jogo divertido. – ...admirável.
Winterbells estendeu a mão direita.
A ele, então, é oferecido um convite para entrar na casa. Ele segue Carson até a porta com um silêncio cordial. Os comentários que gostaria de tecer agora provavelmente arruinariam sua estadia naquela casa e, apesar de seu olhar cômico em relação à situação toda, não poderia desdenhar da gentileza que lhe foi concedida. Especialmente no estado em que se encontrava: faminto, desinformado e implorando por um banho.
Eles, então, adentram a residência.
As condições em que o feiticeiro se encontrava o fizeram reparar imediatamente na comida. Como uma mariposa atraída por um lampião, o feiticeiro era atraído pelos alimentos. Ele apenas reparou nas garotas quando seu pai lhes ordenou que fossem à roça, e só então reparou no comportamento pueril de ambas. Fez uma reverência antes que elas saíssem.
"Céus", pensou enquanto abocanhava com uma sutil voracidade o pão e o queijo... e as frutas, em seguida. Foi uma experiência grandiosa para seu organismo, que há dias só via nozes e água.
O anfitrião comentou algo. Ele falava da vila.
– Oh. – ele iniciou, como se lembrando-se repentinamente de algo enquanto mastigava o pão. – Oh, sim, o vilarejo!
Senhor Carson, este feiticeiro está em uma... LENDÁRIA jornada! – Winterbells gesticulava com o pão. Foi tomado por uma teatralidade inesperada após tê-lo mordido. – Eu caminho em nome daqueles que dançaram por este reino desde antes da aurora da humanidade! Minhas palavras tecem o caminho das estrelas e meus pés tocam as escamas do Grande Dragão da Terra! E para que meu miraculoso destino se manifeste, eu...
Ele se interrompeu ao notar a euforia evidente. Fazia uma pose heróica apontando um pão mordido aos céus e apoiando o pé na cadeira. Pigarreou. Sentou-se novamente, recompondo-se. Não era o momento de agir como um bardo moribundo.
– Digo... ahm... estou atrás de uma colina. Isso, uma colina. Um pico. Pico da... Pico da Montanha da... urgh, céus, nomes deveriam ser menos complicados. Olha, eu não lembro exatamente o nome desse lugar aonde eu estou indo. Se eu pudesse desenhá-lo talvez o senhor reconhecesse.
E então Carson fez-lhe esta proposta. Winterbells considerou que sua magnífica performance poderia ter sido executada em um momento inoportuno, mas não podia negar seus impulsos. Definitivamente havia sido criado por bardos. Ponderou se deveria aceitar a proposta, mas, considerando sua introdução, um susto por um punhado de tinta e uns dias de estadia parecia uma troca justa.
Ele haveria de arquitetar algo interessante.
– Muito bem, senhor Carson. Sua hospitalidade é... – pigarreou novamente. Diplomacia era um jogo divertido. – ...admirável.
Winterbells estendeu a mão direita.
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- Mensagem nº7
Re: Fantasy World - Winterbells
NRPG: Diplomacia. Roll 10. As palavras pomposas de Winterbells são recebidas com um erguer de uma das sobrancelhas do senhor Carson, que parecia ser do tipo mais pés no chão do que sonhador.
Isto era mais algo que o dono da fazenda se interessaria, auxiliar alguém pedindo por direções. Ele se levanta rapidamente da cadeira, vai em direção de um armário e retorna com um pedaço de papel e tinta. O feiticeiro faz um esboço, e logo Carson acena com a cabeça. “Sim, sim, este é o Pico da Agulha, esta na direção certa! Atravesse o vilarejo, e acompanhe o Rio das Lagrimas... Ele vai direto para a Floresta dos Sussurros, que fica nos pés da montanha. Cuidado que é território de criaturas terríveis, mas como você é um feiticeiro, não deve ter nada a temer”, diz, sem nenhum sarcasmo. Ou pelo menos Winterbells não percebeu sarcasmo nenhum...
Senhor Carson sorri com um dos lados da boca, satisfeito. Ele se aproxima, aperta a mão do feiticeiro, e logo passa para um abraço forte. Pelo visto Winterbells já era considerado da família. O fazendeiro cheira o pescoço do rapazote e franze o sobrecenho. “Pelas deusas, voce esta fedendo! Há quantos dias não toma um banho!”, diz, e joga uma toalha e sabão para o feiticeiro. “Vá se banhar e lave suas roupas no riacho, as meninas voltam somente a tarde. Depois eu mostro o celeiro onde ira dormir!” ** O tempo passou rápido, e já era tarde quando Winterbells começou sua vigília dentro da casa dos Carson. O senhor Carson tinha saído para fazer compras no vilarejo, e as meninas, Vicky e Lynn, estavam fazendo suas tarefas domesticas, como varrer a casa, lavar pratos e preparar o jantar. As duas sempre faziam questão de fazer alguma atividade próximo de Winter, dando risadinhas e olhando curiosas para o feiticeiro. Mais para o final da tarde, Winterbells percebe o barulho de pedrinhas atingindo a janela. As meninas ficam alvoroçadas e vão correndo para a varanda para ver quem era. De onde estava o feiticeiro pode ver que se tratava de Martin, o rapaz da vila, que fazia mimicas indicando propostas indecorosas, aos quais Vicky e Lynn riam sem parar. |