Posso pressentir o perigo e o caos
Fui no banheiro / Norte
Por sorte seu remedinho já estava começando a fazer efeito e sentia sua dor diminuir aos poucos. Sua respiração ia melhorando e não via mais necessidade de ficar totalmente dobrado para não gritar da dor incômoda que lhe acometia. Realmente a magia era algo bem perigoso nesse mundo. Certamente com três magias castadas o efeito em seu corpo seria catastrófico. Pelo que pôde medir, seu limite para conseguir se mover eram de duas magias, por enquanto, utilizando um descanso curto, com remédio, para passar os efeitos. De qualquer modo imaginava que ainda teria que descansar mais uns minutos a ponto de ter suas magias em uso novamente.
''Ora, parece até uma sessão de D&D com personagens em primeiros níveis.'' - Pensou, enquanto dedilhava seu canivete no bolso. - ''Se deixar o mago nível baixo tomar um soco já desmonta na hora.'' - Abanou a cabeça, pensando se não era melhor pegar 3 nivelzinhos de fighter para fazer aquele combinho maroto. - ''Saudades Gandalf.'' - Completou, saindo de seu devaneio e prestando melhor atenção no que acontecia à sua volta.
Scindia escreveu:- Estão nesse mundo, mas não são daqui. - ela recitou as palavras do Mago para si mesma antes de se virar para Celty - Porém, não acredito que não exista algo que os conecte. Nada acontece por acaso em Serenia. Hellion mantém um pulso firme ao redor dos ciclos desse mundo.
- Penso igual. - Disse simplesmente, olhando para Celty com o canto dos olhos enquanto a mesma se mantinha calada.
Naquele instante parecia que o veneno no sistema de Lux estava bem ativo, fazendo o rapaz ter alguns pensamentos.. legais. Antes acreditava que ambos ele e Lux tinham a mesma idade, mas agora, vendo os efeitos da droga, percebeu que ele era um pouco mais novo do que aparentava. Sorrindo, olhou para Celty curioso. Tinha visto um filme muito bom algum tempo atrás chamado Jogador número 1 onde era sugerido que um dos personagens pudesse ser um cara peludo e gordo, de meia idade, chamado Chuck, que vivia no porão da mãe. Resolveu não pensar muito nesse assunto naquele momento.
Lux escreveu:- AAaaaaa... mas mas o que está acontecendo aqui?
- O curso natural da vida, meu amigo. - Reparou na bússola caindo na chão, revelando uma foto. Olhou curioso para ela por alguns segundos antes de voltar sua atenção para a elfa. Seria a família de Lux na vida real? De qualquer modo assim que se sentisse melhor na questão de invocar alguma magia, tentaria usar sua magia de Detectar Veneno em Lux afim de tentar tirar o líquido de seu sistema. Caso não fosse algo urgente, esperaria o efeito passar naturalmente.
Scindia escreveu:- Estou esperando alguém. A magia que você sentiu... - ela olhava Onnerb diretamente agora - ... veio dela.
- Quem é.. ela? - Perguntou, curioso, enquanto observava a elfa retornando à sua posição primária de vigia. Imaginava que seria uma conjuradora de magias bem mais poderosa que o próprio Onnerb e isso, por si só, era algo de extrema importância para o mago inciante. Observaria bem a nova pessoa que chegasse.
Lux escreveu:- Maga? Mas não é o Onnerb o mago do grupo? Já não estou entendendo mais nada hehe.. hehe.. hehe... eu preciso ir ao banheiro
Dessa vez realmente riu alto com o comentário final de seu companheiro. abaixando um pouco a cabeça. Ao menos serviu para quebrar bem o gelo do local.
- Realmente Lux, um lugarzinho privado talvez fosse a melhor opção agora. - Disse, ainda rindo.
Scindia final escreveu:Eu vim para buscar o kalarel e descobrir se é c'moar. E então voltar à floresta. - Onnerb sentiu uma fisgada profunda com aquelas palavras: a ruiva estava em Forte Norte para levar para a floresta uma criança (kalarel). Uma criança que poderia ser fruto da violência (c'moar) - Aqueles idiotas acharam que sim. Mas eu não fui capturada.
- Oi? De que criança está falando? Ela tem alguma relação por ser fruto de alguma violência da cidade? Seria essa criança.. meio elfa?
Ficou aguardando a resposta com novos pensamentos na cabeça. Matutou por alguns segundos antes de chegar a alguma conclusão.
Celty escreveu:Nós vamos ajuda-la, mas nós também precisamos de suporte em seguida. Temos que encontrar um Rouxinol e só você pode nos ajudar, ficarei feliz em explicar mais, mas, você topa?
- Também acho que podemos nos ajudar. - Completava a fala de Celty, ainda meio surpreso pela mulher ter mudado de ideia tão rapidamente. Imaginava que não estivesse rolando alguma manipulação e ficou de olho nela em busca de algum sinal. De qualquer modo continuou sua fala. - Não acho produtivo conversar mais com o Comendador e ainda bem, pois estava quase queimando aquele maldito. - Fechou sua mão na lembrança daquele cara nojento. - Gostaria que explicasse melhor o sue plano. O que a criança tem a ver com tudo?