As respostas iam, finalmente, surgindo a medida que a conversa fluía. Era um tanto de informação para absorver, porém o mago fazia de tudo para tentar lembrar de tudo com sua devida importância.
- Isso? Foi isso que você viu?
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Exatamente.. Ele não me deixaria presa. A menos que algo acontecesse a ele.
Observador, o mago viu que a elfa estava pensando rapidamente, distraindo suas mãos com o que, provavelmente, seria um grande causador da siatuação.
- Pelo que eu pude entender, Mago, a ameaça a que você se refere sou eu.
Surpreso, mal percebeu que Scindia havia desmoronado ao seu lado. Já havia notado que aquela figura era uma personagem sagrada nas escrituras élficas e, mais estranho ainda, era algo que poderia ser do passado. Como mais explicar essa reverência quase beirando a infantilidade de sua companheira?
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Hmm.. certo, então eu tive uma visão do presente, baseado em acontecimentos do passado? Mas se for culpa desse ser na minha frente então devo ignorar o que ela vai falar a seguir? Será que não é ela a verdadeira vilã de tudo? - Pensou, nos poucos segundos que viu a elfa divina pensando.
- Vocês não estão em outro mundo. - ela retomou a fala, ainda um pouco surpresa com a atitude da ruiva - Estão caminhando sobre os Ossos do Tempo. - então era isso aquela imensidão branca: ossos - É possível acessar outros universos a partir de onde estão. Mas não com seu nível de Poder. A Magia da Mãe dos Humanos é fraca através de sua prisão fora dos limites do Mundo.
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Oro? - Olhou em volta, para os ossos do tempo. Ficou um pouco perplexo com esse conceito, mas resolveu disfarçar. Ficou um pouco chateado com a possibilidade do Poder, mas que seu nível ainda não poderia alcançar. -
Sim, estou em busca de mais poder para cumprir os objetivos impostos a mim. Mas não é uma tarefa fácil essa busca, viu? - Ficou momentaneamente quieto com a última fala. -
..Pera, Mãe dos Humanos?-
Então será que os ensinamentos estão errados? - Pensou, notando o Dom de Ilíria que a elfa havia falado por último. -
Talvez seja por isso que o conhecimento antigo seja tão disperso e os níveis de poder estejam baixos para os humanos nesse mundo. - Seus olhos iam de um lado a outro enquanto pensava. -
Se fosse basear em um RPG normal eu já teria experiência suficiente para estar muitos níveis acima, mas talvez o conhecimento seja o mais indicado para subir de nível por aqui... hmm - Realmente, viajava nas ideias.
Enfim. Visões. Portais. E a Fênix. - ela apontou para a ave no diadema - E vocês vêm até mim no dia exato em que... O amor vai nos condenar a todos, não é? A Maldição do Matador da Deusa vai alcançar Érenn. E não há nada que eu possa fazer para salvar meu povo...
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Vem na sabedoria humana nessa hora, minha consagrada. - Sorria triste enquanto olhava para ela. -
O amor sempre fode tudo. - Mas, de alguma forma, presa no Esquife de Cristal, eu consegui trazê-los até aqui. A questão é: por que vocês? - os olhos dela tinham um brilho intenso e hipnotizante. Scindia abriu a boca para dizer algo, mas a outra elfa a calou com um gesto - Não! É perigoso interferir na linha do tempo. Com a visita de vocês, já sei mais do que deveria saber... muito mais do que deveria saber...
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Sim, já suspeitava que aqui seria o passado. - Disse, fazendo a elfa olhar para ele. -
Essa interferência no passado terá consequências futuras. Mas devemos tentar mudar isso, não só pelo bem desse mundo mas também por nós, que estamos presos no seu mundo. Não sou daqui, afinal. Nem meus companheiros. - Olhou para elfa melhor, agora mais curioso. -
Afinal, quem é você mesmo?Ficava aguardando a resposta, vendo a causadora de intrigas ocupar-se com seus próprios pensamentos. Subitamente ficou com vontade de comer uma pizza e jogar Pokemon.
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Nossa, Pokemon - Pensou, sorrindo. -
Faz um tempo que não jogo. Será que já lançou Sword and Shield? Pena que o Switch é muito caro.. - Balançou a cabeça, clareando sua mente. Não era hora para isso.
- Eu quero que me libertem. Um Humano. E uma Filha de Ilíria que nunca recebeu seu Alfirin.
Ficou quieto agora, mais sério. Ali estava a missão imposta pela causadora da porra toda no tempo presente. Será que acreditaria nela mesmo?
Isso quer dizer que estou presa no Esquife de Cristal, mas não em Érenn. - os olhos castanhos de Scindia faltavam sair das órbitas - Fui levada. Por isso Lhandros não conseguiu me libertar. E se ele trancou o Reino...
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Quem é Lhandros? Que reino trancado? - Já começava a se irritar pela falta de informações novamente.
- Eu sou a Chave de Érenn. E a Chave está perdida para vocês. É por isso que a morte caminha entre os Filhos de Ilíria. Mago! - virando-se para Onnerb, a elfa se aproximou do reflexo - Só existe uma forma de abrir o Esquife. Vocês precisam encontrar o Alfirin do meu irmão mais novo, Lhandros. Ele usou seu metal sagrado para forjar alianças. Uma, ele mantém consigo. A outra, entregou à sua esposa Humana, a Princesa Elisa de Bellenus. Ao reunir as duas alianças, coloquem sobre o Esquife de Cristal. E eu poderei sair.
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Aahm.. - Disse, agora ficando tudo um pouco mais claro. -
Mas por qual motivo já não começou com tudo isso? Elfos.. vou te contar, heim. Pessoal enrolado. - Agora pensava na missão que estava sendo passada. Obviamente era difícil e, ao seu ver, não tinham muito tempo para isso. Mesmo que a elfa não respondesse quem era, obviamente era um ser ancestral que detinha o poder dos elfos e o poder para fazer mudanças no mundo.. pera,
Galadriel?
- Há uma estátua de Fênix em cobre. Ela guiará vocês até mim. Mas será preciso uma gota do sangue da Família Real de Érenn para despertar a estátua. Encontrem Lhandros ou... ou algum descendente dele.
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Certo.. essa parte nem parece mais difícil que todas as outras. Tranquilo. As Pérolas de Vida me manterão ilesa dentro do Esquife, mas apenas enquanto durarem! Não sei quantas faltam, mas... suspeito que não muitas! Corremos contra o tempo! - saindo de foco, a voz da elfa chegava abafada como se estivesse a grande distância - Lhandros jamais perdoará os que me levaram. Haverá guerra e mortes sem fim se e----
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Show, bem quando a coisa ia tomando as proporções mais perigosas o pessoal corta a conexão. Parece jogo online e a provedora da internet é aquela maldita NET do inferno. - Suspirou, se virando para Scindia.
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Vamos, levante-se. - Mostrava um pouco de preocupação com ela, mais do que com a fala da elfa divina, quem quer que fosse ela. -
Quem era ela, afinal? - Perguntou, ajudando-na a ficar de pé. Se permitisse também limparia um pouco das lágrimas da elfa durona. Iam caminhando lentamente até o portal aberto. Ficou tentado a levar um pouco dos ossos do tempo consigo, mas segurou esse ímpeto. Com certeza ia dar ruim.
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Scindia, não sei o que está acontecendo, mas depois falamos disso. - Agora já estavam chegando perto do portal. -
Mas eu prometo ajudar como puder. Obviamente a ser divina é importante para você e para seu mundo. Tudo está ficando mais claro para mim. - Olhava para o mundo claro onde estavam. Percebeu que havia feito uma piadinha ruim e involuntária. -
Enfim, o que quero dizer e o que está claro para mim é que eu devo e vou te ajudar. Seu mundo também. Afinal, tudo parece estar ligado. - Olhou para a elfa ainda abalada com carinho. -
O mais importante é que eu quero ajudar. Por minha vontade.Chegaram até o portal e passaram por ele juntos.
-
HOGWARTS!