A viagem

Deco chega cumprimentando os amigos.

-Fala aê rapaziada! Parece que a ruivinha de Psicologia chegou! Ai ai... - fala em tom de brincadeira.

Depois ele olha para a loira e o garoto.

- Então não vai ser o Rick que vai levar agente? Bem eu me chamo André, mas o xará aqui é mais formal que eu... Podem me chamar de Deco, belê?

Ele terminou dando um tapa no ombro de André.

- Está tudo bem, irmão? Se anima aí. Sabe que tamojunto né não?

Guilherme e a irmã se dirigem ao ponto de encontro e lá vê uma turma já reunida e uma criança ao lado de uma loura atlética, vira-se para irmã e diz: - Acho melhor você nós apresentar, eu não conheço ninguém e fica olhando as garotas, mas logo que se acha observado pega o celular e finge estar jogando...

"- Olá, me chamo Lana e você? Você também vai para a casa de praia?"
-Err sim, falo meio tímido, encaro meus pés e digo, eu sou filho da Denise, ela... err... cuida da casa, meu pai mandou eu ir

encaro as pessoas sem saber como me portar e me posiciono de maneira a ver a tela do celular do rapaz

Joaquim Miranda

Duas semanas atrás fui parar no hospital. Acordei à noite com a visão turva, os membros dormentes e a cabeça em chamas. Várias vezes achei que fosse desmaiar. Na triagem que fiz no Pronto Socorro, minha temperatura e pressão estavam normais, o que me levou ao final da fila de prioridade de atendimento. Duas horas e meia, respirando dentro de um saco plástico na sala de espera, para dez minutos de conversa com o médico e um comprimido de Rivotril. Uma experiência de quase-morte foi como descrevi na consulta meu primeiro ataque de ansiedade.

Segundo o médico, a solução mais adequada seria fazer terapia, que pressupõe gastos adicionais em meu orçamento já negativado. Quer dizer, sem condições. Ele então disse que eu deveria pelo menos tirar alguns dias de folga, caso contrário, poderia surtar mais uma vez. Estou de férias na faculdade e, se mantiver meus planos de dedicar esses dias para tentar vender minhas matérias, tenho certeza de que vou pirar.

Desde a hora que acordei de manhã, o dia da viagem, estou repetindo para mim mesmo que preciso relaxar. Em tese, esse é o objetivo da viagem, mas quero aproveitá-la para apurar uma ocorrência de grande repercussão nacional: o desaparecimento da filha de Monique Evans que também é proprietária da casa onde ficarei hospedado. Não tenho pretensão de desvendar o caso, mas pelo menos quero fazer contato com pessoas próximas a ela. O primeiro e importante passo foi conseguir o número de Cacá Werneck, namorada de Monique.

Não sabia nada sobre ela além do relacionamento com Monique. Após descobrir que ela nos receberia, comecei a bisbilhotar suas redes sociais. Não encontrei nada que despertasse meu interesse em suas publicações de fotos sensuais e declarações de amor. Ao contrário dela, não sou uma pessoa conectada ao amor, nem ao sexo. Temos, contudo, uma característica bem marcante em comum: somos vítimas de ansiedade e depressão.

Durante mais de uma hora de percurso da minha casa até a UERJ, onde me encontraria com ela e com desconhecidos que passariam as férias comigo, fico no fundo do ônibus lendo uma série de reportagens sobre o caso de Bárbara Evans, enquanto ouço entrevistas de sua mãe à época. Vez ou outra, meus pensamentos se desviam para a voz do médico, dizendo que preciso me desligar. Só que minha consciência a mil sempre refuta tal recomendação. É melhor fazer esse desgastante levantamento agora para não consumir minhas horas de lazer em Angra dos Reis depois.

Saí apressado de casa com receio de me atrasar e chego à faculdade com quinze minutos de antecedência. Para não ficar parado esperando, resolvo dar um passeio pelo campus. Não consigo afastar o pensamento de fracasso por não passar no vestibular daqui, ainda mais agora, que estou sem dinheiro para pagar as mensalidades do curso. No tempo de fumar um cigarro, fico observando o enorme prédio principal mal conservado.

Quantas pessoas a mais poderiam estudar aqui?

Logo imagino o prédio desmoronando, como um sinal de que, na verdade, cada vez menos gente se formaria por lá.

Devaneios fizeram com que me encontrasse com o grupo da viagem dentro de um limite tolerável de atraso. Vou direto em direção a Cacá, única pessoa que conheço e, ainda assim, bem superficialmente. Minhas informações sobre ela vinham das piores fontes possíveis - sites de fofoca e redes sociais -, mas bastavam para me sentir à vontade para cumprimentá-la com um abraço. Circulando pela roda, cumprimento e me apresento para cada um e, por fim, faço um comentário geral:

- E aí, alguém já conhece a casa? Quando vi o preço da diária, achei que, sei lá, colocaram o valor errado, ou estavam tentando nos enganar. Quer dizer... eu espero que não seja isso - olho com um sorriso para Cacá.

De todos os presentes o único a se aproximar de Cacá é o jovem repórter Joaquim, ainda lutando contra as sequelas de suas próprias crises de ansiedade ele trazia consigo uma série de informações que leu em mensagens de jornal há alguns dias. Entre as mensagens haviam alguns suspeitos.

Pesquisa no ônibus:

Ainda tímido, o jovem Guilherme fica ainda mais sem graça com a exposição que a irmã Carina tenta fazer dele um garoto popular cheio de "contatinhos"... Essas palavras o inibem de maneira tal que ele quase compete com o pequeno Miko se encolhendo ao ser paparicado por Lana, que assim como da primeira vez que encontrou com Deco em seu "sonho" lhe deixa de lado por um momento, mas se preocupa que algumas coisas não estejam acontecendo exatamente como ela sonhou. Deco dessa vez não notou o distanciamento da ruiva quem prentedia paquerar, mas sim o de seu amigo André que parecia estático e naquele momento Deco lembrou de si mesmo paralizado, quando decidiu de lutar, diante do grande monstro gigante naquela praia.

André ainda esta atônico com a chegada de todos, especialmente a naturalidade com que Deco e Lana passeiam e comprimentam à todos como se nunca tivessem tido nenhum problema...

@Artorias:

Beatriz é a última a chegar, ela via um fantasma que resolveu chamar de Ynara à partir dos sons que ouviu esse espírito sussurrar certa vez. Mas era algo que não comentava com ninguém.

Cacá Werneck, respondendo à Lana e Joaquim. Depois de receber o abraço.

-Eu creio que é esse o preço mesmo, Joaquim. Temos de ir logo, para não pegar trânsito. Se quiserem podem por as malas lá atrás, beleza?

@Dycleal:

Resultado 9: Por pouco você não fica travado de vergonha, mas acaba se aproximando meio tímido de uma garota ruiva que esta abaixada perto do menino Miko.

Guilherme observa a moça ruiva que conversa com a criança e acha legal esta atitude de dar atenção ao pequeno e de certa forma aquilo o deixa a vontade para abordar a moça e se abaixando pegunta: - Oi, você gosta de jogos? Você parece muito simpática.

Joaquim observa que havia algum estranho padrão relacionado à notícias naquele jornalismo, as informações estavam diagramadas de forma a tentar enviar algum tipo de mensagem.
Infelizmente não consegue descobrir qual... pelo menos não agora.

Deco observava que o "japa" cheio de contatos se aproximava de Lana, mas deixou de lado por enquanto. O silêncio de seu xará.

- André tá tudo bem, meu chapa? - fala baixo para o amigo segurando-o pelos ombros e dando uma leve sacudida nele.

- Lana! Alex! Vocês podem me dar uma força aqui com o André? Parece que ele não está legal...

@Katerine Le Blanc role dois dados dif 9 para Força de Vontade para evitar que sua maldição aflore.

Quando o rapaz fala de jogos Miko abre a boca para responder mas é interrompido pela bela ruiva, fecha as sobrancelhas com uma certa raiva, e de mau humor vai até as malas e começa a ajudar Beatriz a coloca-las no carro, e as malas dos outros também, como Miko não trouxe nada, irá ficar ajudando a sua mãe enquanto esses riquinhos se divertem senta-se no carro e aguarda em silêncio