Ambientação Geral
Os deuses sempre acompanharam a civilização e estão onde os grandes núcleos urbanos e/ou de poder estão - ainda que um panteão nunca esteja onde outro está naquele momento. Desse modo, quando o "centro do mundo" deixou de ser a Europa e se tornou os Estados Unidos da América, os deuses greco-romanos e seus meio-sangues acompanharam a mudança. Os deuses greco-romanos então basearam-se na cidade de Nova York, com o acesso ao Monte Olimpo se dado através do Empire State Building, no andar de número 600. Ao que tudo indica, o ascensorista (funcionário que auxilia a manobrar o elevador) é um semideus ou, no mínimo, um mortal capaz de ver através da névoa.
Em algum momento no passado, semideuses gregos e romanos tinham intensas batalhas entre si e, devido a isso, os treinadores de heróis decidiram que os meio-deuses não poderiam saber uns dos outros. Através de meios (provavelmente) mágicos, os semideuses de ambos os equipamentos esqueceram-se que existia um acampamento grego ou um romano, achando que o Acampamento que frequentavam era o único. Além disso, barreiras contra monstros foram erguidas ao redor dos refúgios para semideuses, de modo que dentro das fronteiras não podem ser atacados... A menos que alguém de dentro permita que os monstros entrem no Acampamento e, assim, atacam os meio-deuses.
Desde a antiguidade, os deuses tiveram um fraco por mortais. Esse fraco gerou muitos semideuses em todo o mundo e essa quantidade viria a causar problemas... Por mais que sempre houvessem causado guerras e disputadas, nunca foi tão ruim quanto nos anos de 1900. Guerras mundiais, armas de destruição em massa e, por fim, uma profecia que dizia que um filho dos Três Grandes causaria a destruição do Olimpo. Em consequência disso, um Tratado foi feito entre os deuses. Poseidon, Hades e Zeus não poderiam ter filhos com mortais até que a profecia fosse cumprida e os demais deuses não poderiam mais ter contato próximo com seus filhos.
O Tratado não foi respeitado por Poseidon e, tampouco, Zeus — chegava a ser irônico que o único que não desobedeceu havia sido Hades. No entanto, o Tratado traria mais problemas ao Olimpo do que esperavam: anos após a profecia, o afastamento dos deuses causaria indignação e rancor em alguns semideuses que viriam a se rebelar contra o Olimpo. Então a Segunda Guerra dos Deuses começava a se formar e, por anos, foi uma ameaça silenciosa. Até que explodiu e trouxe consigo o caos.
Os semideuses não tinham forças suficientes para enfrentar os deuses sem ajuda, mas sabiam quem poderia ter. Em silêncio, não apenas uma organização que por mais de um milênio se escondeu dos deuses bem em sua frente forneceu aos renegados um navio que poderiam usar como base e, paralelamente, Cronos sussurrava promessas e meios para derrotarem os deuses. Aos poucos, quanto mais semideuses renunciavam aos deuses e se juntavam a Cronos, mais ele ficava poderoso e próximo de sua ressurreição...
Por três anos, o exercito do titã se formou em silêncio. Foi o tempo que o Acampamento precisou para descobrir que algo estava errado e mandar equipes de reconhecimento tentar obter informações. As poucas equipes que retornaram tinham uma única informação: Cronos voltou. Era tudo o que os semideuses e deuses precisavam para começar a se preparar. Mesmo tendo muitos dispostos a lutar pelo Olimpo, ainda seria uma luta difícil e as chances de derrota eram altas... Muito altas e os custos de uma eventual vitória pareciam absurdamente elevados.
Então veio a informação que outros titãs também estavam de volta e seus domínios e movimentos causavam o caos no mundo mortal. devido as ações de Ceos e Perses, Jápeto e Febe liberavam monstros presos no Tártaro, Oceano e Tétis planejavam um ataque a Atlântida, Hyperion/Hiperião e Crios dominavam o Monte Ótris e São Francisco, Atlas e Prometeus se libertaram de suas punições... E os deuses não viam realmente um meio de resolver aquilo tudo de modo eficiente. Lutariam, sim, mas não sabiam se havia esperança.
Quando finalmente a guerra explodiu, os deuses haviam recorrido aos semideuses que ainda estavam ao lado deles. Diversas batalhas foram travadas em vários pontos dos Estados Unidos, destruindo cidades, bairros e o que estivesse pelo caminho. Em uma dessas batalhas, o Labirinto de Dédalo e seu criador foram enterrados — mas sabiam que não ficaria perdido para sempre. Essa batalha se arrastou por muito tempo, com os deuses fazendo tudo o que podiam para conter os avanços dos titãs e seus seguidores. Até que Cronos se cansou da demora daquela guerra, mesmo que ele fosse imortal, e de como tudo parecia estar "empatado".
Ao comando do titã, os exércitos anti-Olimpianos se prepararam para atacar o Monte Olimpo... Mas antes disso, o Princesa Andrômeda, o navio dos renegados, atracou no Acampamento Meio-Sangue e, após uma batalha especialmente sangrenta de renegados e monstros contra os semideuses que eram a favor do Olimpo, os sobreviventes precisaram refugiar-se no Olimpo já que seu antigo lar estava destruído. Tudo havia sido planejado para reduzir os números dos Olimpianos e, ainda, reunir seus inimigos todos em um único local de modo a poder derrotar todos de uma única vez.
Foi nesse momento que Cronos e seus aliados liberaram sua arma secreta: Tifon/Tifão. Os deuses deixaram o Olimpo para combater a ameaça, cientes que o monstro destruiria tudo pelo caminho e que era um oponente forte até para os deuses, então seria quase impossível que seus filhos os derrotassem — principalmente agora com números tão reduzidos. A única Olimpiana que havia ficado no Olimpo havia sido Héstia, mas não era uma divindade combativa e ficara no Olimpo.
Os semideuses fortificaram Nova York como puderam e todos os seguidores dos Olimpianos pareciam ter ido auxiliar, independente de seus progenitores ou qual deus seguiam: Caçadoras, Curandeiros, Campeões e as Mênades. Deuses menores ligados a Cronos começavam a preparar o terreno para atacar, com Hécate manipulando a névoa para ninguém ver nada como realmente era e Morfeu colocando os mortais para dormir durante o ataque que viria a acontecer. E assim a batalha final teve seu inicio.
Monstros diversos — como o minotauro, a porca camoniana e um drakon de Lídia — tomavam a cidade com auxilio de alguns titãs e os semideuses tinham dificuldade em enfrentar aquelas criaturas... Precisaram recorrer a um recurso obtido com Dédalo: o Plano Vinte e Três, que despertaria certos autômatos em Nova York e permitiria uma chance de vitória. Como muitas estátuas de Nova York eram autômatos, foi relativamente fácil conseguir mais combatentes para os Olimpianos...
Hades havia, no final, decidido participar da guerra contra os titãs e chegou a Nova York com um exercito de mortos. Era mais uma ajuda e os semideuses pro-olimpo sentiram-se aliviados pela primeira vez em ver o deus dos mortos e seus guerreiros mortos-vivos... Mas mesmo com toda essa ajuda, era uma batalha difícil e Cronos e seus renegados ainda estavam levando a melhor — para desespero dos heróis. E a essa altura os deuses ainda tinham problemas para enfrentar Tifão e impedir mais destruição.
Quando Cronos estava prestes a destruir tudo, uma de suas aliadas que atuava como espiã no Acampamento Meio-Sangue, Silena Beauregard, havia traído o mesmo ao guiar o Chalé de Ares para enfrentar o drakon. Com esse auxilio inesperado e o sacrificio heroico de Luke posteriormente, Cronos é derrotado. Com a vitória dos Olimpianos, Percy Jackson pede como recompensa que todos os semideuses sejam reclamados ao completar treze anos e os deuses menores ganham, todos, um chalé para acolher seus filhos.
A paz havia durado pouco. Pouco após o embate contra Cronos, vieram os deuses primordiais e, por um plano de Octavian, os semideuses romanos. Foi trabalhoso impedir um ataque ao Acampamento Grego que havia sido reconstruído após a batalha contra Cronos e viam-se novamente sob a perspectiva que poderiam mais uma vez ter que reconstruir seu Acampamento. Por sorte, o ataque não chega a ser tão destrutivo quanto poderia e o Acampamento Meio-Sangue não é destruído.
Juntos, os Sete da Profecia conseguem derrotar Gaya e seus guerreiros com auxilio de outros semideuses e legados. Não sem o sacrificio de Leo Valdez, mas o filho de Hefesto havia garantido que teria um meio de voltar para cumprir a promessa feita a Calipso de que voltaria para tira-la da ilha. Com um Festus reconstruído, o semideus salva a imortal da ilha, mas Calipso perde seus poderes e a imortalidade ao deixar a ilha com o semideus. Ainda sim, ela não parece ter ficado chateada com isso por ter conseguido finalmente se livrar de sua maldição e estar ao lado de alguém que realmente gostava dela e por quem ela havia se apaixonado.
Uma vez que o problema é resolvido, os Acampamentos tornam-se aliados. Jason decide ficar no Acampamento Meio-Sangue para ficar ao lado de Piper, Percy e Annabeth decidem fazer faculdade em Nova Roma, Frank se torna Pretor do Acampamento Júpiter... Os planos para o futuro eram muitos e aquela geração de heróis, que havia sacrificado mais do que humanos eram capazes de imaginar para proteger o mundo em que viviam, conseguiu envelhecer com paz. Era uma das poucas vezes que semideuses viviam até a idade adulta e, em suas lembranças, viviam os semideuses mortos nas guerras que haviam ocorrido.