por Leomar Ter Fev 09, 2021 6:27 pm
Certa vez eu li que, dia chegaria, onde teríamos de explicar que a grama é verde.
Não queria ser este chato, mas tenho que dizer: a grama é verde!
Assim como, jogar PBF é uma coisa realmente lenta, tão lenta que, mesmo esforçando bastante, sempre acaba ficando chato. Mesmo que a gente consiga ter ondas, com períodos em que conseguimos re-acender aquela chama da diversão, será impossível não ter períodos em que a gente tem vontade de mandar tudo à merda!
Eu só persisto neste tipo de jogo porque, primeiro sou um dinossauro, meu primeiro PC era rodado em fita K7 (sem brincadeira), depois passei pelo disquete de 5 pol., pelo de 3 pol., Internet "de escada", ICQ, Orkut... um punhado de coisa que, se vocês tiverem dez anos menos que eu, nem sabem que existiu. Então eu sou do tempo que sites de fórum faziam sucesso, hoje quantas pessoas novas entram aqui e permanecem? Só este ano fórum três perguntando se eu tinha vaga, e nenhum deles continua no fórum.
E o segundo motivo para eu jogar PBF é que sou extremamente antissociável. Se fôssemos jogar presencial, provavelmente nem vocês aguentariam olhar minha cara toda semana.
Então, se eu quero jogar assim, apesar dos pesares, tenho que aguentar certa lentidão. Seria melhor se tudo fluísse bem o tempo todo? Seria. Mas o que faremos para isto?
Eu poderia narrar em forma de livro-jogo, no fim de cada cena coloco três ou quatro opções para seguirem e só podem escolher entre uma desta. Sei que pelo menos o Dycleal não ia achar ruim.
Ou poderia buscar eliminar qualquer rolagem. Arrumamos um meio mais simples para resolver os desafios. Para mim, se a antiga mentora da Kate tivesse aparecido no Inferno, seria até mais fácil tirá-la daí, e até o Nadhull ia aproveitar da presença dela, mas seria uma cena muito Deus Ex Machina, por isto disse que só apareceria se tirasse um crítico para não deixar fácil demais, o Darius rolou várias vezes, e eu também rolei para ele, mas como crítico não é fácil, acabou que não rolou. E olha que eu adotei o sistema 2d10 só porque o sistema 3d6 é ainda mais difícil ter um crítico.
Se preferirem, podemos trocar tudo por um D&D, eu até propus isto antes de começarmos, mas metade não queria jogar D&D e outra metade não queria GURPS, mas ainda há tempo.
Ou podemos usar programas mais atuais, como o Roll20 ou outros que dá pra jogar on-line como se fosse presencial.
Eu poderia não ter narrado a viagem no deserto, mas aí não teria a cena da Azriel enganando os outros anjos. Poderia ter forçado mais combates ou masmorras, mas tiraria de vocês a escolha de seguirem o caminho mais seguro. Poderia tê-los forçado a investigar o aparecimento das harpias, ou poderia não ter colocado as fadas no caminho, pois a única função delas foi um momento cômico mesmo, seria mais rápido, mas teve jogador que gostou das fadinhas.
O Darius adora fazer a Kate tentar suicídio, antes desta vez ela já tentou se matar pelo menos duas vezes. Uma vez ele tentou fazê-la interagir com um bandido que claramente não ia ser bonzinho com ela, e nem mostrando que ele não tinha a menor chance de tirar nada de bom daquilo, ele insistiu em tentar. Mas se eu proibir ele de fazer coisas arriscadas, como ele vai se divertir? Se ele não tivesse encarado o bando de semëks (tá, não era um bando tãão perigoso) ela não teria domado o Vent'Kapo, e em outra aventura ela pôs fogo num prédio com ela dentro, mas conseguiu vencer os inimigos. Então se cada um diverte de forma diferente, devo proibir situações que podem deixar o jogo lento?
Quando pediu para seguir sozinha, coloquei uma criatura no meio do deserto para ter algo que combater, você preferia que eu jogasse direto na masmorra onde tem gente da pesada fazendo coisa que não presta? Só não fiz porque seria suicídio, mas se quisesse não seria tão difícil matar/enganar a criatura e chegar na masmorra.
Então tipo, a gente taí tentando distrair, fazer o melhor, mas ficar só reclamando dos coleguinhas, mesmo que na zueira, não nos ajuda criar um jogo mais legal.