Richard Garfield & Alexandra Cotterell

Agora estavam sem mantimentos, esse dia chegaria em algum momento, sabiam disso. Era hora de sair. Estavam prontos, ou pelos menos tinham de acreditar nisso. Precisavam de mais poder de fogo e suprimentos, poderiam encontrar na delegacia, pois Alexandra tem acesso a ele.

Eles moravam no terceiro andar, estavam sem eletricidade desde o começo, com isso o elevador não funcionaria, será necessário seguir as escadas logo no final do corredor; há uma janela naquela direção e, ao longo do corredor, algumas portas de outros apartamentos, alguns arrombados. Muita sujeira e sangue ao arredor.

Não foi uma boa idéia ter ficado presa em seu apartamento e conforto do mesmo, que havia terminado assim que ela percebeu vasculhando na dispensa que tinha apenas um pacote de bolacha salgada a boa e velha bolicha quadrada água e sal.
Sem eletricidade passou sem tempo a luz de velas, tinha se mudado recentemente e provavelmente sua mudança teria ficado no meio do caminho empacada ou destruida junto ao caminhão da empresa que prestava este serviço. O pior de tudo o item que ocupava o primeiro lugar em sua lista de tragédias era o banho gelado, sem contar que tinha que exercitar-se em casa sem ir a academia e isso era outro inferno ao ver dela.
Na metade da primeira semana conheceu Richard seu vizinho, até então achou estar sozinha naquele lugar, com ele conversava pouco apenas o necessário para não chamar atenção dos mortos. Em suas conversas uma coisa ficou claro teriam que sair do seu refúgio para procurar o que comer.
Quando chegou o dia de partir, logo após seus exercícios diários e o maldito banho gelado ela pagou apenas o essencial para sua higiene pessoal além de uma muda de roupa limpa colocava tudo em sua mochila , assim como a garrafa de água e a bolacha água e sal. Fazendo aquilo pensava como foi irresponsável uma semana antes do acontecido deveria ter ido ao mercado comprar alimento, mas deixou isso para depois como sempre. Seu equipamento ficou na delegacia não teve tempo de pegar pois metade dela havia caído sobre a jovem que ganhou alguns machucados nas costas e aquilo deixaria cicatrizes, sua arma tinha perdido a um ou três quarteirões do seu apartamento ou não vai saber não se lembrava direito, pois estava muito machucada e para falar a verdade nem conseguia entender como teve forças para chegar ao seu apartamento e fazer seus curativos.
Assim que vestiu-se de forma adequada a sair para desbravar as ruas da cidade colocava a velha faca na bota, sua unica arma até o presente momento.
Igual a uma felina sorrateira seguiu até o apartamento do Richard, assim que estendeu a mão para bater na porta dava de cara com o afoito do seu vizinho já a disparar inumeras perguntas a ela, que sorria cordialmente.
Prazer. Sou eu mesma Alexandra Cotterell... por instinto pegava de seu bolso de trás das calças a sua identificação e registro policial.
Assim que escutou o Sr. Richard compartilhar suas ideias do que pretendia fazer, ela o respondia.
- Somos dois. Eu só tenho um pacote de água e sal e por Deus não aguento mais comer isso...O Senhor tem razão, mas devemos nos mover com cautela e verificar ou não apartamento por apartamento dando seguimento aos corredores dos andares ou o Senhor quer sair do conforto da nossa prisão e procurar além deste lugar?
Pegava a faca e ficava na defensiva preparada para seguir caminho pelo lugar só esperando o tiozão decidir o que fazer sem contar que não estava afim de ser pega de surpresa por algum zumbi. Por isso passou a observar o lugar como úmido para evitar surpresas.

Alexandra Cotterell observa o corredor estreito, após seus apartamentos, há mais três para cada lado, com um considerável espaçamento entre eles, após a segunda porta da direita, a seguinte está arrombada e a quarta encontra-se com a porta aberta e sua maçaneta arrebentada. Nesta, há uma trilha de sangue que leva para dentro.

Todas as portas dos apartamentos da esquerda encontram-se fechadas.

No final do corredor, entra pouca iluminação do sol da manhã pela janela, mas o suficiente para ser possível ver os detalhes no recinto que estão presentes.

Um cheiro pútrido preenche o ambiente.

Silêncio.

Mesmo fazendo nenhum barulho, não é possível ouvir qualquer coisa, talvez não houvesse com o que se preocupar.

[...]

Algumas moscas aparecerem zonzando no lugar.

    Novamente meio que por instinto seguia pelo lugar com cautela, como previsto em um dos apartamentos uma sobrevivente deu sinal de vida e por sorte não haviam encontrado nenhum doente morto vivo.
    Apenas acenava com a mão para o Richard o tranquilizando demonstrando que estava tudo bem, não podia esperar muito de um civil sem treinamento.
- Mordidos!
    Foi o que indagou curiosa ao tiozão, logo complementava o que o mesmo havia falado com a possível sobrevivente do outro lado da porta.
- Qual o seu nome? Você está bem há mais alguém com você precisa de ajuda? Onde pelo olho mágico da porta
  parava frente ao mesmo e mostrava sua identificação policial
- Como pode ver eu me chamo Alexandra Cotterell sou policial, poderia abrir a porta para conversamos melhor e em segurança... Devemos reunir todos os sobreviventes para sair deste lugar, pois vai ser questão de tempo para definharmos de sede e fome, então estamos a procura de outro abrigo mais seguro além de procurar por provisões e toda ajuda é bem vinda por isso eu e o Senhor Richard estamos saindo para buscar suprimentos e procurar outro lugar mais seguro para ficarmos até o resgate chegar....
  Só encarou o Richard e deu de ombros não sabia mais o que dizer só esperou a resposta da pessoa do outro lado antes de voltar a seus afazeres.


OFF: eu estava esperando o Scorpion, pois ele posta primeiro ....

Richard — Não tenha medo... somos seus vizinhos. Estamos de saída daqui, e não, nenhum de nós foi mordido. [...] Espere... mordidos? Por que você está perguntando isso?

Uma breve pausa após pergunta, então é respondido — Vocês não sabem ainda... Quem é mordido por uma pessoa infectada, morrerá doente e depois voltará a vida agindo como um demônio! Deve ser o apocalipse...

Alexandra — Qual o seu nome? Você está bem? Há mais alguém com você que precisa de ajuda?

Cochicha — Sou Angel... Obviamente não estou bem, não tem como alguém estar bem... mas não estou ferida! [...] Moro sozinha!

[...]

Silêncio pairava entre eles, Alexandra havia perguntado sobre saírem juntos e aguardar naquele repulsivo corredor era incômodo, depois de mais uns segundos, o som da porta se destrancando era ouvido, ela se abre e uma linda mulher loira de cabelo curto é vista, sua expressão era séria, com uma camisa xadrez flanelado e calça jeans, ela coloca uma mochila pequena nas costas e então diz convicta — Nestas situações, fixar-se em um lugar diminui as chances de sobrevivência... e eu não quero morrer sem tentar fazer algo! [...] Irei com vocês! —, era possível ver pela abertura da porta aberta, que as prateleiras do armário da cozinha estavam vazias. Certamente, ficar em casa já não era mais opção para ela.

[...]

Um leve barulho estranho soa do apartamento que possui rastro de sangue.

Após ser recomendada a levar alguma coisa para usar como arma, Angel entra no apartamento e retorna com o cabo de madeira da vassoura, ela olha para Richard e inclina os ombros — É o que tenho...

[...]

Após o barulho, Angel e Richard ficam receosos, mas Alexandra decide avançar em direção à origem do som, a nova companheira cochicha — Deveríamos sair!

Ainda assim, Alexandra avança - depois Angel e Richard acompanham-na - até o quarto apartamento do lado direito do corredor, a porta estava aberta e havia marcas de alguma coisa sangrando sendo arrastado até seu interior, que deixava receosa com o que poderia encontrar. Cada passo a frente era inaudível, após adentrar, depara-se com um apartamento todo destruído, o sofá da sala virado, a televisão quebrada, o armário da cozinha, que é conectada a sala - sem divisórias -, despencado e uma trilha de sangue que seguia até um pequeno corredor ligado a sala com uma porta de frente para outro, o sangue terminava entre as duas portas, que estavam entreabertas.

Havia um odor desagradável concentrado naquele ponto, além de não ter janelas lá, apenas na sala, mas as cortinas estavam fechadas - com difícil acesso, pois havia muitas coisas no meio do caminho para acessar as cortinas sem fazer barulho -, o que deixava o lugar bastante escuro e um tanto difícil de enxergar, exigindo tatear para não se esbarrar em qualquer coisa e fixar bastante os olhos para conseguir ver algo.

OFF - Os detalhes só foram avistados pela Alexandra, pois ela fez teste de Observar Ambiente e foi bem-sucedida, Richard apenas está vendo escuridão total, assim como Angel.