Dasdingou escreveu:-Muito bem, Muito bem! Pois traga para mim um peixe assado com salada de batatas e uma fatia de torta de maçã e de bebida eu quero um copo de cerveja!
Jack escreveu:- Então vou querer só um copo de vinho...
Respondeu para garçonete, já que viu que não precisaria pagar. Ficou curioso que Sanes parecia que iria desejar dormir ao relento.
Apesar de pequeno, Dasdingou recebeu comida tão farta para cosumir o dobro de seu peso. O peixe assado recém-saído do forno, a salada de batatas temperada com abundância e a fatia de torta de maçã ricamente adocicada estavam soberbamente apetitosos. A cerveja foi servida numa caneca de vidro transparente esculpido com cintilantes peixes e outras belas criaturas marinhas. O vinho de Jack foi servido num belo cálice de vinho tão cristalino que projetava quase tantos reflexos quanto os espelhos das paredes.
Sanes escreveu:Com um livro na mão e a mochila na outra foi andando até a saida da taverna, fez uma reverencia para Elena e deixou o estabelecimento. Nas ruas procurou um beco aonde não pudesse ser perturbado e armou o seu saco de dormir e acender uma pequena fogueira.
Sanes vagou pelas ruas desertas de Mordentshire, iluminadas apenas pelas luzes dos poucos postes de lamparinas. Os becos entre as edificações eram lugubremente escuros, e um nevoeiro denso e cegante subia do litoral, engolfando lentamente toda a cidade.
O servo de Talos vagou em direção ao Leste até encontrar um beco que parecia estar entre dois prédios desertos, onde supunha que não seria perturbado. A fogueira que acendeu fornecia uma chama reconfortante para que fizesse suas preces. Após a resposta relampejante às suas orações, ele dormiu e teve um sono sem sonhos.
OFF: Fiquem à vontade para descrever suas ações matinais.Já passava da metade do dia quando as irmãs Weathermay-Foxgrove chegaram à Estalagem Espelho Brilhante para a reunião com Garu, Dasdingou, Sanes, Raine e Jack. Elas se sentaram na mesa mais distante da porta, e Laurie pediu o almoço enquanto Gennifer pediu apenas um vinho.
Assim que todos estavam acomodados, Laurie falou:
- Se quiserem perguntar alguma coisa que não tenha a ver com a missão, perguntem agora.OFF: Quaisquer dúvidas que quiserem tirar com as irmãs, fiquem à vontade para perguntar.Após quaisquer perguntas serem respondidas, Gennifer abriu uma bolsa de couro e tirou alguns papéis, explicando:
- Recebemos essa carta do Comte Tomas d’Aloure, um nobre dementlieuse que reside nos arredores de Port-a-Lucine.Ela entrega a carta aos aventureiros que quiserem ler. Trata-se de uma missiva extensa, redigida por um autor bem instruído mas aparentemente perturbado e ligeiramente incoerente, relatando com muitos detalhes e divagações a história do conde.
O conde Tomas d'Aloure nasceu em 712 na aristocracia de Dementlieu. Um século atrás, na história de Dementlieu, os d'Aloures estavam entre os mais poderosos e influentes nobres de Dementlieu, mas nos últimos anos o surgimento de uma classe média de Dementlieu e o crescente poder político do cargo de Lorde-Governador combinaram-se para empurrar a maioria das famílias nobres de Dementlieu para segundo plano, os d'Aloures entre eles. No entanto, embora o título de Comte agora tenha pouco poder oficial para acompanhá-lo, os d'Aloures permaneceram muito respeitados e uma família rica, e Tomas nasceu, o único herdeiro do sobrenome.
O nome d'Aloure floresceu sob a liderança de Tomas. Ele era carismático, gentil e generoso, e, portanto, tornou-se bastante popular tanto entre as classes alta quanto baixa.
Há cerca de três anos, a vida de Aloure mudou para pior. Apenas algumas semanas depois, sua esposa Sara morreu de uma doença desconhecida. Amigos começaram a evitá-lo, e ele se viu de repente na lista negra da maioria dos eventos sociais. A maioria de seus criados o abandonaram. Eventualmente, o que começou como ostracismo se transformou em antagonismo direto. Ele não ousa deixar sua propriedade fora de Port-a-Lucine por qualquer período de tempo, já que foi fisicamente atacado por plebeus nas últimas vezes que saiu. O Comte está absolutamente confuso sobre o porquê daqueles que o amavam e o chamavam de amigo agora completamente fecharem as portas para ele, e não faz ideia do porquê agora parecem odiá-lo tanto.
Gennifer estendeu um mapa sobre a mesa, indicando com o dedo as direções enquanto falava:
- Para chegar a Port-a-Lucine, vocês devem pegar a Estrada do Moinho rumo ao Norte, passando pelo povoado de Hope´s End até a cidade de Chateaufaux. Ali, vocês seguiriam por L'Avenue de Progrès, ou Avenida do Progresso para aqueles que não são esnobes metidos, até chegar a Port-a-Lucine. Uma vez ali, deve ser bem fácil achar a propriedade D´Aloure. Há uma caravana de comerciantes saindo amanhã de manhã rumo a Chateaufaux que vocês poderiam acompanhar discretamente, talvez como guarda-costas.O elegante dedo da moça se moveu para a parte azul do mapa enquanto ela explicava:
- Mapa:
- Uma maneira alternativa de chegar lá seria pegar um barco que fosse diretamente para Port-a-Lucine. Vocês seguiriam para norte, passando pelo Penhasco da Dama Pálida, costeando até a Baía de Sable e chegando à Baía Pernault. A viagem seria mais rápida, mas não temos contatos no porto para ajudá-los nesse caso, então vocês estariam por sua conta e risco para conseguir transporte.Laurie cortou a irmã, indagando o grupo:
- Então, o que querem fazer?