ON - Rumo a Mortigny

Ano do Senhor 755

"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

- Atos cruéis não devem passar impunes. Não sei quanto a vocês, mas eu gostaria de aceitar a oferta do capitão e pegar um bote para investigar as ruínas do vilarejo e assim manter nossas consciências limpas sabendo que fizemos todo o possível para justiçar essa pobre jovem. Isso quer dizer que sim quero ir no bote investigar a vila... Viva a sidequest .

O mago elfo se sente ultrajado pela sugestão da humana, mas entende seu raciocínio. Era irritante que alguém cogitasse ser mais que uma investigação patológica o fato de um ser superior como ele procurar pistas da causa mortis daquela moça. Ainda que perceba que deveria ser inconveniente mesmo. Decide deixar para lá. Historicamente havia elfos que se tornaram um com humanos e, com base nesta premissa, a humana tinha razão. Mesmo que fosse uma razão mórbida.

Então havia um diário. Isto era interessante. Que tipo de assassino sepultaria a moça com o diário? Blöodgar'mindel lembra de transmitir o resultado de sua primeira hipótese: - O que quer que tenha acontecido não fora o resultado de uma magia. Não há resquício mágico no corpo ou na canoa... Se vamos até lá, sigamos depressa. Só teremos esta noite para desvendar o mistério e não podemos perder tempo, não acham?

Havia uma pista que a humana falara e que poderia significar algo mais a frente. O que quer que encontremos na cidade fantasma tem corpo e pés de um humanóide mais pesado. Não eliminaria raças ainda, mas Halflings, Gnomos e elfos eram os últimos da fila. O sacerdote falara em atos cruéis e ele mesmo falara em justiçar, mas a verdade é que ainda não tinham sequer evidência de assassinato. Sabíamos que a jovem era Hellen e que seus parentes morreram misteriosamente. A moça iria atrás das posses de sua família e agora estava morta. Quem ganharia com sua morte? Quem estaria interessado em algo naquela cidade fantasma a este ponto? O sepultador tinha alguma ligação emocional com a jovem. Fosse a mesma pessoa que cometera o homicídio, porque não jogá-la na água que seria uma solução final? O possível assassino e o sepultador eram pessoas diferentes ou uma imensa culpa se insurgira em seu coração. As questões pululavam a mente do mago e estava ansioso para seguir para a próxima etapa. Podia-se notar por seus pés batendo no convés repetidamente.

O capitão Maynard começou a dar ordens à sua tripulação e logo eles prepararam o bote a remo para o grupo de caçadores de mistérios.

Rivers ainda alertou os cinco aventureiros pouco antes de embarcarem:

- Tomem cuidado ao se aproximar da margem, porque os restos do antigo atracadouro podem ser verdadeiras armadilhas submersas. Se o barqueiro Smythe estiver por perto (ele costuma fazer travessias de balsa pelo rio), podem lhe pedir orientações, ele conhece bem essas partes do rio.

Com todos embarcados, Anurag se ofereceu para assumir os remos. Andrei ajudou a descer o bote até a água através de um sistema de nós corrediçõs, que depois soltou para destrelar-se do Pantera do Rio. O navio mercante já estava estabilizado após ter baixado âncora, e todos os tripulantes desejaram boa sorte aos investigadores.

Uma vez na água, Anurag agarrou firmemente os dois remos, esforçando-se para vencer a forte corrente do rio. Denna, Krystofor e Bloody estavam atentos ao trajeto até a margem.

Os escombros do antigo povoado eram visíveis do rio, mas não a margem onde deveriam aportar. Havia muito mato alto, o que tornava difícil ver para onde estavam avançando. Num dado momento, Anurag teve que parar de remar com força e concentrar-se na direção em que conduzia o bote dos aventureiros.

A tarde esvaiu-se cedo, dando lugar a uma noite fria e nublada. As águas do rio Arden tornavam-se mais escuras e opacas. Atentos aos arredores, Denna, Andrei, Krystofor e Bloody notaram formas estranhas na água. Olhando com atenção, eles divisaram uma mulher afogando-se sob a superfície do rio.

Spoiler:

Mas quando estenderam a mão ou o remo na direção dela, a imagem desapareceu nos círculos de onda que agitaram a água.

O mesmo voltou a acontecer mais adiante, poucos minutos depois. Um homem.

Spoiler:

Depois outra vez. Uma menina.

Spoiler:

Quanto mais se aproximavam da margem, mais vezes eles enxergavam formas de pessoas afogadas no rio.

Spoiler:

Alguns casos eram ainda mais chocantes, pois a aparência das pessoas indicava que tinham sido espancadas, torturadas ou até mesmo assassinadas antes de terem seus corpos lançados no leito fluvial. Algumas pessoas afogadas eram parecidas com outras, o que sugeria um parentesco de alguma espécie. Não havia distinção entre elas além dessa, pois homens, mulheres, crianças, idosos, todo tipo de gente aparecia nas imagens aquáticas.

Era preciso se concentrar para ignorar as perturbadoras visões e conseguir aportar o bote na margem cada vez mais perto.

OFF: Todos os personagens devem fazer um teste de Vontade, CD 15.

Denna deve fazer um teste de Observar, CD 15.

Bloody deve fazer um teste de Conhecimento (Arquitetura), CD 15

Andrei deve fazer um teste de Destreza, CD 15

Krystofor pode fazer um teste de Conhecimento (religião), CD 15

Conhecimento (religião), CD 15 gaijin386 efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

6

+10

Vontade +6:
anderson efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

12

Conhecimento Arquitetura +9:
anderson efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

16

Blöodgar'mindel toma seu lugar no bote e se mantém alerta. Com o passar do tempo algumas visões surgiram na água e ele rechaçou logo aquelas imagens. Disse a seus companheiros: - Não se precipitem! O que quer que haja na água não são corpos reais e a fixação nesta visão pode atordoá-los. Não se deixem enganar! O mago estava de olho no que pudesse vir da terra. Naquele momento conjurou sobre si uma magia que melhorasse suas defesas.

Magia:

Teste de vontade. gaijin386 efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

4

+8

Os aventureiros tiveram de usar o máximo de sua concentração para ignorar as perturbadoras imagens que surgiam na superfície da água. Denna, Andrei e Bloody focaram-se no que precisavam fazer e impulsionaram o bote para a margem.

Mas Krystofor viu algo naquelas imagens que o horrorizaram: unindo as informações que conseguira investigando o cadáver de Hellen Halloway e seu diário com as visões sob o rio, o sacerdote deduziu que não se tratavam de mortos-vivos, mas sim de mortos inquietos, almas sem descanso daqueles que tinham sido assassinados, provavelmente a maioria da família que governava Steadwall. A percepção de que navegava sobre aquelas almas massacradas era tão horrenda que Krystofor ficou paralisado.

Paralisia:

Após um dia no caralho do Pantera do Rio, Denna estava com os olhos afiados e conseguiu divisar uma rota para o melhor ponto de atracagem na margem. Havia até um tronco restante onde poderiam amarrar o bote.

Assim que Denna Ur divisou o caminho a seguir, Bloody conseguiu ver em sua mente como aquele atracadouro tinha sido construído, e onde poderiam haver hastes ou destroços que deveriam ser evitados para não danificar seu meio de transporte. Foi providencial, já que eles conseguiram desviar de muitas armadilhas potencialmente fatais.

Próximo à margem, Andrei Koz pegou o rolo se cordas e preparou um nó com que pudesse laçar a estaca de atracagem e assim completar o aporte do bote. O arremesso foi bom e chegou até mesmo a envolver a estaca certeiramente, mas quando puxou a corda, o nó desfez-se, quase desequilibrando o bárbaro.

Súbito, alguém na margem levantou-se repentinamente e agarrou a corda, amarrando-a no poste visado e ajudando a puxar o bote para a margem. Na escuridão da noite, apenas o elfo Blodgarmindel conseguia enxergar com perfeição, mas assim que o bote se avizinhou do misterioso salvador, todos puderam ver que se tratava de um velho encapuzado com uma longuíssima barba.

Velho misterioso:

Ele falou com uma voz idosa, grave e arranhada:

- Ei, tome cuidado, garotão! Você quase perdeu sua corda! Mas quem são vocês? E o que estão fazendo aqui?

Ano do Senhor 755

"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

Krystof ficou alguns momentos num estupor dada as visões que teve olhando as aguas e pode concluir que estava associando erroneamente sobre vampiros, quando o que tinha a sua frente é um caso de almas sem descanso, pois foram injustiçados em vida e agora não podem descansar certamente a maioria pertencentes a família governante...  Steadwall

O sacerdote faz um movimento breve com a mão tentado tirar as cenas de sua mente e reza para que as mesmas não retornem para assombra-lo depois, mas agora ele devia se preocupar com o momento e o que estava acontecendo agora ele viu um velho amarrar a corda do bote ao precário cais. Quem era o homem? Ele não sabia, mas isso podia ser remediado facilmente... E já que Deanna chamou ele pelo nome então era algo a menos a se questionar.

- Steadwall... Sim... Ela não é a primeira, mas é uma de muitos. A correnteza conta histórias e o Senhor da Manhã envia presságios. Vi mortos inquietos, almas sem descanso que clamam por retribuição tudo relacionado a esta família. Saberia algo sobre isso?

Krystof ficou alguns momentos num estupor dada as visões que teve olhando as aguas e pode concluir que estava associando erroneamente sobre vampiros, quando o que tinha a sua frente é um caso de almas sem descanso, pois foram injustiçados em vida e agora não podem descansar certamente a maioria pertencentes a família governante Steadwall.

Blöodgar'mindel se assusta com a reação do sacerdote. Supostamente ele era para ser o mais acostumado ou preparado para lidar com esta situação. Olhou para os demais e não tinham sido afetados. - Acalme-se, Padre. Logo passará! Na chegada a borda, o mago lhes apontou o lugar mais seguro para aportar. Era importante terem como retornar.

Havia uma pessoa esperando por eles. - Boa noite, bom homem. Eu me chamo Blöodgar'mindel. O senhor, como se chama? Não pretendia supor quem era. O velho estava ali e podia, ele mesmo, se apresentar. Já não achava conveniente que estivesse ali.

Denna escreveu:Pela maneira e agilidade que pegou a corda, o senhor deve ser o Barqueiro Smythe, estou certa? Somos um grupo de viajantes que passava por perto e encontramos o corpo de uma moça! Não sei como dizer isso, pois acho que o senhor devia conhece-la, mas por certo logo saberá do ocorrido, então posso lhe dizer que o corpo que encontramos a deriva em um pequeno bote era da jovem Hellen Halloway e desconfiamos que ela foi assassinada e viemos investigar para lhe fazer justiça! Podemos contar com a sua ajuda?

Blöodgar'mindel escreveu: - Boa noite, bom homem. Eu me chamo Blöodgar'mindel. O senhor, como se chama?

O velho os observava com os olhos injetados, e pareceu sorrir, apesar de sua longa barba ocultar-lhe os lábios.

- Sim, vocês estão certos, eu sou Smythe! Além do elfo Mindel, como se chamam?

Ele esperou que eles se apresentassem antes de se atentar para o motivo da presença deles.

- Hellen... sim, eu trouxe uma moça loura chamada Hellen de Mordentshire até aqui... ela não me disse que era uma Halloway... eu a deixei aqui na margem e fiquei de buscá-la depois.... Como foi que ela morreu?

O barqueiro parecia genuinamente perturbado.

- Claro que me disponho a ajudá-los, mas... não sei bem como poderia ser de ajuda... eu já trouxe muitos aventureiros para investigar essas ruínas, conheço bem essa região... mas vocês já conseguiram chegar até aqui, então...

Krystofor escreveu:- Steadwall... Sim... Ela não é a primeira, mas é uma de muitos. A correnteza conta histórias e o Senhor da Manhã envia presságios. Vi mortos inquietos, almas sem descanso que clamam por retribuição tudo relacionado a esta família. Saberia algo sobre isso?

A pergunta do sacerdote do Senhor da Manhã causou um estremecimento no velho barqueiro.

- Essas coisas me apavoram, de verdade! A família Halloway sofreu muitas mortes misteriosas, um membro de cada vez... nunca descobriram o assassino... Eu era jovem e morava aqui em Steadwall nessa época.. Só sei que, sempre que um deles morria, o reflexo deles aparecia no rio ao anoitecer, imagens verdadeiramente assustadoras! Por causa desses reflexos, ninguém mais quis navegar perto de Steadwall, e a vila ficou assim, abandonada.Eu sou um dos poucos que ainda tem coragem de vir aqui...