[!Solo!] Previsões Aleatórias [Aliella]

A gnoma acorda sem saber o que aconteceu, desatenta, sem memoria, o que estava fazendo, sentia uma desesperança. Acorda, estava deitada em paralelepípedos da praça do mercado central, estava vazio o local, uma noite escuro, senti um leve vento da madrugada. Estomago embrulha e a visão reluta em voltar. Ao olhar para frente e vê uma humana com uma varinha em mãos, não consegue perceber quem ela é, ouve uma voz baixa e rouca.

- Meu Grande Deus!! Você está bem? O que aconteceu contigo? Aqui é muito perigoso essa hora. - Ela olha para o lado, ela concentra rapidamente com o colar dela, fala algo baixo, você se sente muito bem depois disso, percebe que ela era uma maga poderosa. - Vamos sair daqui, teve ter algum lugar melhor que aqui.

Ela começa a tentar te levantar, sendo bastante educada, você sente usas forças porem está fraca, o transe que tu passou deixou o corpo fragilizado. A maga olha para os lados se tinha uma loja ou barraca do mercado que lhe ajudem a melhor mais rapidamente,  até descobrir o que lhe aconteceu.

As imagens na cabeça da gnoma passavam sem sentido, e ela sabia que estava sonhando, mas como em qualquer sonho, ela vivia aquilo como realidade.

Seu despertar foi lento e gradativo. Primeiro, o sentimento de desesperança permeava seu ser, sem que ela entendesse o porquê. Depois, a dureza das pedras na qual estava deitada atingiu sua percepção, fazendo com que tivesse noção de seu próprio corpo. Os sons do vento lhe diziam que estava sozinha em algum lugar externo, mas a visão teimava em não voltar, confundindo a escuridão do ambiente com a da sua própria mente. O estomago embrulhado finalmente fez com que ela se mexesse, tentando conter seu próprio interior.

Abrindo os olhos, ela viu uma praça grande, com barracas montadas.

"Algum tipo de mercado? E bem importante, pelo tamanho do lugar..."

Só então deu-se conta de que não estava sozinha, e havia uma mulher segurando uma varinha na direção dela.

"Uma maga? Será que vai me atacar?"

Mas não, logo ela falou e esclareceu algumas coisas.

- Meu Grande Deus!! Você está bem? O que aconteceu contigo? Aqui é muito perigoso essa hora. - Ela olha para o lado, ela concentra rapidamente com o colar dela, fala algo baixo, você se sente muito bem depois disso, percebe que ela era uma maga poderosa. - Vamos sair daqui, deve ter algum lugar melhor que aqui.

Finalmente se sentindo bem desde... não sabia desde quando. A magia da maga a ajudara, e pelas suas palavras não parecia que lhe desejava mal. O poder dela deveria ser grande, mas a maior diferença naquele momento é que a maga sabia muito mais do que a gnoma.

Experimentando sua voz de novo, a gnoma balbuciou algumas perguntas:

- Eu não sei o que aconteceu... nem onde estou... Que lugar é esse? Como eu vim parar aqui?

Enquanto falava, a gnoma se levantava e olhava para seu próprio corpo, suas roupas, tentando recuperar qualquer memória a partir das dicas que pudesse encontrar em si mesma.

A ouvir as perguntas feitas pela pequena gnoma a maga ergue a sobrancelha, coloca delicadamente o dedo sobre a boca levemente rosada. Ela tinha uma pele bem branca, quase uma albina, e seus cabelo curtos eram de um castanho brilhante. A maga faz um ar de preocupada, como incrédula. - Você se lembra do seu nome? De onde você é? - Ela tinha uma voz suave e até mesmo um pouco assustadora.

- Desculpe, deixa eu me apresentar, sou Elsa. E você esta agora em Chilmond, no Mercado Comum, aqui é na capital de Clifract...

Mesmo depois de ter dito que ali perigoso, ela dá uma volta no mercado rápida com um andar em circulo, vasculhando como procurasse algo que não sabia definir exatamente o que era. A gnoma não percebe nada de diferente para um mercado, como era de noite não consegue perceber nada de estranho, mas a atitude da maga deixava muito mais estranha toda aquela situação.

- Acho que você foi atingida por um fenômeno que nos conhecemos não sabemos o por quê acontece, faz tempo que acontecia isso com alguém. Pessoas simplesmente aparecem desacordadas, sem memória total, sem história, algumas redescobrem o que seu passado, outras não.

Ela olha para o mercado para se localizar dentro da cidade e começa a andar em sentido a uma rua da cidade, elas casa de mais periferia da cidade.

- Acho que sei onde você pode ficar por um tempo e talvez descobrir um pouco sobre você. Me segue.. - a maga disse olhando rapidamente com os olhos castanhos também brilhante. - Não se preocupe, pode confiar em mim, vou te ajudar.

Chegam ate um beco onde tinha um amontoado de casa bem simples, todas de madeira velha e úmidas, ali era bastante bagunçado. Mesmo a Elsa esta com uma roupa muito bonita e ajeitada, ela andava e agia muito confiante era um contraste com o lugar que a levava, caminhando até o que parecia um cortiço.

- Você se lembra do seu nome? De onde você é?

Um som reverberava na mente quase vazia da gnoma e ela se viu balbuciando sem nem mesmo ter certeza:

- Aiella...

Ela não fazia ideia de onde vinha, nem como tinha vindo parar ali, nem mesmo de onde era ali. Mas logo a maga esclareceu algumas das interrogações dela.

- Desculpe, deixa eu me apresentar, sou Elsa. E você esta agora em Chilmond, no Mercado Comum, aqui é na capital de Clifract...

Aquilo não fazia nenhum sentido para ela, mas ao menos eram informações sólidas. Mas Elsa logo disse mais coisas importantes.

- Acho que você foi atingida por um fenômeno que nos conhecemos não sabemos o por quê acontece, faz tempo que acontecia isso com alguém. Pessoas simplesmente aparecem desacordadas, sem memória total, sem história, algumas redescobrem o que seu passado, outras não.

- Ninguém sabe por que isso acontece? Quanto tempo faz desde o último desmemoriado aparecer?

- Acho que sei onde você pode ficar por um tempo e talvez descobrir um pouco sobre você. Me segue.. - a maga disse olhando rapidamente com os olhos castanhos também brilhante. - Não se preocupe, pode confiar em mim, vou te ajudar.

A gnoma não tinha muitas opções além de seguir Elsa.

Ela observava todas as coisas pelo caminho como se as visse pela primeira vez... o que era verdade. Mas aqueles cantos pobres da cidade não combinavam com as vestimentas chiques da maga. Sem parar se segui-la, a gnoma perguntou:

- Que lugar é esse que você está me levando?

A maga fica pensativa com a pergunta de Aiella, era uma situação inusitada até para ela, enquanto caminhava para o local, porém não percebia nada de estranho pela cidade.

- É um pouco complicado, as pessoas da cidade não sabem comentar sobre isso, mesmo com pessoas sem memoria, parecem não interessados.  Faz três anos, em algum local da cidade surgiam. Esse ano estava pior, mas espalhado pelo reino, só que faz um mês que não sabia de alguém assim.

Ela falava com um tom de tristeza na voz, como lembrava de algo na memoria, até ficava um pouco assustadora, mesmo com o jeito meigo dela.

- Me envolvi mais nisso quando uma amiga minha de infância sumiu, há quatro meses já, tenho medo que ela aconteceu isso com ela. Agora tem um detetive procurando por ela, acredito que ele possa dar mais dica.

Entram pelo beco no cortiço, estava tudo fechado, mesmo aparecendo que estava bem movimentado o local enquanto era o dia. Tinha caixas e coisas largadas pelo local, e varal que só possuía trapos.

- Aqui é casa de um casal de Halfing amigos meus, eles podem deixar ficar um período até você se recuperar.  Eles são perigosos não se preocupe. Vou ver se chamo o detetive, acho que ele vai querer saber de você.

As duas vão por um corredor de madeira em L, era escuro, barulhento e úmido local, indo até o final do corredor. Elsa bate na porta de madeira dura, o que logo ouve um barulho vindo de dentro do local, parece até que estavam esperando-a. Abre a porta uma halfing, ela estava usando uma camisa pequena que mostrava a barriga e calça, cumprimenta a maga e pede para ela entrar sem muita cerimonia. Ela estava a pequena gnoma junto, porem a maga chama para entrar também, que a halfing deixou, antes de fechar a porta dá uma olhada no corredor.

Entram em uma sala com cozinha, no canto tinha um banco e um forgão a lenha, no meio tinha uma mesa onde a maga ia se sentar, na parede de trás uma armário com produtos de cozinha, pouco de alimentos e bastantes ervas. Pelo cheiro do local e do que estava fazendo a halfing percebe que a halfing era uma herbalista.

- Wells encontrei mais uma sem memoria, será que o Amakiir consegue chamar o Trey, acho que ele vai gostar de saber disso. - Disse a Elsa.

A halfing olha com uma cara misteriosa para a Elsa, vai por outra porta que tinha na casa, alguns segundo depois ela retorna, seguido por outro Halfing, que cumprimenta as mulheres rapidamente e sai pela porta de entrada. A herbalista pergunta para a gnoma para saber mais disso.

- Você esta bem? Esta com fome? Lembra de alguma coisa?

A gnoma não entendia bem nada do que estava acontecendo e deixava-se conduzir pela maga até a casa do casal de halflings.

Deduziu que Trey era o tal detetive, mas não falou em voz alta.

- Você esta bem? Esta com fome? Lembra de alguma coisa?

Ela respondeu modestamente:

- Não quero incomodá-la, senhora... Não me lembro de nada antes de acordar naquela praça...

A gnoma fica esperando no pequeno comodo a chegada dos rapazes, não acontece nada de mais, somente percebe que a maga estava um pouco ansiedade. A halfing herbalista continua fazendo as porções dela, mesmo depois da reclusa de uma comida pela gnoma, porém ela não faz uma nova oferta. Não sabe se foram rápido ou se perdeu a noção do tempo, quando viu o halfing retornando pela porta e acompanhado por um homem bronzeado e cabelo platinado.

O humano cumprimenta rapidamente as mulheres, a maga não se mexe do local, mas fica olhando para ele com os olhos brilhantes. Ele olha para a goma, com um olhar curioso, dizendo.

- Olá sou o Trey, sou detetive. Você se lembra do seu nome? De onde você é? Onde esta sua família?

Ele fica esperando uma responda, mesmo sabendo que não teria uma resposta para as perguntas, o que realmente não faz a gnoma lembrar de nada. Ele pergunta para a maga onde encontrou-a e o estado, sendo respondido prontamente. Ele abaixa a cabeça um pouco pensativo sobre naquela situação, voltando a atenção novamente para a gnoma.

- Interessante acontecer de madrugada. Tenho uma teoria, antigamente o primeiros que perdiam a memoria ficavam no lado sul da cidade, no período da noite. Só que depois começaram a aparecer em outras partes do reino. Acho que tem um culto ou grupo de magos, praticando uma magia arcaica desconhecida, de alguma forma a perda de memoria esta relacionado com a pratica desse ritual. Infelizmente a escassez de informação só deixa isso com mais duvidas.

Ele pensa um pouco, caminha pela sala, sendo acompanhados pelos olhares assutados dos demais. Para logo em seguida, olha para a gnoma e diz para ela.

- Acho que sei onde é a origem disso, as Ruínas Esmeralda do Antigo Castelo, teríamos que ir a noite, estamos em lua cheia é o ideal. As ruínas parecem estar restauradas na luz da lua cheia. Se quiser você quer ir também seria muito bom, você foi afetada a pouco tempo.

A gnoma não senti medo ao esperar, mas um ímpeto de rezar a algum deus em busca de orientação crescia nela... mas ela não sabia a quem orar.

Quando o detetive chegou, ela se pôs a disposição das perguntas dele.

- Olá sou o Trey, sou detetive. Você se lembra do seu nome? De onde você é? Onde esta sua família?

- Eu me lembro vagamente de alguém me dizendo Aliella, mas não sei se esse era meu nome ou se estavam dizendo "ali ela". Não consigo me lembrar de mais nada.

As perguntas que a maga respondeu não esclareciam muita coisa, e a gnoma não entendeu nada sobre a teoria de Trey de horários e lugares onde os desmemoriados apareciam. Ela também achava que havia algum efeito mágico para tantas ocorrências misteriosas, mas não disse nada para não atrapalhar o raciocínio do detetive.

- Acho que sei onde é a origem disso, as Ruínas Esmeralda do Antigo Castelo, teríamos que ir a noite, estamos em lua cheia é o ideal. As ruínas parecem estar restauradas na luz da lua cheia. Se quiser você quer ir também seria muito bom, você foi afetada a pouco tempo.

- Tem certeza que à noite é melhor? Claro que quero ir junto, mas não tenho nenhuma arma ou equipamento para ajudar...