Os maremotos destruíram a costa da África. Mesmo Fez estando há 160km do Atlântico, ela não teria passado incólume se não estivesse elevada entre cordilheiras. Claro que as montanhas cresceram e a atividade sísmica destruiu muita coisa, porém, algumas poucas ainda permanecem de pé. Outras coisas também fizeram a cidade se reerguer: há quase 300 anos a guerra com a Espanha, que deu origem à Hybrispania, trouxe um novo sopro de vida para Fez.
Quando a África avançou sobre o Corvo e entrou no território deles para não sair mais, Fez virou um ponto de cruzamento de rotas, como já havia sido outrora, milênios antes do Escatón chegar. Nesses últimos séculos a cidade refloresceu como centro, sobretudo cultural. Em Fez, os neolíbios vindo das cidades costeiras do Mediterrâneo se encontram com sucateiros teimosos que perscrutam o interior do continente buscando achar algo de valor. Apocalípticos revendem Brasa de todos os lugares e clanistas de toda parte da África tentam encontrar itens difíceis de serem encontrados mais para o interior. Os Anubitas também estão ali, como estão em toda parte fazendo o trabalho que lhes cabe. Quem vem do leste pra chegar em Marrakech e Rabat passa primeiro por ali. Quem vem do norte, depois de Gibraltar é a cidade que encontra. Fez cresce e procura figurar entre as principais cidades da África.
A cidade é cortada por alguns rios, o que garante que algum alimento seja produzido ali mesmo. Algumas portas da cidade milenares se mantém de pé. Onde elas permanecem em pé, se aglomeram mercados. Caravançarais recebem caravanas, seguindo plantas muito parecidas com o que eram antes. Em Fez nada está gravado em pedra, mas algumas coisas perduram.
Neolíbios
Os neolíbios passam com constância em Fez, principalmente a caminho da Europa. Aqui, porém, eles não tem a mesma estrutura que em outras cidades. O Banco do Comércio não tem tanta força aqui. É claro que as rotas e concessões existem e eles as dominam, mas nem todos os negócios estão em suas mãos. Isso os incomoda, mas por enquanto eles consideram que Fez não merece sua atenção total. Enquanto eles lhe derem abrigo - eles sempre os darão - e não oferecerem problemas no comércio, Fez gozará da liberdade de negociação, mesmo com os clanistas.
Boudiaf de Fez - Posto 4 - Magnata Boudiaf nasceu e se criou em Fez e quer fazer dessa cidade a estrela do seu império. Já faz alguns anos que seu nome é relevante ali, mas agora ele pode ser escutado em outras várias cidades próximas. As pessoas apostariam nele como o responsável de tornar Fez tão relevante quanto as cidades costeiras, quando isso acontencer. Sagaz, Passional, Neutro.
Hakem - Posto 3 - Comerciante Hakem faz parte da rede de Boudiaf e tem dado várias provas de capacidade e valor. No Banco do Comércio nunca lhe negaram crédito, porém, apesar de terem vasculhado a linha de sua vida algumas vezes, nada explica porque Hakem não consegue ter filhos. Aliás, os tem, mas eles morrem antes de completarem três anos. Neutro, Frio, Comprometido.
Anubitas
Em Fez os anubitas estão preparados para seguir os neolíbios e algozes em direção ao norte para enfrentar os precognicistas. Alguns residem na cidade para cuidar dos mortos e enterrá-los em seus ossários. Alguns aproveitam para ir ao sul e encontrar campos de psiquívoras imensos, só não maiores que os que cercam Dhoruba. Alguns cavucam com os sucateiros antigas ruínas em busca de textos sagrados perdidos das religiões antigas. Todos vêem Fez como um bom lugar para descansar antes da próxima viagem.
Algozes
Os algozes detém uma boa posição em Fez. Há muitos deles aqui. Desde a guerra com os corvos para expulsá-los, as patas do leão tem força na cidade. Sua voz é escutada com mais atenção que a dos neolíbios. Alguns preferem pedir conselhos a eles que aos anubitas. Algozes tendem a dizer que Fez está sob a ação do primeiro ancestral: apostando em sua intuição e projetando coisas futuras.
Sucateiros
Os sucateiros que viajam por terra entre Europa e África acabam desaguando em Fez. A cidade ainda não é um paraíso para os sucateiros, mas por encontrarem bastantes pessoas, tem potenciais compradores mais interessante. A frequência de clanistas mais primitivos faz com que mesmo a tecnologia mais simples possa ser comercializada, diminuindo assim as chances de incursões pouco lucrativas.
Cala - Posto 3 - Aprendiz do Cartel Cala é uma das aprendizes que está por dentro das vendas de sucata aos neolíbios. É jovem e tem certa ambição de se tornar funcionária o mais rápido possível. Ao mesmo tempo que dá ouvidos a histórias menos ortodoxas e se segura para não se aventurar atrás delas invés de seguir o caminho seguro. Sagaz, Neutra, Comprometida.
Apocaliptícos
Apocalípticos se dão bem em qualquer lugar. Em lugares que as pessoas passam algumas noites e vão embora, eles tem um prato cheio. Sem a força dos neolíbios pesando a mão no comércio, eles detém uma liberdade ímpar. Ocasionais vezes se chocam com os algozes, geralmente em disputas de força. A Brasa vendida aqui normalmente é trazida pelo Mediterrâneo, mas ocasionalmente chega algo da Hybrispania. Os algozes não gostam disso. Os apocalípticos riem.
Clanistas
Embora quase nenhum clanista esteja fixado em Fez, vários grupos frequentam a cidade. A maioria de tribos mais primitivas. Normalmente vêm a fim de fazer comércio. Vez ou outra buscam confusão, mas os algozes são firmes o bastante para manter as coisas sob controle. Um ou outro clã mais avançado tecnologicamente se faz presente. O mais relevante entre eles é o clã Asashina.
Asashina
Nagase - Posto 3 - Shōnin Nagase é um dos transportadores e mercadores do clã. Alcançou esse posto a pouco tempo e ainda está em suas primeiras entregas estando na liderança. É um homem seguro de si, mas que tende a evitar conflitos. Neutro, neutro e Comprometido.
Zuri - Posto 2 - Coletor Zuri entrou nos Asashina por seu casamento com Shinji. É uma mulher delicada, porém, sagaz. Mantém sua religiosidade africana, especialmente por sua família ter inúmeros anubitas. Sagaz, Passional, Livre.