Seu núcleo de pesquisas e estudos sobre como compensar os povos nativos por meio da lei era composto de phillodox bem intencionados, mas como ragabash, o Revogador de Certezas era mais ágil e veloz em agir, sem se prender aos questionamentos morais com que os meia-luas sempre se debatiam. As vitórias eram poucas e exigiam grandes esforços, mas havia progresso sendo feito, mesmo que a maioria não enxergasse isso.
Apesar de tudo isso, Sumé ainda era um garou, um ser feito de espírito e fúria tanto quanto de carne e ossos. Os fenômenos naturais e sobrenaturais do mundo de Gaia não lhe eram desconhecidos. E com seu ponto de vista afro-americano e nativo, Sumé estava mais receptivo a aceitar essas influências do que os eurocêntricos.
Certa noite, ao caminhar pela escuridão, Sumé viu um clarão flamejante romper as trevas, e uma criatura de chamas ascender sobre ele. O bater de asas e o bico aberto em trinado ajudavam a identificar o ser incandescente como uma espécie de ave. Sob o brilho intenso do fogo, sombras de criaturas quadrúpedes se projetavam, mostrando seres que corriam lado a lado. Sumé tinha facilidade natural para reconhecer formas lupinas, mesmo obscurecidas por aquele clarão cegante, mas os traços dos lobos se ocultavam diante dele. A não ser por um dos lobos.
O lobo que era o próprio Sumé.
E então Sumé despertou em sua cama, ainda com a lembrança do sonho vívida em sua mente