SEVEN WONDERS

Ao ver a foto, Xao soltou uma risada gostosa, e fazendo questão de bater o cabelo para tentar tirar um pouco da farinha, ele escutou os dois tirando sarro um do outro. “Se não trouxer comentários negativos agora, não me importo, mas manda ela para mim também!” Ele disse com um sorriso fofo, prestando atenção mais no tirar o avental do que na conversa entre os dois amigos.

Agradecendo Min-ki novamente, ele saiu da cozinha quase que arrastando Yibo escada acima para se limparem. Com a melodia saindo do estúdio, ele parecia estar no mesmo ritmo do amigo, e vendo os passos, continuo o movimento, como se estivessem já montando a dança em sua mente, contando o ritmo em sua cabeça.

E ao entrar no quarto de Yibo, ele caminhou pelo quarto, esperando o companheiro pegar as roupas dele, antes deles irem para o quarto dele. Tanto que ele parou em frente a cama de Min-ki, pegando a foto e olhando para ela com um sorriso triste. Era uma explicação, de fato, mas ele não queria se intrometer na vida do amigo se ele não quisesse contar. Talvez mais tarde, ele poderia oferecer dos dois conversarem com aquele boba tea, e perguntaria mais sobre o passado. Parecia um ótimo plano.

Assim que o amigo terminou de pegar as roupas, eles foram para o quarto dele. O lado do quarto do Shao não era muito diferente do de Yibo, pela questão de simplicidade. Em cima da cama estilo ocidental dele, tinha uma variação de fotos da família, amigos, artes dos fãs, trabalhos que ele tinha orgulho de ter feito. Sua escrivaninha era talvez o lado mais “bagunçado”do quarto de Shao, pois continha um projeto aberto no computador e as anotações em papel em cima da mesa ao lado dos livros de consulta. O armário tinha as roupas do dia a dia, e do lado de fora da porta, tinha o uniforme dele para treinar todos os dias cedo.

Ele foi rápido pegando suas roupas, antes de puxar novamente Yibo para o banheiro, assim poderiam finalmente se limparem. Ele não tinha menor pudor com Yibo especificamente, mas talvez fosse muito mais pelos sentimentos que ele nutria pelo homem. Tirando a camiseta, ele olhou de canto de olho para o colega, pensando se deveria comentar algo, ou só agir, e com isso ele levou o que parecia ser uma eternidade para tirar todas as roupas. Era claro para os amigos que já passaram um tempo com o Shao que quando ele desacelerava, era por que ele estava pensando no que ele iria fazer.

Shao observava o corpo do amigo de canto de olho, antes de negar levemente com a cabeça e focar totalmente na tarefa de tirar a própria roupa, tentando ignorar o sentimento que surgia quando ficava calado ao lado de Yibo. Enrolando uma toalha branca ao redor da cintura, ele começou a encher a banheira, enquanto pegava o banquinho que sempre usava para se lavar. Os costumes da sua mãe eram mais forte que a do seu pai, então, ele acaba por sempre tomar banho daquela maneira, o que estranhava grande parte dos companheiros, com talvez a única exceção de Yibo.

Uma vez sentado, o dançarino fez menção para Yibo sentar no outro banquinho “Eu te ajudo a lavar suas costas” Ele disse com um sorriso fraco. As notícias da manhã, apesar de terem pego todos de surpresa, parecia realmente digerir na cabeça de Shao apenas agora. Com tantas coisas em sua vida, milhares de treinos e trabalhos da faculdade, a saída de um amigo da banda era o que ele menos precisava, e tudo o que ele mais queria naquele momento era poder estar com alguém que não iria julgar ele se quisesse ficar quieto com seus pensamentos.

Uma vez com Yibo sentado de costas para ele, Shao começou a lavar as costas do rapper, suas mãos calejadas pelos trabalhos manuais e treinos, ainda eram gentis enquanto passava a esponja pelas costas, chegando a quase ser uma massagem. E assim eles ficaram por alguns minutos até Shao tirar as mãos das costas de Yibo, e apoiar a testa dele no ombro do loiro. “Será que as coisas irão piorar Yibo?” Ele disse suspirando. “Não quero ver o grupo desfazer, e ficar longe de você” Shao confessou baixinho, não querendo admitir o que se quer ele sentia pelo loiro, mas ao mesmo tempo, aterrorizado da possibilidade de não poder ver o outro com tanta frequência.

Tentando não parecer tão para baixo, ou deixando o loiro apenas mais confuso, ele tirou a espuma do corpo dele para enfim entrar na banheira, se apoiando na beirada, pegando a mão de Yibo e brincando com ela, ainda em um pensamento profundo do que poderia acontecer nas próximas semanas.