Louis Delacrouix

noite era de lua cheia, bem alta e clara em pleno verão. Eram 19:00 e ainda havia uma imensa quantidade de pessoas andando pelas ruas, como se aquela cidade jamais parasse. Luminosos piscavam, música ecoava no ar, instrumentos rugindo e o falatório sem fim de pessoas era o que diariamente ecoava pelas ruas da cidade. Lojas, armazéns, bares, clubes, padarias... tudo quanto era comércio ainda estava aberto naquele horário e não precisava nem ser alta estação ou período de férias para tal. Sempre cheia de visitantes e moradores locais, as ruas estreitas não tinham descanso nunca. Os bares e casas noturnas trabalhavam já a toda velocidade naquela hora da noite na Bourbon St.

Ainda nem era Mardi Gras e a cidade já estava ceia de pessoas e tudo funciova a pleno vapor.

A cidade também possuía outros tipos de atrações apreciados por muitas pessoas: a comida creoule, procurada por muitos. A fama do famoso Gumbo, Po Boy's, Jambalaya e Beignets havia cruzado o país e agora muitas pessoas desbravavam a noite da cidade procurando por algum desses práticos típicos e um bom drink para beber em meio à toda aquela agitação, música e show de luzes.

A medida que as pessoas andavam pela cidade, os diferentes cheiros iam atraindo pessoas para as diversas diversões que poderiam imaginar, desde a comida, desde os drinks exóticos, desde as belas mulheres até o cheiro de produtos e frutos do mar frescos que vinham do grande mercado da cidade.
Boatos do ocorrido cruzaram o país para todos os povos, desde humanos, vampiros, lobisomens e bruxos, o que acabou trazendo alguns curiosos à cidade.

No caso de outros, nada havia mudado em suas vidas e esse era o caso de Louis, que já conhecia muito bem as mudanças daquele lugar no decorrer dos anos...

mulher rapidamente via na bina de quem se tratava o número então resolveu atender depois de um longo suspiro, pois sabia que era ele é que não devia demorar. Não estava surpresa com aquilo nas imaginava que quando ele ligava estava precisando de dinheiro mais uma vez.

Rapidamente a mulher, Amanda Molina, que trabalha diretamente com finanças em um banco, abre uma determinada conta e efetua uma transação de um valor bem alto, cerca de quinhentos mil dólares. Tudo havia sido feito como foi pedido, agora esperava ela que perguntas não fossem feitas e que ele simplesmente aceitasse o dinheiro e pronto.

- Boa noite senhor. Já tem dinheiro disponível para o senhor na sua conta.

Falou a mulher tranquilamente ao telefone, pelo menos era o que estava tentando ser, querendo logo desligar a ligação.

jovem Amanda parecia até que tranquila do outro lado da ligação,  mas será que realmente estaria? Ela parecia buscar cautelosamente cada uma das palavras que dizia com uma perfeição quase que teatral, mas porque? Será que ele perceberia isso?

- Porque você sempre faz... e está na hora de nós encontrarmos pessoalmente, pois as vezes tenho a impressão de que as paredes tem ouvidos...

Aquela mulher nunca havia pedido nada do tipo e nem insinuado que gostaria de se encontrar com ele mas agora parecia que queria ou que talvez precisasse disso. Será que estava tinha algo acontecendo? Talvez se eles se encontrassem,  Louis poderia dizer se havia algo errado ou não.

- Que tal no meu lugar favorito??

situação parecia ser bem séria e com aquela situação Amanda começou a ficar muito preocupada principalmente porque foi uma resposta muito seca e o telefone foi desligado.

Amanda achou que tudo havia acabado e que com o término daquela ligação sua vida poderia também ter terminado, mas a vida voltou aos seus ossos assim que viu a mensagem recebida com a localização que deveria ir. Será que finalmente o perigo que sentia iria passar ou iria piorar?

A mensagem de texto foi uma boa pedida,  uma vez que a tecnologia atual seria criptografada, então não haveria problemas de alguém tentar descobrir, pois seria esforço em vão. Então,  ela simplesmente pegou sua bolsa e saiu do escritório em direção ao lugar descrito na mensagem e como estava escrito “agora”, lá foi ela.

Não demorou mais do que 30 minutos para chegar ao lugar...

la recebeu a mensagem então em seu celular e entrou naquele barco de pesca como foi pedido. O lugar cheirava um pouco a peixe, ao sal e a maresia como qualquer barco deveria cheirar, mas era frio e escuro. Amanda não conseguia enxergar um palmo diante dos seus olhos.

Não era possível ver nada e ninguém dentro daquele barco, mas como se movia certamente não estava sozinha e aquele com quem se correspondia da qual apenas sabia do nome Louis devia estar ali. Seu salvador... Seu herói...

Os minutos foram se passando e o barco foi se afastando das margens do Mississipi e tomando o seu rumo, mas será que só irianae afastar das margens ou planejava levá-la para algum lugar? Sua vida agora estava em risco e não podia voltar como se nada tivesse acontecido, mas talvez, não sozinha.

Os minutos iam se passando e Amanda pensou em procurar pelo seu salvador, mas como faria se nada podia ver? A mistura do escuro da noite se misturava com as sombras escuras da construção daquele barco que era bem mal iluminada pela luz da lua.

Não havia o que fazer a não ser continuar ali de pé, perto da borda do barco esperando alguém se manifestar...

ouis podia fácil, ente sentir que a mulher estava com muito medo, que na verdade estava aterrorizada com alguns acontecimentos que havia passado. Tinha medo agora de voltar para sua casa e para o seu trabalho e não sabia o que fazer. Estar ali era o que lhe agora e Louis podia sentir tudo.

Quando ela ouviu a voz, se assustou um pouco, pois estava perdida em pensamentos e estava tudo muito escuro para que ela pudesse ver onde o homem estava. Se ele estivesse mais visível, Amanda correria para abraçá-lo mas não conseguia ver quase nada,  então se limitou a continuar sentada naquele lugar. 

-Me perdoe senhor por incomodar mas... eu...não sabia mais o que fazer...


E a mulher silenciosamente começa a chorar.  Em silêncio lágrimas pesadas começavam a rolar de seus olhos como se fossem rios. Uma atrás da outra as lágrimas rolavam o que fazia com que Amanda escondesse seu rosto entre as mãos. 

manda respirou fundo. Tinha que recuperar sua compostura pois realmente ficar chorando daquela forma não iria ajudar muito, mas precisava aliviar um pouco. Chorou por mais alguns instantes e então se aquietou. Limpou as lágrimas de seu rosto com as mãos e voltou a falar:

- Senhor, eu recebi uma ligação estranha que me ameaçou caso eu não entregasse as informações que tinha sobre o senhor. Não tenho muitas informações mas, a voz do outro lado da linha deixou muito claro o que faria e deu uma descrição completa sobre meu apartamento, minhas roupas... minha sala...então entrei em pânico...

Respira fundo, limpa algumas lágrimas de seus olhos que teimavam escorrer e volta a dizer:

-Me desculpe senhor...