Casa da Floresta

“Filhotes pode vir da maneira mais natural e biológica possível com filhos, ou também por adoção de pessoas. Mesmo sendo meu irmão, Lúcio continua sendo meu filhote da minha matilha até ele atingir a idade adulta” Marshall comenta andando ao lado de Sebastian, com as mãos entrelaçadas. O caminho pela floresta não era tão bem marcado para humanos, já que normalmente faziam as rondas como lobos, e isso ficava claro com as marcas de patas dele e de Lúpus pelo caminho.

O silêncio do caçador parecia exalar um odor de desconforto para o lobo, que apertava a mão do noivo ligeiramente, antes de se depararem com a casa dele. A casa era extremamente grande para ele e seu irmão em forma humana, mas quando ambos precisavam sair correndo, começava a fazer sentido o tamanho das portas e janelas. “Agradeça a professora piromaníaca destruindo mais uma sala após o tesoureiro implicar com algum dado da ficha dela” Ele disse rindo, lembrando dos recursos que conseguiu. Tinha de agradecer a professora tampinha louca, assim ele finalmente havia conseguido terminar de construir a casa.

“Mas não é a casa que está te deixando inquieto…”Marshall comenta, olhando para Sebastian. “O que está te incomodando?” O lobo pergunta, puxando o caçador para sentar no sofá. O interno da casa era mais simples do que a própria construção do lado de fora. Os móveis eram novos, mas claramente mais modestos, ou rudimentares.

Marshall observava Sebastian, e antes que ele conseguisse sentar ao lado no sofá, o lobo puxou para que o caçador sentasse no colo dele. Acariciando o rosto do noivo, Marshall observava aqueles olhos sabendo que aquilo iria sempre incomodar ele.

“Eu não preciso de mulheres me gerando filhos, você é meu parceiro, meu mate pelo resto da minha vida eu não preciso de uma amante, ou barriga de aluguel para me gerar filhos.” Segurando a mão de Sebastian. “Eu tinha uma matilha antes, com outros casais betas que me seguiam, e eles tinham filhotes, que no final do dia também eram minha preocupação e meus filhotes para cuidar. Irei encontrar outros lobos, outros metamorfos que irão querer me seguir e fazer parte da minha matilha, assim como encontrarei crianças que não são lobos, mas também farão parte da minha responsabilidade de cuidar. Esses são os filhotes que eu falo”

Marshall suspira, sabendo que iria incomodar o Sebastian, mas era melhor contar a verdade do que segurar aquele segredo. “Mesmo por que, eu sei que eu tenho uma filha de sangue minha no mundo. Eu fiz a pedido da mãe dela, não por que eu fui um cabeça oca. Amelie queria ser mãe, e eu era a única pessoa do grupo que não tinha um mate na época. Ela saiu da matilha alguns anos antes do resto serem capturados, então eu nunca sequer tive contato. Um dia talvez seria bom apenas saber se ela está bem, mas tirando isso, eu não vejo necessidade de ter filhos de sangue. A única pessoa com quem eu gostaria de ter seria você, mas biologicamente é impossível, e isso não te torna menos atraente para mim”

Esperando pelo pior, agora ele só esperava o que Marshall iria falar. “Mesmo por que, eu tenho uma missão hoje, e é de ligar você a mim, e esse seu humor não está me ajudando, talvez eu devesse transformar esse seu humor e fazer você entender” Ele disse, derrubando Sebastian no sofá antes de subir em cima dele, puxando as vestes dele de uma maneira agressiva para expor o corpo do caçador. Ele queria degustar cada canto possível.

“Que bom que não vai me condenar, mesmo por que agora vai ser complicado escapar de mim” Ele disse com um sorriso malicioso, e com o comentário de ser caçado, era óbvio que pelo sorriso de Marshall ele não havia se importado nem um pouco, brincando até “Quero café na cama feito pelo meu noivo se eu mudar”

E como iria mudar…

Observando o caçador nu deitado naquele sofá minúsculo parecia errado para o que ele iria fazer, e segurando o noivo em seu colo, ele enfiou um dedo na entrada de Sebastian enquanto caminhava para seu quarto, assim caso Lúpus voltasse para casa, não se depararia com aquela situação.

Uma vez no quarto que seria deles, ele apoiou Sebastian contra a porta enquanto ainda metia um único dedo dentro dele, e até sentir o membro do outro rígido, ele iria ficar alternando entre colocar um ou dois dedos. “Ich liebe Dich” Ele respondeu a jura de amor em sua língua nativa, colocando o membro dele na entrada. “ich liebe dich für immer”

Mexendo devagar, Marshall sentia cada centimetro dentro de Sebastian, e sem menor das cerimônias, ele lambia um ponto específico do pescoço dele, e com toda a delicadeza do mundo ele mordeu o ponto específico. No primeiro ponto era doloroso para Sebastian, mas conforme os movimentos de Marshall, a dor iria passar, e o que antes era apenas algo que o lobo contava, parecia ficar mais claro.

“Me morda Sebastian” Marshall sussurrou no ouvido do caçador “Complete a ligação entre nós e me morda até arrancar sangue” Ele disse, esperando o noivo o morder.

Uma vez com as mordidas feitas, Sebastian conseguia sentir o que era fazer parte da Matilha, os cheiros que Marshall reclamava que eram fortes, a paixão que Marshall sentia por ele, o ódio que Marshall sentia do diretor quando Sebastian passava horas tendo que explicar as coisas, o medo do Lúpus ser sequestrado, a amizade com as pessoas, era como se tudo o que ele quisesse sentir sobre o lobo era possível.

Mas ao mesmo tempo, a paixão e o desejo que transbordava de Marshall consumia o que fosse o que o professor quisesse buscar. Metendo um pouco mais rápido aquele mastro, Marshall arfava no cangote de Sebastian “Vou te fazer feliz meu ômega, te preencher todos os dias e te encher com o meu líquido até você transbordar” Ele dizia no ouvido, seus olhos uma vez azuis, agora já negros de puro prazer e necessidade de acasalar com o mate dele.

Ao sentir a ligação de ambos se formando, Marshall aumentou os estímulos no companheiro para passar aquela transformação de uma maneira mais prazerosa possível, e assim que sentiu a mordida no próprio pescoço, em cima da tatuagem de águia dele, ele segurou Sebastian em seus braços.

Conforme foi fazendo os movimentos, ele foi sussurrando em seu ouvido, colocando a mão de Sebastian sobre o peito dele. “Foco ômega, sinta o meu bater de coração sincronizando com o seu” Ele disse, o movimento ficando ligeiramente mais devagar, mas não menos prazeroso. “Você tem como lidar o quanto você quer sentir, foque em apenas uma coisa” Ele foi guiando, para Sebastian não se sentir confuso com a quantidade de sentimentos que não eram dele.

Marshall conhecia esse tipo de conexão, e foi treinado desde pequeno, por isso estava lidando melhor com o sentir do outro, a tristeza, a decepção, o amor, as amizades, e por isso que seu foco era fazer amor, deixar com que o prazer que ambos estivessem sentido fosse a principal coisa para eles focarem. A dor iria passar assim que eles terminassem de acasalar. O processo de ligação era sempre finalizado com o acasalamento, mas não era comum ser dois machos nesse processo de ligação, talvez fosse por isso que estivesse um pouco diferente.

Ao ouvir o uivo do noivo, Marshall continuou guiando o processo por palavras. “Foca nesse uivo, solte o que estiver dentro de ti, não impeça nada” E com isso foi sentindo a mudança do noivo, a adaptação dele para se tornar um metamorfo como ele.

A necessidade de preencher o mate dele fez com que Marshall começasse a se transformar para sua forma lupino. Sua pele queimando para tirar o lobo de dentro, o seu tamanho duplicando, incluindo o tamanho do membro dele, preenchendo Sebastian da maneira que ele pedia. E o movimento era totalmente brusco e selvagem, mas parecia que era exatamente aquilo que ambos precisavam.

Marshall se perdia no prazer de estar dentro de Sebastian, da fricção, de sentir o próprio membro deixando a marca dele, e conectando ambos para não sairem mais daquela posição por horas, enquanto ele lambia cada canto dele. Ele uivava de prazer, arfando querendo mais, querendo preencher Sebastian com todo o líquido que ele continha e não deixando escapar nada, como se quisesse que o noivo carregasse seus filhotes, mesmo que aquilo fosse impossível, mas era a natureza os comandando naquele momento.

‘Vou te preencher, vai carregar cada gota do meu líquido em teu corpo, e implorar por mais, ômega… Vou te alimentar e preencher a cada segundo que eu puder’ Ele repetia mentalmente, e era como se fosse a conexão mais clara do mundo para Sebastian e Marshall, aquela ligação na forma lupino do que eles falavam sem sequer emitir um único som.

Marshall dominava os movimentos, como se um cachorro no cio, finalmente pudesse ter a liberdade de saciar aquele desejo sexual tão predominante na mente de ambos. Pela matilha que fazia parte, o poder do Alfa de dar prazer era algo que simplesmente parecia ser certo para quem ele subjugasse como fêmea no momento. Era finalmente a explosão de sentimentos de prazer, erotismo, que fazia todos os pelos eriçar.

O membro do alfa parecia crescer dentro do ômega, conforme os movimentos se aceleravam cada vez mais, fazendo com que a bola também prendesse ambos, o rosnado de Marshall no ouvido de Sebastian, era claro um indicativo de que iria chegar ao seu ápice, preenchendo-o por completo.

Aquele líquido quente percorrendo ambos, a ligação emocional e física, era simplesmente puro prazer. Era aquela a sensação de estar casado a um macho alfa, de fazer parte de uma matilha, e poder sentir o que ele queria e o prazer dele, assim como Marshall poderia sentir o prazer do outro.

Lambendo gentilmente a cabeça de Sebastian, Marshall murmurava mentalmente que iria alimentar ele, iria dar um lar para ele, iria estar sempre ao lado dele para o que ele precisasse, até mesmo após eles se soltarem.